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Utilizacao do Metodo de Guerchet como fe

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XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 
 
Utilização do Método de Guerchet como ferramenta para o 
dimensionamento de arranjos físicos em canteiros-de-obra: cálculo do 
parâmetro “K” da componente Superfície de Circulação 
Fábio Giovanni Xavier de Oliveira (UFF) fabio_civil@yahoo.com.br 
Resumo 
O presente estudo refere-se ao cálculo do coeficiente K da componente Superfície de Circulação 
do Método de Guerchet para estimação de áreas de arranjos físicos na Indústria da Construção 
Civil. O cálculo foi concebido, comparando-se as equações em função de K, provenientes do 
método de Guerchet e as áreas reais obtidas através de um dimensionamento de arranjo físico 
baseado nos critérios de Olivério (1985) para três equipamentos de uso corriqueiro em 
canteiros de obras do subsetor Edificações: Betoneira de 360l, Endireitadeira de aço e Serra 
Circular com Bancada. 
Palavras Chave: Método de Guerchet; Arranjo Físico; Planejamento das Instalações de 
Produção. 
 
 
1. Introdução 
A construção Civil, conforme comentário de Gomes (2001), é considerada tecnológica e 
organizacionalmente atrasada, especialmente no subsetor Edificações, contando com métodos de 
gestão ultrapassados. 
Dessa forma, a contribuição da Engenharia de Produção é de bastante valia, principalmente 
naquelas áreas mais relacionadas com o chão de fábrica, onde vários autores têm comentado a 
respeito de enormes perdas e desperdícios em canteiros de obra, muito em função de uma falta de 
planejamento das instalações produtivas. 
Apesar da grande necessidade de estudos nesse ramo de atividade, pouco tem sido feito para 
reverter essa situação, é notório a falta de dados a respeito do planejamento das instalações de 
produção em canteiro de obras, o que de certa forma motivou e justificou a relevância do tema 
proposto. 
A Indústria da Construção Civil ainda possui um agravante para esse relativo baixo nível de seus 
processos organizacionais e tecnológicos, que é o caráter de projeto de suas empresas, ou seja, 
cada bem produzido tem sua característica produtiva o que dificulta a padronização dos processos. 
Algumas empresas do setor vêm buscando melhorias organizacionais, muito em função da pressão 
social, que vem forçando os órgãos estatais a se empenharem na fiscalização da utilização dos 
espaços públicos (praças, ruas, calçadas) contra a sua utilização como depósito de materiais, 
diminuindo sobremaneira os espaços físicos “disponíveis” das empresas. 
Segundo Villar (2001), a tarefa de elaboração de um arranjo físico é árdua, sob a ótica de que, são 
várias as variáveis que influenciam no processo, e todas com alto grau de interdependência. O 
mesmo autor comenta ainda que, ao se minimizar a quantidade de hipóteses simplificadoras, mais 
reais serão os modelos, e que segundo Mechline (1979) apud Villar (2001), todo planejamento 
deve ser concebido baseado no fluxo de materiais. 
XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 
 
Tubino (1999) classifica o processo produtivo conforme o tipo de operação e a demanda que está 
sujeito o produto: 
• Processos Contínuos; 
• Processos Repetitivos em Massa; 
• Processos Repetitivos em Lote; 
• Processos por Projeto. 
Os Lay-outs das empresas que realizam projetos, ainda conforme explicação de Tubino (1999), 
devem atender a uma necessidade individual do cliente com todos os serviços visando este fim. Os 
produtos possuem restrições de prazo, de orçamento e de escopo, exigindo alta flexibilidade. 
Quando esse tipo de produção desenvolve bens de grande volume e peso, como é o caso da 
Construção Civil, o arranjo físico utilizado é do tipo posicional, cuja característica é o 
deslocamento dos recursos em direção ao produto em processamento. 
O método de Guerchet é recomendado por Olivério (1985) apud Villar (2001) para estimar a 
necessidade de áreas de cada centro de produção, sendo bastante útil na estimação de áreas para 
instalação de novas plantas. 
Esse método considera que a área necessária para a instalação de um equipamento é a soma de três 
fatores: a Superfície Estática, a Superfície de Gravitação e a Superfície de Circulação, como 
resume Villar (2001). 
Segundo as definições de Borba (1998), a componente Superfície Estática ( eS ) do método de 
Guerchet é a área realmente ocupada pelo equipamento. A Superfície de Gravitação ( gS ) é a área 
necessária para circulação do operador, incluindo as áreas destinadas à espera de matéria-prima e 
peças em processamento junto ao posto de trabalho. A Superfície de Gravitação é estimada por : 
xNSS eg = , onde N é o número de lados utilizados pelo equipamento. A Superfície de Circulação 
(
cS ) é a área destinada à movimentação e acesso ao centro de produção e é estimada por: ( )gec SSKS += , onde K é o fator do tipo e finalidade da instalação. A estimação do valor de K 
para esses três equipamentos, mencionados anteriormente, é objetivo específico do estudo. 
Olivério (1985) apud Villar (2001) explicita que para dimensionamentos de arranjos físicos em 
fases mais avançadas de implantações de plantas produtivas, devem ser utilizados critérios de 
áreas reais, levando-se em consideração: o processo de produção; o operador na operação da 
máquina; o acesso ao operador; o acesso à manutenção; o acesso dos meios de transporte e 
movimentação; o acesso e a espera de matéria-prima, assim como de produtos acabados; os 
refugos; e o atendimento às exigências legais de ventilação, iluminação e segurança. 
No desenvolvimento do trabalho, será formulada uma comparação entre o dimensionamento de um 
arranjo físico executado para alguns equipamentos de uso corriqueiro na construção civil no sub-
setor Edificações, baseado nos critérios propostos por Olivério (1985) apud Villar (2001) e a 
estimação de área baseada no método de Guerchet tendo como variável a ser calculada a 
componente Superfície de Circulação. 
2 Desenvolvimento 
XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 
 
Os equipamentos em estudo serão: betoneira com capacidade nominal de tambor de 360l, motor 
elétrico trifásico de 2CV com rotação de 30,3 rpm; endireitadeira de aço com motor elétrico 
trifásico; serra circular elétrica trifásica com bancada e diâmetro do disco de 12”. 
A Superfície Estática de cada equipamento foi aproximada à área do retângulo circunscrito à 
figura formada pela projeção dos mesmos para facilitar os cálculos, sendo pequenos os erros 
admitidos. Os valores estão abaixo definidos: 
SerramS
eiraEndireitadmS
BetoneiramS
e
e
e
⇒=
⇒=
⇒=
2
2
2
14,1
08,1
30,1
 
Utilizando-se o método de Guerchet, temos: 
Superfície Total (S) para a betoneira 
( ) ( )
( ) 2
2
15,65,620,530,1
5,620,530,1
20,530,1430,1
mKSKSSSSS
KSKSSSKS
mSxSNxSSS
cge
ccgec
ggege
+=⇒++=⇒++=
⇒=⇒+=⇒+=
=⇒=⇒=⇒=
 
Superfície Total (S) para a endireitadeira 
( ) ( )
( ) 2
2
140,540,532,408,1
40,532,408,1
32,408,1408,1
mKSKSSSSS
KSKSSSKS
mSxSNxSSS
cge
ccgec
ggege
+=⇒++=⇒++=
⇒=⇒+=⇒+=
=⇒=⇒=⇒=
 
Superfície Total (S) para a Serra Circular 
( ) ( )
( ) 2
2
170,570,556,414,1
70,556,414,1
56,414,1414,1
mKSKSSSSS
KSKSSSKS
mSxSNxSSS
cge
ccgec
ggege
+=⇒++=⇒++=
⇒=⇒+=⇒+=
=⇒=⇒=⇒=
 
Segundo os critérios de Olivério (1985) apud Villar (2001) e recomendações de Borba (1998) foi 
desenvolvido um arranjo físico para os equipamentos estudados, que estão demonstrados nas 
figuras 1, 2 e 3. 
Comparando-se as áreas totais em função de K, obtidas através de Guerchet, com aquelas obtidas 
através de Olivério (1985) e Borba (2001), tem-se: 
Betoneira 
( )
65,1
20,1715,6
=
⇒=+
K
K
 
Endireitadeira 
( )
80,2
50,20140,5
=
⇒=+
K
K
 
XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 
 
Serra Circular com Bancada( )
30,2
80,18170,5
=
=+
K
K
 
 
 
BETONEIRA
ÁREA DE 
CIRCULAÇÃO
ÁREA DE 
CIRCULAÇÃO
ESPERA 
PRODUTO 
ACABADO
ÁREA DE 
CIRCULAÇÃO
RAMPA 
i=13º
RESERVATÓRIO 
DE ÁGUA
ÁREA TOTAL= 17,20M²
 
Figura 1 – Arranjo Físico para a área da Betoneira 
 
XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 
 
 
BANCADA 
DE SERRA 
CIRCULAR
COBERTURA E 
CIRCULAÇÃO
ÁREA 
MOVIMENTAÇÃO 
DE 
MATERIAIS
ÁREA 
MOVIMENTAÇÃO 
DE 
MATERIAIS ENDIREITADEIRA 
DE AÇO
ÁREA DE 
PUXAMENTO 
DO AÇO
CARRETEL
ÁR
EA
DE
EN
D
IR
EI
TA
M
EN
TO
ÁR
EA
D
E
CI
RC
UL
AÇ
ÃO
DO
O
PE
R
AD
OR
ÁREA TOTAL= 18,80M²
ÁREA TOTAL= 20,50M²
ÁREA DE 
CIRCULAÇÃO
 
 
 
Figura 2 – Arranjo Físico para a área da Serra Circular 
com bancada 
Figura 3 – Arranjo Físico para a área da 
Endireitadeira de aço 
XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 
 
3 Considerações Finais 
A utilização do Método de Guerchet como ferramenta para estimação do espaço físico em uma 
implantação de canteiro-de-obras é recomendada, mas, em estágios mais avançados de 
planejamento das instalações de produção os métodos de arranjo físico baseados nas dimensões 
reais dos equipamentos, assim como das áreas de circulação entre outras, são mais precisos. 
No desenvolvimento do estudo, a hipótese de igualar a equação das áreas usando os dois métodos 
pode ter levado a algumas distorções para o valor de K, é possível que uma pequena parcela desse 
coeficiente seja pertencente às outras componentes do Método de Guerchet. 
A tabela abaixo resume os resultados para os valores do coeficiente K: 
 
EQUIPAMENTO VALOR DE K 
Betoneira 1,65 
Endireitadeira de Aço 2,8 
Serra Circular com Bancada 2,3 
Tabela 1 – Valores do coeficiente K da componente Superfície de Circulação do Método de Guerchet 
4 Referências 
BORBA, Mirna de . Arranjo Físico. UFSC. Florianópolis, 1998. 42p. 
GOMES, Itamar Ribeiro. Simulação Numérica do Ensaio de Compressão de Prismas de Alvenaria pelo Método dos 
Elementos Finitos com Comportamento de Interface. Tese de Doutorado, UFSC, Florianópolis, 2001.182p. 
MECHLINE, Claude et al. Manual da Administração da Produção. 5ed. Rio de Janeiro; Fundação Getúlio Vargas, 
1979. 
OLIVÉRIO, José Luiz. Projeto de Fabrica: Produtos, Processos e Instalações Industriais. São Paulo: IBLC, 1985. 
TUBINO, Dalvio F. Sistemas de Produção: A Produtividade no Chão de Fabrica. Porto Alegre: Bookman, 1999 
VILLAR, Antônio de Melo. Inserção das Técnicas de Prevenção à Incêndio na Metodologia de Elaboração de 
Arranjos Físicos Industriais. Tese de Doutorado.UFSC, Florianópolis, 2001. 146p.

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