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REGIME JURÍDICO DO SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL
Agente Público: toda pessoa física que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da Administração Indireta. 
Espécies: 
1) agentes políticos: detentores de mandato eletivo; 
2) servidores públicos: estatutários, ocupantes de cargos públicos; empregados públicos celetistas; servidores temporários, contratados por tempo determinado para atender necessidade excepcional (exercem função sem cargo ou emprego);
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3) militares: Forças Armadas, Polícias Militares e Corpos de Bombeiros. Estatutários sujeitos a regime jurídico próprio diferenciado. 
4) particulares em colaboração com o Poder Público: 
- empregados de empresas concessionários e permissionárias; leiloeiros, tradutores, intérpretes públicos. Exercem função pública em nome próprio, sem vínculo empregatício, sob a fiscalização do Poder Público com remuneração paga por terceiros usuários do serviço. 
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- requisitados para funções públicas relevantes: jurados, serviço eleitoral, conscritos (serviço militar obrigatório), comissários de menores, integrantes de comissões, grupos de trabalho etc. Sem vínculo empregatício e sem remuneração. 
- gestores de negócio: espontaneamente assumem determinada função pública em momento de emergência, como epidemia, incêndio, enchente etc.
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- o objeto de estudo é a categoria dos servidores públicos, mais especificamente os ESTATUTÁRIOS, ou seja, os detentores de CARGO PÚBLICO. 
- Servidor estatutário é aquele cuja relação com o ente público NÃO é regulada por contrato de trabalho, mas sim diretamente pela Lei.
- a Lei estabelece diretamente todos os direitos e deveres do servidor em sua relação com o Estado (seu patrão), ou seja, ESTABELECE O REGIME JURÍDICO A QUE O SERVIDOR SERÁ SUBMETIDO: preenchimento do cargo, vantagens, férias, regime disciplinar etc.
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- Não há assinatura da Carteira de Trabalho, não há FGTS, não há aviso prévio, não há seguro-desemprego, etc.
 
- o Servidor Público Estatutário toma posse no cargo: assina um termo de posse.
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LEI 8.112/90
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.
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1. Provimento 
2. Vacância-Remoção-Redistribuição-Substituição
3. Direitos e Vantagens
4. Deveres e Proibições
5. Responsabilidades
6. Penalidades
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O que é regime jurídico?
O regime jurídico trata das formas de preenchimento do cargo, vacância, vantagens, férias, licenças, regime disciplinar, aposentadoria, afastamentos, etc.
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- A Constituição Federal de 1988, estabelece o seguinte: 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.
 
O que significa Regime Jurídico Único? 
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- Significa que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deveriam adotar, para todos os seus servidores, o mesmo regime jurídico, cujas opções seriam, em tese: Regime Estatutário, previsto em lei editada por cada uma das referidas entidades, ou Regime Celetista, previsto na CLT. 
- Assim, se, por exemplo, o Município de Pirassununga resolve adotar o regime da CLT para os servidores da Secretaria da Educação, deve adotar o mesmo regime da CLT para todos os demais servidores, o regime jurídico tem que ser ÚNICO. 
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- Se o Estado de São Paulo adotou, para os servidores da Câmara dos Deputados, Regime Estatutário, editando lei para regular-lhes os direitos e obrigações, deve adotar o mesmo Regime Estatutário para todos os demais servidores do Estado. 
- a União optou por adotar, para seus servidores, o regime Estatutário, o que o fez com a edição da Lei nº 8.112/90.
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A quem se aplica essa lei? (art.1º)‏
Servidores públicos civis federais da (s): 
* União 
* Autarquias 
* Autarquias em regime especial 
* Fundações Públicas Federais 
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Servidor e Cargo Público (arts. 2º, 3º e 4º)
- segundo o art. 2º da Lei, a mesma somente se aplica aos detentores de CARGO PÚBLICO. 
Servidor é aquele investido legalmente em cargo público (em comissão ou efetivo)‏ 
“Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor” (3º)‏.
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- cargo público é um posto da administração pública, com denominação própria (técnico previdenciário, por exemplo), atribuições próprias e vencimentos correspondentes, e exercido por um titular, na forma estabelecida em lei. 
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- CARGO PÚBLICO é o gênero. 
- Espécies: CARGO EFETIVO e CARGO EM COMISSÃO. 
- Cargo efetivo é preenchido por concurso público. 
- Cargo em comissão é de livre nomeação e exoneração, podendo ser preenchido por servidores de carreira ou pessoas alheias à administração pública, para exercer funções de direção, chefia ou assessoramento.
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- Cargo público deve ser previsto em LEI. 
- O ocupante de cargo público é estatutário. 
- O ocupante de emprego público é celetista.
- É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo previsão em lei.
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Cargo efetivo, Cargo Comissionado e Função de Confiança
1) Servidor estatutário = ocupante de cargo efetivo ou comissionado
2) Cargo efetivo = ocupado por servidor concursado;
3) Cargo comissionado e função de confiança = para direção, chefia e assessoramento.
4) Cargo comissionado = livre nomeação e exoneração (ocupado por efetivo ou não)‏
5) Função de confiança = ocupado somente por servidor efetivo
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DIREITOS DO SERVIDOR PÚBLICO :
- Lei nº 8.112/90, Título III – Direitos e Vantagens: 
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Conceitos: 
- Remuneração = Vencimento + Vantagens. 
- Vantagens = indenizações (ajuda de custo, diárias, indenização de transporte, auxílio-moradia) + gratificações (retribuição pelo exercício de função de direção chefia e assessoramento, gratificação natalina, gratificação por encargo de curso ou concurso) + adicionais (insalubridade, periculosidade, penosidade, serviço extraordinário, noturno, férias).
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- INDENIZAÇÕES: reposições/reembolso por despesas que o servidor efetuou em função do serviço. 
- GRATIFICAÇÕES: retribuições ou recompensas em função de alguma situação especial a que o servidor se submete. 
- ADICIONAIS: acréscimos remuneratórios com caráter compensatórios em função da natureza ou às condições do serviço prestado pelo servidor.
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Do Vencimento e da Remuneração
- Vencimento é como se fosse o salário base do servidor público.
 
- Remuneração abrange o vencimento (salário base), somado aos demais acréscimos legais como adicional por serviço extraordinário, adicional noturno, gratificações, etc. 
– Servidor que exerce cargo ou função de confiança terá direito à retribuição (gratificação), a qual integra a remuneração. 
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- servidor público de um ente (cedente) pode ser cedido (emprestado) para outro órgão (cessionário), onde passará a trabalhar. Neste caso, a remuneração do servidor cedido é paga pelo órgão cessionário. 
– É comum um servidor público de um ente ser cedido (emprestado) para outro órgão, onde passará a trabalhar, situação permitida pela lei (art. 93). Nesse caso, o responsável pelo pagamento da remuneração do servidor cedido será o ente/órgão/repartição para quem ele estiver prestando os serviços (cessionário) e não o que o emprestou (cedente). 
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– Princípio da Irredutibilidade de Vencimentos. 
- A Constituição Federal, em seu art. 37, XV, também estabelece que o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis.
- Exceções:
1) Os vencimentos do servidor não podem ultrapassar o teto da remuneração para o respectivo setor do funcionalismo. 
Irredutibilidade
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2) Nenhum servidor públicopode receber mais do que um ministro do Supremo Tribunal Federal. Se isso ocorrer, seus vencimentos deverão ser reduzidos ao teto. 
3) Nenhum servidor pode receber acréscimos em cascata, uns incidindo sobre os outros, sob pena de redução dos vencimentos para adequação da situação.
4) Nenhum servidor que receba por subsídio pode cumular tal verba com outras espécies de caráter remuneratório, sob pena de redução.
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5) Nenhum servidor pode receber tratamento privilegiado do fisco, deixando de pagar tributo. 
- A redução dos vencimentos é lícita no caso de pagamento de imposto de renda, ou seja, o desconto do imposto de renda nos vencimentos do servidor não implica violação ao princípio da irredutibilidade.
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- A lei assegura isonomia de vencimentos para cargos com atribuições equivalentes entre os três Poderes.
- Isonomia de vencimento significa igualdade de salário a todos os servidores que ocupam cargos/funções semelhantes. 
- É injusto tratamento desigual a cargos que, embora com denominações diferentes, exerçam as mesma atribuições. 
- Na proibição de tratamento desigual não estão incluídas as vantagens de caráter individual, concedidas a um determinado servidor, nem as relativas à natureza ou local do trabalho (adicionais de insalubridade, noturno, etc).
Isonomia
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- Na prática a Lei não é cumprida, pois para atribuições semelhantes entre os 3 Poderes da República, servidores do Poder Executivo são discriminados com os mais baixos vencimentos. 
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- A lei proíbe que a remuneração do servidor seja inferior ao salário-mínimo. A proibição consta também da Constituição Federal. 
- Note-se, no entanto, que a Lei, neste ponto, fala em remuneração e não em vencimento, ou seja, o “salário base” do servidor poderá, em tese, ser inferior ao salário mínimo, desde que o somatório de seus créditos (remuneração) se igualem ao mínimo.
Garantia do Salário-Mínimo
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- Ninguém poderá ter remuneração ou subsídios superiores aos dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. 
- No âmbito dos servidores Poder Executivo Estadual ou Municipal o limite são os subsídios dos respectivos Chefes (Governador e Prefeito). 
- No âmbito do Poder Legislativo Estadual o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais. 
Teto Remuneratório: Constituição Federal, art. 37, XI: 
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- No âmbito do Poder Judiciário Estadual, 90,25% dos Ministros do STF. 
- o limite de 90,25% estabelecido aos Tribunais Estaduais está suspenso por medida cautelar na ADI 3854-DF.
- o art. 42 e seu parágrafo único, por estarem em confronto com a Constituição Federal, não são mais aplicáveis (inconstitucionais).
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- Se o servidor faltar injustificadamente ao serviço, perderá a remuneração deste dia. 
- Perderá, também, a parcela de remuneração diária referente aos atrasos ou ausências justificadas, salvo se compensar as horas perdidas. 
- A compensação deve ser feita até o mês seguinte ao da falta justificada, conforme estabelecer a chefia. 
- Resumindo: quem não trabalha, não recebe. 
- Ainda que a falta seja justificada, o servidor deverá repor o tempo perdido, para que possa ser contado como efetivo exercício, o que tem implicações diretas em promoção por antiguidade e aposentadoria, por exemplo.
Faltas e Atrasos
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Descontos
- É vedado descontar valores da remuneração ou proventos do servidor, salvo os casos previstos em lei ou ordem judicial.
- A lei prevê os descontos em folha AUTORIZADOS pelo servidor, em favor de terceiros, arcando, o servidor, com os custos da operação. 
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Ressarcimentos
- O servidor tem a obrigação legal de ressarcir os cofres públicos pelo que recebeu a maior e pelos prejuízos que tenha causado, por dolo ou culpa. 
- Reposição é ressarcimento do que recebeu além do devido. 
- Indenização é compensação pelos prejuízos que causou.
- É necessário que o servidor seja previamente comunicado, com 30 dias de antecedência, sobre necessidade de pagamento, podendo requerer o parcelamento do débito. 
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- Caso o servidor peça parcelamento, a parcela a ser paga não pode ser inferior a 10% do que ele aufere da administração. 
- No caso de reposição, se o servidor tiver recebido o valor indevido no mês anterior ao do processamento da folha, deverá devolver imediatamente, em uma única parcela, o que recebeu a maior. Recebeu a mais num mês e, no mês seguinte, deve repor tudo. 
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- O servidor é obrigado a devolver ao erário o que recebeu em função de decisão judicial equivocada, que foi reformada, devendo os valores serem atualizados até a data do pagamento. 
- Liminar é um decisão judicial proferida no início do processo, geralmente é assim denominada aquela proferida em mandado de segurança. 
- Tutela antecipada é decisão judicial que confere à uma das partes do processo o direito de perceber imediatamente alguns dos efeitos da sentença que futuramente vier a ser proferida. 
- Sentença é a decisão final do processo, em que o juiz julga a causa.
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- Se o servidor que deve para o ente público for demitido, exonerado ou tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cancelada, terá 60 dias para pagar o que deve. 
- se não pagar a dívida em 60 dias, a mesma será inscrita em dívida ativa. 
- O que isso quer dizer? 
- Quer dizer que se o servidor não pagar a dívida, terá início um processo judicial de cobrança do valor devido, ou seja, Execução Fiscal, com determinação judicial de penhora de bens para pagamento.
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- Nesse caso, vale lembrar que o desconto em folha de pagamento é impossível, haja vista que o servidor que perdeu seu cargo, deixa de receber remuneração ou proventos do ente público, não havendo o que ser descontado. 
- Considerando que a remuneração do servidor tem caráter alimentar, o que significa que se presta a prover a subsistência da pessoa, seus rendimentos são considerados impenhoráveis, ou seja, não podem ser utilizados, à força, pela justiça, para pagar suas dívidas.
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- Arresto e sequestro são medidas cautelares judiciais que tem por efeito o BLOQUEIO dos bens, ou seja, impede sua transferência a terceiros, visando garantir futura penhora.
- A penhora é o ato pelo qual determinado bem fica efetivamente vinculado ao pagamento de uma dívida. 
- Caso a dívida do servidor se refira à pensão alimentícia estabelecida por decisão judicial, aí sim poderá haver bloqueio e penhora de seus rendimentos para fazer frente a essa dívida.
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Vantagens
- Vantagens são acréscimos ao vencimento (salário base) do servidor. 
- As vantagens são geradas por situações específicas (indenizações, gratificações e adicionais).
- As indenizações não podem ser incorporadas, incluídas no vencimento, como se fosse uma verba permanente. 
- Sua característica é de re-embolso por um dispêndio, por um gasto que o servidor foi obrigado a fazer, em função de seu trabalho. São apenas reposições de despesas para que o servidor não “pague do bolso para trabalhar”.
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- As gratificações e adicionais podem ser incorporados ao vencimento do servidor, desde que atendidos os requisitos previstos em lei. 
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Ex: 
Se o servidor recebe tais verbas em razão do trabalho em condições especiais ou desfavoráveis, como recompensa ou compensação; se o servidor trabalha nestas condições durante um certo tempo, o que pode implicar desgaste ou pressão/dificuldade, as condições especiais passam a fazer parte de sua rotina de trabalho, de modo que o mesmo passa a contar com a remuneração acrescida. 
Assim, após decorrido um certo tempo, ainda que o servidor deixe de trabalhar nas condições especiais mencionadas, fará jus a que as gratificações e adicionais sejam incorporadas à sua remuneração, haja vista que carregará também o desgaste pelo tempo que trabalhou em tais condições.
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- A lei proíbe que as vantagens incidam em cascata. 
Ex: se o servidor recebe uma gratificação ou adicional por um fundamentoqualquer, por exemplo, trabalhar no período noturno e, após um certo tempo, vier a trabalhar em outro local, também no período noturno, obviamente NÃO fará jus a receber o adicional respectivo duas vezes, porque as vantagens não serão acumuladas, sob o mesmo título ou idêntico fundamento. 
Assim como incorporará o adicional após anos de trabalho noturno, também não fará jus a receber duas vezes o mencionado adicional, se continuar sempre a exercer atividade noturna.
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Indenizações (arts. 51 a 57)
– As despesas que o funcionário faz para o exercício do cargo são indenizadas pelo ente público. 
- O re-embolso não é, necessariamente, exatamente igual ao valor gasto pelo servidor. A Administração, sabendo que o servidor deverá efetuar determinada despesa, lhe adianta uma quantia. 
- Se o servidor gastar menos, não necessitará devolver o que sobejar. Se gastar mais, arcará com o valor excedente, sem direito à pedir as diferenças para a Administração. 
- Tipos de indenizações: ajuda de custo, diárias, transporte e auxílio-moradia.
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– Os valores das indenizações e o procedimento burocrático para seu pagamento serão estabelecidos em regulamento, decreto presidencial, que tem por finalidade a fiel execução da lei.
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Ajuda de Custo (indenização)
- Se um servidor, no interesse do serviço, tiver que mudar de cidade em caráter permanente, fará jus à ajuda de custo, para compensá-lo pela mudança de domicílio. 
- Se o servidor mudou de cidade a pedido seu, não fará jus ao benefício. 
- Fará jus ao benefício apenas quando a transferência ou remoção for determinada pela Administração Pública. 
- Se cônjuge ou companheiro do servidor, que também seja servidor, for transferido para a mesma cidade, é proibido pagar referida indenização duas vezes.
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- As despesas com passagem, bagagem e bens pessoais do servidor e sua família deverão ser pagas pela Administração. 
- Se, após removido, o servidor vier a falecer e sua família desejar retornar à cidade de origem, até 1 ano depois do falecimento, a Administração deverá pagar as despesas da mudança.
- Note-se que a lei fala em falecimento na nova sede, o que induz a pensar que não pode ter decorrido muito tempo entre a mudança de cidade e o óbito do servidor, caso contrário a sede não seria mais NOVA.
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- A forma de cálculo da ajuda de custo foi deixada para ser estabelecida por Decreto, mas a lei fixou como limite máximo o equivalente a 3 meses de remuneração do servidor: vencimentos acrescidos de outras vantagens. 
- Se a causa da mudança de cidade do servidor foi para assumir cargo para o qual foi eleito, exemplo deputado, senador, governador, presidente, etc, o servidor não faz jus à ajuda de custo. 
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- A pessoa nomeada para cargo em comissão da União, de livre nomeação e exoneração, não exclusivo de servidor de carreira, não sendo servidor público, se tiver que mudar de domicílio para assumir tal cargo, ser-lhe á concedida ajuda de custo. 
- é comum um servidor público de um ente ser cedido (emprestado) para outro órgão, onde passará a trabalhar, situação permitida pela lei (art. 93). Nesse caso, o responsável pelo pagamento da ajuda de custo, se o servidor tiver que mudar de domicílio, será o ente/órgão/repartição para quem ele estiver prestando os serviços (cessionário) e não o que o emprestou (cedente).
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- Se, mesmo tendo sido determinada ao servidor a mudança de domicílio, tendo a Administração pago a ajuda de custo, caso este servidor não se apresente ao trabalho na nova localidade em 30 dias, terá que restituir o que recebeu. 
- A ajuda de custo tem por finalidade restituir despesas feitas pelo servidor em sua mudança. Se este não se mudou, qualquer recebimento a este título é indevido.
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- Se o servidor que, a trabalho, tiver que sair temporariamente da cidade sede, onde presta serviços, sem que isso signifique mudança de domicílio, a Administração deverá pagar-lhe as passagens e diárias, cuja finalidade é custear pousada, alimentação e locomoção urbana.
- Não faz jus a diária que trabalha permanentemente em outra sede. 
- Questões como a forma de pagamento, a quantia a ser paga e os trâmites burocráticos deverão ser estalecidas por Decreto. 
Diárias (indenização)
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- Se o servidor não teve gastos com hotel ou se a União custeou despesas extraordinárias por outros meios (alojamento, vale-refeição, vale-transporte), receberá apenas a metade do valor das diárias. Apenas os dias de efetivo afastamento da sede serão pagos. 
- Se o trabalho do servidor é viajar, não faz jus a diárias. 
- Se o deslocamento do servidor se der entre Municípios que fazem divisa um com o outro, não há porque pagar diárias. No entanto, se o servidor tiver que pernoitar fora da sede, mesmo em município contíguo, fará jus à diária.
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- Se o servidor não tiver viajado, por qualquer motivo, terá 5 dias para devolver as diárias que lhe foram pagas antecipadamente. 
- Se a previsão era de que o servidor fosse ficar, por exemplo, 5 dias trabalhando fora da sede, tendo lhe sido adiantadas as diárias correspondentes e, na verdade, ficou afastado apenas 3 dias, deverá devolver as diárias dos 2 dias restantes, e deverá fazê-lo em 5 dias. Não pode ser indenizado por aquilo que não gastou. 
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Transporte (indenização)
- Servidor que se utilizar de veículo próprio para locomoção, por exigência do serviço, para execução de atividades externas, não é justo que fique com o prejuízo. 
- Deve o servidor ser indenizado, tanto pelo combustível, quanto pelo desgaste do veículo. 
- A lei transferiu para o regulamento as condições e valores que deverão ser pagos a título de indenização de transporte.
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Auxílio-Moradia (indenização)
- Indenização que visa ressarcir o servidor pelas despesas que fez a título de aluguel ou de gastos com hotel. O ressarcimento será feito no mês seguinte ao da comprovação das despesas pelo servidor. 
- São vários os requisitos para que o servidor faça jus ao auxílio-moradia, os quais deverão ser atendido CUMULATIVAMENTE, ou seja, o servidor tem que preencher TODAS as condições. 
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1) não haver, na localidade, alojamento mantido pelo poder público (imóvel funcional) disponível para uso do servidor; ou seja, o servidor tem que se ver obrigado a pagar moradia; 
2) se o cônjuge ou companheiro do servidor já estiver ocupando imóvel funcional, o servidor pode, muito bem, residir com seu cônjuge, NÃO estando obrigado a pagar por moradia; 
3) se o servidor ou seu cônjuge/companheiro for ou tiver sido proprietário de imóvel no local onde for exercer suas atribuições, nos 12 meses anteriores à nomeação, não faz jus ao benefício. 
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4) Se alguma pessoa que reside com o servidor já recebe auxílio-moradia, o direito à moradia já está sendo assegurado, não sendo necessário conceder 2 benefícios desta espécie a pessoas que vão residir no mesmo local; 
5) a mudança de residência do servidor tenha se dado em função do mesmo estar assumindo cargo em comissão ou função de confiança dos níveis mais elevados existentes (4, 5, 6), NES ou de Ministro de Estado. 
- Trata-se, portanto, de benefício concedido apenas aos servidores que irão ocupar os mais altos cargos de confiança da Administração Pública Federal, cargos estes que contam com os maiores valores de gratificações pagos. 
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6) o Município em que o servidor irá assumir o cargo em comissão não pode fazer divisa com o Município onde o servidor resida;
7) se o servidor residiu no Município no qual está assumindo o cargo, nos 12 meses anteriores, não fará jus ao auxílio. 
- se residiu no Município nos últimos 12 meses, mas lá permaneceu por menos de 60 dias, o auxílio poderá ser concedido. 
8) o deslocamento não pode ter ocorrido por remoção ou transferência, nem por posse em cargo efetivo.
9) somente os deslocamentos realizados após 30 de junho de 2006 darão ensejo ao auxílio-moradia. 
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- Seo servidor já morou no Município para o qual está se deslocando novamente, mas o fez em razão de outro cargo em comissão ou função de confiança de alto escalão, ainda que nos 12 meses anteriores à nova mudança, tal fato não será levado em consideração para impedir que o servidor recebe o benefício.
- a cada período de 12 anos, o pagamento do auxílio-moradia somente pode ocorrer por, no máximo, 8 anos. 
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- Completado 8 anos de pagamento do benefício, considerados os últimos 12 anos, o benefício deverá cessar.
- Para que possa voltar a ser pago, o servidor deverá preencher todos os requisitos do art. 60-A e art. 60-B, inclusive, o de não ter residido no Município para o qual está solicitando o auxílio-moradia, nos 12 meses anteriores ao deslocamento.
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- o valor do auxílio-moradia é limitado a 25% do valor da retribuição do cargo em comissão que o servidor irá assumir.
- outro limite ao valor do auxílio-moradia: 25% da remuneração de Ministro de Estado. 
- limita-se, ainda, o valor do auxílio-moradia a R$ 1.800,00.
- Após o servidor adquirir imóvel próprio na localidade ou ter imóvel funcional colocado a sua disposição ou ser exonerado do cargo ou mesmo falecer, ainda fará ao auxílio-moradia por 1 mês.
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Gratificações e Adicionais
1) retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;
2) gratificação natalina: é paga a todos os funcionários, indistintamente;
3) adicional de insalubridade, periculosidade e penosidade;
4) adicional de serviço extraordinário: horas extras; 
5) adicional noturno; 
6) adicional de férias; 
7) gratificação por encargo de curso ou concurso.
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Retribuição pelo Exercício de Função de Direção, Chefia ou Assessoramento
- Quem é chefe assume responsabilidade maior que os outros servidores. Em cargo de chefia, exige-se maior dedicação, razão pela qual deve haver compensação financeira.
- Lei específica deve estabelecer a remuneração dos cargos em comissão e funções de confiança.
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Gratificação Natalina
- Trata-se do popular décimo terceiro. 
- É pago com base na remuneração do mês de dezembro, na proporção de 1/12 para cada mês de trabalho do servidor durante o ano. 
- Se durante um dos meses do ano o servidor trabalhou menos de 15 dias, a fração não será computada. Se trabalhou 15 dias ou mais, o mês será computado por inteiro. 
- Deverá ser paga até o dia 20 do mês de dezembro de cada ano.
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- Servidor exonerado receberá proporcionalmente aos meses em que trabalhou. O cálculo será feito com base na remuneração do mês da exoneração.
- Não se incorpora ao vencimento e não incide, sobre ela, qualquer percentual de indenização, gratificação ou adicional.
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Insalubridade - pressupostos: 
- trabalho com habitualidade em locais insalubres; 
- contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas;
Periculosidade – pressupostos: 
- trabalho permanente com risco de vida.
Penosidade – pressupostos: 
- trabalho em zona de fonteira; ou 
- locais cujas condições de vida justifiquem, conforme dispuser Decreto.
Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades Penosas
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- Habitualidade é frequência diária. É o todo dia. 
- Permanência é constância, não eventualidade, não intermitência. Todas as horas de trabalho. O dia todo. 
- Incide sobre o vencimento básico do cargo efetivo. 
- É inacumulável com o adicional de periculosidade, devendo o servidor optar. 
- Eliminadas as condições adversas, cessa o direito ao adicional. 
- A Administração deverá permanentemente monitorar as atividades consideradas insalubres, para que o trabalho não seja causa de destruição dos servidores. 
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- Durante a gestação e a lactação as servidoras que trabalham em local insalubre deverão ser temporariamente realocadas em local salubre e não penoso, nem perigoso. Trata-se de proteção à maternidade e a infância.
- Os servidores que trabalhem com Raio X ou substâncias radioativas serão objeto de controle e vigilância semestral a fim de que fiquem salvaguardados.
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Adicional por Serviço Extraordinário
- Trata-se da popular hora extra. 
- Cada hora extra será paga com acréscimo de 50% em relação à hora normal. 
- a Lei limita as horas extras a duas por dia, apenas para atender situações excepcionais e temporárias. Portanto, a regra é a vedação do serviço extraordinário, salvo para atender a tais situações ocasionais.
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Adicional Noturno
- Noite, para fins do acional noturno, é das 22 horas de um dia até as 5 horas do dia seguinte.
- a hora noturna tem 52 minutos e 30 segundos. Isso implica que as 7 horas trabalhadas entre 22 h e 5 h sejam consideradas jornada de 8 horas. 
- o valor por hora do trabalho do servidor, à noite, deve ser acrescido de 25%. 
- na iniciativa privada a hora noturna é acrescida de 20%. 
- em se tratando de hora extra noturna, o adicional de 25% incide sobre o adicional de hora extra.
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Adicional de Férias
- o servidor público que está em vias de gozar férias, receberá o valor correspondente a 1/3 da remuneração do mês das férias. 
- se receber retribuição por função ou cargo de confiança, o terço adicional incidirá também sobre o valor dessa vantagem. 
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Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
- devida a servidor que atuar como instrutor em curso de formação/treinamento/aperfeiçoamento no âmbito da administração pública federal; como examinador de provas; como organizador de concurso público; como aplicador e fiscal de prova de vestibular ou concurso público. 
- Decreto deverá regulamentar a gratificação a ser paga, estabelecendo a lei alguns parâmetros; 
- o valor será calculado em horas, de acordo com a complexidade e natureza da atividade;
- a retribuição não poderá ser superior a 120 horas de trabalho anuais;
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- a lei estabelece os percentuais do valor máximo da hora trabalhada;
- para receber a gratificação, o servidor tem que exercer as atividades de instrutor, examinador etc sem prejuízo das atribuições de seu cargo efetivo. 
- Se as atividades geradoras da gratificação tiverem que ser executadas durante a jornada de trabalho do servidor, este deverá trabalhar para compensar a jornada perdida.
- a gratificação não se incorpora ao vencimento e não pode ser base de cálculo para apuração de outras vantagens, nem para cálculo de aposentadoria ou pensão.
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DIREITO DE AUSÊNCIA AO SERVIÇO
FÉRIAS
LICENÇAS
AFASTAMENTOS
CONCESSÕES
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FÉRIAS
- O servidor faz jus a 30 dias corridos de descanso, após um ano de trabalho, recebendo normalmente a remuneração como se estivesse trabalhando, acrescida do adicional de férias de 1/3. 
- Em regra é proibida a acumulação de férias, salvo se houver necessidade do serviço, poderão ser acumulados dois períodos.
- para gozar das primeiras férias, após ingressar no serviço público, o servidor deverá ter cumprido 12 meses de efetivo exercício (período aquisitivo).
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- Faltas no serviço NÃO podem ser abatidas do período de férias. 
- os 30 dias de férias poderão ser parcelados em até 3 etapas, desde que assim requeira o servidor e a Administração concorde. Exemplo: 3 períodos de 10 dias.
- dois dias antes do servidor iniciar suas férias, a Administração deve pagar sua remuneração.
- uma vez que o servidor tenha saído do serviço público antes de gozar férias, fará jus a seu pagamento em dinheiro, tanto das férias vencidas como a das proporcionais, na proporção de 1/12 para cada mês de efetivo exercício ou fração superior a 14 dias.
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- As férias indenizadas serão calculadas com base na remuneração do mês em que foi publicado o ato de exoneração. 
- Se as férias forem fracionadas, o acional de férias será pago integralmente no primeiro período. 
- o servidor operador de Raio X ou exposto a substâncias radioativas terá direito a 20 dias consecutivos de férias a cada semestre de trabalho. Para este servidor é vedada qualquercumulação.
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- regra geral o gozo de férias não pode ser interrompido. 
Exceções: calamidade pública, comoção interna, juri, serviço militar ou eleitoral ou por necessidade do serviço. 
- o período interrompido deverá ser gozado de uma só vez.
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LICENÇAS (art. 81)‏
doença em pessoa da família (art. 83); 
afastamento do cônjuge ou companheiro (art. 84)‏
serviço militar (art. 85);
atividade política (art. 86);
capacitação (art. 87);
por interesse particular (art. 91);
desempenho de mandato classista (art. 92).
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Doença em Pessoa da Família
- O servidor poderá obter licença por motivo de doença de cônjuge ou companheiro, pais, filhos, padrasto ou madrasta e enteado, ou de pessoa que conste no assentamento funcional como dependente do servidor. 
- a concessão da licença e prorrogações posteriores depende da comprovação da doença por perícias médicas oficiais; 
- a licença só pode ser concedida caso a assistência direta do servidor seja INDISPENSÁVEL e não puder ser prestada simultaneamente ao exercício do cargo ou mediante compensação de horário.
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- nos primeiros 60 dias de licença, o servidor terá sua remuneração mantida. Ultrapassados os 60 dias, o servidor terá direito a 90 dias de licença sem remuneração. Se a doença ultrapassar esses últimos 90 dias, o servidor não terá mais direito a esta licença até completar 12 meses a partir da concessão da primeira licença.
- a soma da licenças remuneradas e não remuneradas dentro de um período de 12 meses não poderá ser superior a 150 dias.
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Afastamento de Cônjuge
- Se o cônjuge do servidor for deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para exercer mandato eletivo, o servidor poderá ter concedida licença, por prazo indeterminado e sem remuneração para acompanhá-lo.
- Se o cônjuge também for servidor público, o servidor poderá ter exercício provisório em outro órgão ou entidade Federal, no local para onde o cônjuge foi transferido.
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Serviço Militar
- ao servidor que for convocado para prestar serviço militar será concedida licença, nos termos de lei específica. 
- após o término do serviço militar, terá 30 dias, sem remuneração, para reassumir seu cargo de origem.
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Atividade Política
- licença concedida antes da eleição. 
- o servidor que irá disputar eleição para cargo eletivo (vereador, prefeito, governador, presidente, deputado etc) poderá tirar licença não remunerada no período entre sua escolha pelo partido até o registro da candidatura na Justiça Eleitoral. 
- a partir do registro da candidatura, o servidor que pretende se eleger na mesma localidade onde trabalha, será afastado de eventual cargo de chefia. Tal afastamento durará até 10 dias após a votação.
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- tem a finalidade de evitar-se que o candidato pressione ou seja pressionado a prestar favores, tudo para obter votos. 
- faz jus a nova licença, REMUNERADA, com vencimentos do cargo efetivo, e por, no máximo, 3 meses, a partir do registro da candidatura até 10 dias após a eleição.
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Capacitação
- A cada 5 anos de efetivo exercício, poderá ser concedido até 3 meses de licença para participação em curso de capacitação profissional, desde que seja conveniente à Administração. 
- a licença é remunerada.
- se o servidor, após um quinquênio, não pleitou tal licença, ao completar o segundo terá direito a apenas uma licença deste tipo, não são acumuláveis.
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Interesses Particulares
- o servidor, após concluído o estágio probatório (estável), poderá obter licenças para cuidar de assuntos particulares, se for do interesse da Administração.
- tais licenças têm duração máxima de 3 anos consecutivos e é sem remuneração.
- poderá ser interrompida a qualquer tempo a pedido do servidor ou por determinação da Administração.
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- servidor representante de classe deve se dedicar à entidade que representa, pela mesma razão dos trabalhadores da iniciativa privada. 
- neste caso, não terá direito à remuneração, mas o tempo de licença será contado como efetivo exercício para todos os fins, exceto promoção por merecimento.
- o número de servidores que poderão ficar afastados, por entidade, é proporcional ao número de associados.
- a licença tem duração igual a do mandato classista, podendo ser prorrogada 1 vez por motivo de reeleição.
Desempenho de Mandato Classista
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AFASTAMENTOS (art. 93) 
serviço em outro órgão ou entidade (art. 93);
exercício de mandato eletivo (art. 94);
estudo ou missão no exterior (art. 95).
participação em Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu no País (art. 96-A)‏
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Serviço em Outro Órgão ou Entidade (Cessão)
- Trata da cessão de servidor para exercer cargo em comissão ou função de confiança em outro órgão ou pessoa jurídica;
- se cedido para outras pessoas jurídicas, a remuneração deverá ser paga pelo cessionário.
- se o cessionário for empresa pública ou sociedade de economia mista e o servidor optar pela remuneração de seu cargo, a entidade cessionária deverá reembolsar o órgão de origem pelos pagamentos.
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- o ato de cessão deverá ser publicado no Diário Oficial da União.
- o Presidente da República poderá autorizar a cessão de servidor do Poder Executivo para outro órgão da Administração Federal, que não possua quadro de pessoal, para fim determinado e prazo certo.
- Quanto a União requisitar servidor deverá ela pagar a remuneração ou ressarcir o órgão de origem.
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Exercício de Mandato Eletivo
- difere da licença para atividade política, na qual o servidor ainda NÃO foi eleito, mas ainda participará da eleição.
- no afastamento, para exercício de mandado, o servidor já foi eleito.
- servidor eleito ficará afastado do cargo para exercício de mandato federal, estadual ou distrital.
- se o cargo para o qual foi eleito for de prefeito, ficará afastado do cargo efetivo de origem, mas poderá optar por sua remuneração;
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- se o cargo for de vereador, havendo compatibilidade de horário, poderá cumular a remuneração do cargo efetivo, com a do cargo eletivo;
- sendo incompatíveis os horários, ficará afastado do cargo efetivo, podendo optar pela remuneração do mesmo;
- em se afastando do cargo, não está isento de contribuir para a seguridade social, como se estivesse trabalhando normalmente; 
- o servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou redistribuído para localidade diversa de onde exerce seu mandato.
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Estudo ou Missão no Exterior
- para ausentar-se do país para estudos ou missão oficial, o servidor deve obter autorização do Chefe do respectivo Poder a que esteja vinculado (Presidente da República, Presidente do Legislativo ou Presidente do STF);
- prazo de ausência é de, no máximo, 4 anos, recebendo sua remuneração.
- novo afastamento pelo mesmo motivo somente poderá ser concedido após passado igual prazo desde o retorno;
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- o servidor não poderá se exonerar do cargo ou se licenciar para tratar de interesse particular antes de decorrido o mesmo prazo em que esteve afastado, salvo se ressarcir os cofres públicos dos valores recebidos durante seu afastamento.
- se o afastamento se der para que o servidor trabalhe em organismo internacional, sua remuneração deverá ser paga por tal organismo e não mais pelo Brasil.
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Partição em Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu no País
- o servidor poderá se afastar, sem prejuízo da remuneração, para cursar Mestrado ou Doutorado no Brasil, caso seja de interesse da Administração e não haja compatibilidade de horários.
- fazem jus somente os servidores titulares de cargo efetivo com, pelo menos, 3 anos no órgão para fins de mestrado e 4 anos para fins de doutorado e pós-doutorado, sendo computado o período de estágio probatório.
- terminada a pós-graduação, o servidor deverá retornar a suas funções e exercê-las por um período igual ao do afastamento concedido.
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*- a exoneração a pedido do cargo somente será concedida se o servidor ressarcir os cofres públicos dos valores recebidos durante o período de afastamento.
- se o servidor não obtiver o título que justificou o afastamento, deverá ressarcir os cofres públicos, salvo força maior ou caso fortuito. 
- se a pós-graduação for no exterior, o servidor deverá obter autorização do Chefe do Poder a que esteja vinculado.
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CONCESSÕES (art. 97)
1) doação de sangue: 1 dia
2) alistamento eleitoral: 2 dias
3) casamento: 8 dias 
4) falecimento de pessoa da família: 8 dias - cônjuge/companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob sua guarda ou tutela e irmãos. 
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- O servidor estudante poderá trabalhar em horário alternativo, sempre compensando o horário; 
- O servidor deficiente poderá ter concedido horário especial de trabalho, de acordo com suas necessidades; 
- O servidor que tenha filhos ou cônjuge deficiente terá direito a horário especial, mediante compensação;
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- O servidor que atuar como instrutor em curso de formação/treinamento/aperfeiçoamento no âmbito da administração pública federal; como examinador de provas; terá direito a horário especial, mediante compensação. 
- O Servidor estudante ou seu filho ou cônjuge, quando removido no interesse da Administração, terão direito a matricula em instituição de ensino congênere na localidade da nova residência, em qualquer época e independentemente de vaga.
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TEMPO DE SERVIÇO (art. 100)
Destina-se a verificar:
 a estabilidade;
a aposentadoria (em regra, 35 anos de contribuição para homens 30 para mulheres);
 as concessões, como por exemplo: férias, licenças, promoções.
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Art. 102 – casos em que, mesmo o servidor tendo se afastado do trabalho, são considerados como de efetivo exercício, ou seja, como se o servidor nunca tivesse se afastado.
Art. 103 – casos em que o tempo é contado apenas para fins de aposentadoria, mas não vale como efetivo exercício. 
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DIREITO DE PETIÇÃO (art. 104)
- Direito de redigir um pedido, uma reclamação, uma denúncia, a qualquer autoridade ou Poder Público a fim de que algum direito seja garantido. 
- Direito garantido pela Constituição Federal não só ao servidor, mas a qualquer cidadão (art. 5, XXIV). 
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REGIME DISCIPLINAR
DOS DEVERES E PROIBIÇÕES
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DEVERES (art. 116)
- zelo e dedicação;
- lealdade às instituições;
- obediência (leis, regulamentos e ordens superiores);
- presteza no atendimento ao público; na expedição de certidões ou no atendimento a requisições para defesa da Fazenda Pública;
- não se omitir diante de irregularidades, levando ao conhecimento de autoridade superior;
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- economicidade;
- sigilo profissional; 
- moralidade administrativa;
- assiduidade e pontualidade;
- urbanidade.
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Proibições (art. 117)
- ausentar-se do serviço durante o expediente, sem autorização;
- retirar documentos ou objetos da repartição sem autorização;
- recusar fé a documentos públicos; 
- resistir ao andamento de processo ou prosseguimento de serviço;
- delegar suas atribuições a terceiros estranhos à repartição;
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- obrigar subordinados a se filiarem a associação, sindicato ou partido político;
- manifestação de apreço ou desapreço na repartição. Diante do princípio da impessoalidade, o servidor não deve manifestar apreço (festas de aniversário, moções de apoio, etc), nem desapreço por colega servidor ou cidadão, no recinto da repartição. 
- manter sob sua chefia parente até segundo grau (nepotismo);
- aproveitar-se do cargo para obter vantagem em prejuízo da dignidade da função pública;
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- administrar sociedade privada: não é proibido ser sócio meramente cotista;
- atuar como procurador junto a repartições públicas, salvo para requerer benefícios previdenciários ou assistenciais a parentes até segundo grau;
- receber propina ou presente em razão das atribuições; 
- aceitar vantagem de estado estrangeiro; 
- ser agiota;
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- ser relapso;
- utilizar pessoal ou materiais da repartição para fins particulares;
- desviar outro servidor de sua função, obrigando-o a exercer atividades estranhas a seu cargo; 
- exercer atividades de interesse pessoal/particular durante o expediente; 
- recusar-se a atualizar seus dados cadastrais.
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- não é vedado participar de conselho de administração ou fiscal de empresas que a União detenha participação.
- também não é vedado administrar empresa privada durante licença para tratar de interesses pessoais.
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PENALIDADES
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O servidor pode ser punido com:
ADVERTÊNCIA
SUSPENSÃO
DEMISSÃO
CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA OU DISPONIBILIDADE
DESTITUIÇÃO
De cargo em Comissão
Função Comissionada
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Acumulação
- REGRA GERAL: é vedada a acumulação de cargos públicos, ou de cargos e emprego público;
- EXCEÇÕES: art. 37, inciso XVI, da CF: dois cargos de professor; um cargo de professor com outro técnico ou científico (nível superior); dois cargos de médico; dois cargos de profissionais da área de saúde, que já estavam sendo exercidos antes de 05/10/88.
- em todos os casos deve haver compatibilidade de horário, caso contrário, a cumulação é vedada.