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Aminoácidos e Proteínas Prof.ª Daniela Droppa Hemoglobina (eritrócitos) Queratina (cabelo, chifres, lãs e penas) Luciferase Luciferina ATP luciferil adenilato + PPi luciferil adenilato + O2 ----> oxiluciferina + AMP + luz ALGUMAS FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS - Estrutural - Transporte de gases - Defesa ou imunológica - Enzimática - Hormonal …. Energética ❖Enzimas: aumentam a velocidades de reações químicas; ❖Anticorpos: substâncias fundamentais nos mecanismos de defesa; ❖Hormônios: como insulina e glucagon, que atuam no metabolismo dos açúcares. Estrutura e Função GRUPO CARBOXILA GRUPO AMINO AMINOÁCIDOS Os 20 aminoácidos das proteínas Aminoácidos podem ser classificados pelo grupo R TABELA DOS AMINOÁCIDOS essenciais ou não essenciais; Consideram-se essenciais, ou indispensáveis, aqueles que o nosso organismo não tem capacidade de sintetizar, logo, a única forma de que dispomos para os obter, é através da ingestão de determinados alimentos, nomeadamente através da carne, dos ovos, do leite e seus derivados. Quanto aos aminoácidos não essenciais, são aqueles que o nosso organismo consegue produzir, mais concretamente, que o nosso fígado sintetiza. Assim, destacamos os seguintes: alanina, ácido aspártico, ácido glutâmico, cisteína, glicina, glutamina, hidroxiprolina, prolina, serina e tirosina. CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS Metionina: fortalecer o cabelo e as unhas, melhorando, simultaneamente, a saúde da pele; é igualmente benéfico para a degradação das gorduras, evitando sua acumulação no fígado e nas artérias, melhorando assim o funcionamento do coração, dos rins, do fígado e do cérebro. Valina: Possui um efeito estimulante e a sua carência pode resultar num desequilíbrio de nitrogénio no corpo. Permite melhorar o metabolismo muscular e a regeneração de tecidos. Isoleucina: Estabiliza e regula os níveis de açúcar no sangue e os níveis de energia. É fundamental para a produção de hemoglobina. Metabolizada no tecido muscular, as carências de isoleucina podem originar sintomas muito idênticos aos da hipoglicemia. Leucina: Á semelhança da isoleucina, a leucina pode evitar estados de fadiga crónica. Por outro lado, é fundamental para a regeneração dos ossos, do tecido muscular e da pele. AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS Fenilalanina: a fenilalanina estimula o funcionamento da tiroide e a preservação dos vasos sanguíneos. Eficaz no controlo da dor, principalmente para quem sofre de artrite, pode ajudar os doentes com Parkinson, e reduz o apetite. Tripofano: Conhecido pelas suas propriedades calmantes, o triptofano ajuda a controlar a hiperatividade em crianças, alivia o stress e é benéfico para o coração. Lisina: É fundamental para o adequado crescimento e desenvolvimento ósseo nas crianças, uma vez que potencia a absorção do cálcio. Intervém na produção de anticorpos, hormonas e enzimas, bem como na formação de colágeno e na regeneração dos tecidos. A lisina exerce, ainda, uma influência benéfica na redução de triglicérides no sangue. Treonina: Importante para a produção de colágeno e elastina, a treonina melhora o funcionamento hepático. Encontra-se presente no coração, sistema nervoso central e musculoesquelético. A histidina e a arginina são também aminoácidos essenciais, todavia apenas durante a infância, sendo que mais tarde passam a ser sintetizados pelo nosso organismo. AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS RELEMBRANDO DIANTE DISSO.... A isomeria espacial óptica é aquela que apresenta um carbono com quatro ligantes diferentes entre si. Para este carbono damos o nome de assimétrico. Está identificado com um asterisco (*). Carbono Assimétrico ou Quiral – é o átomo de carbono que está ligado a quatro grupos diferentes entre si. ISOMERIA ESPACIAL ÓPTICA Substâncias que desviam a luz polarizada para a direita chamam-se dextrógira (do latim dexter, direito) e substâncias que desviam a luz polarizada para a esquerda chamam-se levógira (do latim laevus, esquerda). Então as duas moléculas de ácido lático desviam a luz plano polarizada porém uma para um lado e a outra para o outro. Podemos esrever: - ácido lático dextrógiro, ácido d-lático ou ácido (+) lático - ácido lático levógiro, ácido L-lático ou ácido (-) lático ESTEREOISOMERISMO NOS ALFA-AMINOÁCIDOS RELEMBRANDO DIANTE DISSO.... PEPTÍDEOS LIGAÇÃO PEPTÍDICA PROTEÍNA Dados moleculares de algumas proteínas POLIPEPTÍDIOS As proteínas diferem entre si pelo número, tipo e sequência dos aminoácidos em suas estruturas. O número de aminoácidos é muito variável de uma proteína para outra: • Insulina bovina: 51 aminoácidos • Hemoglobina humana: 574 aminoácidos • Desidrogenase glutâmica: 8 300 aminoácidos PROTEÍNA PROTEÍNA: ORGANIZAÇÃO ESTRUTURA PRIMÁRIA ESTRUTURA PRIMÁRIA Estruturas protéicas O filamento de aminoácidos se enrola ao redor de um eixo, formando uma escada helicoidal chamada alfa-hélice ou a estrutura de folha pregueada, também pode-se ter zonas irregulares. É uma estrutura estável, cujas voltas são mantidas por pontes de hidrogênio. ESTRUTURA SECUNDÁRIA ESTRUTURA SECUNDÁRIA Zonas irregulares Identifiquem as estruturas proteicas Polipeptídios dobram sobre si mesmos, adquirindo uma configuração espacial tridimensional. Essa configuração pode ser filamentar como no colágeno, ou globular, como nas enzimas. Estruturas protéicasESTRUTURA TERCIÁRIA ESTRUTURA TERCIÁRIA ESTRUTURA QUATERNÁRIA DESNATURAÇÃO Desnaturação Perda da estrutura tridimensional • Temperatura •pHs •Solvente orgânico •Soluto •Detergente Pontes de hidrogênio Carga líquida da proteína Interações hidrofóbicas Renaturação Estruturas nativas Ribonuclease DESNATURAÇÃO Elevação de temperatura, variações de pH ou a certos solutos como o álcool e a ureia, alteram a configuração espacial, e a atividade biológica é perdida. Geralmente, as proteínas se tornam insolúveis quando se desnaturam. É o que ocorre com a albumina da clara do ovo que, ao ser cozida, se torna sólida. Algumas proteínas desnaturadas, ao serem devolvidas ao seu meio original, podem recobrar sua configuração espacial natural. Na maioria dos casos a desnaturação é irreversível. A clara do ovo se solidifica, ao ser cozida, mas não se liquefaz quando esfria. DESNATURAÇÃO DAS PROTEÍNAS O hidrogênio liga-se a um átomo pequeno e muito eletronegativo: F, O, N PONTES DE HIDROGÊNIO FORÇAS DE VAN DER WAALS Moléculas se atraem umas às outras: o lado positivo do dipolo de uma molécula atrai o lado negativo do dipolo da outra molécula. PONTE DISSULFETO Formação reversível pela oxidação de duas moléculas de cisteína Anemia falcinforme FUNÇÃO PROTEICA transporte de oxigênio Proteína-ligante sítio de ligação interação específica hemoglobina mioglobina heme Ferro Transporte de oxigênio; tecidos FUNÇÃO PROTEICA Função Imune Anticorpos Imunoglobulinas (Ig) Sistema imunológico humoral Sistema imunológico celular Linfócitos B •Bactérias; •Vírus; •Moléculas estranhas; Linfócitos T Receptores de Células T Antígeno - Anticorpo FUNÇÃO PROTEICA FUNÇÃO PROTEICA Miosina Contração muscular: Actina e Miosina Sistema nervoso Tropomiosina Troponina Filamento Fino Cálcio Actina Função Catalisadora Enzimas Hormônios Catalisadoras das reações dos sistemas biológicos urease Insulina Mecanismos hormonais FUNÇÃO PROTEICA FUNÇÃO PROTEICA SÍNTESE PROTEICA SÍNTESE PROTEICA Síntese proteica 1. Ativação de aminoácidos Cinco estágios TRADUÇÃO 2.Iniciação TRADUÇÃO 3. Alongamento TRADUÇÃO 4. Terminação e Reciclagem do Ribossomo TRADUÇÃO 5. Dobramento e processamento Pós-traducional TRADUÇÃO Citosol – Síntese proteica Chaperonas (Heat Shock Proteins): – Hsp70: impedem o dobramento prematuro das proteínas; Carregam as proteínas para as mitocôndrias; – Hsp60: protege, isola e transporta as proteínas do citosol para a organelas e auxilia a dobrá-las corretamente; – Hsp90: sinaliza e auxilia na dobra e entrega proteínas nucleares; CHAPERONAS Família de complexos proteicos de múltiplas subunidades que formam estruturas cilíndricas grandes que se ligam a proteínas não nativas e as encapsulam. As chaperoninas utilizam a energia da hidrólise do ATP para aumentar a eficiência das reações de DOBRAMENTO PROTEICO e, assim, auxiliam as proteínas a atingirem sua conformação funcional. A família das chaperoninas é dividida em CHAPERONINAS DO GRUPO I e CHAPERONINAS DO GRUPO II, com cada grupo apresentando seu próprio repertório de subunidades proteicas e preferências subcelulares. CHAPERONINAS • Mudanças substanciais afetam de forma significativa a função da proteína • Fosforilação é a mudança mais comum – Podem haver vários sítios fosforiláveis; Modificações pós traducionais • Fosforilação • Glicosilação • Sulfatação • Metilação • Zimogêneos Modificações pós traducionais É a adição de um grupo fosfato (PO4) a uma aminoácido de uma cadeia proteica. A reação é: ATP + proteína <-> fosfoproteína + ADP Fosforilação As fosfatases são as enzimas responsáveis pela desfosforilação e as quinases, pela fosforilação. É a adição de sacarídeos a cadeias proteicas. Este processo é primordial para a formação das proteínas de membrana e secretórias. Há dois tipos de glicosilação: a nitrogênio- glicosilação, que ocorre no nitrogênio da amida de cadeias laterais de asparagina e a oxigênio- glicosilação, que ocorre no hidróxi oxigênio de serina e treonina. Glicosilação EX: Hemoglobina glicosilada; Ocorre em resíduos de tirosina de proteínas como o fibrinogênio e proteínas que serão secretadas (por exemplo a gastrina). O grupo sulfato uma vez adicionado não será mais removido, sendo assim, ele é não usado para a regulação proteica como a fosforilação, só é adicionado quando necessário para a função biológica daquela proteína. Sulfatação É a substituição de um hidrogênio (H) por um grupo metil (CH3). Em sistemas biológicos essa reação é catalisada por enzimas e está envolvida na modificação de metais pesados, na regulação da expressão gênica e no metabolismo de RNA. Metilação Zimogênios ou pró-enzimas são precursores inativos de proteínas que precisam ser clivados em um ponto específico para dar origem a proteínas funcionais. A síntese de proteínas em forma de zimogênios é uma estratégia utilizada pela célula para evitar que uma proteína exerça uma atividade perigosa em hora e local errado. Zimogêneos Exemplos conhecidos são a tripsina e a quimiotripsina – DIGESTÃO. • 500 tipos diferentes Modificações pós-traducionais covalentes já foram descritos • Proteínas inteiras podem ser adicionados como a ubiquitina e a sumo – Ubiquitinilação marca proteína para degradação; – Sumoilação é encontrada em proteínas nucleares; 76 aa Algumas proteínas contêm grupos além de aminoácidos Lipoproteínas; Glicoproteínas; Metaloproteína Proteínas conjugadas Grupo prostético Proteínas conjugadas Proteínas conjugadas São proteínas que desempenham a mesma função em tecidos ou em espécies diferentes. Estas proteínas possuem pequenas diferenças estruturais, reconhecíveis imunologicamente. Os segmentos com sequências diferentes de aminoácidos em proteínas homólogas são chamados "segmentos variáveis", e geralmente não participam diretamente da atividade da proteína. Os segmentos idênticos das proteínas homólogas são chamados "segmentos fixos", e são fundamentais para o funcionamento bioquímico da proteína. PROTEÍNAS HOMÓLOGAS Referência NELSON, David L; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger.5.ed. Porto Alegre: Artmed,2011.
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