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TCC VERSAO FINAL UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE 
CAMPUS DE FOZ DO IGUAÇU 
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
CURSO DE BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SABRINA CRISTIANE MARTINS DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AS MODALIDADES DE LICITAÇÕES MAIS UTILIZADAS PELO 
MUNICIPIO DE FOZ DO IGUAÇU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOZ DO IGUAÇU 
2016
1 
 
SABRINA CRISTIANE MARTINS DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AS MODALIDADES DE LICITAÇÕES MAIS UTILIZADAS PELO 
MUNICIPIO DE FOZ DO IGUAÇU 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado como 
requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel 
em Ciências Contábeis da UNIOESTE - Universidade 
Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Foz do 
Iguaçu. 
Professor: Welinton Camargo Ferreira, Ms. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOZ DO IGUAÇU 
2016 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OLIVEIRA, Sabrina Cristiane Martins de. 
 
Acadêmica – Foz do Iguaçu, 2016 
 
60. p. 
Trabalho de Conclusão de Curso - Universidade Estadual do Oeste do 
Paraná, Campus Foz do Iguaçu, 2016 
 
Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Curso de Ciências Contábeis. 
 
 
3 
 
SABRINA CRISTIANE MARTINS DE OLIVEIRA 
 
 
 
AS MODALIDADES DE LICITAÇÕES MAIS UTILIZADAS PELO 
MUNICIPIO DE FOZ DO IGUAÇU 
 
 
Esta monografia foi apresentada como trabalho de Conclusão de Curso de Ciências 
Contábeis da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus Foz do Iguaçu, 
sendo julgada adequada e aprovada em sua forma final pela banca constituída. 
 
Foz do Iguaçu, 17 de fevereiro de 2017 
 
 
 
 
José Antonio Cescon, Ms. 
UNIOESTE - Foz do Iguaçu 
Coordenador de Trabalho de Conclusão de Curso 
 
 
Banca: 
 
 
Welinton Camargo Ferreira, Ms. 
UNIOESTE - Foz do Iguaçu 
Professor Orientador 
 
 
 
 
Ricardo Santana de Almeida, Esp. Tércio Vieira de Araújo, Ms. 
UNIOESTE - Foz do Iguaçu UNIOESTE - Foz do Iguaçu 
Membro da banca Membro da banca 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico primeiramente a Deus, a minha avó, e ao meu pai por 
me proporcionarem a vida, ao meu noivo e à minha irmã que 
compreenderam a minha ausência quando necessário, e aos 
meus amigos e familiares que me incentivaram nos momentos 
difíceis. 
5 
 
 AGRADECIMENTOS 
 
 
Primeiramente a Deus, que me permitiu concluir uma etapa em minha vida, 
me proporcionando saúde e força nos momentos de dificuldades. 
 À minha avó Maria Geralda, que sempre me apoiou em minhas decisões, 
demostrando sempre sua dedicação e seu carinho. Não deixando com que eu 
desanimasse, sempre acreditando no meu potencial. Guiando-me ao caminho certo. 
Ao meu noivo André que me apoiou nos momentos de dificuldades, 
compreendendo a minha ausência. 
À minha família que sempre esteve ao meu lado, e acreditou que era capaz. 
Aos meus professores, que por vezes tiveram que me aguentar em suas 
aulas, mas mesmo assim não desistiram de mim e dispuseram de seu tempo para me 
proporcionar desenvolvimento e conhecimento. 
Ao meu orientador, pelo apoio e dedicação, que não mediu esforços em me 
ajudar no que fosse preciso. 
Aos amigos de graduação, Cláudia, Danielle, Elaine e Simone, em especial 
Henrique e Patrícia que se tornaram uma família, que vou levar da universidade para 
a minha vida, pessoas essas que se tornaram fundamentais nesses cinco anos de 
trajetória. 
Enfim a todos no geral que colaboraram de maneira direta ou indireta na 
conclusão deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “Sonhos determinam o que você quer. Ação 
determina o que você conquista”. 
Aldo Novak 
7 
 
RESUMO 
 
 
As licitações públicas são procedimentos administrativos pelos quais o ente 
público seleciona a proposta mais vantajosa para aquisição de produtos ou 
realização de serviços. Esses procedimentos são obrigatórios nas esferas 
Federal, Estadual e nos Municípios. O presente estudo tem como proposito 
identificar as modalidades de licitações utilizadas pelo Município de Foz do 
Iguaçu, para tanto foi realizado um levantamento de dados junto ao Portal da 
Transparência do Município e no Mural de Licitações do Tribunal de Contas do 
Estado do Paraná, no período de 2012 a 2015. O levantamento dos dados visa 
responder a pergunta da pesquisa que seria apresentar a modalidade de 
licitação que mais se utilizou no período de 2012 a 2015 no município. Para tanto, 
foram coletados dados sobre os orçamentos executados e as licitações 
realizadas no período. O resultado do presente estudo destaca a modalidade 
pregão como sendo a mais utilizada no período por ser uma modalidade 
licitatória com a melhor relação custo benefício, mais ágil, transparente e eficaz 
frente as outras opções de modalidade. 
 
 
Palavras-chave: Contabilidade Pública, Procedimentos Licitatórios, Pregão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
FIGURA 1 - Orçamento Anual x valores utilizados através de processos 
licitatórios no período de 2012 a 2015 (em Reais) ........................................... 41 
FIGURA 2 - Valores utilizados de acordo com as modalidades de Licitações 
utilizadas no Município de Foz do Iguaçu em 2012 (em Reais) ....................... 42 
FIGURA 3 - Modalidades de Licitações utilizadas no Município de Foz do Iguaçu 
em 2012 ........................................................................................................... 43 
FIGURA 4 - Valores utilizados de acordo com as modalidades de Licitações 
utilizadas no Município de Foz do Iguaçu em 2013 (em Reais) ....................... 43 
FIGURA 5 - Modalidades de Licitações utilizadas no Município de Foz do Iguaçu 
em 2013 ........................................................................................................... 44 
FIGURA 6 - Valores utilizados de acordo com as modalidades de Licitações 
utilizadas no Município de Foz do Iguaçu em 2014 (em Reais) ....................... 45 
FIGURA 7 - Modalidades de Licitações utilizadas no Município de Foz do Iguaçu 
em 2014 ........................................................................................................... 46 
FIGURA 8 - Valores utilizados de acordo com as modalidades de Licitações 
utilizadas no Município de Foz do Iguaçu em 2015 (em Reais) ....................... 46 
FIGURA 9 - Modalidades de Licitações utilizadas no Município de Foz do Iguaçu 
em 2015 ........................................................................................................... 47 
FIGURA 10 - Variação percentual das Modalidades de Licitações no Município 
de Foz do Iguaçu no período de 2012 a 2015 .................................................. 49 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
QUADRO 1 – Modalidades de Licitações ........................................................ 24 
QUADRO 2 - Valores limites para licitações .................................................... 26 
QUADRO 3 - Principais diferenças entre o pregão presencial e o pregão 
eletrônico ........................................................................................................ 287 
QUADRO 4 - Prazos para contratação ..........................................................300 
QUADRO 5 – Percentual de utilização das modalidades de licitações no 
Município de Foz do Iguaçu no período de 2012 a 2015 ............................... 489 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 
 
 
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
LAI - Lei de Acesso à Informação 
LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias 
LOA - Lei Orçamentária Anual 
LRF - Lei de Responsabilidade Fiscal 
PPA - Plano Plurianual 
RREO - Relatório Resumido da Execução Orçamentaria 
TCEPR - Tribunal de Contas do Estado do Paraná 
TCU - Tribunal de Contas da União 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 11 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................... 14 
2.1 CONTABILIDADE PÚBLICA ................................................................... 14 
2.2 CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE PÚBLICA .................... 15 
2.3 ORÇAMENTO PÚBLICO ........................................................................ 16 
2.3.1 PLANO PLURIANUAL - PPA ....................................................................... 17 
2.3.2 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO .............................................. 17 
2.3.3 LEI DE ORÇAMENTO ANUAL – LOA............................................................ 18 
2.4 RECEITAS .............................................................................................. 19 
2.5 DESPESAS ............................................................................................ 20 
2.6 LICITAÇÕES........................................................................................... 21 
2.6.1 DEFINIÇÕES ............................................................................................. 22 
2.7 MODALIDADES DE LICITAÇÕES .......................................................... 23 
2.7.1 PREGÃO................................................................................................... 26 
2.7.2 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE O PREGÃO PRESENCIAL E O PREGÃO 
ELETRÔNICO ....................................................................................................... 27 
2.8 TIPOS DE LICITAÇÃO ............................................................................ 28 
2.9 PUBLICAÇÃO ......................................................................................... 29 
2.10 CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO ......................................................... 31 
2.11 DISPENSA DE LICITAÇÃO .................................................................... 31 
2.12 INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO ......................................................... 32 
2.13 LEI DE ACESSO Á INFORMAÇÃO ......................................................... 33 
2.14 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL .................................................. 35 
2.15 TRIBUNAL DE CONTAS ......................................................................... 36 
2.16 MURAL DE LICITAÇÕES ....................................................................... 37 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................ 38 
3.1 TIPOS DE PESQUISA ............................................................................. 38 
3.2 ABORDAGENS DO TEMA ....................................................................... 39 
3.3 MÉTODOS DE PESQUISA ...................................................................... 39 
3.4 TÉCNICAS DE PESQUISA ...................................................................... 40 
3.5 UNIVERSO, POPULAÇÃO E AMOSTRA ................................................ 40 
4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ........................................ 41 
5 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................ 51 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 53 
ANEXOS .......................................................................................................... 57 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Contabilidade é a ciência que tem por objetivo o estudo das variações 
quantitativas e qualitativas ocorridas no Patrimônio das entidades sendo elas 
com ou sem fins lucrativos. Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e 
obrigações de uma entidade. Por meio da contabilidade são gerados relatórios 
de suma importância e as informações contidas nesses relatórios servem de 
base para as análises e tomadas de decisões, conforme a afirmação de Marion 
(2004) e que descreve que a contabilidade é o instrumento que fornece o máximo 
de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. 
A contabilidade moderna surgiu no século XV a partir das atividades de 
troca e venda dos comerciantes, onde havia a necessidade de acompanhar as 
modificações que estavam ocorrendo nessas transações, no qual eram apenas 
registrados os fatos ocorridos, assim servindo de base para o recolhimento dos 
impostos pelo governo (Portal de Contabilidade, 2014). 
A contabilidade está inserida no o cenário social, devida a sua tamanha 
importância, atualmente a contabilidade se divide em várias subáreas, sendo 
uma delas a contabilidade pública. 
A contabilidade pública é uma área da contabilidade que registra, 
controla e demostra o desempenho dos orçamentos, dos atos e fatos da fazenda 
pública, o patrimônio público e suas transformações. A contabilidade pública 
relaciona a previsão da receita e estima a despesa, estipulado no orçamento 
público e deferido no exercício. Segundo Andrade (2010), a contabilidade pública 
deve, pois, incentivar a elaboração de ferramentas capazes de realizar controles 
internos, capazes de dar confiabilidade indiscutível aos demonstrativos legais, a 
fim de satisfazer as necessidades de informações corretas e apropriadas perante 
a administração pública. 
A contabilidade pública é uma ferramenta fundamental no meio da 
administração pública, pois é através dela que são apurados os elementos 
necessários para que se possa apresentar um resultado eficiente, transparente 
e sem erros. 
Na contabilidade pública é necessário que se faça a publicação dos 
relatórios e documentos contábeis, conforme a Lei Federal nº 12.527, Lei de 
12 
 
Acesso à Informação de 18 de novembro de 2011. Lei que efetiva o direito 
previsto no artigo 5º, inciso XXXIII da Constituição Federal, de que todos têm a 
prerrogativa de receber dos órgãos públicos além de informações do seu 
interesse pessoal, também aquelas de interesse coletivo. Permitindo que a 
população tenha acesso aos contratos, convênios, licitações, ações e programas 
do governo. 
Através dos processos licitatórios são gastos grande parte dos recursos 
públicos, o Município de Foz do Iguaçu atualmente é a sétima maior cidade do 
Paraná, com aproximadamente 256.088 habitantes. Deste modo, Foz do Iguaçu 
precisa buscar satisfazer as necessidades dos munícipes com o menor custo 
possível. Nesse sentido entende-se que os procedimentos licitatórios exercem 
um papel fundamental no atendimento as necessidades. Sendo assim, tem-se a 
seguinte pergunta, para ser desenvolvida no decorrer da pesquisa: quais foram 
às modalidades de licitações mais utilizadas no Município de Foz do Iguaçu no 
período de 2012 a 2015. 
 O objetivo geral do presente estudo é apresentar as modalidades de 
licitações mais utilizadas pelo Município de Foz do Iguaçu, avaliando os editais 
de processos licitatórios do município, através de pesquisas bibliográficase 
documental, juntamente ao Portal da Transparência do Município de Foz do 
Iguaçu e no Mural de Licitações do Tribunal de Contas do Estado do Paraná. 
Para se atingir ao objetivo geral foram necessários estipular objetivos 
específicos: 
a) Realizar uma pesquisa bibliográfica para demonstrar os conceitos 
que serão utilizados na abordagem do tema; 
b) Realizar um levantamento, junto ao órgão municipal, das variáveis 
necessárias para as análises propostas, bem como descrevê-las em 
suas relevâncias e características; 
c) Identificar e apresentar a interpretação dos dados coletados; 
Demonstrar os resultados alcançados de maneira clara e objetiva, 
respondendo o problema de pesquisa desse trabalho. 
 
Esta pesquisa justifica-se na intenção de despertar a importância para 
pesquisas mais avançadas, com a finalidade de acompanhar, compreender e 
solucionar os problemas da administração pública, pois os problemas não 
13 
 
afetam apenas um indivíduo, mas a população no geral, gerando assim um 
interesse da população pelas ações governamentais. Esta pesquisa tem o intuito 
de um aperfeiçoamento pessoal, e crescimento intelectual no decorrer da 
pesquisa. 
Sendo assim, para melhor compreensão do usuário, este trabalho será 
constituído de cinco capítulos, para esclarecer o assunto tratado, de maneira que 
tenha um formato harmonioso, sendo o primeiro capítulo a introdução ao assunto 
abordado. 
O segundo capítulo apresentara o referencial teórico para a realização 
do estudo fundamentado no tema e na linha de pesquisa. 
O terceiro capítulo será composto pelos procedimentos metodológicos 
utilizados para permitir de forma clara e explicita os resultados alcançados no 
decorrer do processo de pesquisa. 
No quarto capítulo, serão apresentados os elementos de modo 
quantitativo e qualitativo, de acordo com o que está sendo proposto no trabalho. 
Sendo assim realizada uma análise nas modalidades de licitações, através dos 
dados levantados junto ao site do Tribunal de Contas do Estado do Paraná e da 
página oficial de Transparência do Município de Foz do Iguaçu, tendo por 
entidade executora o Município de Foz do Iguaçu, dessa forma avaliar e 
apresentar o que foi encontrado. 
No quinto capítulo, são apresentadas as conclusões respondendo assim 
o problema de pesquisa, e sugestões para trabalhos futuros, com relação ao 
tema abordado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 
Segundo Marion et al. (2002, pg.38), “O referencial teórico deve conter 
um apanhado do que existe, de mais atual na abordagem do tema escolhido, 
mesmo que as teorias atuais não façam parte de suas escolhas.” O referencial 
teórico é que proporciona elementos para conduzir todo o estudo. 
Com base ao tema escolhido, aliado ao conhecimento sobre o que 
determina o referencial teórico que abordaremos sobre os conceitos de 
contabilidade pública, com a relevância no campo de aplicação, orçamentos que 
engloba o plano plurianual. 
Assim como a importância da questão da legislação orçamentária 
municipal nos quais prevê os gastos anuais, abordaremos também sobre os 
conceitos de receita e despesas públicas, com sua relevância para os processos 
licitatórios justamente com a lei portal da transparência. Neste sentido que, o 
referencial teórico apresentado nos proporcionara alguns princípios da forma 
como presente trabalho está estruturado. 
 
 
2.1 CONTABILIDADE PÚBLICA 
 
 
O objeto da contabilidade é o patrimônio, seus fenômenos e alterações, 
tal em perspectiva quantitativa quanto qualitativa. No entanto, a contabilidade 
pública não está empenhada somente no patrimônio, mas também no orçamento 
e em sua realização, que é a estima e o recolhimento da receita, a definição e a 
aplicação da despesa. 
Slomski (2009, apud Petri, 2008, pg.28) diz que a contabilidade pública 
“é um dos ramos da contabilidade geral, aplicada às entidades de direito público 
interno”. Já KOHAMA (2010) define a contabilidade pública como um ramo que 
estuda, orienta, controla e demostra a organização e execução da fazenda 
pública, o patrimônio público e suas variações. 
ARAÚJO e ARRUDA (2009) diz que entre às principais funções da 
contabilidade pública está a de estudar, orientar, controlar e demonstrar a 
15 
 
organização dos orçamentos e a sua execução, além de todos os atos e fatos 
administrativos referentes à fazenda pública. 
Assim, o objetivo da contabilidade pública é de fornecer aos gestores 
relatórios presentes e adequados para contribuir com as tomadas de decisões, 
aos órgãos de controle interno e externo para a execução da legislação. 
A contabilidade empregada no setor público representa para a cidadania 
o principal instrumento de controle e auditoria das ações, verificando a aplicação 
correta dos recursos públicos, respeitando a ética da gestão. Pois é 
responsabilidade do contador fornecer os resultados alcançados de forma 
adequada para alinhar-se com os gestores para as cabíveis tomadas de 
decisões. 
 
 
2.2 CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE PÚBLICA 
 
 
O campo de aplicação é área de exercício do profissional de 
contabilidade que requer conhecimento, compreensão, fiscalização e exposição 
de acontecimentos contábeis, derivados de mudanças patrimoniais em 
organizações do setor público e/ou de entidades que recolhem, administram ou 
empregam recursos públicos, na execução de suas incumbências, no que se diz 
respeito aos aspectos contábeis da prestação de contas. 
O campo de atuação da contabilidade pública é limitado à administração 
pública, no nível de governo federal, estadual e municipal, abrangendo os órgãos 
da administração direta e as entidades da administração indireta (SLOMSKI, 
2008). 
Contabilidade aplicada ao setor público é a área da ciência contábil que 
emprega no processo gerador de informações, os princípios fundamentais de 
contabilidade e as normas contábeis voltadas ao controle patrimonial de 
entidades do setor público (RES. CFC 1128/08 NBC T 16.1 item 3). 
De acordo com a NBC T 16.1 2013 
 
O objetivo da contabilidade aplicada ao setor público é fornecer aos 
usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos 
de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio 
da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo 
16 
 
de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o 
necessário suporte para a instrumentalização do controle social. 
 
As instituições que são englobadas pela área de aplicação devem 
observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor 
Público, considerando-se as seguintes finalidades conforme a NBC T 16.1 2013 
 
Integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os 
conselhos profissionais; 
Parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir 
procedimentos suficientes de prestação de contas e 
instrumentalização do controle social. 
 
Concluindo a atribuição da contabilidade aplicada ao setor público é de 
traduzir ordenadamente o ciclo da administração pública para produzir 
informações necessárias para as tomadas de decisões. 
 
 
2.3 ORÇAMENTO PÚBLICO 
 
 
O orçamento é um instrumento de grande importância, é onde se planeja 
e controla as operações de qualquer que seja o ramo de atividade. É através do 
orçamento que se estipula metas, dando assim uma visão do que se almeja. O 
orçamento público é uma lei de iniciativa do Poder Executivo que determina as 
políticas públicas para o exercício a que se referir (SLOMSKI, 2008). O 
orçamento é, portanto, conforme Pires (2002, pg. 70) “um processo de 
planejamentocontínuo e dinâmico de que o Estado se utiliza para demonstrar 
seus planos e programas de trabalho, para determinado período”. 
O orçamento público é uma lei que, transparece em termos financeiros 
a destinação dos recursos públicos. Para Araújo e Arruda (2009, p. 57) o 
orçamento público é o demonstrativo orgânico da economia pública, 
representando o retrato real da vida do Estado, onde o governo decide quanto, 
em que e como vai gastar o dinheiro que arrecada dos contribuintes ou de outras 
fontes de recursos. O orçamento trata de um instrumento de planejamento que 
demonstra as decisões políticas, determinando aquilo que se faz prioritário para 
assim atender a necessidade da comunidade, em frente à ausência de recursos. 
17 
 
O orçamento público é regido pela Lei nº 4.320/64 onde estabelece 
normas de direito financeiro e pela Lei Complementar 101/00, como sendo um 
eficaz meio de controle, fiscalização e transparência dos recursos públicos. 
 
 
2.3.1 Plano Plurianual - PPA 
 
 
O Plano Plurianual (PPA) é uma ferramenta destinada a organizar e 
viabilizar a ação pública, com o intuito de executar os princípios e os objetivos 
da República. O plano plurianual é um plano de médio prazo, através do qual se 
procura determinar as ações do governo que levem ao alcance dos objetivos e 
metas fixadas para um período de quatro anos, ao invés do governo federal, e 
também de quatro anos ao nível dos governos estaduais e municipais 
(KOHAMA, 2010). 
O PPA é também conhecido como o planejamento estratégico, pois 
apresenta a visão de futuro para o país, o plano proporciona que a sociedade 
tenha um maior comando sobre as ações concluídas através do governo. 
Slomski (2008, pg. 304) menciona que essa lei “estabelecerá, de forma 
regionalizada, diretrizes, objetivos e metas da administração pública”, o PPA 
possibilita uma perspectiva mais abrangente da política fiscal. 
 
 
2.3.2 Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO 
 
 
A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO - compõe os propósitos e as 
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital 
para o exercício financeiro seguinte, orientará a elaboração da lei orçamentária 
anual, apontará sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a 
política de aplicação financeira (SLOMSKI, 2008). 
Além das determinações constitucionais, a Lei Complementar nº 101/00, 
art. 4° estabelece que a Lei de Diretrizes Orçamentárias deverá dispor sobre: 
 
18 
 
a) Equilíbrio entre receitas e despesas; 
b) Critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada na hip
ótese previstas na alínea b do inciso 
II deste artigo, no art. 9o e no inciso II do § 1o do art. 31; 
c) (Vetado) 
d) (Vetado) 
e) Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultad
os dos programas financiados com recursos dos orçamentos; 
f) Demais condições e exigências para transferências de recursos a
 entidades públicas e privadas; 
 
Integrará a Lei de Diretrizes Orçamentárias o plano de Anexo das Metas 
Fiscais, onde se estabelece as metas anuais, no art. 4º, § 2º da Lei 
Complementar nº 101/00. 
O Anexo de Metas Fiscais conterá ainda: 
 
I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; 
II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e 
metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, 
comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e 
evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da 
política econômica nacional; 
III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercício
s, destacandoa origem e a 
aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos; 
IV - avaliação da situação financeira e atuarial do regime próprio de 
previdência social dos servidores públicos se houver, e demais fundos 
e programas atuarial; 
V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receit
a e da margem de expansão das 
despesas obrigatórias de caráter continuado. 
 
 
2.3.3 Lei de Orçamento Anual – LOA 
 
 
É na Lei Orçamentária Anual - LOA - que o governo delimita as 
prioridades inclusas no PPA e as metas que deverão ser atingidas naquele ano. 
Para proporcionar a concretização das situações planejadas no plano plurianual 
são necessárias transformá-las em realidade, obedecendo a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias, elaborando o Orçamento Anual, onde são programadas as 
ações a serem executadas, visando alcançar os objetivos determinados 
(KOHAMA, 2010). 
19 
 
A Lei de Orçamento Anual é o mecanismo utilizado para manifestação 
dos objetivos que foram planejados, tendo em vista otimizar o melhor auxílio e 
satisfação da sociedade. 
 
 
2.4 RECEITAS 
 
 
Carvalho (2008) define receita como recursos instituídos e arrecadados 
pelo poder público com o propósito de ser aplicados em dispêndios que atendam 
aos anseios e demandas da sociedade. 
Entende-se por receita pública todo e qualquer recolhimento feito aos 
cofres públicos, quer que seja efetuado por intermédio de numerários ou outros 
bens representativos de valores (KOHAMA, 2010). 
Receita pública caracteriza-se como um ingresso de recursos ao 
patrimônio público, mais especificamente como uma entrada de recursos 
financeiros que se reflete no aumento das disponibilidades (PISCITELLI e 
TIMBÓ, 2009). 
Portanto a receita pública é a totalidade arrecadada pelo setor público, 
integrado ao patrimônio do Estado, que é utilizado para liquidar despesas 
públicas e as necessidades de investimentos públicos. A receita pública 
classifica-se em dois grupos, sendo Receita Orçamentária e Receita Extra 
orçamentária. 
As receitas orçamentárias são representadas por um conjunto de 
recursos financeiros, que vão para os cofres estatais, provenientes de quaisquer 
fontes, a fim de acorrer às despesas orçamentárias. Receita orçamentárias é 
aquela que integra o orçamento e de que o estado pode deliberar como 
propriedade sua. Complementa a situação líquida do patrimônio financeiro 
(QUINTANA, 2011 et al. apud LICHTNOW, 2002). 
As receitas orçamentárias são classificadas em dois principais grupos, 
as receitas orçamentárias correntes e receitas de capital. 
Receitas correntes e Receitas de capital conforme a Lei nº 4.320/64, no 
art. 11 
 
20 
 
§ 1º “são Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, 
patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as 
provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de 
direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas 
classificáveis em Despesas Correntes”. 
§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de 
recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, 
em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras 
pessoas de direito público ou privado, destinado a atender despesas 
classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do 
Orçamento Corrente. 
 
Kohama (2010, pg. 69) receitas orçamentárias compreende os 
recolhimentos feitos que constituam compromissos exigíveis, cujo pagamento 
independe de autorização orçamentaria e, portanto, independe de autorização 
legislativa. 
Quintana et al (2011, pg. 44) diz que “receita orçamentária é aquela que 
não integra o orçamento público, altera a composição do patrimônio financeiro, 
sem modificar a situação líquida da organização”. 
São extra orçamentárias as receitas que não fazem parte do orçamento, 
de forma que não serão consideradas quando estabelecidas as despesas 
públicas. 
Segundo Slomski (2008, pg. 309) receitas orçamentárias são recursos 
de terceiros que transitam pelos cofres públicos.2.5 DESPESAS 
 
 
É o conjunto de despesas realizado pelos entes públicos para o 
funcionamento e manutenção dos serviços públicos (CARVALHO, 2008). 
Constitui despesa pública os gastos determinados na lei orçamentária 
ou em leis especiais e fixado a execução dos serviços públicos e dos aumentos 
patrimoniais (KOHAMA, 2010). 
Despesa pública é um desembolso ou um gasto por parte da gestão 
pública para criarem ou adquirirem bens ou realizar uma prestação de serviço, 
para atender as necessidades públicas. Portanto, a despesa pública classifica-
se em dois grupos, sendo a Despesa Orçamentária e a Despesa Extra 
orçamentária. 
21 
 
 
É considerada despesa orçamentária a que está integrada na lei 
orçamentária anual, e ainda as originárias dos créditos adicionais abertos 
durante o exercício financeiro (CARVALHO, 2008). 
São despesas fixadas e especificadas na lei do orçamento e/ou lei de 
créditos adicionais, primeiramente autorizada pelo poder Legislativo, devem 
respeitar as devidas fases (QUINTANA et al. apud LICHTNOW, 2011). 
A despesa orçamentária classifica-se em despesa corrente e despesa 
de capital. Despesa corrente são todas as despesas que não contribuem, 
diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital (CARVALHO, 
2008). Despesa de capital são aquelas despesas que contribuem, diretamente, 
para a formação ou aquisição de um bem de capital (CARVALHO, 2008). 
É considerada despesa extra orçamentária a que não consta na lei 
orçamentária anual, compreendendo as diversas saídas de numéricos, 
decorrentes do pagamento ou recolhimento de contas (CARVALHO, 2008). 
Segundo Kohama (2010, pg. 88) é aquela paga à margem da lei 
orçamentária e, portanto, independe de autorização legislativa, pois se constitui 
em saídas do passivo financeiro, compensatórias de entradas no ativo 
financeiro. 
As despesas extra orçamentária são provenientes das receitas extra 
orçamentária, correspondendo a compensação ou transferências dos valores 
recebidos. 
 
 
2.6 LICITAÇÕES 
 
 
Licitação é o procedimento administrativo mediante o qual a 
administração pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de 
seu interesse. O TCU (2010, pg. 19) afirma que, 
 
Licitação é procedimento administrativo formal em que a Administração 
Pública convoca, por meio de condições estabelecidas em ato próprio 
(edital ou convite), empresas interessadas na apresentação de 
propostas para o oferecimento de bens e serviços. 
22 
 
Licitação é o conjunto de regimes administrativos, legalmente 
estabelecidos, através do qual a administração pública cria meios de fiscalizar, 
quem oferece melhores condições para a realização de obras, serviços, inclusive 
de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações 
(PISCITELLI e TIMBÓ, 2009). 
As leis que constituem a legislação básica sobre licitações e contratos 
para a administração pública são as Leis de nº 8.666/93, Lei de Licitações e 
Contratos Administrativos, e a Lei nº 10.520/02, Lei do Pregão. 
A Constituição Federal dispõe em seu art. 37º que “a administração 
pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”. E o art. 2º da lei nº 
9.784/99 vem complementar dentre outros princípios como o da finalidade, 
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, ampla defesa, contraditório, 
segurança jurídica, e interesse público. 
A licitação é voltada para assegurar o cumprimento do princípio 
constitucional da uniformidade, a distinção e seleção da proposta mais rentável 
para a administração e a melhoria do desenvolvimento nacional sustentável, 
sendo assim arbitrada pelos princípios básicos, Lei nº 12.349/10. 
 
 
2.6.1 Definições 
 
 
A Lei nº 8.666/93 nos ressalta em seu art. 3º que: 
 
A licitação destina-se a garantir a observância do princípio 
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para 
a administração e a promoção do desenvolvimento nacional 
sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com 
os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, 
da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da 
vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos 
que lhes são correlatos. 
 
De acordo com o que consta na Lei nº 8.666/93, são consideradas 
Obras, a execução direta ou indireta, de reforma, fabricação, recuperação ou 
ampliação, dentre outras. 
23 
 
Assim como Serviço, que é definido como sendo qualquer exercício 
designado a obter dada utilidade de interesse para a Administração, como por 
exemplo: demolição, conserto, instalação, montagem, manutenção, transporte, 
locação de bens, publicidade, dentre vários outros. 
Tendo ainda o setor de Compra que tem por intuito toda aquisição 
remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente. A 
Alienação trata-se de toda transferência de bens de controles a terceiros. 
Execução direta é realizada através de órgãos e entidades da administração, 
praticadas a pelos próprios meios. 
Conforme a Execução indireta o órgão ou entidade contrata com 
terceiros apenas os que se enquadram em qualquer dos seguintes regimes a 
seguir como: a empreitada por preço global em que a obra ou o serviço deve ser 
empregada pelo preço certo e total; a empreitada por preço unitário como já 
sugere o nome deve ser contratada por um valor definido de unidades 
determinadas; na tarefa é estabelecido o preço da mão de obra já estipulado 
com ou sem fornecimento de materiais; e pôr fim a empreitada integral na qual 
se contrata uma empresa em sua integralidade, ficando sobre sua 
responsabilidade o comprimento de todas as etapas necessárias e pôr fim a sua 
entrega, Lei nº 8.666/93. 
 
 
2.7 MODALIDADES DE LICITAÇÕES 
 
 
As licitações devem seguir um conjunto de regras em seus 
procedimentos sempre analisando os critérios de escolha, tanto o critério 
qualitativo onde o valor estimado para a contratação independe das 
características do objeto licitado, quanto o critério quantitativo onde a definição 
se faz através do valor estimado para a contratação. Conforme a Lei n° 8.666/93 
e a Lei nº 10.520/02 são modalidade 
 
 
 
 
24 
 
Tipo Lei Art.º Texto 
Concorrência 
Lei n° 8.666, 
de 21 de 
junho de 
1993 
Art. 22 
§ 1º Concorrência é a modalidade de licitação entre 
quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação 
preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de 
qualificação exigidos no edital para execução de seu 
objeto. 
Tomada de 
preços 
Lei n° 8.666, 
de 21 de 
junho de 
1993 
Art. 22 
§ 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre 
interessados devidamente cadastrados ou que 
atenderem a todas as condições exigidas para 
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do 
recebimento das propostas, observada a necessária 
qualificação. 
Convite 
Lei n° 8.666, 
de 21 de 
junho de 
1993 
Art. 22 
§ 3º Convite é a modalidade de licitação entre 
interessados do ramo pertinente ao seu objeto, 
cadastrados ou não, escolhidos e convidados em 
número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, 
a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento 
convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na 
correspondente especialidade que manifestarem seu 
interesse com antecedência de até 24 (vinte e 
quatro) horas da apresentação das propostas. 
Concurso 
Lei n° 8.666, 
de 21 de 
junho de 
1993 
Art. 22 
§ 4º Concurso é a modalidade de licitação entre 
quaisquer interessados paraescolha de trabalho técnico, 
científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios 
ou remuneração aos vencedores, conforme critérios 
constantes de edital publicado na imprensa oficial com 
antecedência mínima de 45 dias. 
Leilão 
Lei n° 8.666, 
de 21 de 
junho de 
1993 
Art. 22 
§ 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer 
interessados para a venda de bens móveis inservíveis 
para a administração ou de produtos legalmente 
apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de 
bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior 
lance, igual ou superior ao valor da avaliação. 
Pregão 
Lei n° 
10.520 de 
17 de julho 
de 2002 
Art.1º 
a 13º 
Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da 
Constituição Federal, modalidade de licitação 
denominada pregão, para aquisição de bens e serviços 
comuns, e dá outras providências. 
QUADRO 1 – Modalidades de Licitações 
Fonte: Lei 8.666/93 e Lei n° 10.520/02 
 
Segundo Figueiredo (2002, pg. 28) concorrência “é a modalidade entre 
quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar comprovem 
possuir requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para a execução do 
seu objeto”. A concorrência é a modalidade de licitação destinada para todos 
que estiverem interessados em participar, satisfazendo as exigências previstas 
no edital. 
A concorrência é destinada a contratações de valor mais elevado, isto é, 
para a aquisição de materiais e serviços com valores acima de R$ 650.000,00, 
e para a execução de obras e serviços de engenharia com valores acima de R$ 
1.500.000,00, conforme está disposto na Lei 8.666/93. 
25 
 
De acordo com Figueiredo (2002, pg. 28) tomada de preço “é a 
modalidade entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a 
todas as condições exigidas para cadastramento até o 3˚ (terceiro) dia anterior 
à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação”. 
A tomada de preço é uma modalidade que deve ser seguida dentro do 
limite determinado pela legislação, voltada para interessados devidamente 
cadastrados. O valor previsto é de até R$ 650.000,00 para a aquisição de 
materiais e serviços, e de R$ 1.500.000,00 para a execução de obras e serviços 
de engenharia, conforme está disposto na Lei 8.666/93. 
Convite é uma modalidade de licitação com o âmbito mais simples, 
empregada nos contratos de menor valor, voltada para interessados que atua na 
área de atividade a qual está disponível o convite. Para a aquisição de materiais 
e serviços o limite é de até R$ 80.000,00, e para a execução de obras e serviços 
de engenharia até o valor de R$ 150.000,00, conforme está disposto na Lei 
8.666/93. 
De acordo com a Lei 8.666/93, Concurso é a modalidade determinada 
para as escolhas com relação a trabalho técnico, cientifico ou artístico, tendo 
como retribuição prêmios ou bonificações aos vencedores, segundo o que foi 
determinado em edital. 
O leilão é a modalidade de licitação disponível para qualquer pessoa que 
se faz interessada, é utilizada para a venda de bens móveis inservíveis, não tem 
a necessidade de serem bens danificados, artefatos apreendidos ou 
penhorados, e também bens que não dispõe mais de serventia para a 
Administração Pública, conforme está disposto na Lei 8.666/93. 
O pregão é uma nova modalidade de licitação regida pela Lei n° 
10.520/02, utilizada para a obtenção de bens ou prestação de serviços comuns, 
com a alternativa de redução das ofertas apresentadas durante os lances dos 
licitantes, no qual o vencedor será o que possuir o menor valor. A disputa pode 
ser realizada de maneira presencial ou eletrônica. 
Seguem no Quadro 2 os valores limites para cada modalidade de 
licitação e para cada tipo de aplicação. 
 
 
26 
 
Modalidade Prazo Compras ou 
Serviços 
Obras e Serviços de 
Engenharia 
Dispensa Até de R$ 8.000,00 Até R$ 15.000,00 
Convite 05 dias úteis Acima de R$ 8.000,00 
até R$ 80.000,00 
Acima de R$15.000,00 
até R$ 150.000,00 
Tomada de Preços 15 dias corridos Acima de R$ 80.000,00 
até R$ 650.000,00 
Acima de R$ 
150.000,00 até R$ 
1.500.000,00 
Concorrência 30 dias corridos Acima de 
R$650.000,00 
Acima de R$ 
1.500.000,00 
Pregão Presencial 08 dias úteis Bens e serviços de uso comum 
Pregão Eletrônico 08 dias úteis Compras e serviços Não valido 
QUADRO 2 - Valores limites para licitações 
Fonte: Lei n° 8.666/93 e Lei n° 10.520/02 
 
 
2.7.1 Pregão 
 
 
Pregão é uma modalidade de licitação com o objetivo de se adquirir bens 
e serviços públicos, sendo assim o seu valor estimado de contratação livre, a 
disputa no pregão é realizada através de propostas e lances, sendo essas 
realizadas de maneira presencial, na qual o licitante deve comparecer na sessão 
pública, ou na forma eletrônica, utilizando-se de meios da tecnologia. 
O TCU (2010, pg. 45) define pregão como uma 
 
Modalidade realizada entre interessados do ramo de que trata o objeto 
da licitação que comprovem possuir os requisitos mínimos de 
qualificação exigidos no edital, em que a disputa pelo fornecimento de 
bens ou serviços comuns é feita em sessão pública. Pode ser 
presencial ou eletrônico. 
 
O Pregão foi fundamentado, no âmbito da União, pela Medida Provisória 
nº 2.026/00, que posteriormente a várias alterações e melhora foi transformada 
na Lei nº 10.520/02, regulamento que outorgou a modalidade a todos os órgãos 
e entidades da Administração dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Na instancia Federal, o presencial é instituído pelo Decreto nº 3.555, de 08 de 
agosto de 2000, e o eletrônico pelo Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005. 
27 
 
O uso desta modalidade é voltado para a contratação de bens e serviços 
comuns, que de acordo com a Lei nº 10.520/02 são aqueles cujos padrões de 
desempenho e qualidade possa ser objetivamente definida pelo edital, por meio 
de especificações usuais no mercado, garantindo assim a realização da 
comparação dos bens ou dos serviços oferecidos, de maneira a viabilizar a 
aquisição com base no menor preço. 
O Decreto nº 5.450/05, na esfera federal, tornou-se obrigatório o uso do 
pregão nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns, compondo-se 
preferencialmente de forma eletrônica. 
De acordo com Decreto Nº 3.555/00 em seu art. 4º a licitação na 
modalidade de pregão é juridicamente condicionada aos princípios básicos da 
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da 
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do 
julgamento objetivo, bem assim aos princípios correlatos da celeridade, 
finalidade, razoabilidade, proporcionalidade, competitividade, justo preço, 
seletividade e comparação objetiva das propostas. 
Apesar do pregão não haver um limite de valor ele não se aplica a 
contratação de obras e serviços de engenharia, delimitando-se apenas para 
aquisição de bens e serviços comuns. 
 
 
2.7.2 Principais diferenças entre o Pregão presencial e o Pregão eletrônico 
 
 
No Quadro 3 é apresentada uma comparação entre as principais 
diferenças do pregão presencial e do pregão eletrônico. 
 
(Continua) 
Aspecto Pregão presencial Pregão eletrônico 
Sessão 
pública 
Sessão pública com a presença dos 
licitantes. 
Envio de informações à distância (via 
internet) 
 
Lances O licitante autor da menor proposta e 
os demais que apresentarem preços 
até 10% superiores a ela estão 
classificados para fase de lances. 
Todos os licitantes,cujas propostas não 
foram desclassificadas, podem oferecer 
lances. 
28 
 
Caso não haja pelo menos três 
licitantes que atendam essas 
condições, deverão ser convocados 
para essa fase os demais, obedecida 
a ordem de classificação das 
propostas, até o máximo de três, 
quaisquer que sejam os preços 
oferecidos por eles. 
Autoria dos 
lances 
Os presentes na sessão sabem quem 
são os autores dos lances. 
É vedada a identificação dos licitantes 
responsáveis pelos lances. 
Ordem dos 
lances 
Os licitantes são classificados, de 
forma sequencial e apresentam 
lances verbais, a partir do autor da 
proposta classificada de maior preço 
e os demais, em ordem decrescente 
de valor. 
Os licitantes podem oferecer lances 
sucessivos, independentemente da 
ordem de classificação. 
Término da 
fase de 
lances 
Ocorre quando não houver lances 
menores que o último ofertado. 
Ocorre por decisão do pregoeiro e o 
sistema eletrônico encaminha aviso de 
fechamento iminente dos lances, após 
o que transcorrerá período de até trinta 
minutos, aleatoriamente determinado. 
Habilitação A documentação da habilitação não 
contemplada no Sicaf deve ser 
apresentada em envelope lacrado. 
Os documentos de habilitação que não 
estejam contemplados no Sicaf, 
inclusive quando houver necessidade 
de envio de anexos, devem ser 
apresentados via fax após solicitação 
do pregoeiro no sistema eletrônico 
Recursos A intenção do licitante de recorrer 
deve ser feita de forma verbal, no final 
da sessão, com registro em ata da 
síntese das razões. 
A intenção de recorrer pode ser 
realizada pelo licitante, de forma 
imediata e motivada, em campo próprio 
no sistema eletrônico. 
QUADRO 3 - Principais diferenças entre o pregão presencial e o pregão 
eletrônico 
Fonte: Manual de Licitações e Contratos – CGU (2016) (Concluído) 
 
Nas demais modalidades analisam-se primeiro a habilitação e 
posteriormente a disputa pelo preço, ao contrário do pregão onde se verifica 
primeiro a disputa do preço e após analisa-se a habilitação, dando assim maior 
agilidade no desempenho do processo. 
 
 
2.8 TIPOS DE LICITAÇÃO 
 
 
Os tipos de licitações que devem ser aplicados a todas as modalidades, 
excetuando-se o concurso, no qual os demais são definidos pela Lei nº 8.666/93 
no seu art. 45º § 1º. Compreendendo assim os critérios previamente 
29 
 
estabelecidos no ato convocatório, é declarado vencedor no tipo Menor Preço o 
licitante que apresentar o menor preço com a melhor qualidade, de acordo com 
os critérios estabelecidos no edital ou convite; a Melhor Técnica tem a finalidade 
de escolher a melhor proposta, será declarado vencedor o licitante que 
apresentar a melhor técnica em relação à vantagem do preço; no tipo Técnica e 
Preço é levado em consideração o licitante que apresentar a proposta com a 
melhor técnica e com o menor preço, de acordo com os critérios estabelecidos 
no edital ou convite; e Maior Lance ou oferta são adaptado nos casos onde exista 
alienação de bens ou concessão de direito real de uso. 
 
 
2.9 PUBLICAÇÃO 
 
 
O princípio da publicidade faz parte da definição de licitação, que é 
apresentada na Lei nº 8.666/93, em seu art. 3º, 
 
A licitação destina-se a garantir a observância do princípio 
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para 
a administração e a promoção do desenvolvimento nacional 
sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com 
os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, 
da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da 
vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos 
que lhes são correlatos. 
 
É necessário que se faça a publicação antecipada dos procedimentos 
fundamentais para a participação no processo licitatório. A licitação não 
consistirá de maneira sigilosa, sendo assim acessíveis ao público. 
A publicação será realizada através de um edital, que deverá conter 
todas as informações necessárias com relação a licitação em si, permitindo o 
reconhecimento do item licitado, do órgão contratante juntamente com as datas 
e os prazos determinados. 
O Quadro 4 evidencia os prazos a serem seguidos pela Administração 
Pública levando em conta o prazo para publicação do aviso, incluindo os 
resumos dos editais das concorrências, das tomadas de preços, dos concursos, 
dos leilões e dos pregões: 
30 
 
MODALIDADE TIPO DO ATO PRAZO 
MÍNIMO* 
VEÍCULO 
Concurso / 
Concorrência para: 
empreitada integral ou 
do tipo técnica ou 
técnica e preço 
Regulamento do 
Concurso ou Aviso 
contendo o resumo 
do edital 
45 dias 
corridos 
- Jornal diário de circulação 
estadual 
 
- Jornal de circulação municipal 
(se houver) 
 
- Diário Oficial do Estado (quando 
se tratar de licitação feita por 
órgão da Administração Pública 
Estadual ou Municipal) 
 
- Diário Oficial da União (quando 
se tratar de licitação feita por 
órgão ou entidade da 
Administração Pública Federal ou 
por qualquer outro, quando se 
tratar de obras financiadas parcial 
ou totalmente com recursos 
federais ou garantidos por 
instituições federais) 
Tomada de preços do 
tipo técnica ou técnica e 
preço / Concorrência 
quando não for: 
empreitada integral ou 
do tipo técnica ou 
técnica e preço 
Aviso contendo o 
resumo do edital 
30 dias 
corridos 
Leilão / Tomada de 
preços quando não for 
do tipo técnica ou 
técnica e preço 
Aviso contendo o 
resumo do edital 
15 dias 
corridos 
Pregão Aviso contendo o 
resumo do edital 
8 dias 
úteis 
Diário Oficial do respectivo ente 
federado ou, não existindo, em 
jornal de circulação local; 
 
- Meios eletrônicos 
(facultativamente); 
 
- em jornal de grande circulação 
(conforme o vulto da licitação); 
 
- na home-page “contas públicas”. 
Convite Cópia do 
instrumento do 
convite 
5 dias 
úteis 
Fixação em local apropriado 
* Prazos mínimos até o recebimento das propostas ou realização do evento. Contados a partir 
da última publicação do edital resumido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva 
disponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos, prevalecendo o que ocorrer mais 
tarde. 
QUADRO 4 - Prazos para contratação 
Fonte: Manual de Licitações e Contratos – CGU (2016) 
 
Seja qual for a modificação que ocorrer no edital determina-se que a 
divulgação ocorra na mesma maneira que se deu o texto original, dando abertura 
ao prazo inicialmente estabelecido, salvo quando, a mudança não influenciar as 
deliberações a cargo dos licitantes, em relação as documentações e propostas. 
 
 
 
 
31 
 
2.10 CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO 
 
 
Dentro do processo licitatório conforme o art. 9 da Lei nº 8.666, de 21 de 
junho de 1993, não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da 
execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários: 
 
I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica; 
II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela 
elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto 
seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por 
cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico 
ou subcontratado; 
III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou 
responsável pela licitação. 
 
Assim poderão participar da licitação quaisquer licitantes interessados 
que comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação e cujo objeto 
social da empresa, expresso no estatuto ou contrato social, especifique ramo de 
atividadecompatível com o objeto da licitação. 
 
 
2.11 DISPENSA DE LICITAÇÃO 
 
 
São eventos esporádicos, mesmo havendo a possibilidade de 
competição, este processo de licitação pode apresentar-se com desvantagem 
ao interesse público. 
De acordo com Carvalho (2008, pg. 649) “dispensa de licitação são as 
hipóteses em que, embora exista viabilidade jurídica de competição, a lei 
autoriza expressamente a celebração direta do contrato, sem realizar o 
procedimento licitatório”. 
Citadini (1999, pg. 183) representa o seguinte sobre a dispensa de 
licitação: 
 
A licitação é dispensada, em situações descritas pela legislação, nas 
quais se poderá, em tese, realizar o procedimento licitatório, mas que, 
entende-se desnecessário o certame, já que sua realização não 
proporcionaria ao Poder Público a escolha de proposta 
32 
 
economicamente mais adequada, nem o pronto atendimento do 
interesse público (nacional, estadual ou local) que requer providências 
imediatas. 
 
A dispensa de licitação é regida pela Lei nº 8.666/93, onde estabelece 
em seu art. 24, os eventos passiveis de dispensa. Os cinco primeiros casos 
principais de dispensas trazidos neste artigo são: 
 
I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por 
cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, 
desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço 
ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local 
que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; 
II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do 
limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para 
alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a 
parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto 
que possa ser realizada de uma só vez; 
III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem; 
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando 
caracterizada urgência de atendimento de situação que possa 
ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, 
serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e 
somente para os bens necessários ao atendimento da situação 
emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que 
possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias 
consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou 
calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos; 
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e está, 
justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a 
Administração, mantidas, neste caso, todas as condições 
preestabelecidas; 
 
 
2.12 INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO 
 
 
A inexigibilidade no setor da licitação são situações de exceção, 
caracterizadas pela impossibilidade de competição, o que inviabiliza a realização 
do procedimento licitatório. 
Segundo Carvalho (2008, pg. 651) “é inexigível a licitação sempre que 
houver impossibilidade jurídica de competição. Se a competição não for viável, 
ou seja, não tiver mais de um interessado, não há por que realizar uma licitação, 
sendo impossível realizar tal procedimento”. 
A inexigibilidade de licitação é regida pela Lei nº 8.666/93, que ressalta 
hipóteses de inexigibilidade de licitação. 
33 
 
De acordo com a Lei nº 8.666/93 no art. 25. São inexigível a licitação 
quando houver inviabilidade de competição, em especial: 
 
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só 
possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante 
comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a 
comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido 
pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a 
licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou 
Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes; 
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 
desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de 
notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de 
publicidade e divulgação; 
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, 
diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que 
consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.” 
 
Segundo Meirelles (2007, pg. 124) “a lei considera inexigível a licitação 
para aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só possam ser 
fornecidos por produtor ou vendedor exclusivo, porque seria inútil licitar o que 
não é passível de competição de preço ou de qualidade”. 
 
 
2.13 LEI DE ACESSO Á INFORMAÇÃO 
 
 
Lei de Acesso à Informação (LAI) também conhecida como a lei da 
transparência criado conforme a Lei Federal nº 12.527, de 18 de novembro de 
2011. Lei que efetiva o direito previsto no artigo 5º, inciso XXXIII da Constituição 
Federal, de que todos têm a prerrogativa de receber dos órgãos públicos além 
de informações do seu interesse pessoal, também aquelas de interesse coletivo. 
Esta lei veio para dispor a respeito dos procedimentos a serem 
observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de 
garantir o acesso as informações públicas. Proporcionando que qualquer pessoa 
sendo essa de origem física ou jurídica o acesso as informações dos órgãos e 
entidades públicas. 
As informações devem ser dispostas de maneira transparente, para que 
o cidadão possa ter um acesso mais ágil e fácil a essas informações. 
34 
 
A LAI ressalta no seu art. 3º os procedimentos que se destinam a 
assegurar o direito fundamental do acesso às informações, devendo ser 
desempenhado com respeito aos princípios básicos da administração pública e 
com os procedimentos a seguir: 
 
I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como 
exceção; 
II - divulgação de informações de interesse público, 
independentemente de solicitações; 
III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da 
informação; 
IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na 
administração pública; 
V - desenvolvimento do controle social da administração pública. 
 
No art. 10º, do § 2º a LAI prevê que o os órgãos e entidades do poder 
público devem viabilizar alternativa de encaminhamento de pedidos de acesso 
por meio de seus sítios oficiais na internet. Com isso diminuindo a burocracia e 
facilitando o acesso as informações desejadas. 
Para Quintana et al. (2011) a disponibilização da home page Portal de 
Transparência Pode ser considerada como o marco para uma melhor relação 
Estado/sociedade e fundamental para o aumento de transparência dos atos 
governamentais, estimulando assim o controle social e o aumento da cidadania. 
O portal de transparência é uma ferramenta que disponibiliza para o 
cidadão as informações atualizadas sobre a arrecadação dos impostos, os 
repasses que estão sendo realizados pelo município, aonde o governo está 
aplicando os recursos públicos, com dados atualizados diariamente ou 
semanalmente. 
Segundo Souza et al (2009, pg. 12) 
 
A transparência nos atos da Administração Pública tem como desígnio 
impedir ações impróprias e eventuais, como o uso indevido dos bens 
públicos, por parte dos governantes e administradores. Alargando o 
acesso dos cidadãos às informações públicas, em todas as esferas, a 
fim da edificação de um país mais democrático, onde todos os 
segmentos da sociedade possam desempenhar com êxito o controle 
social, ajudando na efetivação de uma gestão mais eficaz e eficiente. 
 
Através da LAI é possível que o cidadão tenha um acesso mais amplo 
as ações que envolvem o governo, abrindo-se assim uma janela para reprimir os35 
 
processos ilícitos podendo assim acompanhar as informações e manter o 
controle da gestão pública. 
 
 
2.14 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL 
 
 
A Lei Complementar nº 131/09, acrescenta dispositivos à Lei 
Complementar nº 101/00 – Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), no qual 
estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na 
gestão fiscal e dá outras providências, definindo os princípios básicos da 
responsabilidade. 
A LRF é mais um instrumento parar determinar as diretrizes necessárias 
para um bom desempenho das finanças públicas, desta forma obtém-se um 
maior controle nas contas públicas. 
A LRF, prevê no seu art. 1º, § 1º, a responsabilidade de se buscar 
transparência na gestão pública: 
 
§ 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e 
transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes 
de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de 
metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites 
e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas 
com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e 
mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, 
concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar. 
 
Essa Lei exige transparência por parte do governo em todas as etapas, 
do planejamento, do orçamento e na execução dos gastos. 
De acordo com Pereira (2010, pg. 236) o propósito da LRF é: 
 
Elevar a transparência na gestão do gasto público, permitindo que os 
mecanismos de mercado e o processo político sirvam como 
instrumento de controle e punição dos governantes que não agirem de 
maneira correta. Ao mesmo tempo, espera-se que os bons 
administradores sejam premiados com o reconhecimento da 
população e do mercado, inclusive com maior acesso a crédito. 
 
A LRF tem como base a transparência e a responsabilidade, no qual tem 
por objetivo a busca e a administração do equilíbrio das contas públicas em todos 
36 
 
os níveis de governo como a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios. 
 
 
2.15 TRIBUNAL DE CONTAS 
 
 
De acordo com o art. 73º da Constituição Federal o Tribunal de Contas 
da União – TCU tem sede no Distrito Federal, com jurisdição em todo o território 
nacional, é composto por nove ministros e tem quadro de pessoal próprio. 
O art. 73º da Constituição Federal o Tribunal de Contas da União traz no 
seu § 1º o critério de escolha, nos quais os ministros são nomeados entre os 
brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos 
de idade, que vivencie uma idoneidade moral e reputação ilibada e que 
desfrutem de notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e 
financeiros ou de administração pública, comprovados com mais de dez anos de 
exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija esses 
conhecimentos. 
O TCEPR é responsável por fiscalizar o uso do dinheiro público do 
Estado e dos 399 municípios paranaenses, ele delibera e controla todo os 
recursos públicos injetados pelo governo do Paraná e prefeituras, transmitindo 
para a população aonde os recursos foram implantados. 
De Acordo com o TCEPR são suas atribuições: 
 
Controlar a receita e a despesa do Estado e dos Municípios; 
Acompanhar a legalidade das contratações de pessoal, das 
aposentadorias, reformas e pensões estaduais e municipais; 
Analisar e julgar a legalidade das prestações de contas dos Poderes 
Legislativo, Judiciário, do Ministério Público e de todos os órgãos 
públicos; 
Emitir parecer prévio nas contas do governador do Estado e dos 
prefeitos, para posterior julgamento pelo Poder Legislativo, quer 
estadual, quer municipal; 
Julgar as contas de todas as associações e entidades que tenham 
recebido recursos do Estado ou dos municípios, para atividades 
sociais; 
Apreciar e julgar as denúncias sobre irregularidades ou ilegalidades 
praticadas por administradores públicos; 
Prestar orientação nas ações administrativas, respondendo as 
consultas formuladas. 
 
37 
 
O Tribunal de Contas é uma organização que tem por finalidade garantir 
o controle do dinheiro público, garantindo que ele seja aplicado de maneira que 
traga retorno para a população através de um serviço de qualidade (TCEPR). 
 
 
2.16 MURAL DE LICITAÇÕES 
 
 
O Tribunal de Contas do Estado do Paraná traz em sua normativa nº 
37/2009 mecanismos para a disponibilização de informações necessárias ao 
cumprimento do princípio da transparência e publicidade nas licitações e 
contratos e para divulgação dos fornecedores impedidos de licitar e contratar 
com a Administração Pública. Esta instrução dispõe também a respeito do Mural 
de Licitações Municipais, que de acordo com o seu art. 1º se constitui em uma 
seção do sítio eletrônico do Tribunal de Contas, de livre acesso público, para 
divulgação e o tempestivo conhecimento de todas as licitações previstas para 
serem processadas pelas administrações públicas municipais. 
O Mural de Licitações foi lançado pelo Tribunal de Contas do Estado em 
janeiro de 2010, sendo ele disponibilizado através de um serviço eletrônico de 
cadastro e divulgação das licitações realizadas pelos órgãos municipais de todo 
o Paraná (TCEPR). O mural serve como um mecanismo de transparência, 
permitindo a todos analisar e examinar os procedimentos realizados pela 
prefeitura do município. 
38 
 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
 
Para se realizar um estudo, seja qual for a sua linha de desenvolvimento, 
é preciso delimitar as medidas que servirão de auxílio no momento da 
estruturação da pesquisa. Estes elementos são definidos no decorrer dos 
procedimentos metodológicos, que reproduz a maneira como será realizada a 
pesquisa, isto é, os passos que serão realizados para atingir o objetivo exposto. 
Assim a metodologia corresponde a um quadro de procedimentos a serem 
explorados na obtenção do conhecimento. 
O trabalho foi estruturado por meio de procedimentos que evidenciam 
de forma clara e concreta os passos para a execução das atividades de 
pesquisa, verificação, análise, colhimento de dados e demonstração dos 
resultados e conclusões, métodos, estes que são detalhados neste capítulo. 
 
 
3.1 TIPOS DE PESQUISA 
 
 
Esta pesquisa foi de caráter bibliográfico, descritivo. 
Segundo Vergara (2011, pg. 43) pesquisa bibliográfica é “o estudo 
sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, 
jornais e redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral”. Este 
estudo foi bibliográfico, pois se utilizou como embasamento para a pesquisa as 
análises de Leis, Decretos, Resoluções, pesquisa em sites e revistas. A pesquisa 
bibliográfica visou esclarecer e fundamentar os a coleta de dados, bem como à 
formação e solução do problema de pesquisa em questão. 
A pesquisa se enquadrou como descritiva, pois descreve as 
características, do tema que está em estudo, podendo ser definida como o 
estudo das características de um conjunto. Na pesquisa descritiva foram 
analisados atributos de determinados acontecimentos, sendo realizada uma 
avaliação e exposição dos fatos. 
Em questão ao tema tratado será realizada uma análise detalhada dos 
dados disponíveis, relacionados à contabilidade pública contendo seus conceitos 
39 
 
e seu campo de aplicação, orçamento público, receitas e despesas, processos 
licitatórios, discernindo o que regulamenta o evento dos mesmos, ocasionando 
uma informação clara e objetiva. 
 
 
3.2 ABORDAGENS DO TEMA 
 
 
Encontram-se dois tipos de abordagem para os temas de pesquisa, a 
quantitativa e a qualitativa. A quantitativa é ométodo de pesquisa social que se 
utiliza de técnicas estatísticas, onde é necessária a comparação e definição de 
pontos em comum para a análise dos resultados, e a qualitativa é a observação, 
realizando-se os registros constantes e precisos, detalhando o que acontece 
neste ambiente, através de descrições narrativas. 
Analisando as características expostas sobre abordagem, conclui-se 
que esta pesquisa se utiliza de abordagem quantitativa, visto que será 
necessário o recolhimento dos dados, gerando assim quadros e figuras para ser 
analisados, e após apresentado os resultados, para assim possa chegar ao 
objetivo proposto. 
 
 
3.3 MÉTODOS DE PESQUISA 
 
 
Quanto ao método enquadra-se o dedutivo que parte de leis e teorias 
para os dispostos gerais, para assim então comprovar sua autenticidade. Ruiz 
(2008, pg. 138) relata que “o pensamento é dedutivo quando, a partir de 
enunciados mais gerais dispostos ordenadamente como premissas de um 
raciocínio, chega a uma conclusão particular ou menos geral”, portanto para se 
analisar o conteúdo abordado é necessário examinar os dados que foram 
determinados para que assim possa atingir ao resultado desejado. 
 
 
40 
 
3.4 TÉCNICAS DE PESQUISA 
 
 
Técnica de pesquisa é uma sequência utilizada pelo pesquisador para 
realizar a coleta de dados inclusa ao âmbito que é o objeto da sua pesquisa, 
desta forma coordenando e observando as informações coletadas. 
Os dados foram coletados no Mural de Licitações do Tribunal de Contas 
do Estado do Paraná e no portal de transparência da prefeitura do Município de 
Foz do Iguaçu, num período de 2012 a 2015, foram avaliado os editais de 
processos licitatórios do município num período de quatro anos. Os dados foram 
coletados ano a ano, gerando assim uma planilha com todos os processos 
realizados em cada período, separando o valor utilizado em cada modalidade e 
a quantidade de utilização de cada modalidade, com isso foi possível analisar 
separadamente cada ano com relação a que mais se utilizava de recursos e a 
modalidade de licitação que era mais utilizada. Após o levantamento do dados 
foi possível analisar e determinar se foi satisfatório ou não os resultados obtidos. 
 
 
3.5 UNIVERSO, POPULAÇÃO E AMOSTRA 
 
 
Universo em uma pesquisa científica significa a totalidade da população 
que se possui para reproduzir a amostra, que é a população que se tem 
disponível para eleger para o seu estudo. O universo da pesquisa foi delimitado 
ao Município de Foz do Iguaçu, com população segundo o IBGE (2016) estimado 
em 256.088 habitantes e com orçamento inicial previsto para 2016 de R$ 793 
milhões, uma média de R$ 3.096,00 por pessoa (per capita). 
A amostra da pesquisa foi as modalidades de licitações ocorridas no 
Município de Foz do Iguaçu no ano de 2012 a 2015, tal amostra foi delimitada 
aos últimos quatro anos para que assim fosse possível apresentar de maneira 
sucinta e precisa os resultados obtidos. Essas informações foram tabuladas 
através dos dados coletados no Portal da Transparência do Município de Foz do 
Iguaçu e no Mural de Licitações do Tribunal de Contas do Estado do Paraná. 
41 
 
4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS 
 
 
Inicialmente para realização das análises foram coletados os 
orçamentos municipais através do Relatório Resumido da Execução 
Orçamentária, acessados através do Portal da Transparência do Município e os 
dados sobre os processos licitatórios abertos pelo Município de Foz do Iguaçu 
no período de 2012 a 2015, extraídos do Mural de Licitações do Tribunal de 
Contas do Estado do Paraná. Conforme apresentados na sequência. 
 
 
FIGURA 1 - Orçamento Anual x valores utilizados através de processos 
licitatórios no período de 2012 a 2015 (em Reais) 
Fonte: Relatório Resumido da Execução Orçamentaria – RREO, Mural de 
Licitações do Tribunal de Contas do Estado do Paraná – TCEPR 
 
Na Figura 1 apresentamos os valores do orçamento atualizado em cada 
período e os valores utilizados através dos processos licitatórios, no período de 
2012 a 2015 foram orçados 2.288.000.774,00 (dois bilhões duzentos e oitenta e 
oito milhões setecentos e setenta e quatro mil reais) dos quais, 63,83% foram 
executados através de processos licitatórios. 
Um fato importante se destaca no ano de 2013, onde, o valor utilizado 
em processos licitatórios foi superior ao orçamento do período, tal fato se justifica 
através da análise dos processos realizados, onde é possível verificar que 
apenas um processo de licitação utilizou 405.723.400,66, este processo prevê a 
concessão do Gerenciamento integrado da limpeza pública, sendo dessa forma 
licitado em 2012, mas sua execução se dará em 15 anos. 
193.108.289,89 
592.079.927,84 
452.628.734,30 
222.702.396,86 
535.636.173,24 
494.483.627,52 
675.460.612,44 
582.420.360,80 
2012 2013 2014 2015
Licitações Orçamento Anual
42 
 
Na sequência são apresentados os valores utilizados em cada período 
de acordo com a modalidade de licitação utilizada. 
 
 
FIGURA 2 - Valores utilizados de acordo com as modalidades de Licitações 
utilizadas no Município de Foz do Iguaçu em 2012 (em Reais) 
Fonte: Mural de Licitações – TCEPR – Tribunal de Contas do Estado do 
Paraná. 
 
Na Figura 2 são apresentados os valores utilizados no ano de 2012 pelo 
Município de Foz do Iguaçu em cada modalidade de licitação, o maior volume de 
recursos foi utilizado na modalidade pregão, 122.908.883,40, esta modalidade 
foi introduzida pela Lei nº 10.520/02, para aquisição de bens e serviços comuns 
podendo ser realizado de maneira presencial ou eletrônico, este modelo de 
licitação tem oferecido uma série de benefícios para as instituições públicas, 
reduzindo os custos e dando celeridade e transparência aos processos. Em 
segundo lugar ficou a concorrência pública, modalidade que se destina a todos 
que estiverem interessados em participar tendo como principal requisito o 
comprimento de todas exigências previstas no edital, com 38.696.496,85, em 
terceiro temos o processo de inexigibilidade de licitação, de acordo com o art. 
25, o valor utilizado foi de 20.271.911,40, somados esses valores representam 
94,18% do valor utilizado no período. 
Na sequência são apresentadas em percentual as modalidades mais 
utilizadas pelo Município de Foz do Iguaçu no período de 2012. 
 
 
 
193.108.289,89 
122.908.883,40 
38.696.496,85 
20.271.911,40 
6.367.556,62 
2.892.696,50 
1.433.745,12 
537.000,00 
Total Geral
Pregão
Concorrência
Processo Inexigibilidade
Tomada de Preços
Convite
Processo Dispensa
Leilão
43 
 
 
FIGURA 3 - Modalidades de Licitações utilizadas no Município de Foz do 
Iguaçu em 2012 
Fonte: Mural de Licitações – TCEPR – Tribunal de Contas do Estado do Paraná. 
 
Na Figura 3 a modalidade de licitação mais utilizada em 2012 foi o 
processo de inexigibilidade com 34,91%, em segundo lugar ficou a modalidade 
pregão com 27,93%, em terceiro lugar apresentou-se a modalidade convite com 
13,74%, somadas as três modalidades mais utilizadas tem-se 76,58% dos 
processos realizados pelo Município de Foz do Iguaçu. 
Os processos de inexigibilidade e dispensa de licitação (arts. 24 e 25 da 
lei nº 8.666/93) correspondem a 47,07% dos processos realizados no período, 
embora sua utilização corresponda a quase 50% os valores empregados nestes 
processos correspondem apenas a 11,24% sobre o valor utilizado em 2012. 
 
 
FIGURA 4 - Valores utilizados de acordo com as modalidades de Licitações 
utilizadas no Município de Foz do Iguaçu em 2013 (em Reais) 
Fonte: Mural de Licitações – TCEPR – Tribunal de Contas do Estado do Paraná. 
 
Concorrência

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