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MEDICINA VETERINÁRIA Professora Márcia Kubiak Sato, Esp. Bioestatística – Medicina Veterinária – pág.1/6 Aula 1 – Amostragens. Tabelas. “Alguns usam a estatística como os bêbados usam postes: mais para apoio do que para iluminação.” Andrew Lang (1844-1912), escritor escocês AMOSTRAGENS: A estatística utiliza recursos matemáticos para analisar dados e partir destas análises compreender as relações que existem entre estes dados. Historicamente foram os primeiros censos nas populações que originaram a necessidade de interpretar conjuntos de dados. Estatística vem de status que significa Estado, visto que foram os primeiros governos organizados que estabeleceram controles censitários e estatísticos sobre estes censos. A necessidade original era apenas o controle sobre o recolhimento de impostos. Atualmente, nas áreas médica (incluindo-se aí os veterinários) e biológica, interessam aos pesquisadores dados sobre mortalidade, eficiência de medicamentos, incidência de doenças, causas de morte, etc. 1- Variáveis: As variáveis são classificadas, em estatística, como qualitativas, ordinais e quantitativas. Uma variável é qualitativa quando os dados podem ser distribuídos em categorias mutuamente exclusivas. Por exemplo: sexo, cor, causa de morte, grupo sanguíneo, etc. Uma variável é ordinal os dados podem ser distribuídos em categorias mutuamente exclusivas que tem ordenação natural. Por exemplo: grau de instrução, aparência, status social, estágio de doença, etc. Uma variável é quantitativa quando expressa por números. Por exemplo: idade, estatura, peso corporal. MEDICINA VETERINÁRIA Professora Márcia Kubiak Sato, Esp. Bioestatística – Medicina Veterinária – pág.2/6 2- Apuração de dados: Os dados são registrados com outras informações. Para se obter os dados é preciso fazer uma apuração. Se a variável é qualitativa ou ordinal, a apuração se resume a uma simples contagem. Se a variável é quantitativa, a apuração consiste em anotar cada valor observado. 3- População e Amostra: População é o conjunto de elementos que tem determinada característica em comum. Todo subconjunto com menor numero de elementos que a população será uma amostra dessa população. Populações podem ser finitas (alunos da sala do primeiro semestre de veterinária em agosto de 2015) ou infinitas (número de vezes que podemos jogar um dado). Quando se coleta informações apenas de parte de uma população, diz-se que foi feita uma amostragem. Populações muito grandes ou infinitas só podem ser estudadas através de amostras. 4- Técnicas de Amostragem: A técnica de amostragem é estabelecida para se adotar o melhor procedimento para escolher os elementos que irão compor a amostra. A amostra casual simples é composta por elementos tirados ao acaso. Todos tem a mesma probabilidade de ser o escolhido. Na amostra sistemática os elementos são escolhidos não por acaso, mas por um sistema. A amostra estratificada é composta por elementos provenientes de todos os estratos da população. A amostra de conveniência é formada por elementos que o pesquisador reuniu simplesmente porque dispunha deles. MEDICINA VETERINÁRIA Professora Márcia Kubiak Sato, Esp. Bioestatística – Medicina Veterinária – pág.3/6 ARREDONDAMENTO: Ao fazermos uma divisão entre dois números não divisíveis, a resposta será um número decimal, ou seja, um numero que terá vários algarismos depois da vírgula. Por exemplo, dividindo 10 por 3 teremos: 10/3 = 3,3333333...... Para darmos essa resposta, devemos arredondar o número para apresentarmos o resultado. A apresentação do resultado depende de quantas casas decimais deverá ter na resposta, ou seja, quantos algarismos depois da vírgula, deveremos apresentar. Se for apresentar um valor inteiro, não teremos algarismo após a virgula e para arredondar, devemos olhar o primeiro algarismo após a virgula. Se for 4 ou menos, deverá ser desprezado e se for 5 ou mais, devemos aumentar o resultado. Exemplo: Quero o resultado de 3,333333..... como número inteiro, então verifico o primeiro depois da vírgula 3,333..., como é menor que 4, desprezamos e ficará o resultado 3. Outro exemplo: 23/2 = 11,5. Que ficará 12, pois o primeiro algarismo depois da vírgula é 5. Se o caso for de uma casa decimal, verifica-se o segundo algarismo e faz-se o mesmo procedimento e assim por diante. Esse método é o que chamamos de Arredondamento Científico. TABELAS: A estatística utiliza recursos matemáticos para analisar dados e partir destas análises compreender as relações que existem entre estes dados. Historicamente foram os primeiros censos nas populações que originaram a necessidade de interpretar conjuntos de dados. Estatística vem de status que significa Estado, visto que foram os primeiros governos organizados que estabeleceram controles censitários e estatísticos sobre estes censos. A necessidade original era apenas o controle sobre o recolhimento de impostos. Um dos aspectos fundamentais da estatística é a utilização de tabelas para organizar dados. O padrão utilizado será o do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística1. Para tanto segue um exemplo: MEDICINA VETERINÁRIA Professora Márcia Kubiak Sato, Esp. Bioestatística – Medicina Veterinária – pág.4/6 Casos registrados de intoxicação humana, segundo a causa determinante. Brasil, 1993. Causa Freqüência Acidente 29601 Abuso 2604 Suicídio 7965 Profissional 3735 Outras 1959 Ignorada 1103 Fonte: MS/FIOCRUZ/SINOTOX Os elementos da tabela são: Título, que é “Casos registrados de intoxicação (...)”. Cabeçalho, que neste caso é constituído das palavras Causa e Freqüência. Corpo da tabela, que são as indicações e os números. Fonte ==> que está sempre sob a tabela. Nesta tabela foram apresentados dados absolutos. No entanto o que poderia ser apresentado são as freqüências relativas. Neste caso o que se registra é o valor percentual entre o dado absoluto e o total de dados. Vamos exemplificar: Na tabela anterior do Ministério da Saúde temos algumas causas destacadas de intoxicação e o número de casos registrados (freqüência). A soma de todas as freqüências é 46967. Assim se considerarmos a causa acidente temos a freqüência absoluta de 29601. Este valor em relação ao total representa a freqüência relativa desta categoria, ou seja, 63,03%. O cálculo é feito desta forma %03,63%100. 46967 29601 . Repetindo este procedimento com as demais linhas da tabela pode-se construir a tabela de freqüências relativas para as causa de intoxicação. Veja a seguir. 1 www.ibge.gov.br MEDICINA VETERINÁRIA Professora Márcia Kubiak Sato, Esp. Bioestatística – Medicina Veterinária – pág.5/6 Causa Freqüência relativa (%) Acidente 63,03 Abuso 5,54 Suicídio 16,96 Profissional 7,95 Outras 4,17 Ignorada 2,35 Fonte: MS/FIOCRUZ/SINOTOX Evidentemente que é possível representar tudo em uma única tabela. Veja como abaixo. Causa Freqüência Freqüência relativa (%) Acidente 29601 63,03 Abuso 2604 5,54 Suicídio 7965 16,96 Profissional 3735 7,95 Outras 1959 4,17 Ignorada 1103 2,35Total 46967 100 Fonte: MS/FIOCRUZ/SINOTOX No MS - Word© as tabelas são construídas pelo comando tabela. Dentro dele existe a opção inserir tabela. Na janela inserir tabela deve-se escolher o número de colunas e linhas que a tabela terá. Depois é necessário preencher com as informações necessárias, apagar as linhas e configurar as linhas visíveis para as espessuras desejadas. Exercícios: 1. Os prontuários dos pacientes de um hospital estão organizados em um arquivo, por ordem alfabética. Qual é a maneira mais rápida de amostrar 1/3 do total de prontuários? 2. Um pesquisador tem dez gaiolas que contem, cada uma, seis ratos. Como o pesquisador pode selecionar dez ratos para uma amostra? MEDICINA VETERINÁRIA Professora Márcia Kubiak Sato, Esp. Bioestatística – Medicina Veterinária – pág.6/6 3. Organize os dados de nascidos vivos registrados segundo o ano de registro: 1984, 1985 e 1986, respectivamente, 2559038; 2619604 e 2779253. A fonte é o IBGE (1988). 4. De acordo com o IBGE (1988) os suicídios ocorridos no Brasil, em 1986, tiveram as seguintes causas: Alcoolismo, Dificuldade Financeira, Doença Mental, Outro Tipo de Doença, Desilusão Amorosa e Outras Causas. Estas causas registraram, respectivamente, as seguintes freqüências 263, 198, 700, 189, 416 e 217. Construir uma tabela com a freqüência e com a freqüência relativa. 5. De acordo com o IBGE (1988) ocorreram, em acidentes de trânsito, 27306 casos de vítimas fatais, assim distribuídas: 11712 pedestres; 7116 passageiros e 8478 condutores. Faça uma tabela para apresentar estes dados. Apresente também as freqüências relativas e o total. Separe o total das demais indicações por uma linha.
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