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1 APARELHO REPRODUTOR MASCULINO Constituição: Gônadas Masculinas – Testículos Vias Espermáticas Glândulas Anexas Órgão Copulador –Pênis Escroto Funículo Espermático TESTICULOS Principal órgão do aparelho reprodutor masculino. Órgãos cujo volume não apresenta qualquer proporção fixa em relação ao tamanho do corpo. Entre as espécies domésticas, são pequenos em gatos e grandes em ovinos e caprinos. Apresentam duas funções principais: Espermatogênica - produção de SPTZ. Androgênica – secreção de hormônios (testosterona) O componente endócrino funciona normalmente à temperatura interna do organismo, mas na maioria dos mamíferos a produção bem sucedida de gametas masculinos requer uma temperatura alguns graus, mais baixa que a de dentro do abdome. Por essa razão, embora os testículos se desenvolvam dentro do abdome, mais tarde migram, descendo através do canal inguinal até ficarem dentro do escroto, uma bolsa de pele e fáscias subjacentes, variavelmente disposta entre a virilha e o períneo. 1- Localização: São em numero de dois, situados na maioria das espécies fora do abdome, em uma bolsa cutânea; o escroto que apresenta situação: 1.1- Inguinal – ruminantes 1.2 - Perineal – suíno e felino 1.3 - Em posição Intermediária em eqüinos e caninos 1.4 - Intrabdominal – aves. Nos coelhos e ratos e pequenos mamíferos (roedores e morcegos) – o anel inguinal permanece aberto durante a vida adulta há um livre transito do testículo, que descem para o escroto durante a época da reprodução. 2- Posição 2.1 - Vertical – ruminantes 2.2 - Horizontal – eqüinos e caninos 2.3 - Obliqua – suíno e felino 2 3-Forma: ovóide ou elipsóide Apresentam: 2 Faces, 2 bordos, 2 extremidades 3.1 Ruminantes: forma elíptica, com seus eixos longitudinais verticais. Faces – livres e convexas (em todas as espécies) Laterais: Direita e Esquerda Bordos: Cranial – livre e convexo Caudal – inserção do corpo do epidídimo Extremidades: Dorsal – inserção de cabeça do epidídimo e funículo espermático Ventral – inserção da cauda do epidídimo 3.2. Eqüino: mais arredondados que os do bovino Bordos: Dorsal – inserção do corpo do epidídimo Ventral – livre Extremidades Cranial – inserção cabeça do epidídimo Caudal – inserção da cauda do epidídimo 3 3.4 Suíno Bordos: Dorsal – inserção do corpo epidídimo Ventral – livre Extremidades: Cranioventral – inserção da cabeça do epidídimo Caudodorsal – insersão da cauda do epidídimo 4 4. Estrutura dos testículos A maior parte da superfície do testículo está coberta por uma túnica serosa, a túnica vaginal visceral (peritônio visceral), por baixo desta cobertura serosa está a túnica albugínea, uma forte cápsula composta de tecido fibroso, branco e denso, e fibras musculares lisas. A albugínea emite trabéculas ao interior do testículo dividindo-o em lóbulos e formando no centro o mediastino testicular (massa de tecido conjuntivo onde se localiza a rede testicular). O eqüino não apresenta um mediastino distinto como nos outros animais. O parênquima testicular consiste em túbulos seminíferos (formado por epitélio germinativo – local de produção de SPTZ). Os túbulos são, a princípio, muito tortuosos (túbulos seminíferos contorcidos), que se fusionam entre si formando os túbulos retos que perfuram o mediastino transformando-se numa rede chamada de rede testicular ou rete testis, que se dirige para a borda inserida da glândula formando de 10 a 14 ductos eferentes que perfuram a albugínea e penetram na cabeça do epidídimo. Células de Sertoli – localizada na base do epitélio nos túbulos seminíferos. São os elementos somáticos do epitélio seminífero; em mamíferos adultos elas não se dividem e mantém o seu numero invariável após a puberdade. São extremamente resistentes a injurias drásticas capazes de afetar os demais tipos celulares do epitélio seminífero. Tecido Intersticial – formado por tecido conjuntivo frouxo e Células Intersticiais de Leydig (ou Endocrinócitos Intersticiais) responsáveis pela síntese de hormônios esteróides andrógenos (Testosterona) a partir do colesterol. A testosterona é necessária ao desenvolvimento e a manutenção morfológica e funcional das glândulas acessórias do aparelho reprodutor masculino. Manutenção das características sexuais secundárias e da libido. Também é necessária, na manutenção da espermatogênese (maturação das espermátides). 5 VIAS ESPERMÁTICAS São condutos que permitem a excreção do sêmen desde a porção terminal dos túbulos seminíferos até a uretra. 1. Túbulos Retos – são pequenos tubos de forma retilínea que unem os túbulos seminíferos à rede testicular situada no Mediastino Testicular. 2. Rede Testicular – é um emaranhado de túbulos, localizado no Mediastino Testicular. Abandonando o testículo e indo para o Epidídimo temos os: 3. Ductos Eferentes – reunião dos túbulos da rede testicular, que perfuram a Túnica Albugínea e penetram na cabeça do Epidídimo. 4. Epidídimo – é um órgão tubular situado ao longo de um dos bordos do testículo. Está coberto pela túnica vaginal visceral e uma delgada albugínea. Divide-se em: cabeça, corpo e cauda. Cabeça do Epidídimo – está firmemente presa à túnica albugínea. Apresenta forma de “U” e recebe os Ductos Eferentes que se reúnem para formar o Ducto do Epidídimo. Corpo do Epidídimo – formado pelo Ducto do Epidídimo, conduto longo e flexuoso derivado da reunião dos ductos eferentes. Apresenta um epitélio cilíndrico pseudoestratificado com estereocílios e uma camada muscular circular de músculo liso. Cauda do Epidídimo – tem a forma globosa e é bem desenvolvida, sendo facilmente palpada externamente. Está firmemente ligada ao testículo pelo Ligamento Próprio do Testículo (resquício do Gubernaculum Testis) e à Fascia Espermática Interna pelo Ligamento da Cauda do Epidídimo. Funções do Epidídimo: Absorção de líquido e SPTZ defeituosos. Transporte de SPTZ Maturação dos SPTZ (começam a adquirir capacidade para a fertilização). Armazenamento dos SPTZ. Secreção de enzimas – Anti-aglutininas e GPC (Glicerilfosforilcolina) 5. Ducto Deferente - origina-se do ducto do epidídimo por modificações estruturais gradativas. Estende-se desde a extremidade ventral (touro) ou caudal (cavalo) do testículo, até a uretra pélvica, próximo a junção do colo da bexiga e inicio da uretra, no Colículo Seminal. É um tubo ondulado quando emerge, mas torna-se retilíneo quando segue em direção ao abdome, apresenta um aspecto uniforme e parede muscular espessa que confere dureza ao tato. 6 Na maioria das espécies (exceto porco e gato), o ducto deferente apresenta em sua extremidade terminal uma dilatação denominada de Ampola do Ducto Deferente (glândula ampular). O ducto deferente sobe medialmente no Funículo Espermático, em uma prega de peritônio denominada de Mesoducto, ao alcançar a cavidade abdominal através do anel inguinal; afasta-se das estruturas do funículo espermático. Curva-se caudalmente em direção a face dorso-lateral do colo da bexiga, e juntamente ou não com o ducto excretor da glândula vesicular abre-se em um pequeno divertículo, nos lados do colículo seminal. A abertura comum é o óstio ejaculatório. Vascularização: O testículo é irrigado pela artéria testicular, ramo da aorta abdominal. A artéria desce na parte cranial do funículo espermático e é muito tortuosa próxima ao testículo; ao atingir a borda de inserção daglândula passa caudalmente, de modo flexuoso, fornecendo ramos para o testículo e epidídimo. As veias ao deixarem o testículo formam o plexo pampiniforme ao redor da artéria no funículo espermático. A veia espermática, que surge deste plexo, normalmente une-se com a veia cava caudal no lado direito e com a veia renal esquerda no lado esquerdo. Os vasos linfáticos seguem, em geral, o percurso das veias e penetram nos nódulos linfáticos lombares. Os nervos, derivados dos plexos: renal e mesentérico caudal formam o plexo testicular ao redor dos vasos. 7 GLANDULAS ANEXAS Glândulas Vesiculares (ou Vesículas Seminais) Próstata Glândulas Bulbouretrais 1. Glândulas Vesiculares (Vesículas Seminais) No garanhão, são duas glândulas em forma de saco alongado, quase piriformes, localizadas em cada lado da parte caudal da superfície dorsal da bexiga urinária, lateralmente às porções terminais de cada ducto deferente. No touro, as glândulas vesiculares são lobuladas. O ducto excretor abre-se no colículo seminal imediatamente lateral ao ducto deferente No suíno, as glândulas vesiculares são lobuladas, extremamente grandes e estendem-se dentro da cavidade abdominal. São massas piramidais com três faces, e estão cobrindo a parte caudal da bexiga urinária, ureteres, ducto deferente, corpo da próstata e a parte cranial da uretra. Ausentes no cão e no gato A extremidade livre dessas glândulas é voltada cranialmente nos ruminantes e eqüino e caudalmente nos suínos. Função: secreção de Liquido Seminal, liquido claro que fornece volume, nutrientes e substancias tampão ao sêmen (manutenção do pH) Representa 50% do volume ejaculado de um touro. Volume de sêmen por ejaculado Eqüino: 60 – 100 ml Touro: 5 a 8 ml Carneiro: 0,8 a 1,2 ml Porco: 150 – 200 ml 2. Próstata É uma glândula lobulada que se situa sobre o colo da bexiga e o início da uretra. Consiste, no garanhão, de dois lobos laterais e um istmo de ligação, uma parte disseminada está ausente. Apresenta de 15 a 20 ductos prostáticos de cada lado, que perfuram a uretra e abrem-se na parede lateral ao colículo seminal. Nos ruminantes, a próstata consiste em um corpo e uma porção disseminada entre as fibras do músculo uretral. O pequeno ruminante possui apenas uma parte disseminada, que circunda completamente a uretra. No touro, a parte disseminada da próstata, circunda a parte pélvica da uretra. Os ductos prostáticos se abrem em fileiras no interior da uretra, no colículo seminal. No suíno, a próstata consiste de duas partes, como no bovino. O corpo sobrepõe-se ao colo da bexiga urinária e à uretra em sua junção e está oculta pelas glândulas vesiculares. A parte 8 disseminada forma uma camada que circunda a parte pélvica da uretra e está coberta pelo músculo uretral, exceto dorsalmente. No cão e gato, a próstata é relativamente grande; é globular e circunda o colo da bexiga urinária e uretra, em sua junção. Os ductos são numerosos 3. Glândulas Bulbouretrais São em número de duas, estão situadas em ambos os lados da parte pélvica da uretra, próximo ao arco isquiático. Estão cobertas pelo músculo uretral. No garanhão, cada glândula tem de seis a oito condutos excretores que se abrem na uretra, caudalmente aos ductos prostáticos e próximos ao plano mediano. No touro, as glândulas bulbouretrais são menores que no garanhão, podem não ser notadas, pois estão cobertas por uma espessa camada de tecido fibroso denso e também, parcialmente, pelo músculo bulboesponjoso. No suíno, as glândulas bulbouretrais são cilíndricas e longas. Superam em volume todas as demais glândulas projetam-se cranialmente, chegando a tocar com suas extremidades livres as próprias glândulas vesiculares (contribuem para a formação da substancia gelatinosa do sêmen). Situam-se em cada lado e sobre os dois terços caudais da uretra pélvica; possuem uma superfície lobulada. Cada glândula tem um ducto excretor que abre-se na uretra próximo ao arco isquiático. O cão não apresenta as glândulas bulbouretrais. No gato situam-se caudalmente à próstata e possuem o tamanho de uma ervilha. Os ductos abrem-se na raiz do pênis. 9 ÓRGÃO COPULADOR – PÊNIS Pênis ou Verga Órgão cilíndrico e longo, que vai do arco isquiático até a região umbilical. Divide-se em: 1. Raízes 2. Corpo 3. Extremidade Livre ou Glande 1. Raízes São em numero de duas, constituídas de dois ramos e de um bulbo do pênis Os ramos têm inserção nas bordas laterais do arco isquiático e estão recobertos pelos músculos isquiocavernosos. Após curto trajeto os ramos se fundem, formando o Corpo Cavernoso do Pênis. Ele é composto essencialmente por filamentos de músculo liso, entre os quais há espaços cavernosos. Estes espaços podem ser considerados como capilares; eles contêm sangue, são forrados por células endoteliais planas que repousam sobre uma camada de tecido conjuntivo delicado, e são diretamente contínuos com as veias do pênis. A ereção é produzida pela distensão destes espaços com sangue. A uretra segue ventral ao corpo cavernoso do pênis. O Bulbo do pênis é uma expansão caudal do corpo esponjoso do pênis, forma um tubo ao redor da uretra. O Bulbo do pênis continua em direção a extremidade livre do pênis como Corpo Esponjoso do Pênis (estrutura semelhante à do corpo cavernoso, mas as trabéculas são bem mais finas). O bulbo do pênis está recoberto pelo Músculo Bulboesponjoso. 2. Corpo do pênis – parte media que se fixa à sínfise isquiática pelos Ligamentos Suspensórios do Pênis. Nas faces: Dorsal – observa-se artérias, veias e nervos Ventral – a uretra e o músculo retrator do pênis 3. Extremidade Livre ou Glande – é grande sua variação morfológica, nas diferentes espécies. Nas espécies que apresentam uma glande diferenciada é constituída pelo Corpo Esponjoso da Glande. É bem diferenciada no eqüino e carneiro Eqüino – semelhante a um cogumelo observa-se uma Coroa da Glande (parte mais larga), Fossa da glande – sulco que circunda o processo uretral Processo uretral – prolongamento da uretra alem da extremidade peniana Carneiro - o processo uretral prossegue de 2 a 3 cm alem da glande, como uma expansão afilada. 10 Bovino – a glande é assimétrica, ventralmente encurvada e ligeiramente torcida para a direita, de maneira que a uretra está localizada lateralmente. Suíno – não apresenta uma glande diferenciada, forma espiralada (ejacula diretamente no corpo do útero) Cão –Bulbo da glande – parte dilatada Parte Longa da Glande – parte cilíndrica distal. Gato – único entre as espécies domésticas, a apontar caudoventralmente a partir do arco isquiático. Glande pequena, e sua superfície livre apresenta pequenas papilas queratinizadas. Estrutura do Pênis 1. Túnica Albugínea – tecido conjuntivo espesso que envolve um tecido erétil o Corpo Cavernoso do Pênis. 2. Corpo Cavernoso do Pênis -apresenta um sulco ventral para acomodar a uretra que esta situada no interior de outro tecido erétil denominado de Corpo Esponjoso do Pênis. 3. Corpo Esponjoso da Glande – elemento de constituição da extremidade livre do pênis, nos animais que apresentam a glande diferenciada. No cão – a parte distal do corpo cavernoso se transforma em osso – o Osso Peniano. 11 Bovino – pênis de natureza fibroelástica – pouco sangue adicional precisa ser retido para fazer com que esse tipo fique ereto. Apresenta duas flexões em forma de “S” na regiãoretro-escrotal (atrás do escroto) denominadas de “S” Peniano ou Flexura Sigmóide. (quando esta se desfaz há a exposição do pênis) Eqüino – de natureza musculocavernoso (espaços sanguíneos maiores) – necessita quantidades maiores de sangue para ocorrer ereção (aumento do comprimento e diâmetro). 12 Suíno – de natureza fibroelástico, e Flexura Sigmóide, pré-escrotal (na frente do escroto). Músculos do Pênis Músculos Isquiocavernosos – também denominado músculo eretor do pênis, originam-se no arco isquiático e acompanham os ramos do pênis até sua fusão. Ele puxa o pênis de encontro à pelve e auxilia na produção e manutenção da ereção ao comprimir as veias dorsais do pênis. Músculo Bulboesponjoso – é o músculo que recobre a superfície do Bulbo do pênis e se localiza ventral ao corpo esponjoso do pênis. Músculos Retratores do Pênis – Composto principalmente de fibras musculares lisas. Originam-se nas vértebras caudais, descem pelo períneo, inclinando-se lateralmente ao passar ao redor do canal anal e seguem ao longo da superfície ventral do pênis, até próximo a glande. Atuam no retorno do pênis ao prepúcio depois da ejaculação. Vascularização do Pênis O pênis é suprido por três artérias: pudenda interna, obturatória e pudenda externa. A artéria do pênis é ramo da pudenda interna e próximo ao arco isquiático, divide-se em: artérias do bulbo, na artéria profunda e na artéria dorsal do pênis. A artéria do bulbo penetra entre os dois ramos do pênis e divide-se em diversos ramos dentro do bulbo, enquanto a artéria profunda supre as estruturas cavernosas. A artéria dorsal é relativamente pequena e supre apenas a parte caudal adjacente do pênis. A artéria média ramo da artéria obturatória (que é ramo da artéria ilíaca A – Bovino pênis tipo fibroelástico B – Eqüino pênis tipo musculocavernoso 13 interna), penetra no pilar do pênis e ramifica-se na túnica albugínea. A artéria pudenda externa emite a artéria cranial do pênis, ramos da qual passam através da albugínea. As veias correspondentes formam um rico plexo no dorso e lados do pênis. Os vasos linfáticos correm com as veias e vão para os linfonodos escrotais. Os nervos são derivados essencialmente dos nervos pudendos e do plexo pélvico (fibras parassimpáticas). PREPUCIO É uma dupla invaginação da pele abdominal que cobre a glande do pênis quando em repouso e o corpo quando em ereção. Estende-se do escroto até o umbigo. Anteriormente observa-se o Óstio Prepucial, através do qual o pênis deverá se expor. Ventralmente – observa-se uma Rafe (continuação da Rafe Escrotal) Estrutura: Camada externa – pele semelhante ao escroto Camada interna – membrana mucosa com glândulas sebáceas grandes e glândulas em espiral. Volta-se para a extremidade livre do pênis e prossegue como a cobertura da parte livre do pênis, após refletir-se na profundidade da cavidade prepucial. A secreção das glândulas prepuciais, juntamente com células epiteliais descamadas, forma o gorduroso esmegma do prepúcio, que possui um cheiro forte e desagradável. Nos suínos – temos dorsalmente um Divertículo Prepucial – uma espécie de bolsa que contem um liquido de odor desagradável (urina + esmegma) Nos gatos o prepúcio é espesso, mas curto, e freqüentemente encoberto por pêlos; seu orifício se volta caudalmente e a urina é ejetada nessa direção. 14 ESCROTO Varia na forma e localização de acordo com os testículos que contem de uma determinada espécie. Estrutura: 1. Pele – é relativamente fina e contem abundante quantidade de glândulas sebáceas e sudoríparas. 2. Túnica Dartos – camada de tecido fibromuscular. Intimamente aderida à pele, contem feixes de fibras musculares lisas algumas fibras elásticas e tecido conjuntivo frouxo. Contribui para a divisão do escroto em duas lojas ou compartimentos por meio de um Septo Mediano ou Septo do Escroto. Importante na termoregulação testicular No frio, a contração de suas fibras musculares lisas provoca um pregueamento da pele do escroto, diminuindo a superfície exposta à temperatura ambiente. 3. Fascia Espermática Externa – deriva do Músculo Obliquo Externo do Abdome. 4. Músculo Cremaster – é um prolongamento do Músculo Obliquo Interno do Abdome Auxilia na termoregulação testicular 5. Fáscia Espermática Interna --deriva da Fáscia Transversal, lamina conjuntiva que recobre a face dorsal do Músculo Transverso do Abdome 6. Túnica Vaginal – é uma prega de peritônio, de natureza serosa de aspecto brilhante com dupla parede. Observa-se: Lâmina Parietal – reveste a superfície interna da Fáscia Espermática Interna Lamina Visceral – recobre o testículo e epidídimo e o funículo espermático e esta aderida a Túnica Albugínea. Entre as laminas Parietal e Visceral da Túnica Vaginal há a Cavidade Vaginal onde observamos um liquido seroso com a função de lubrificar e facilitar o movimento dos testículos dentro do saco formado pelas túnicas vaginais. A Lâmina Visceral caudalmente dobra-se e passa a revestir a face interna da Fáscia Espermática Interna, sendo denominada de Lamina Parietal. Desta reflexão resultam pregas, que são denominadas de acordo com as estruturas que recobrem, portanto temos: Testículos –Mesórquio Epidídimo –Mesepidídimo Ducto Deferente – Mesoducto deferente Funículo – Mesofunículo 15 FUNÍCULO ESPERMÁTICO (Cordão Espermático) O funículo espermático (ou cordão espermático) tem início no anel inguinal profundo, onde suas partes constituintes se reúnem, estende-se oblíqua e ventralmente através do canal inguinal, passa sobre o lado do pênis, e termina na borda inserida do testículo. Consiste das seguintes estruturas: 16 1. Artéria testicular 2. Veias Testiculares, que formam o plexo pampiniforme ao redor da artéria. 3. Vasos Linfáticos, que acompanham as veias. 4. Nervos do plexo testicular do SNA, que correm com a artéria. 5. Ducto deferente. 6. Feixes de tecido muscular liso ao redor dos vasos. 7. Camada da túnica vaginal visceral. Ocasionalmente, os clínicos incluem a vaginal comum e as estruturas situadas fora dela: músculo cremaster, os vasos e o nervo genitofemoral. 17 Observação: Durante a descida testicular, a gônada migra caudalmente dentro do abdome para o anel inguinal profundo. Atravessa a parede abdominal, emerge no anel inguinal superficial e vai se localizar no escroto. A descida obedece ao trajeto fornecido pelo Gubernaculum Testis (ligamento inguinal de Gônada). URETRA MASCULINA Longo tubo músculo membranoso que se estende desde a bexiga (óstio interno da uretra) até a glande do pênis (óstio externo da uretra). Passa caudalmente no assoalho da pelve, dobra ao redor do arco isquiático, formando uma curva acentuada, e passa cranialmente com parte do pênis, circundada no corpo esponjoso do órgão. Pode ser dividida em duas partes, a pélvica e a esponjosa ou peniana (extrapélvica). A parte pélvica origina-se no colo da bexiga urinária sem haver diferenciação, após a próstata dilata-se. Está envolvida pelo músculo uretral, exceto em sua origem. Colículo seminal - é um espessamento da mucosa situada medialmente na parede dorsalda parte pélvica da uretra, logo após o óstio interno da uretra. Nos lados do colículo há um divertículo onde se abrem o ducto deferente e o ducto da glândula vesicular (óstios ejaculatórios). Os óstios dos ductos prostáticos estão nos dois grupos de pequenas papilas, colocadas lateralmente aos óstios ejaculatórios. 18 A parte peniana se estende da saída da pelve até a glande do pênis, numa espécie de calha, ventral ao corpo cavernoso, está circundada pelo corpo esponjoso do pênis e pelo músculo bulboesponjoso. Passa através da glande e projeta-se cranialmente por 2,5 cm na fossa da glande como um tubo livre, o processo uretral, no garanhão. No ovino e caprino o processo uretral é maior e torcido. Nos outros animais não ocorre o processo uretral. 19
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