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O CELULAR NAS AULAS DE GEOGRAFIA: FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM OU DISTRAÇÃO?

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O CELULAR NAS AULAS DE GEOGRAFIA: FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM OU DISTRAÇÃO?
Liara Graciela Beutler ¹
Elizabeth S M Birck²
Resumo
Em um mundo cada vez mais globalizado utilizar as novas tecnologias de forma integrada ao projeto pedagógico da escola é uma maneira de se aproximar da geração atual. O contexto atual requer mudanças no sistema educacional e cultural, bem como afirmações gradativas de transformação neste mesmo sistema, em especial na forma de ensinar dos professores em geral. O objetivo desse artigo é analisar uso do celular nas aulas de Geografia, fazendo uma reflexão sobre no processo de ensino-aprendizagem com o uso do celular, visto que o mesmo encontra-se cada vez mais inserido no cotidiano dos alunos e dentro das salas de aula. Para tanto, utilizou-se como metodologia de pesquisa a revisão bibliográfica.
Palavras chave: Celular; Ensino-aprendizagem; Geografia
1 INTRODUÇÃO
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (2008) a geografia é uma ciência que se transforma na medida em que a produção social do espaço geográfico se modifica. Portanto, é uma disciplina dinâmica, pois seu conteúdo programático no ensino básico e médio envolve a mobilidade social, política e econômica, assim como as transformações da natureza.
Segundo Santos (1985), há uma relação entre a sociedade e um conjunto de formas materiais e culturais. O espaço pode ser entendido como um produto social em permanente transformação, ou seja, sempre que a sociedade sofre mudança, as formas (objetos geográficos) assumem novas funções. Novos elementos, novas técnicas são incorporados à paisagem e ao espaço, demonstrando a dinâmica social. Os objetos construídos sobre o espaço são datados e vão incorporando novas tecnologias e novas formas de produzir. Assim, a informação atualizada por parte de docentes e discentes constitui-se em um elemento primordial para as reflexões geográficas. Os celulares apresentam ferramentas, recursos e aplicativos que podem ser utilizados pelo professor de Geografia para enriquecer determinados conteúdos e atividades, viabilizando um ensino em que o aluno possa construir uma visão crítica sobre a produção social do espaço geográfico.
As tecnologias estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas, e as crianças estão tendo acesso a elas cada vez mais cedo, tornando adultos e crianças dependentes a elas. O celular com suas inovações e inúmeros recursos, tem se tornado indispensável na vida da maioria da população. Na escola não é diferente, a maioria dos alunos possuem celular, que poderá ser usado como um aliado do professor, visando aulas mais dinâmicas e atrativas. 
Alarcão (2011) salienta que o aluno já faz uso das tecnologias da informação e do conhecimento em seu cotidiano e por isso são capazes de adquirirem uma bagagem informacional diária sem necessitarem estar na escola ou da ajuda do professor. A sala de aula deixou de ser um espaço onde se procura e onde se produz conhecimento, para ser um espaço que organiza o conhecimento em aprendizagens significativas. Então os professores precisam de uma abordagem em sala de aula que se afaste da pedagogia da dependência do aluno para com o professor, e passem a ser intermediadores entre os alunos e o uso das novas tecnologias.
Por outro lado, o celular é visto por muitos educadores como empecilho as aulas, pois gera distração, prejudicando seu rendimento escolar.
Dessa forma, este artigo tem o intuito de uma reflexão sobre como o celular pode ser incluído nas praticas pedagógicas, procurando mostras suas inúmeras ferramentas como fontes de informações com grande potencial para a ciência Geográfica, além analisar a problematização, visto ainda por muitas escolas, quanto ao uso do celular em ambiente escolar, mesmo com seu grande potencial pedagógico.
Como metodologia de pesquisa, optamos pela pesquisa bibliográfica como base de nosso estudo, pois acreditamos ser essa um passo inicial na construção efetiva do saber. Segundo Macedo (2010) “a pesquisa bibliográfica é uma espécie de varredura que existe sobre o assunto, entendida como um planejamento global, inicial de qualquer pesquisa”. Macedo (2010) conclui ainda que pesquisa bibliográfica é a busca por documentos, informações que se relacionam diretamente com o tema.
2 O CELULAR EM SALA DE AULA
	As novas tecnologias de celulares trouxeram diversos desafios para os professores, e o principal deles é, certamente, como lidar com o quase inevitável uso de smartphones em sala de aula. A primeira iniciativa adotada é proibir os aparelhos em ambientes escolares, fato que gera desconforto entre os estudantes que estão acostumados com a conectividade. O tema vem sendo tratado com restrição na maioria das escolas, e prevalece a dúvida de como fazer para transformar os celulares em aliados do ensino- aprendizagem.
2.1 O CELULAR COMO IMPORTANTE FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENBDIZAGEM
	Pensar em uma proposta de trabalho educativo que leve o estudante a compreender o meio em que vive por meio da pesquisa orientada e prática do uso da tecnologia, sem dúvida, pode promover uma aprendizagem mais significativa. Em um mundo cada vez mais globalizado utilizar as novas tecnologias de forma integrada ao projeto pedagógico é uma maneira de se aproximar da geração que está nos bancos escolares.
O acesso às novas tecnologias e as diversas informações encontradas no dia a dia, tem se tornado um fato de grande relevância na vida das pessoas, pois, se torna uma forma de se atualizarem no ambiente em que vive.
	Nas escolas não é diferente, é difícil encontrar algum aluno que não tenha consigo um aparelho celular. Seabra (2013) ressalta, assim como a imensa maioria dos brasileiros (onde já temos uma quantidade muito maior de celulares do que de pessoas no país), quase todo o aluno carrega no bolso, ou na bolsa, um desses dispositivos de comunicação.
No ensino, as tecnologias têm servido como recurso metodológico, capaz de mediar na construção de aprendizagem do aluno. O uso dessas ferramentas pode influenciar no desenvolvimento do educando proporcionando um maior interesse, envolvimento, motivação, criatividade e uma visão crítica acerca dos conteúdos abordados, o que é muito importante, visto que são qualidades necessárias para a formação de um bom cidadão.
	Segundo Falavigna (2009, p.83) “o uso de meios e recursos didáticos variados como alternativas criativas dos professores na apresentação e desenvolvimento de determinados temas em sala de aula” podem adequar e auxiliar para um maior desenvolvimento das habilidades na aprendizagem dos alunos.
	Cabe ressaltar, segundo Moran (2013), que os alunos têm necessidade de lidar e enxergar significados nas aprendizagens e, com as tecnologias digitais móveis pode-se desafiar as instituições a deixarem o modelo tradicional de ensino, centrado no professor, migrando-se para uma aprendizagem centrada na participação e integração com contextos significativos.
	Já para Santos (2014), as pesquisas associadas à produção audiovisual por meio das tecnologias levam o aluno a se inserir como agente na construção do conhecimento, não apenas expectador. Enfatiza que esse novo processo de ensino aprendizagem não implica substituir livros e leituras, mas podem ser favorecidos com o uso das mídias.
	A UNESCO (2014) elenca treze bons motivos para o uso do celular em sala de aula: amplia o alcance e a equidade na educação, melhora a educação em áreas de conflito ou que sofreram desastres naturais, assiste alunos com deficiência, otimiza o tempo em sala de aula, permite que se aprenda em qualquer hora e lugar; constrói novas comunidades de aprendizado; dá suporte à aprendizado in loco, aproxima o aprendizado formal do informal, provê avaliações e feedback imediatos, facilita o aprendizado personalizado, melhora a comunicação e maximiza a relação custo-benefício da educação.
Portanto, o uso do aparelho celular por parte dos docentes é algo necessário e que trará muitas possibilidades no ensino, especialmente parao ensino de Geografia em função de suas especificidades. Segundo Lorenzato (1991), os recursos interferem fortemente no processo de ensino e aprendizagem; o uso de qualquer recurso depende do conteúdo a ser ensinado, dos objetivos que se deseja atingir e da aprendizagem a ser desenvolvida, visto que a utilização de recursos didáticos facilita a observação e a análise de elementos fundamentais para o ensino experimental, contribuindo com o aluno na construção do conhecimento.
Determinadas habilidades essenciais para o processo de ensino aprendizagem, devem ser desenvolvidas em sala de aula, tais como: leitura e compreensão de textos e imagens, representações gráficas, observação, descrição, comparação, registro e documentação, representação, análise, síntese, reflexão, entre outras. Isso faz com que o aluno tenha autonomia, como sujeito que pesquisa e produz conhecimentos para percepção do mundo. 
Além disso, no ensino da geografia utilizar outras linguagens e recursos didáticos metodológicos torna-se mais interessante e motivador na construção do conhecimento. Trabalhar com fotografias, filmes, maquetes, desenhos, mapas temáticos, imagens de satélite, músicas, textos, reportagens, televisão, dentre outros, são de grande importância para que professores e alunos juntos adquiram conhecimentos e os socializem de maneira crítica, pensando na compreensão do espaço em que vivem e na possibilidade de mudanças significativas para a sociedade (ZATTA, AGUIAR, 2008).
Portanto, percebe-se as inúmeras práticas pedagógicas que o celular pode proporcionar para as aulas, principalmente para as aulas de geografia, tais como, internet, google maps, googlo Earth, câmara fotográfica, editor de vídeo, entre outras, que podem ser utilizadas a qualquer momento da aula, já que as mesmas tem acesso fácil e rápido. Moura (2009) ressalta que o celular permite acesso rápido a conteúdos multimídia, proporcionando um novo paradigma educacional. 
O celular é capaz de levar o conhecimento juntamente com o aluno a qualquer lugar que ele vá. Ao contrário do que acontece com os cadernos, que os estudantes guardam na mochila e só olham no outro dia, o celular continua sendo utilizado após o final da aula. Sendo assim, utilizar o aparelho na sala pode ser uma forma bem interessante de expandir a capacidade do aluno na busca por conhecimento, além de proporcionar aos professores a implementação de uma novidade mais que bem-vinda no processo de aprendizagem.
De acordo com Rodrigues (2015) o celular é uma importante ferramenta pedagógica no processo de ensino-aprendizagem. Um fator principal para a obtenção de resultados positivos no aprendizado, passa pelo correto planejamento pedagógico das atividades que vierem a ser desenvolvidas pelo educador. Para tanto, é prioritário que sejam disponibilizados cursos de formação continuada, afim que estejam preparados para essa nova realidade.
Portanto, o uso do celular como ferramenta pedagógica é muito importante para atual conjuntura tecnológica em que vivemos. Os jovens adoram a tecnologia, pois isso os atrai. Cabe aos professores estar preparados e aprimorando seus conhecimentos, a fim de tornar suas aulas mais dinâmicas e atrativas, fazendo uso das inúmeras ferramentas proporcionadas pelo uso do aparelho de celular.
2.2 O CELULAR COMO FERRAMENTA DE DISTRAÇÃO DE AULAS
Segundo a UNESCO (2014), atitudes sociais negativas sobre os potenciais educativos das tecnologias móveis constituem a barreira mais imediata para a adoção ampla da aprendizagem móvel. De forma geral, as pessoas tendem a ver os aparelhos móveis (os telefones celulares em particular) como portais de diversão, não de educação. Com isso, normalmente essas tecnologias são deixadas de lado, como sendo uma distração ou uma perturbação nos ambientes escolares.
Usar aparelhos celulares dentro das escolas tornou-se uma grande polêmica nos últimos anos. Para muitos educadores o celular gera distrações, compromete o rendimento escolar e a aprendizagem. 
Conforme Ramos (2012), os aparelhos eletrônicos em sala de aula são um convite à distração durante as aulas, utilizada em excesso por muitos alunos e prejudicando o aprendizado. 
Inclusive a própria legislação paranaense apresenta certas barreiras para o uso de celular em sala de aula conforme a Lei 18118 - 24 de Junho de 2014, publicado no Diário Oficial nº. 9233 de 25 de Junho de 2014. 
Devido à divisão de opiniões em relação ao uso de celulares na escola, o tema gera certo desconforto entre os professores, pois acreditam que a regras deve valer para todos, já que muitas escolas proíbem o uso do aparelho. Para muitos educadores, o uso de celular em sala faz com que os alunos dispersem e migrem para outras páginas da internet, como facebook e Instagran, onde a prioridade são os relacionamentos sociais.
Percebe-se tal fato, analisando o relatório da UNESCO (2014) em que, no Brasil, os professores têm certa resistência em incorporar novas tecnologias. “A sala de aula ainda é o lugar de desligar o celular”, afirma Rebeca Otero, coordenadora de Educação da Unesco no Brasil, que avalia que parte disso se deve ao fato de o professor ainda não estar completamente familiarizado com essas ferramentas.
Portanto, faz-se necessário mudar esta mentalidade repressiva para uma visão mais democrática no uso destes recursos, gerando um ambiente positivo que leve a uma visão educativa do celular e não meramente uma postura moral-coercitiva que anula o potencial presente nesta tecnologia.
O guia da UNESCO (2014) traz à luz a necessidade de se treinar professores e de fazer isso com o uso de tecnologias móveis, para que eles também se apropriem dessas ferramentas para utilizá-las da melhor maneira. Para tanto elenca alguns fatores que precisam ser adotados, afim de mudar esse paradigma, são eles: priorizar o desenvolvimento profissional dos professores, pois o sucesso da aprendizagem móvel depende da capacidade dos professores para aumentar as vantagens educacionais dos aparelhos móveis; fornecer treinamentos técnico e pedagógico necessários aos professores, introduzindo soluções e oportunidades de aprendizagem móvel. Ressalta-se que embora muitos professores saibam usar aparelhos móveis, muitos não o sabem, e, à medida que se tornam mais versáteis e complexos, os aparelhos tendem a se tornar ainda mais difíceis de usar; estimular os institutos de formação de professores a incorporar a aprendizagem móvel em seus programas e currículos e; fornecer oportunidades para que educadores compartilhem estratégias para a integração efetiva de tecnologias em instituições com recursos e necessidades semelhantes.
Dessa forma, o treinamento de professores é indispensável, visto que os mesmo precisam dominar está tecnologia e criar práticas metodológicas eficazes, além de buscar maneiras de conscientização dos alunos na utilização do celular com fins meramente pedagógicos, evitando assim o uso inapropriado. Assim, evita-se a frustação e a desordem, além de apoderar o professor, que terá condições de determinar regras e aplicações. 
Para capitalizar as vantagens das tecnologias móveis, os professores devem receber formação sobre como incorporá-las com sucesso na prática pedagógica. Em muitos casos, o investimento governamental na formação de professores é mais importante que o investimento na própria tecnologia. Pesquisas da UNESCO mostraram que, sem orientação e capacitação, os professores frequentemente utilizam a tecnologia para “fazer coisas velhas de formas novas”, ao invés de transformar e melhorar abordagens de ensino e aprendizagem.
A UNESCO (2014) sugere ainda as seguintes práticas que ajudarão na mudança de mentalidade de muitos professores que ainda resistem ao uso do celular em sala de aula, tais como: destacar e elaborar modelos sobre como as tecnologias móveis podem melhorar o ensino, a aprendizagem e a gestão educacional; compartilhar os resultados de pesquisas e avaliações de projetos de aprendizagem móvel; estimular o diálogo sobre aprendizagem móvel entre as mais importantes partesinteressadas, incluindo diretores, professores, estudantes, pais, líderes locais e organizações da comunidade e; oferecer uma visão coerente sobre como a tecnologia, incluindo as tecnologias móveis, podem contribuir ainda mais para se atingir metas de aprendizagem.
2.3 O USO DO CELULAR NAS AULAS DE GEOGRAFIA
	Como já descrito anteriormente a disciplina de geografia pode ser bastante dinâmica, e o uso smartphone nessas aulas podem ajudar bastante na busca de proporcionar um aprendizado eficaz de maneira mais atrativa, devido aos inúmeros aplicativos que ele dispõe. Dessa forma, elencam-se alguns aplicativos de celular e como eles podem ser usados, ajudando os professores nas aulas de geografia:
Google maps: é um serviço de pesquisa e visualização de mapas e imagens de satélite da Terra gratuito na web (WIKIPÉDIA, 2017). Esse aplicativo é muito interessante para trabalhar paisagens, lugar, território, o espaço geográfico, pois os alunos terão uma visualização mais real do que está sendo apresentado.
Google Earth: apresenta um modelito tridimensional do globo terrestre, construído a partir de mosaico de imagens de satélite obtidas de fontes diversas, imagens aéreas (fotografadas de aeronaves) e GIS 3D. Desta forma, o programa pode ser usado simplesmente como um gerador de mapas bidimensionais e imagens de satélite ou como um simulador das diversas paisagens presentes no Planeta Terra ((WIKIPÉDIA, 2017), Com isso, é possível identificar lugares, construções, cidades, paisagens, entre outros elementos.
Internet: o uso da internet é indispensável nas escolas, é a base para encontrar-se a maioria das informações. No celular, os alunos têm acesso rápido à internet, sem precisarem se deslocar para uma sala de informática, por exemplo. Com isso, o professor poderá usar diversos recursos que ela disponibiliza, como as pesquisas de conteúdo, quizes, jogos educativos, entre outros, para aprofundar o conhecimento dos alunos no conteúdo trabalhado. 
Calculadora: a geografia apresenta alguns conteúdos em que os alunos precisam fazer contas, como escalas geográficas e fusos horários, portanto a calculadora do celular ajudaria nesses casos.
Câmara Fotográfica e Vídeos: para os alunos fotografarem as diversas etapas de um trabalho por exemplo. Já o aplicativo de vídeo pode ser usado para os alunos filmarem, por exemplo, a maneira como eles veem o espaço geográfico.
 	Bento e Cavalcante (2013) refletem que: o celular converge vários aplicativos, entre eles, listamos alguns, os mais simples e considerados por nós de uso, também, na escola: calculadora, relógio, calendário, rádio, câmera fotográfica, jogos. Conforme o nível de sofisticação do aparelho os aplicativos aumentam. O acesso à internet possibilita a utilização de outros aplicativos.
São inúmeras as possibilidades para o uso do celular em sala de aula, cabendo ao professor escolher qual deles se adapta melhor ao perfil da turma e ao conteúdo abordado.
3. CONCLUSÃO
A inserção da tecnologia em sala de aula apresenta-se como uma proposta de renovação metodológica, para facilitar o processo didático-pedagógico. Embora não seja uma prática recente, ainda existe muita resistência entre os docentes. 
Em análise ao que foi apresentado, percebe-se que o celular, constitui-se em valioso agente de mudanças para a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem.
Com um processo de conscientização, o celular passa a ser um melhorador do aprendizado, já que desperta o interesse dos alunos e está presente nas salas de aula. Dessa forma, cabe ao educador criar estratégias eficazes para o uso do celular em sala de aula, para a construção do conhecimento, visto que essa ferramenta pode contribuir muito para isso.
O uso das tecnologias no contexto escolar já não é mais uma prática, que não condiz com o espaço da educação. Muito pelo contrário, quanto mais os professores puderem inserir o uso das tecnologias no ambiente escolar, mais atrativas serão as aulas para os educandos, uma vez que não dá mais para separar aluno e internet por exemplo. É preciso aproveitar esta ferramenta como fonte de aprendizado e conhecimento.
A Geografia é uma disciplina dinâmica, pois seu conteúdo programático no ensino básico e médio envolve a mobilidade social, política, econômica e as transformações da natureza, isto é, uma ciência que se transforma na medida em que a produção social do espaço geográfico se modifica. Assim, a informação atualizada por parte de docentes e discentes constitui-se em um elemento primordial para as reflexões geográficas. Justifica-se, portanto, a utilização desta ferramenta como complemento pedagógico.
Sugere-se, para enfrentar a resistência que permeia o ambiente escolar, que a escolas criem uma política do uso do celular nas salas de aula, para tanto debata com o corpo docente, regras que podem se tornar uma cartilha que vai orientar os alunos sobre a melhor forma de usar o aparelho. O celular é um aliado, um elemento que soma n aprendizado e deve ser validado como material de ensino. Não importa quais os recursos utilizados (vídeos, fotos, gravações, calculadora, internet, apps, entre outros), todos precisam ter como objetivo o aprendizado. A escola precisa explicitar quais os aplicativos liberados dentro da sala de aula e explicar como eles se enquadram no processo pedagógico, tornando os professores responsáveis pelo estímulo e permissões, de acordo o desenvolvimento da aula.
Enfim, com certeza o celular é uma ferramenta de aprendizagem que está sempre junto com o aluno, e que para bons resultados nas atividades propostas precisa de um bom planejamento, e para que isso aconteça à necessidade de cursos de formação. Então se os professores tiverem preparados, juntamente com a proximidade e habilidade que os alunos têm com o celular, os resultados serão ótimos. 
4 REFERÊNCIAS
ALARCÃO, Isabel. Alunos, professores e escola face à sociedade da informação. In: Professores reflexivos em uma escola reflexiva. ed. 8º, v. 8º, São Paulo: Cortez, 2011.
ANTONIO, José Carlos. Uso pedagógico do telefone móvel (Celular), Professor Digital, SBO, 13 jan. 2010. Disponível em: https://professordigital.wordpress.com/2010/.../13/uso-pedagogico-do-telefone-movel. Acesso em 06 de maio 2017.
BENTO,  M.C.M.; CAVALCANTE, R. dos S. Tecnologias móveis em educação: o uso do celular em sala de aula. ECCOM, v.4, n.7, p.113-120, jan./jun.  2013.
FALAVIGNA, Gladis. Inovações centradas nas multimídias repercussões no processo ensino aprendizagem. Porto Alegre. 2009.
LORENZATO, S. Porque não ensinar geometria? Educação Matemática em Revista. Sociedade brasileira em Educação Matemática – SBEM. Ano III. 1º semestre 1995.
MACEDO, Neusa dias de. Iniciação a Pesquisa Bibliográfica. Edições Loyola. 2010.
MORAN, José M. MASSETO, Marcos T. e BEHRENS, Marilda A. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. 21 Ed. rev. e atual. Campinas: Papirus, 2013. 
MOURA, Adelina. Geração Móvel: um ambiente de aprendizagem suportado por tecnologias móveis para a “Geração Polegar”. https://repositorium.sdum.uminho.pt/.../1/Moura%2520(2009)%2520Challenges.pdf . Disponível em: Acesso em: 16 de maio de 2017.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica: Diretrizes Curriculares da Educação Básica, Geografia. 2008. 
RAMOS, M. R. V. O Uso de Tecnologias em Sala de Aula. Revista Eletrônica Lenpes Pibids de Ciências Sociais da UEL. Universidade Estadual de Londrina. ed. 2, vol. 1, pag. 1-16, jul/dez, 2012.
RODRIGUES, Daniele Mari de Souza Alves. O uso do celular como ferramenta pedagógica. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/134444/000986009.pdf?sequence=1. Aceso em 18 de maio de 2017.
SANTOS, m. Espaço e Método. São Paulo: Nobel, 1985.
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ZATTA, Celia Inez; AGUIAR, Waldiney Gomes de. O uso de imagens como recurso metodológico para estudar Geografia. 2008. Disponível em: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2375-8.pdf. Acesso em 03 de maio. 2017.
¹Pós-graduanda em Metodologia do Ensino da Geografia. UNIASSELVI. liara27@hotmail.com
²Professora Orientadora. ADM Marketing/Pós Gestão e Tutoria. betinhabirck@hotmail.com

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