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ETEC ARISTÓTELES FERREIRA CURSO TÉCNICO DE EDIFICAÇÕES TELHADO VERDE Santos 2017 ETEC CURSO TÉCNICO DE EDIFICAÇÕES TELHADO VERDE Projeto de pesquisa apresentado à ETEC Aristóteles Ferreira como parte conjunto de tarefas avaliativas da disciplina de Planejamento de Trabalho de Conclusão de Curso de edificações. Orientadores: Hamilton Braga Márcio Nacif 2017 RESUMO O trabalho apresenta um estudo a cerca da construção de telhados verdes, que se caracterizam por ser uma cobertura com vegetação em telhados ou lajes; considerando o fato da necessidade de diminuir os impactos que a construção civil causa no meio ambiente, os telhados verdes contribuem para amenizar problemas como efeito estufa e ilhas de calor, além de proporcionar maior conforto térmico na edificação onde está presente, nas áreas urbanas as coberturas vegetadas contribuem para melhorar a qualidade do ar. Palavras chave: sustentabilidade, telhado verde, coberturas verdes. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 9 2 TELHADO VERDE 10 3 CONTEXTO HISTÓRICO 11 3.1. Telhados verdes ao redor do mundo 11 4 TIPOS DE COBERTURAS VERDES 13 4.1. Extensivas 13 4.2. Intensivas 13 4.3. Semi-extensivas: 13 5 COMPOSIÇÃO DA COBERTURA 14 6 BENEFICIOS 15 7 VANTAGENS E DESVANTAGENS 16 8 CUSTO E VIDA ÚTIL DOS TELHADOS VERDES 17 9 EFICIENCIA ENERGÉTICA 18 10 VEGETAÇÃO 19 11 APLICAÇÃO 21 12 PRODUÇÃO DE ALIMENTOS 22 13 TELHADOS VERDES EM HABITAÇÕES POPULARES 24 14 CONCLUSÃO 25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 26 ANEXOS 28 1 INTRODUÇÃO A construção civil exerce um grande impacto no meio ambiente por se tratar de um setor essencial ao desenvolvimento e é um dos que mais consome recursos naturais e geram resíduos. Soluções ambientais vêm sendo tomadas para tentar amenizar os danos causados. Um dos maiores problemas diz respeito à destruição das áreas verdes em prol do desenvolvimento das cidades e indústrias. Buscando alternativas que aliem a necessidade de agregar aspectos ambientais ao progresso das cidades uma alternativa é a utilização de telhados que se utilizam das coberturas verdes nas edificações a fim de melhorar a qualidade do ar, conforto térmico dentro da edificação e maior absorção da água das chuvas. A seguir são detalhados os tipos de telhados verdes, sua manutenção e aplicação, bem como seus benefícios e espécies de plantas que podem ser utilizadas. A metodologia utilizada nas pesquisas foi qualitativa usufruindo de diversas fontes de pesquisa, incluindo artigos acadêmicos e informações cedidas pelos fabricantes dos materiais apresentados. 2 TELHADO VERDE O telhado verde se caracteriza por ser uma cobertura vegetal composta por plantas ou grama na cobertura das edificações, sejam lajes ou telhados convencionais, também é conhecido como jardim suspenso e cobertura vegetada. Sua utilização proporciona maior conforto térmico e acústico além de melhorar a qualidade do ar, promovendo a biodiversidade e proporcionando melhoria na qualidade de vida dos moradores. Esse tipo de cobertura é uma técnica artificial que aplica diversos tipos de coberturas organizadas em camadas a fim de imitar uma cobertura vegetal real, além de melhorar consideravelmente o desempenho térmico e acústico da edificação e devido ao seu efeito paisagístico traz benefícios psicológicos aos moradores além de reduzir a poluição ambiental. 3 CONTEXTO HISTÓRICO Os telhados verdes tiveram origem a centenas de anos atrás. Registros milenares mostram que essa técnica foi utilizada primeiramente pelos povos Zigurates, habitantes da Mesopotâmia, onde hoje se encontra o Iraque. Devido às altas temperaturas da região essa técnica era amplamente difundida. Porém, a referência mais expressiva dessa técnica são os jardins Suspensos da babilônia que são considerados uma das sete maravilhas do mundo antigo, historiadores estimam que tenham sido construídos por volta de 500 a.C. O objetivo da técnica era resfriar o ambiente e embelezar a edificação, visto que as plantas eram sinônimo de fartura. 3.1. Telhados verdes ao redor do mundo Os telhados verdes modernos são feitos de um sistema composto por camadas colocadas sobre o telhado para suportar o substrato e a vegetação. Este é um fenômeno relativamente novo e foi desenvolvido na Alemanha na década de 1960, e se espalhou para muitos países, desde então. Telhados verdes também estão se tornando cada vez mais popular nos Estados Unidos, a exemplo das cidades de Nova York e Chicago, onde esse tipo de cobertura se tornou extremamente popular devido à falta de áreas verdes a disposição da população. A partir do século XX a Alemanha começa a utilizar em larga escala os telhados verdes e o governo investe na disseminação da idéia para controlar enchentes e reduzir a poluição do ar. No mesmo período o Brasil no auge no modernismo através do paisagista Burle Marx tem seu primeiro prédio publico com a tecnologia das coberturas verdes, o prédio do Ministério da educação no Rio de Janeiro. No início da década de 1960, a Alemanha estava construindo telhados verdes em áreas urbanas e continuou a fazê-lo ao longo do século. Na década de 1970, quando a crise do petróleo estava em seu auge a Alemanha foi um dos primeiros países a investigar o uso de telhados verdes para a conservação de energia em pouco tempo naquela mesma década já havia cerca de 13 milhões de metros quadrados de telhados verdes no país. Nos Estados Unidos, Nova York tem feito um grande esforço para popularizar os telhados verdes nos últimos anos para ajudar a criar um ambiente melhor e reduzir os efeitos da chuva das chuvas torrenciais sobre a infra-estrutura da cidade. Os telhados verdes são empregados em países europeus com mais freqüência do que em qualquer outra parte do mundo. Apesar dos grandes avanços as tecnologias brasileiras ainda são inferiores as utilizadas na América do Norte e Europa. Muitas empresas brasileiras vêm se especializando devido ao grande interesse, certificações ambientais como LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) estão impulsionando o desenvolvimento de tais empresas. A Alemanha tem apresentado resultados muito positivos com a aplicação dos telhados verdes, sendo adotados em edificações residências, comerciais e industriais, os telhados vivos têm sido aplicados em função da alta rentabilidade decorrente do aumento da durabilidade da impermeabilização da cobertura. Desta forma é importante destacar a necessidade de políticas e incentivos que fomentem o uso dos telhadosverdes, pois essa técnica pode auxiliar a diminuir problemas recorrentes da falta de florestamento e alto índice de urbanização das cidades. 4 TIPOS DE COBERTURAS VERDES Para adotar o tipo de cobertura que melhor se adeque a edificação é necessário uma avaliação estrutural para saber a capacidade da mesma. Os telhados verdes podem ser extensivos, intensivos ou semi-extensivos. O calculo estrutural precisa prever a carga da estrutura, quantidade de água acumulada, peso do substrato, da vegetação e dos demais sistemas necessários ao funcionamento da cobertura. De acordo com a International Green Roof Association as três formas de telhado verde podem ser classificadas da seguinte maneira (conforme é possível verificar no anexo A) 4.1. Extensivas Indicadas para áreas onde a vegetação tem a possibilidade de se desenvolver com mais liberdade; possuem baixo custo de manutenção e implicam menor sobrecarga nas edificações; utilizam uma camada mais fina de substrato em relação aos outros tipos de cobertura. São ideais para serem aplicadas em telhados com pouco acesso a cobertura. O solo extensivo tem de 5 a 15 cm de espessura e a vegetação de 5 a 13 cm e a carga estrutural necessária varia de 80 Kg/m² a 150 Kg/m². 4.2. Intensivas São coberturas mais complexas e necessitam de sistemas de irrigação. Suportam espécies de plantas com maior porte. As plantas usadas nesse tipo de cobertura também são usadas em jardins o que traz uma configuração paisagística a cobertura, no entanto são necessários cuidados específicos que envolvem fertilização, poda e rega. Esses cuidados implicam em maiores custos tanto de manutenção quanto de execução do telhado. São possíveis apenas em telhados planos e adiciona uma sobrecarga maior a estrutura da edificação. A camada de solo varia entre 15 a 40 cm e a carga prevista varia entre 180 Kg/m² a 500 Kg/m². 4.3. Semi-extensivas: A composição da cobertura semi-extensiva se assemelha a extensiva, no entanto a camada de substrato deve ser maior que 15 cm. 5 COMPOSIÇÃO DA COBERTURA Os elementos mais comuns das coberturas verdes (como é possível verificar no Anexo B) são descritos a seguir: Camada impermeável: tem a função de proteger a laje contra infiltrações, deve ser a prova de vazamentos. Caso sejam cultivados arbustos se faz necessário o uso de membranas antirraiz, evitando problemas futuros. Os materiais mais comuns para se fazer a impermeabilização são betuminosos e sintéticos Camada Impermeabilizante: Tem função de proteger a laje contra infiltrações. Há diversos materiais para impermeabilizar a estrutura como betuminosos e sintéticos. Os materiais mais comuns para se impermeabilizar são os betuminosos e sintéticos. Camada drenante: Serve para drenar a água da chuva dando vazão ao excesso de água e também como filtro separando os poluentes. Esta camada pode ser constituída de brita, seixos, argila expandida e tem espessura de 7 a 10 cm. Camada filtrante: Retêm partículas que seriam levadas pela água da chuva. Solo e Substrato: Para telhados verdes onde haverá pisoteio e uso intenso, existe no mercado uma tecnologia onde todos os componentes estruturais (drenagem, filtro e reservatório) estão numa mesma peça com encaixe lateral. Membrana de proteção contra raízes: Controla o crescimento das raízes que seriam danosas para o sistema. Vegetação: A escolha das plantas vai depender do quanto a estrutura da edificação pode receber de carga e do objetivo do telhado. Outra condição para a escolha das plantas é o clima do local, devendo dar preferência para plantas regionais que são acostumadas com o clima. As coberturas verdes extensivas quase não têm variedade e então usa-se grama por causa da manutenção baixa e são duráveis. Já as intensivas, pode-se escolher entre uma variedade. Deve-se levar em conta a necessidade de menos poda, facilitando a manutenção do telhado e diminuindo os custos. 6 BENEFICIOS A incidência de radiação sobre as coberturas faz com que os materiais da edificação absorvam essa energia e liberem lentamente à noite, consequentemente temos temperaturas mais elevadas, as coberturas vegetadas têm a capacidade de absorver o calor. As folhas refletem a radiação não permitindo que a mesma penetre a superfície da cobertura, melhorando assim o desempenho térmico do edifício. Esse tipo de cobertura dissemina a idéia de sustentabilidade e suaviza as paisagens dos grandes centros urbanos, aumentando as áreas verdes e a qualidade do ar (O processo de formação das ilhas de calor pode ser vistas no anexo C). Podem ser criados jardins e hortas em áreas onde não havia espaço para plantas. Contribuindo assim para inúmeros benefícios psicológicos da população que esta constantemente exposta à poluição. 7 VANTAGENS E DESVANTAGENS a) Diminui a poluição e melhora a qualidade do ar das cidades. A vegetação absorve as substâncias tóxicas e a libera oxigênio na atmosfera. b) Ajuda a combater o efeito de Ilhas de Calor nas grandes cidades. c) Melhora o isolamento térmico da edificação. Protege contra as altas temperaturas no verão e ajuda a manter a temperatura interna no inverno. d) Melhora o isolamento acústico da edificação. A vegetação absorve e isola ruídos. e) Maior retenção da água das chuvas. A vegetação auxilia na drenagem da água da chuva, reduzindo assim a necessidade de escoamento de água e de sistemas de esgoto e ainda filtra a poluição dessas águas. f) Diminui a possibilidade de enchentes. Como retém melhor a água da chuva, o excesso não vai para as ruas. g) Reduz o consumo de energia, e melhora a eficiência energética devido à redução da temperatura no ambiente interno, diminuindo a necessidade de refrigeração. h) Aumento da biodiversidade, atraindo pássaros, borboletas entre outros. i) Embeleza a edificação e a cidade. 8 CUSTO E VIDA ÚTIL DOS TELHADOS VERDES A variação de custos dos sistemas de telhado verde é muito grande, em função dos diferentes sistemas que podem ser adotados. Pode variar em torno de 80% o custo de um para outro tipo de telhado verde. Quando a obra é planejada com o uso de telhados verdes, o custo fica mais próximo ao telhado convencional, enquanto que reformas de telhados possuem o custo mais elevado. Esse custo elevado está em maior parte relacionado a sobrecarga na estrutura. Uma cobertura comum tem vida útil de cerca de 25 anos, enquanto um telhado verde dura o dobro deste tempo. As coberturas verdes são mais duráveis porque os telhados são expostos a radiação, chuvas, elevação e queda da temperatura. O telhado convencional tem propriedades que facilitam a absorção de calor comprometendo a durabilidade da cobertura, causando mais desgastee diminuído consequentemente a vida útil da edificação. As coberturas verdes por causa do substrato e da umidade natural das plantas tem a capacidade de absorver calor aumentando a vida útil dos telhados. 9 EFICIENCIA ENERGÉTICA Eficiência energética Segundo Lamberts, “A eficiência energética pode ser entendida como a obtenção de um serviço com baixo dispêndio de energia. Portanto, um edifício é considerado mais eficiente do que outro se esta edificação oferece as mesmas condições ambientais com menor consumo de energia.” Uma das ações que precisam ser tomadas para diminuir os impactos no meio ambiente é a diminuição da quantidade de energia gasta em uma residência. Os telhados verdes atuam como redutores de calor nas grandes cidades, fazendo com que a temperatura da edificação, diminuindo os gastos com água e energia. Essa eficiência se da por causa da alta absorção de calor do substrato e das plantas reduzindo consideravelmente a temperatura da edificação. Com uma sensação de conforto térmico maior diminui-se o consumo de energia vindo de aparelhos como ar condicionados e chuveiros. O aumento do conforto térmico se da por causa do sombreamento e evapotranspiração, que são fenômenos associados diretamente a vegetação presente no telhado. 10 VEGETAÇÃO Essa é a última camada do telhado e ela é definida em conjunto com as demais camadas, fatores como tipo de cobertura e espessura do substrato são essenciais para saber qual espécie de planta poderá ser selecionada. Segue alguns itens importantes de serem observados para a escolha da vegetação: • Espessura do substrato • Inclinação da cobertura • Exposição ao vento • Orientação solar • Sombra por consequência de outras coberturas e obstáculos • Precipitação local É importante ressaltar que diversos fatores devem ser levados em conta para a escolha do melhor tipo de vegetação que vai compor o telhado verde: resistência a temperatura, resistência a radiação solar, qualidade do substrato e crescimento esperado da vegetação e clima regional e intensidade dos ventos. Também deve ser observada a necessidade de manutenção, telhados do tipo extensivo devem exigir pouca manutenção e agregar menor custo. Algumas espécies de plantas que são geralmente cultivas em telhados verdes são descritas a seguir: Capim-chorão (Eragrostis curvula): Gramínea muito rústica e quase sem exigências de cultivo deve ser mantida com até 50 cm de altura. Erva-gorda (Sedum multiceps): Todas as plantas do gênero “sedum” são boas para teto verde. Suculentas, resistem a solos rasos. Capuchinha (Tropaeolum majus) Herbácea comestível sem exigência quanto ao solo: pode se comportar como forrageira. Rabo-de-gato (Acalypha reptans): Rasteira leve e ornamental que suporta bem o sol, mas não é aconselhada para locais onde ocorre geadas Mal-me-quer (Wedelia paludosa): Excelente para dar estabilidade a telhados muito inclinados: resistente a extremos de umidade. Esmeralda (Zoysia japonica): Grama de efeito atapetado com baixa necessidade de poda; e contém o avanço de ervas daninhas. 11 APLICAÇÃO a) Sobre a superfície de cobertura impermeabilizada através de lona ou manta asfáltica estende-se uma manta geotêxtil mais conhecida como Bidim (que é a marca do fabricante). A manta vai filtrar a água fazendo com que partículas de areia e terra ou raízes não passem pela tubulação de queda da água de chuva; b) Sobre esta manta, faz-se uma camada de argila expandida, um substrato leve que vai manter arejado o fundo da cobertura, impedindo o apodrecimento das raízes e facilitando o escoamento da água; c) Novamente utiliza-se mais uma camada da manta geotêxtil, a qual cobrirá a argila para que a terra não se misture a ela; d) Cobrir uma camada mínima de 10cm de terra preta adubada; e) Posicionar as leivas de grama (neste caso foi utilizada a grama esmeralda); f) Instalar rufos de fibra ou metálicos para evitar infiltrações. 12 PRODUÇÃO DE ALIMENTOS O cultivo de alimentos em telhados verdes já é feito em países como Tailandia, Colômbia, Haiti e Canadá. Além das coberturas verdes poderem ser usadas como espaço de lazer, podem ser aproveitados como hortas para plantação de temperos, legumes e frutas. O incentivo dos telhados verdes com o objetivo de produzir alimentos em áreas urbanas proporciona uma melhor utilização dessas áreas, favorece o interesse das pessoas por alimentos orgânicos, incentiva o contato com a natureza. Alguns tipos de plantas que servem como alimentos podem estar presentes nas coberturas verdes, desde que sejam respeitadas as necessidades para seu desenvolvimento como: ventos, iluminação, necessidade de irrigação e profundidade do substrato. Entre os tipos de plantas indicados para o cultivo de hortas em telhados estão: Manjericão: O manjericão precisa ser cultivado em lugares com temperatura superior a 18°C. Em regiões em que o clima quente predomina, pode ser cultivado o ano todo. Além da temperatura, o manjericão precisa ser plantado em lugar com alta luminosidade. O solo em que a muda for plantada deve receber irrigação diária e moderada.O manjericão pode ser colhido entre 60 e 90 dias após o plantio. Alecrim: O alecrim se adapta a diferentes temperaturas, desde que não beirem extremos.O alecrim pode ser colhido em cerca de 90 dias após o plantio. Tomilho: o tomilho é uma planta extremamente adaptável, podendo ser cultivada em locais com temperaturas entre 4°C e 28°C. A muda necessita de alta luminosidade.O tomilho pode ser colhido entre 60 e 90 dias após o plantio, quando a planta está em pleno florescimento. Orégano: O ideal é que a planta fique em um local com temperatura entre 21°C e 25°C, mas o orégano é bem adaptável, sobrevivendo a temperaturas mais altas ou bem mais baixas. É recomendado que o solo não fique seco por muito tempo nem muito úmido. O orégano precisa receber, pelo menos, 4 horas diárias de luz solar direta e, quanto mais luz solar receber, mais aromáticas crescerão as folhas. O orégano pode ser colhido quando a planta atingir cerca de 20 centímetros de altura. Pimenta: As pimentas devem ser plantadas em local que não ultrapasse os 34°C. É preciso ficar atento às particularidades de algumas espécies. Algumas pimentas, como a Jalapeño, precisam ser cultivadas em climas mais úmidos; outras, como a Habanero, preferem climas completamente secos. Independentemente da espécie, as pimentas se desenvolvem melhor em ambientes muito bem iluminados. A colheita da pimenta varia entre 80 e 150 dias após o início do cultivo. Sálvia: O solo deve ser mantido úmido durante todo o cultivo. Se a sálvia estiver plantada em local de temperatura mais baixa, a umidadedeve ser mais branda. A colheita da sálvia pode ser feita entre 90 e 120 dias após o plantio, quando as plantas estão bem desenvolvidas. 13 TELHADOS VERDES EM HABITAÇÕES POPULARES A ocupação desordenada do solo tem causado problemas ambientais. Muitas famílias sem ter onde morar se instalam em áreas de preservação permanente, destruindo a vegetação, jogando entulho, despejando esgoto e lixo em córregos e rios. Essa ocupação traz danos irreversíveis à natureza, coloca as famílias que lá estão em risco devido a ocorrência de enchentes e doenças causadas pela sujeira. As prefeituras constroem habitações populares a fim de retirar as famílias das moradias precárias onde estão, porém, devido a especulação imobiliária das grandes cidades, os conjuntos habitacionais têm sido construídos em áreas verdes. O fato de essas áreas serem regulamentadas pelos órgãos competentes não faz com que o impacto causado pelo desmatamento seja menor. Pensando nisso, um projeto de telhados verdes em coberturas de edificações populares traria de volta, ainda que em pequena proporção áreas verdes que trariam impactos positivos para o meio ambiente e para a edificação. Em alguns países é comum que nas coberturas verdes existam colheitas de frutas e temperos, essa pratica traria benefícios como incentivo a conscientização ambiental além de ajudar de alguma forma a população de baixa renda que poderia colher essas cultivar e colher essas hortaliças. 14 CONCLUSÃO A construção civil ao longo das décadas se tornou um vilão do meio ambiente, desde os resíduos deixados até o aumento das ilhas de calor por causa da urbanização das cidades. Em contra partida dos grandes avanços tecnológicos dos centros urbanos, cresce a consciência ambiental da população que cada vez mais procura respeitar a natureza. Os telhados verdes surgiram a centenas de anos e seus benefícios durante muito tempo estiveram ligados apenas a estética e não ao grande potencial ambiental que realmente tem. Esse tipo de cobertura vem sendo incentivada nos países desenvolvidos porque os estudos apontam que além da questão da poluição ambiental o planeta em breve irá sofrer com a superpopulação nos centros urbanos e a falta de alimento. São uma das melhores soluções para ajudar a recuperar o meio ambiente e disseminar a idéia de sustentabilidade, esse sistema construtivo além dos benefícios já citados como diminuição das ilhas de calor, maior conforto térmico/acústico e redução de enchentes ainda proporciona a utilização de áreas verdes para produção de alimentos. Portanto, podemos dizer que a utilização das coberturas verdes é uma solução eficaz e sustentável para alguns dos problemas ambientais que enfrentamos. A economia gerada, a melhoria da vida útil dos telhados e os benéficos estéticos justificam um maior investimento nesse tipo de tecnologia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Passo-a-passo para fazer um telhado verde. 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Disponível em: <https://www.dicasdemulher.com.br/horta-em-casa/> Acesso em 14 de junho de 2017 Produção de alimentos. Disponível em: <https://institutocidadejardim.com.br/tag/producao-de-alimentos/> Acesso em 14 de junho de 2017 ANEXOS ANEXO A – Classificação das coberturas ANEXO B - Componentes do telhado verde ANEXO C – Formação das ilhas de calor