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Ancilostomídeos- Resumo - Parasitologia Farmácia UFRGS

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Filo: Nematoda 
Classe: Secernentea 
Ordem: Strongylida 
Superfamília: Ancylostomatoidea 
Família: Ancylostomatidae 
(Ankylos= curvo; tomma= boca) 
Gêneros: Ancylostoma e Necator 
 
● Doença:ancilostomose/ancilostomíase. 
● Processo patológico de curso crônico,         
pode ser fatal. Negligenciada. 
● A. duodenale predominante em regiões         
temperadas, embora ocorra também       
em regiões tropicais. 
● N. americanus ocorre em regiões         
tropicais, temperaturas altas.  
● A patogenia da enfermidade é         
diretamente proporcional ao número de         
parasitos presentes no intestino delgado. 
● 900 milhões de infectados, 60 mil mortes. 
 
MORFOLOGIA  
● Subfamília ​Ancylostominae​: espécies que       
apresentam dentes na margem da boca  
(​A. duodenale​). 
● Subfamília ​Bunostominae: espécies que       
possuem lâminas cortantes     
circundando a margem da boca (​N.           
americanus​). 
● Larva rabditóide tem esôfago bulbar,         
filarióide tem esôfago retilíneo. 
 
 
 
 
● 22 mil ovos/dia. 
● Adultos machos e fêmeas       
cilindriformes, com a extremidade       
anterior curvada dorsalmente. 
● Cápsula bucal profunda e       
desenvolvida, com dois pares de         
dentes ventrais na margem interna da           
boca, e um par de lancetas ou dentes               
triangulares subventrais no fundo da         
cápsula bucal.  
● Em ambos os sexos, a cor é             
róseo-avermelhada, quando a fresco,       
e esbranquiçada, após mortos por         
soluções fixadoras.  
● Dimorfismo sexual é acentuado       
(maiores dimensões das fêmeas,       
morfologia da extremidade posterior). 
Machos: 8 a 11 mm de comprimento             
por 400 ​µm​ de largura 
❏ extremidade posterior com bolsa       
copuladora, curvada dorsalmente. 
❏ Esbranquiçados. 
Fêmeas: com 10 a 18 mm de             
comprimento por 600 ​µm ​de largura. 
❏ extremidade posterior afilada.  
 
 
  
● Adultos com forma cilíndrica,       
extremidade cefálica bem recurvada       
dorsalmente. 
● 9000 ovos/dia. 
● Cápsula bucal profunda, com duas         
lâminas cortantes, ​seminulares. 
● Fundo da cápsula bucal com um           
dente longo, sustentando por uma         
placa subdorsal e duas lancetas         
(dentículos), triangulares. 
● Coloração róseo-avermelhada (a     
fresco) e esbranquiçados (após       
fixação).  
Machos: menor do que a fêmea, medindo             
5 a 9mm de comprimento por 300 ​µm de                 
largura. 
❏ bolsa copuladora bem desenvolvida.       
Fêmeas: medem 9 a 11 mm de             
comprimento por 350 ​µm​ de largura. 
❏ extremidade posterior afilada. 
 
 
Ovos 
❏ Forma oval, sem segmentação ou         
clivagem, com 60 ​µm por 40 ​µm de               
diâmetro.  
❏ Membrana fina, blastomerizado. 
❏ EPF por flutuação. ​Para larvas,         
Baermman Moraes. 
❏ Diferença de ovo de Ascaris: uma           
membrana só (único). 
❏ Podem eclodir e encontramos larvas L1           
nas fezes. 
❏ Espaço hialino entre as células e a             
casca do ovo. 
 
CICLO BIOLÓGICO 
● Direto, não necessitando de hospedeiros         
intermediários. Geohelminto. 
● Faz ciclo de Loss. 
● Duas fases são bem definidas: a           
primeira, no meio exterior, é de vida livre.               
A segunda, no hospedeiro definitivo,         
obrigatoriamente de vida parasitária.  
1. Os ovos depositados pelas fêmeas (após           
a cópula), no intestino delgado do           
hospedeiro. 
2. Eliminados para o meio exterior através           
das fezes.  
3. No meio exterior, necessitam de um           
ambiente propício, principalmente boa       
oxigenação, alta umidade e       
temperatura elevada.  
4. Formação da larva de primeiro estágio           
(L1), do tipo rabditóide, e sua eclosão.  
5. Ganha nova cutícula externa,       
transformando-se em L2., que é também           
do tipo rabditóide.  
6. L2 começa a produzir uma nova           
cutícula, internamente, que passa a ser           
coberta pela cutícula velha, formando         
larva L3​, do tipo ​filarióide​, denominada           
larva ​infectante (única forma       
infectante). A infecção só ocorre         
quando a L3 filarióide penetra         
ativamente​, através da pele, conjuntiva         
e mucosas, ou ​passivamente​, por via           
oral.  
7. Iniciam o processo de penetração. Da           
pele, as larvas alcançam a circulação           
sanguínea ou linfática. 
8. Chegam ao coração e pulmões.         
Atingindo os alvéolos, bronquíolos,       
traquéia, faringe e laringe.  
9. Ingeridas, alcançando o ​intestino       
delgado​, seu ​hábitat final​. Ali, a larva             
começa a exercer o ​parasitismo         
hematófago​, fixando a cápsula bucal         
na mucosa do duodeno.  
10. Os adultos iniciam a cópula, seguida           
de postura. 
 
  
 TRANSMISSÃO 
● L3 penetram tanto por via oral como             
transcutânea.  
● Auto-infecção endógena não ocorre. 
 
PATOGENIA 
❏ Causa primária: migração das larvas e           
a implantação dos parasitos adultos         
no intestino delgado do hospedeiro.  
❏ Causa secundária: em razão da         
permanência dos parasitos no       
intestino delgado, vários fenômenos       
fisiológicos, bioquímicas e     
hematológicos estão associados.     
Geralmente curso ​crônico​.   
❏ Lesões traumáticas, seguidas por       
fenômenos vasculares. Sensação de       
"picada", hiperemia, prurido e edema         
resultante do processo inflamatório ou         
dermatite. 
❏ A intensidade das lesões está ligada ao               
número de larvas e da sensibilidade do             
hospedeiro.  
❏ Alterações pulmonares, resultantes da       
passagem das larvas, são pouco usuais.           
Tosse e febrícula.  
❏ Parasitismo intestinal que bem caracteriza         
a ancilostomose. Sinais e sintomas         
abdominais podem ser evidentes. Dor         
epigástrica, diminuição de apetite,       
indigestão, cólica, indisposição, náuseas,       
vômitos, flatulências, podendo ocorrer       
diarréia sanguinolenta.  
❏ A anemia é o principal sinal. ​Desnutrição,             
hipoproteinemia, leucocitose. 
 
IMUNOLOGIA 
Eosinofilia é o mais marcante registro           
imunológico, além de aumento de         
anticorpos IgE e IgG.  
 
DIAGNÓSTICO 
Clínico: ​associação de sintomas       
cutâneos, pulmonares e intestinais,       
seguidos ou não de anemia.  
Laboratorial: ​exame parasitológico de       
fezes. ​Métodos de sedimentação       
espontânea​, sedimentação por     
centrifugação e flutuação.  
❏ Os métodos não permitem identificar         
nem o gênero nem as espécies do             
agente etiológico.  
 
EPIDEMIOLOGIA  
a) ocorre preferencialmente em crianças       
com mais de seis anos, adolescentes e em               
indivíduos mais velhos. Podem viver até 18             
anos. 
b) Presentes em locais temperados e         
tropicais. 
c) No Brasil, é mais frequente por ​N.             
americanus​.  
 
CONTROLE  
● Saneamento básico, educação sanitária,       
suplementação alimentar de ferro.  
● Dar destino seguro às fezes humanas,           
lavar sempre as mãos antes das           
refeições, lavar os alimentos que são           
consumidos crus; beber água filtrada ou           
previamente fervida, medicamento nos       
pacientes. 
 
TRATAMENTO 
Pamoato de pirantel, Mebendazole, 
Albendazole 
- Alimentação suplementar, -Sulfato 
ferroso