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PREVIDENCIÁRIO - PONTO 06

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PREVIDENCIÁRIO - PONTO 06
Direito Previdenciário: Prestação. Carência. Benefícios. Renda Mensal Inicial. Aposentadorias, auxílios e pensões. Prescrição.
Atualizado por Luisa Ferreira Lima (Outubro/2010) 
Atualizado e modificado por José Flávio F. de Oliveira, em agosto de 2012
1. RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA EM RELAÇÃO AOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
SUJEITO ATIVO DA RELAÇÃO 
 BENEFICIÁRIOS: segurados e dependentes.
 PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS (ou OBJETO da RELAÇÃO JURÍDICA) [art. 18, Lei. 8.213/91]
SEGURADOS: aposentadoria (invalidez, TC, especial, idade), auxílio-doença, auxílio-acidente, salário-família, salário maternidade (4-2-2)
DEPENDENTES: pensão por morte e auxílio-reclusão.
SEGURADOS E DEPENDENTES (comum a ambos):
i) REABILITAÇÃO PROFISSIONAL
ii) SERVIÇO SOCIAL - esclarecer os direitos e auxiliar na solução dos problemas.
	DICA:	(4) aposentadorias  [tempo de contribuição; idade; invalidez; especial]
		(3) auxílios  [doença; acidente; reclusão]
		(2) salários  [salário-família; salário-maternidade];
		(1) pensão  [pensão por morte].
2. CARÊNCIA DOS BENEFÍCIOS
carência: número mínimo de contribuições para se ter direito a alguns benefícios. [art. 24, Lei 8.213/91]. Não se confunde com o tempo de contribuição, pois este pode abranger contribuições recolhidas em atraso, anteriores à data de inscrição. Para os empregados e os avulsos, a carência e o tempo de contribuição são equivalentes, pois o recolhimento mensal é sempre presumido, sendo responsabilidade do empregador. Para eles (empregados e avulsos), o período começa a ser contado da data da filiação. Para os segurados especiais, como eles não contribuem mensalmente para a Previdência Social, a carência é considerada levando em conta o número de meses de exercício da atividade rural, sendo contada a partir do início do exercício da atividade. Para os contribuintes individuais, empregados domésticos e facultativos a carência começa a ser contada da data do recolhimento da primeira prestação em atraso. Na hipótese destes segurados serem optantes pelo recolhimento trimestral, a carência é contada a partir do mês de inscrição do segurado.
 -a carência é feita a partir do primeiro dia do mês da competência, não interessa o dia que foi pago. 
	 o que interessa é o mês da competência e não o dia.
	 ex.: entrou dia 23.02, considera-se todo o mês de FEVEREIRO, a partir do dia 01.02.
-hipóteses de carência:
a)AUXÍLIO-DOENÇA e APOSENTADORIA POR INVALIDEZ  12 CONTRIBUIÇÕES MENSAIS 
	 exceção: [hipóteses que não haverá carência] [art. 26, II, Lei 8.213/91]
 	i) incapacidade decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa.
 	ii) doença profissional ou do trabalho.
		 doença profissional: assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; produzida ou desencadeada.
		 doença do trabalho: é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.
	ii) doença que confira grave que gere a incapacidade.
		 [art. 151, Lei 8.213/91] enquanto não foi elaborada a lista eram consideradas as seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, câncer, cegueira, paralisia irreversível, cardiopatia grave, AIDS, etc.
 DOENÇA PRÉ-EXISTENTE - em regra não haverá cobertura.
		- existe um abrandamento da aplicação dessa regra.  jurisprudência: o que importa é que a incapacidade sobrevenha com o agravamento da doença. Se no momento que ingressou já possuía a doença, mas era capaz para o trabalho, faria jus ao benefício. (Súm. 53, TNU).
	 Existe discussão sobre a contagem do período em gozo de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez como carência: A TNU (PEDILEF 2008.72.54.001356-5) entendia que (a) o auxílio-doença era contado como carência, intercalado ou não; (b) a aposentadoria por invalidez, somente se intercalado, contava para carência. Contudo, o STF (RE 583834/SC, 21.9.11) acolheu o entendimento do INSS, e NÃO CONSIDERA para a carência o tempo do auxílio doença e aposentadoria por invalidez.
	b) APOSENTADORIA POR IDADE; APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO; APOSENTADORIA ESPECIAL  180 CONTRIBUIÇÕES MENSAIS [art. 25, II, Lei 8.213/91]
	c) SALÁRIO-MATERNIDADE (segurada contribuinte individual e especial facultativa)  10 CONTRIBUIÇÕES MENSAIS [art. 25, III, Lei 8.213/91]
	segurada especial que não contribui como contribuinte individual: não precisa demonstrar carência. Devera provar que trabalhou os 10 meses anteriores em regime de economia familiar e terá direito ao salário-maternidade no valor de 1 SM.
	
	 salário-maternidade para as seguradas empregadas, trabalhadora avulsa e empregada doméstica – SEM CARÊNCIA
		 presume a lei que essas empregadas entram no sistema com intuito de permanecer, no caso das outras não existe essa presunção.
 	 pensão por morte e auxílio-reclusão – SEM CARÊNCIA
 		 a lei anterior exigia carência de contribuição por parte do segurado.
	 salário-família, auxílio-acidente, serviço social e reabilitação profissional - SEM CARÊNCIA.
	Benefício
	Carência
	Aposentadoria por idade
	-180 contribuições.
	Aposentadoria por tempo de contribuição
	-180 contribuições.
	Aposentadoria Especial
	-180 contribuições.
	Aposentadoria por invalidez
	-12 contribuições.
	Auxílio-Doença
	-12 contribuições.
	Auxílio-Acidente
	-não há carência.
	Auxílio-Reclusão
	-não há carência.
	Salário-família
	-não há carência.
	Salário-maternidade
	-10 contribuições.
	Pensão por morte
	-não há carência.
	art. 24, parágrafo único, Lei 8.213  Quando o indivíduo, após ter contribuído certo número de carências, perde a qualidade de segurado, a carência é zerada. Ele tem de readquirir a condição de segurado, e só poderá contar as contribuições anteriores quando já tiver contribuído, após a nova filiação, pelo menos 1/3 da carência do benefício pleiteado.
 	- aplicação do dispositivo está restrita aos seguintes benefícios�:
 		a) auxílio-doença;
 		b) aposentadoria por invalidez;
 		c) salário-maternidade nos casos de segurada contribuinte individual, segurada facultativo, segurada especial.
 	[art. 3º, lei 10.666/03] – a perda da qualidade de segurado não será considerada para concessão da aposentadoria por idade, especial e tempo de contribuição. Nesses casos, a perda da qualidade de segurado não vai ser relevante para a concessão do benefício, não sendo necessária aplicação do art. 24, parágrafo único. É possível contribuições realizadas de forma intercalada como forma de caracterização do período necessário o atendimento da carência.
 	
3. SUSPENSÃO E CANCELAMENTO DE BENEFÍCIO 
 	[SÚMULA 160 DO TFR]  suspensão ou cancelamento do benefício depende da garantia do contraditório e ampla defesa. 
4. DESCONTOS NOS BENEFÍCIOS - [art. 115, Lei 8.213/91] [rol exaustivo]
 	-hipóteses nas quais poderá haver desconto:
	i)contribuições devidas pelo segurado à Previdência Social; 
	desconto máximo permitido: 30% do valor do benefício. 
	ii)pagamento de benefício além do devido;
	desconto será realizado em parcelas. (salvo má-fé)
 	desconto máximo permitido: 30% do valor do benefício. 
	exceção: será possível o desconto de 100% do valor do benefício se houve MÁ-FÉ.
	iii)Imposto de Renda retido na fonte;
	iv)pensão de alimentos decretada em sentença judicial; 
	v)mensalidades de associações e demais entidades de aposentados legalmente reconhecidas, desde que autorizadas por seus filiados.
 			é necessário haja autorização.
	vi) pagamento de empréstimos, financiamentos e operações de arrendamento mercantil concedidos por instituições financeiras e sociedadesde arrendamento mercantil, públicas e privadas. 
	é necessário haja autorização. 
 	desconto tratado no inciso II terá preferência em relação ao desconto tratado no inciso VI.
 	limite: 20 % do valor do benefício.
 	o dispositivo menciona o limite de 30 %, mas normas infralegais reduziram esse limite máximo a 20 % do valor do benefício.
 	-sobre o valor do benefício não poderá haver: PENHORA; ARRESTO; ou CESSÃO.
 		 fundamento: benefício tem caráter alimentar.
	QUESTÃO CONTROVERTIDA
 	-desconto no benefício do valor de 1SM e a vedação do recebimento menor que tal valor.
 	-prevalece o posicionamento de que seria possível.
	- desconto de valor recebido em razão de tutela antecipada: STJ pacificou que não deve ser devolvido (boa-fé + com base em decisão judicial) – REsp 991030, sessão de 14.5.2008.
5. RENDA MENSAL INICIAL
	- RENDA MENSAL INICIAL: é o valor da primeira prestação que o segurado receberá mensalmente. É a aplicação de um percentual, estabelecido pela legislação, sobre o salário-de-benefício ou valor fixo. 
 	- limites da renda mensal inicial dos benefícios de prestação continuada que substituir SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO ou o RENDIMENTO DO TRABALHO DO SEGURADO: 
 		MÍNIMO: 1 SALÁRIO MÍNIMO (art. 201, § 2º, CF).
- há casos em que é possível a RMI menor que o Salário Mínimo:
 AUXÍLIO ACIDENTE  RMI  50%
 Salário Família – valor fixo
 Parcela dos benefícios por acordo internacional (art. 42, PBPS).
 		MÁXIMO: LIMITE MÁXIMO DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO (art. 33, PBPS).
			- também existe benefício que pode superar o limite máximo 
 Salário Maternidade, vez que é paga de acordo com a remuneração da segurada (cf. ADI 1946/DF, DJ 16.05.2003). Obs.: tem como teto apenas o subsídio dos Ministros do STF e o que sobejar, a empresa terá de pagar diretamente à trabalhadora
 aposentadoria por invalidez + 25%, quando o beneficiário necessita de assistência permanente de outra pessoa (art. 45, PBPS)
 AUXÍLIO DOENÇA  RMI  91%
 APOSENTADORIA POR INVALIDEZ  100% 
 APOSENTADORIA POR IDADE  RMI  70% + 1% a cada grupo de 12 contribuições – limitado a 100%.
 	 APOSENTADORIA INTEGRAL (TC ou ESPECIAL)  RMI  100%
 APOSENTADORIA PROPORCIONAL POR TS  RMI  70% + 6% por ano após completar 30(H)/25(M) anos de TC – limitado a 100%. (extinta – EC 20/98).
 APOSENTADORIA PROPORCIONAL POR TC  RMI  70% + 5% por ano após completar 30(H)/25(M) anos de TC – limitado a 100% (norma de transição – EC 20/98).
 PENSÃO POR MORTE  100% do SB do benefício precedente (aposentadoria ou auxílio)
6. BENEFÍCIOS devidos aos segurados EM ESPÉCIE:
	
6.1 - APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
	- legislação: [arts. 42 a 47, Lei 8.213/91]
	fato gerador/coNTINGÊNCIA�: incapacidade substancial (e não total�) e permanente (e não definitiva) para o exercício das funções habituais do segurado. A lei fala em insuscetível de reabilitação.
	
A aposentadoria por invalidez independe do prévio recebimento do auxílio-doença. A verificação da incapacidade ocorrerá mediante a realização de exame médico-pericial gratuito, a cargo da Previdência Social, podendo o segurado fazer-se acompanhar de médico de sua confiança. O segurado aposentado por invalidez está obrigado a submeter-se a exame médico, a cargo da Previdência Social (realizados bienalmente) a processo de reabilitação profissional e a tratamento, exceto o cirúrgico e à transfusão de sangue, que são facultativos. Não é apenas a análise médico-pericial que permite o enquadramento do segurado ou não ao benefícis, também devem ser levadas em consideração as condições pessoais do segurado (condições sócio-econômica, profissional, cultural e ambientais).
	 DIFERENÇA ENTRE INCAPACIDADE GENÉRICA E ESPECÍFICA
 	- Incapacidade genérica – para toda e qualquer função.
	- Incapacidade específica – para as funções que a pessoa desempenhava.
	data de início do benefício – dib: duas situações devem ser verificadas:
	a) se foi precedida de auxílio-doença: data seguinte à da cessação do auxílio-doença.
	b) se foi concedida diretamente: (Art. 43, § 1º, Lei 8.213/91):
i) segurado empregado	 – a contar do 16º dia do afastamento (os 15 dias iniciais é a cargo da empresa); 
			 – a partir do requerimento, se requerido após 30 dias do afastamento;
ii) empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual, segurado especial e facultativo: 
			– da data da incapacidade
			– a partir do requerimento, se requerido após 30 dias da data da incapacidade;
	- mesmo que o benefício tenha sido concedido por ordem judicial pode ser cancelado  há nova perícia a cada dois anos. 
	renda mensal inicial - RMI - 100% do salário-de-benefício.
 	 segurado especial e segurado de baixa renda: 1 sm. [art. 21, Lei 8.212/91] 
	 grande invalidez  [ART. 45 LEI 8213/91]. Trata-se, em verdade, da percepção do adicional de 25 % em razão da necessidade de auxílio permanente de terceiro (Ex. cegueira total, incapacidade permanente para a vida diária, paralisia ou perda dos membros inferiores, doença que exija permanência contínua no leito etc.).
	- RMI – SB + 25%
		 pode ultrapassar o teto da previdência. 
		- tem natureza indenizatória.
		- é personalíssimo.
		- não converte o percentual, em acréscimo da pensão por morte.
	carência
 	Regra: 12 contribuições.
	exceções: [hipóteses que a carência é dispensada]
	 Acidente (no trabalho ou fora dele)
	 Doença prevista na Portaria Interministerial. [art. 151, LEI 8.213/91]
	 Doença ou lesão preexistente: impossibilidade, salvo se ocorrer progressão ou agravamento da incapacidade.
 	- não é possível a antecipação do pagamento dessas 12 contribuiçÕES. Mas é possível o pagamento de prestações atrasadas, desde que haja a primeira paga em dia.
	QUEM TEM DIREITO 
 	- qualidade de segurado: precisa ter qualidade de segurado para receber o benefício.
	- beneficiários: todos os segurados.
Cessação do benefício
	Pode ser de duas formas (nem sempre a cessação será imediatamente)
	1) Imediatamente – a partir do retorno voluntário ao trabalho (art. 46, PBPS)
	2) Gradualmente (nem sempre ela cessará com a recuperação da capacidade) - benefício por recuperação da capacidade [art. 47, Lei 8213/91] – com a recuperação do aposentado por invalidez a aposentadoria não acaba de imediato – o beneficio vai deixando de ser pago aos poucos (redução do valor):
a) a recuperação ocorre dentro de 5 (cinco) anos da data da aposentadoria ou auxílio-doença precedente: 
i) empregado ( imediato, se puder retornar à função antes desenvolvida�;
ii) demais segurados ( após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez;
b) recuperação parcial, após o prazo de 5 anos ou for declarado apto para função diversa do habitual anterior à aposentadoria, pelo prazo:
i) valor integral – 6 meses contado da data em que for verificada a recuperação da capacidade;
ii) com redução de 50% (cinqüenta por cento), no período seguinte de 6 (seis) meses; 
iii) com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual período de 6 (seis) meses, ao término do qual cessará definitivamente
- A transformação de aposentadoria por invalidez em aposentadoria por idade ficou vedada aos beneficiários, a partir de 31/12/2008, em razão da revogação do art. 55 do RPS. Deve-se, contudo, respeita-se o direito adquirido, daqueles que completaram os requisitos até essa data. 
- A aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença somente será considerado para fins de tempo de contribuição/serviço se estiver intercalado entre período de atividade (pacificado pela TNU – PEDILEF 2008.72.54.001356-5, DJ 23.3.2010).
	QUESTÕES POLÊMICAS 
	1. a invalidez deve considerar também a idade - escolaridade formal – empregabilidade? SIM
	- a parte médica é a mais importante, mas análise não pode se limitar a manifestação dos peritos.
	2. a terminologia médica– incapacidade parcial e permanente. 
	- a terminologia médica é diferente da terminologia jurídica e o juiz não fica adstrito ao laudo pericial, podendo, entender pela incapacidade com base em outros elementos constantes dos autos, tal qual a idade, o nível de escolaridade e a condição econômica do segurado.
	3. Como se verifica a aposentadoria por invalidez da dona de casa segurada facultativa? 
	- a previdência social se interessa pela perda de ganho, ela não se interessa com as atividades que não sejam remuneradas. É necessário identificar um parâmetro.
	- o fato dela não ter trabalho até o momento não significa que não queria trabalhar. A incapacidade exclui essa possibilidade.
	4. Aposentadoria por invalidez e eleição para vereador
 	- STJ – não há cancelamento automático da aposentadoria por invalidez de segurado eleito vereador. 
	a jurisprudência pacífica é no sentido da possibilidade do exercício do cargo sem a perda do benefício.
A atividade parlamentar tem natureza específica que não trabalhista. Inaplicabilidade do artigo 46 da Lei 8.213/91, sem prévia comprovação da premissa fática que lhe dá sustentação. 
	5. Segurado que desenvolve mais de uma atividade e torna-se, permanentemente incapacitado para uma delas, pode receber aposentadoria por invalidez? Não. Receberá apenas o auxílio-doença relativo à atividade para a qual se tornou incapaz até que sobrevenha incapacidade total a fim de receber a aposentadoria por invalidez. A aposentadoria por invalidez pressupõe o afastamento de todas as atividades.
	6. A aposentadoria por invalidez suspende o contrato de trabalho indefinidamente? [art. 475, CLT] § 2º - Se o empregador houver admitido substituto para o aposentado, poderá rescindir, com este, o respectivo contrato de trabalho sem indenização, desde que tenha havido ciência inequívoca da interinidade ao ser celebrado o contrato.
	7. Um segurado nasceu absolutamente incapaz devido a uma deficiência pode se aposentar por invalidez? - não tem direito em decorrência da incapacidade ser pré-existente.
6.2 - AUXÍLIO-DOENÇA�
Existem dois tipos de auxílio-doença: o ordinário e o acidentário (decorrentes de acidentes de trabalho e seus equiparados – doença profissional ou do trabalho; o acidentário só é devido ao empregado – exceto o doméstico –, trabalhador avulso e segurado especial).
	
 	- FATO GERADOR – incapacidade TOTAL e TEMPORÁRIA para as funções que o segurado desempenhava. 
 	 incapacidade deve perdurar por mais de 15 dias consecutivos. [art. 59, Lei 8.213/91]
	 incapacidade deve atingir a atividade habitual.
	 trabalho ou atividade habitual; a aposentadoria por invalidez é para qualquer atividade;
	 não se exige que seja permanente, mas tão somente que seja por mais tempo que 15 dias consecutivos
	 Exercício de mais de uma atividade concomitante
 	- se houver comprometimento de uma das atividades já faz jus ao benefício em relação à atividade para a qual se incapacitou. 
 	 ex.: contador e professor – tendinite compromete atividade de contador, mas não como professor.
 	
CONTINGÊNCIA: ESTAR INCAPACITADO PARA A ATIVIDADE HABITUAL POR MAIS DE15 DIAS CONSECUTIVOS (INCAPACIDADE TEMPORÁRIA)
 	
- SUJEITO ATIVO: Qualquer segurado, até o facultativo. No caso deste último, atesta-se não a sua incapacidade laboral (porque ele não trabalha), mas sim a sua incapacidade para a atividade habitual (exemplo: estudar).
	- RMI: 91%� do SB (que é a média aritmética dos 80% maiores salários de contribuição). NÃO tem fator previdenciário. Não se aplica ao auxílio-doença o acréscimo de 25%.
 	- DIB:
 	EMPREGADO – 16º dia do afastamento da atividade. 
No caso de férias ou licença, o prazo de 15 dias é contado da cessação deste evento.
 	OUTROS SEGURADOS – incapacidade até 30 dias ou da data da entrada do requerimento. [inclusive para a doméstica]
		
	 Termo final do benefício: [art. 78, RPS]
	i) o dia em que cessar a incapacidade para o trabalho;
		 necessidade de comprovação por perícia médica do INSS; 
	ii) o dia em que o benefício for convertido em aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente
	- CARÊNCIA: 12 contribuições mensais, exceto: 
 Acidente (no trabalho ou fora dele)
		 Doença prevista na Portaria Interministerial. [art. 151, LEI 8.213/91]
 Doença ou lesão preexistente: impossibilidade, salvo se ocorrer progressão ou agravamento da incapacidade (art. 59, § único).
NOTE: se a Previdência tiver ciência da incapacidade de alguém, ela pode PROCESSAR O AUXÍLIO-DOENÇA DE OFÍCIO – art. 76 do Decreto.
SÚM. 53 (07/05/2012) - Não há direito a auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez quando a incapacidade para o trabalho é preexistente ao reingresso do segurado no Regime Geral de Previdência Social.
 	
 QUESTÕES POLÊMICAS
	1. O segurado é obrigado (caso o INSS mande) a fazer a reabilitação?  SIM. Se o perito do INSS disser “se você fizer esse tratamento (disponível na rede pública)”, ele tem que fazer. Ele só não é obrigado (para ficar bom) a fazer duas coisas: i) transfusão de sangue; ii) cirurgia. A mesma coisa vale para a aposentadoria por invalidez.
	2. a alta programada é constitucional? 
	
 	- O que é? O INSS instituiu o programa Cobertura Previdenciária Estimada – COPES (alta programada), no qual o perito fixa a data da cessação do benefício, como base na história natural da doença, considerando o tempo necessário para a reaquisição da capacidade de trabalho. Criou, então, o Pedido de Prorrogação e o Pedido de Reconsideração, a fim de que o segurado possa, sentido-se incapaz, requerer a prorrogação do benefício, pois se nada realizar, o benefício será cessado.
- questionamento sobre a inconstitucionalidade do procedimento: a maioria dos TRF’s têm entendido a alta programada como inconstitucional. [mas essa posição não é pacífica]’
	- (2010 – adaptei): No TRF1, a maior parte das decisões é no sentido da inconstitucionalidade/ilegalidade da alta programada, ante a violação dos princípios do devido processo legal, contraditório e ampla defesa, mas há decisão (citada a essência em rodapé) em que é sustentada a legalidade da alta programada, o que aponta que, de fato, a matéria é bastante controvertida�-�.
	- Observar que a TNU (PEDILEF 200770500165515, DJ 04/10/2011) entendeu que NÃO é preciso o pedido de prorrogação/reconsideração para o segurado ingressar com a ação de restabelecimento.
	3 - remuneração paga pelo empregador (15 dias) e incidência de contribuição previdenciária: STJ entende que não incide contribuição previdenciária, uma vez que tal verba não tem natureza salarial�.
 	
6.3 - AUXÍLIO-ACIDENTE
 	
- CONTINGÊNCIA: redução da capacidade para o trabalho habitualmente exercido, resultante da consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, inclusive acidente do trabalho. O dano que gera o direito ao benefício é o que acarreta redução ou perda da capacidade laborativa (quantitaiva ou qualitativa), sem ocasionar a invalidez permanente para qualquer trabalho.
 	
- natureza indenizatória por expressa disposição legal. [art. 86, PBPS] - indenização pela redução da capacidade de trabalho.
	 Auxílio-acidente e necessidade da irreversibilidade da moléstia: STJ (3ª seção) decidiu que é irrelevante a possibilidade de reversibilidade da doença, sendo certo que o auxílio-acidente é devido quando demonstrado o nexo de causalidade entre a redução de natureza permanente da capacidade laborativa e a atividade profissional desenvolvida. Para o STJ, a possibilidade, ou não, de irreversibilidade da doença deve ser considerada “irrelevante”. 
	- carência: independe de carência [art. 26, I, PBPS]
	  FATO GERADOR
		I- deve ter ocorrido um acidente;
			a) do trabalho [ou]
			b) fora do trabalho
	 figuras equiparadas a acidente:
	i) doença profissional - doença típica de determinada profissão.
	ii) doença do trabalho - doença que decorre do exercício da atividade em condiçõesespeciais.
	II - consolidação das lesões 
	 deve ter ocorrido uma seqüela definitiva que implique na redução da capacidade para o exercício da atividade habitual.
	 doutrina – incapacidade parcial (“redução da capacidade”), permanente (“seqüela definitiva”).
	- beneficiários (sujeito ativo): o segurado empregado (exceto o doméstico), o trabalhador avulso e o segurado especial (art. 18, § 1º).
 	- DIB (termo inicial): a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença. Essa é a regra.
 	- termo final: 
- a véspera do início de qualquer aposentadoria ou a data do óbito do segurado. 
 		- vedada a acumulação com aposentadoria (Lei n. 9.528/1997). Observar o direito adquirido daqueles que implementaram os requisitos antes desta lei.
	 Permitida a acumulação em relação a qualquer remuneração, rendimento ou outro benefício auferido pelo acidentado.
 O auxílio acidente deixa de ser vitalício, pois passará a integrar o salário de contribuição para fins de cálculo do salário de benefício de qualquer aposentadoria (art. 31, Lei 8.213/91). No entanto, não será computado para fins de cálculo de pensão (veto ao § 5º do art. 86).
	
STJ: para a concessão de auxílio acidente por perda de audição, é necessário que a sequela seja ocasionada por acidente de trabalho e que haja uma diminuição efetiva e permanente da capacidade para a atividade que o segurado habitualmente exercia.
STJ: não havendo concessão anterior de auxílio doença, bem como ausente o prévio requerimento administrativo de auxílio acidente, o termo a quo para o recebimento desse benefício é a data da citação.
STF: A lei 9032/95 previu uma mudança na forma de cálculo do auxílio acidente que, em certas hipóteses, gerou uma situação mais benéfica do que a legislação anterior. Por isso, quem já recebia o benefício passou a pleitear judicialmente o seu aumento, mas o STF entendeu que isso não é possível, em atenção ao princípio do tempus regit actum. Nesse sentido: A decisão concessiva de revisão para 100% do salário-de-benefício nas hipóteses de benefício instituído em período anterior ao da vigência da Lei 9.032/95, é contrária à Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI 639808 ED, Relator(a):  Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, julgado em 09/12/2008). O STJ (que anteriormente julgava em favor dos beneficiários nesse caso) também já sinalizou que seguirá a Corte Maior.
6.4 - APOSENTADORIA POR IDADE
	- fato gerador: 
1) idade mínima
 	- segurado urbano  65 ANOS (H) E 60 ANOS (M).
 	- segurado rural  55 ANOS (M) OU 60 ANOS (H).
 	 trabalhadores Rurais, produtor rural, pescador artesanal e o garimpeiro que exerça atividade em regime de economia familiar - Redução em 5 anos. (O garimpeiro é, agora, contribuinte individual, salvo se direito adquirido).
	 o professor tem direito à redução, mas em outro benefício, Aposentadoria por tempo de contribuição.
	 trabalhador rural [art. 143, Lei 8.213/91] – observar as mudanças da Lei 11.718/08, no ponto 02.
2) carência: 180 contribuições.
Súmula 44 da TNU (14/12/11). Para efeito de aposentadoria urbana por idade, a tabela progressiva de carência prevista no art. 142 da Lei Nº 8.213/91 deve ser aplicada em função do ano em que o segurado completa a idade mínima para concessão do benefício, ainda que o período de carência só seja preenchido posteriormente.
 	
	 qualidade de segurado no momento do pedido?
 	 não mais precisa a qualidade de segurado no momento do pedido, basta que tenham sido preenchidos todos os requisitos, inclusive a carência. (art. 3, § 1º, Lei 10.666/03)
	RMI: 70% SB mais 1% a cada 12 meses de contribuições, limitado a 100%. 
	Fator Previdenciário optativo 
	Segurado Especial e Contribuinte Individual ou Facultativo de Baixa Renda – 1S.M. 
	DIB – 90 dias ou DER 
	QUEM TEM DIREITO – todos os segurados
Cessação. A aposentadoria por idade cessa com a morte e gera pensão por morte se houver dependente.
Aposentadoria por idade “mista”: A lei 11.718/08 possibilitou a utilização de tempo urbano e rural para obter aposentadoria (art. 48, §3, PBPS). No entanto, no caso do trabalhador rural, a idade mínima será de 60(M)/65(H). Embora a lei refira-se a trabalhador rural, Castro e Lazzari entendem que todos os trabalhadores têm direito, urbano ou rural. Pelo § 4º, se estabeleceu a mesma sistemática para o cálculo do salário de benefício da aposentadoria por invalidez e especial, ou seja, a média aritmética dos 80% maiores salários de contribuição E, no período sem contribuição, considerar o SM.
	
QUESTÕES CONTROVERSAS
	1. Aplica-se retroativamente a lei n. 10.666/03?
	2. A carência deve ser contada na data em que o requerente entrou com requerimento administrativo ou na data em que fez a idade mínima? 
	 Acumulação entre pensão e aposentadoria para o trabalhador rural: a TNU decidiu pela legalidade da acumulação da pensão por morte e da aposentadoria por idade em caso de beneficiários rurais. [TRF4 e 5 questionaram sobre essa situação].
	APOSENTADORIA COMPULSÓRIA: A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa, desde que o segurado tenha cumprido a carência (mínimo de 180 contribuições) quando ele completar 70 anos de idade se do sexo masculino ou 65 anos de idade se do sexo feminino. Será, entretanto, garantida ao empregado a indenização prevista na legislação trabalhista.
	Desaposentação: É a ato de desfazimento da aposentadoria por vontade do titular, para fins de aproveitamento do tempo de filiação (já que não pode ser utilizado 2x) em contagem para nova aposentadoria, no mesmo ou em outro regime previdenciário (CASTRO E LAZZARI).
 	 Administração: não admite. Qualquer aposentadoria é irrenunciável.
 	 jurisprudência: entendimento majoritário admite, desde que haja a devolução dos valores recebidos a título de benefício. A aposentadoria é verba alimentar, mas para fins de desaposentação ela é considerada direito patrimonial disponível. Esse é o entendimento atual da TNU: PEDILEF 2008.72.58.00.2269-3, DJ 23.3.10. 
	 devolução dos valores – os diferentes regimes têm que realizar a compensação financeira, para que se possa ser mantido o equilíbrio financeiro. Por isso a exigência da devolução, parte do valor que será destinado à compensação já foi pago.
 	- STJ: tem entendido ser desnecessária a devolução (REsp 1.1137.864, DJ 3.3.2010 e EDcl no AgRg no REsp 1216770/RS, DJ 1.12.11). Em pesquisa no site do TRF1 verifiquei que o entendimento predominante também é no sentido da desnecessidade de devolução dos valores devido ao caráter alimentar (mantido o entendimento).
Jurisprudência e outras informações.
Súmula 54 da TNU. Para a concessão de aposentadoria por idade de trabalhador rural, o tempo de exercício de atividade equivalente à carência deve ser aferido no período imediatamente anterior ao requerimento administrativo ou à data do implemento da idade mínima.
Súmula 46 da TNU. O exercício de atividade urbana intercalada não impede a concessão de benefício previdenciário de trabalhador rural, condição que deve ser analisada no caso concreto.
Súmula 41 da TNU. A circunstância de um dos integrantes do núcleo familiar desempenhar atividade urbana não implica, por si só, a descaracterização do trabalhador rural como segurado especial, condição que deve ser analisada no caso concreto.
Súmula 34 da TNU. Para fins de comprovação do tempo de labor rural, o início de prova material deve ser contemporâneo à época dos fatos a provar. [Não basta, portanto, prova testemunhal, e a prova material tem de ser contemporânea aos fatos a serem provados].
Súmula 14 TNU: para a concessão de aposentadoria rural por idade, não se exige que o início de prova material corresponda a todo o período equivalente à carência do benefício.
Súmula 6 TNU a certidão de casamento ou outro documento idôneo que evidencie a condição de trabalhador rural do cônjuge constitui início de prova material da atividade rurícola.[Basta provar que o cônjuge era rural, isso já é início de prova material para o outro cônjuge também].
STJ: as atividades de economia familiar podem ser comprovadas por documentos em nome do pai da família, mas é preciso que haja algum início de prova documental. Não basta prova testemunhal.
Súmula 5 TNU: a prestação de serviço rural por menor de 12 a 14 anos, até a lei 8213/91, pode ser reconhecida para fins previdenciários (tempus regit actum).
6.5 - APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO�
6.5.1. Aposentadoria por tempo de serviço (extinta pela EC 20/98)�
REGRAS PERMANENTES: aplicação para os que ingressaram após a promulgação da EC 20 [16/12/1998].
	 a compreensão da regra de transição depende da compreensão da regra permanente.
Contingência para trabalhadores urbanos e rurais:
 	 ter contribuído para o RGPS durante: 	HOMEM: 30 ANOS.
 						MULHER: 25 ANOS.
Cálculo da RMI: 70% do salário-de-benefício. 
	 art. 53 da Lei 8.213/_ - 70 % + 6 % (por ano completo de contribuição)
	- mulher (30 anos) – verificação se tem 30 anos, separa 25 anos e para cada grupo de 12 contribuições acrescenta-se 6 % até o máximo de 100 %. [o que superar é desconsiderado – o que trabalhou a mais não entra na conta]
	- homem (35 anos) – verificação se tem 30 anos, separa 30 (...)
- O professor (30 anos) e a professora (25 anos): 100% do SB
	 pessoal que está se aposentando agora está prejudicado – ingressaram no sistema antes de 94.
6.5.2. Aposentadoria por tempo de contribuição (criada pela EC 20/98)
 Requisitos�. 
- Tempo de contribuição (contingência)
 Homem  mínimo = 35 anos (professor* = 30);
 Mulher  mínimo = 30 anos (professora* = 25). 
*Do ensino infantil, fundamental e médio, bem como a atividade de direção de unidade escolar e coordenação e assessoramento pedagógico exercida por professores.�
- o(a) professor(a) que ingressou ante da EC 20/98 (excluídos do benefício – nível superior), que não haviam cumprido os requisitos do tempo de serviço até a EC, terão acréscimo de 17% (homem) e 20%(mulher) sobre o tempo exercido até a EC, desde que com o tempo de efetivo exercício no magistério (art. 9º, §2, EC 20/98). 
Não há idade mínima na aposentadoria por tempo de contribuição do Regime Geral (é diferente do regime próprio dos servidores públicos).
Não é necessária a qualidade de segurado para aposentar por tempo de contribuição (artigo 3º da Lei 10.666/03) 
- Carência = 180 contribuições
Obs. Há uma regra de transição (art. 142 da Lei 8.213) – 2010 é o seu último ano. Em 2011, passa a ser 180 contribuições para todos.
Sujeito ativo: Em regra, todos os segurados, até o facultativo.
 Não aposenta por tempo de contribuição a pessoa que optou pelo PPS (ou PSP – Plano de Previdência Simplificado – o contribuinte individual e facultativo: 11% ou o contribuinte individual (MEI) e facultativo (dona de casa de baixa renda): 5%).
 O segurado especial só tem direito a aposentar por tempo de contribuição se contribuir adicionalmente (e atender à carência de 180 contribuições como facultativo). Súmula 272 STJ: o trabalhador rural, na condição de segurado especial, somente faz jus à aposentadoria por tempo de serviço se recolher contribuições facultativas.
Termo inicial: [arts. 49, I e II, e 54, PBPS, e arts. 52, I e II, e 59, RPS]: idêntico ao da APOSENTADORIA POR IDADE inclusive quando requerido o benefício na via judicial (nesse caso a data será a da citação). 
Cálculo da RMI: Regra Geral: 100% do SB (benefício para quem ingressou a partir de 17/12/98)
Termo final: a data da MORTE do segurado. [benefício vitalício]
6.5.2 - APOSENTADORIA PROPORCIONAL
Fundamento legal: [art. 9º, § 1º, EC n. 20/98].
	- só prevista para as regras de transição;
 	 quem ingressou após a EC 20 não tem direito à aposentadoria proporcional. Por isso a previsão dentre as regras de transição.
Contingência: [REQUISITOS CUMULATIVOS]
	a) ter, contribuído, na data da EC n. 20, por, no mínimo, 30 ANOS (H) e 25 ANOS (M); E 
	b) contar, no mínimo, 53 ANOS DE IDADE (H) e 48 (M); e 
 	c) ter contribuído por um PERÍODO ADICIONAL DE 40% do que, naquela data, faltava para atingir o tempo de contribuição necessário (30 e 25 anos).
Carência: 180 contribuições mensais.
Cálculo da RMI:
Regra de transição (para quem ingressou até 16/12/98):
- 70% do salário-de-benefício, que é apurado com a aplicação do FATOR PREVIDENCIÁRIO. 
	70% + 5% (por ano completo de contribuição)
	 mulher (30 anos) – verificação se tem 30 anos, separa 25 anos e para cada grupo de 12 contribuições acrescenta-se 5% até o máximo de 100 %. [o que superar é desconsiderado – o que trabalhou a mais não entra na conta]
	- homem (35 anos) – verificação se tem 35 anos, separa 30 (...)
	 pessoal que está se aposentando agora está prejudicado – ingressaram no sistema antes de 94.
Termo inicial e termo final: idênticos aos da APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. 
Jurisprudência e outras informações (resumo TRF5 – JUN/2012).
- Apesar de a EC 20 ter proibido a contagem fictícia de tempo de contribuição, o STF admite o direito adquirido a essas contagens até o advento da referida EC.
- Cabe ação declaratória para reconhecimento de tempo de serviço para fins previdenciários (súmula 242 STJ)
Não é absoluto o valor probatório das anotações da CTPS (súmula 225 STF).
6.6 - APOSENTADORIA ESPECIAL
 Constituição veda a concessão de aposentadoria com requisitos diferenciados, exceto na situação de aposentadoria especial. [a aposentadoria especial existe em decorrência de uma fragilidade a qual o trabalhador é exposto].�
- é espécie de APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO, que é reduzido para 15, 20 ou 25 anos em razão da atividade exercida.
- ainda não foi editada LC = aplica-se o disposto nos art. 57 e 58 da Lei n. 8.213/1991 no que não conflitar com o texto constitucional�.
- contingência: 
a) exercer atividade sujeita a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, de FORMA PERMANENTE; E
b) NÃO OCASIONAL NEM INTERMITENTE, com a efetiva exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, durante 15, 20 ou 25 anos. 
 	- NECESSÁRIA a efetiva demonstração da exposição do segurado a agente prejudicial à saúde, conforme a nova redação atribuída ao § 4º do art. 57 do PBPS.
 	- DESNECESSÁRIO que a atividade CONSTE DO ROL DAS NORMAS REGULAMENTARES, mas imperiosa a existência de laudo técnico que comprove a efetiva exposição a agentes nocivos (Súmula 198 TFR).
- anexo IV do Decreto n. 3.048/99: tempo de serviço de 15, 20 ou 25 anos exigido para a aposentadoria especial, levando em conta o grau de exposição do segurado aos agentes nocivos.
- Carência: 180 contribuições
 
- forma de comprovação: [EVOLUÇÃO HISTÓRICA]
	1) [redação original do PBPS]: cotejo da atividade com a classificação dos anexos I e II do Decreto n. 83.080/79 e Decreto n. 53.831/64, expressamente ratificados pelo art. 295 do Decreto n. 357/91 e pelo art. 292 do Decreto n. 611/92.
	 classificação realizada:
	 Pelo agente nocivo.
	 Pelo grupo profissional – legislação presumia a exposição ao agente nocivo, bastava comprovar que fazia parte de determinado grupo profissional.
	2) [Lei n. 9.032/95]: necessidade da efetiva demonstração da exposição do segurado a agente prejudicial à saúde = formulários SB 40 e DSS-30.
	 houve a extinção da classificação pelo grupo profissional, permanecendo, tão somente, a classificação pelo agente nocivo.
	 em todos os casos passa-se a exigir a demonstração da efetiva exposição aos agentes nocivos.
	3) [Decreto n. 2.172/97] (regulamentou a Lei n. 9.528/97): passou-se a exigir LAUDO TÉCNICO.
	4) o que está em vigor hoje: empresa deve elaborar e manter PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO abrangente de todas as atividades desenvolvidas pelo trabalhadore, quando rescindido o contrato de trabalho, fornecer-lhe cópia autêntica desse documento [art. 58, § 4º, PBPS]. 
 
 a previdência passou a exigir um documento (SB40 e DSS30; Laudo técnico; PPP) no tempo que ele não era exigido. A jurisprudência entende que a comprovação deve se dar pela REGRA VIGENTE NO PERÍODO QUE A ATIVIDADE ERA EXERCIDA. [tempus regit actus]
 	- PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO: modelo instituído pelo INSS = documento histórico laboral do segurado, que deve conter registros ambientais, resultados de monitoração biológica e dados administrativos, além de outras informações [art. 68, § 8º, RPS].
	 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL [EPI] – empresa deve fornecer.
 	 a previdência alegava que se o trabalhador trabalhava com EPI não teria direito ao benefício. 
 	- o equipamento minimiza o risco, mas não elimina.
 	- súmulas STJ e da turma de uniformização (súm.09) – o fornecimento de EPI não descaracteriza a natureza especial da atividade.
	 aposentadoria especial e reconhecimento do adicional pela justiça do trabalho -adicional reconhecido na justiça do trabalho não é suficiente, por si só, para o reconhecimento do direito à aposentadoria especial. Nesse caso, servirá, apenas, como início de prova.
	 CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL EM COMUM
 	- art. 57, § 5º, Lei 8.213/91 (incluído pela Lei 9.032/95) – tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser considerados como especial será somado após a conversão em tempo de atividade comum segundo critérios estabelecidos.
	 é possível utilizar o tempo de atividade especial dando um valor maior. Nesse caso, o tempo considerado será maior que o efetivamente trabalhado.
	- é necessário diferenciar cada uma das situações – não pode simplesmente somar esses tempos.
 	- quanto à possibilidade de conversão: [evolução histórica]
	- sujeito ativo: o SEGURADO EMPREGADO, o TRABALHADOR AVULSO e o CONTRIBUINTE INDIVIDUAL FILIADO A COOPERATIVA DE TRABALHO OU DE PRODUÇÃO que tenha trabalhado pelo período de 15, 20 ou 25 anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem sua saúde ou sua integridade física. O contribuinte individual também tem esse direito reconhecido, conforme Súm. 62 da TNU (ver abaixo).
	 INCONSTITUCIONALIDADE DO FATOR PREVIDENCIÁRIO
 	- CF rejeitou o requisito da idade mínima, não poderia haver uma lei infraconstitucional incluindo a questão da idade.
 	- inconstitucionalidade nomodinâmica. [alteração do texto em uma casa, sem voltar para a apreciação da outra]
 	- violação do princípio da isonomia: mesmo expectativa de vida para todos.
 		- mulheres e homem possuem expectativa de vida diferentes– [tratamento igual de desiguais]
 		- unificação da expectaiva em todo o território [a expectativa é diferente nas diferentes regiões] - nas tabelas do IBGE
RMI: 100 % DO SALÁRIO DE BENEFÍCIO.
IMPORTANTE: O Beneficio será automaticamente suspenso se o segurado permanecer ou retornar à atividade sujeitas àquelas condições. Ele pode, entretanto, realizar serviços em qualquer outra atividade sob condições comuns.
Outras informações.�
O rol de agentes nocivos é exaustivo. Já as atividades listadas, nas quais poderá haver a exposição, são exemplificativas. O importante é comprovar que, concretamente, aquela atividade exercida pelo indivíduo o submete a um dos agentes nocivos listados pelo Poder Executivo.
Súm. 62 da TNU (3.7.12) - O segurado contribuinte individual pode obter reconhecimento de atividade especial para fins previdenciários, desde que consiga comprovar exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física.
Súm. 55 da TNU (7.5.12) - A conversão do tempo de atividade especial em comum deve ocorrer com aplicação do fator multiplicativo em vigor na data da concessão da aposentadoria.
Súm. 49 da TNU (15.3.12) - Para reconhecimento de condição especial de trabalho antes de 29/4/1995, a exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física não precisa ocorrer de forma permanente.
6.7 - SALÁRIO-FAMÍLIA
 	- fundamento legal: está na CF – para os dependentes do segurado de baixa renda.
 	- beneficiários: devido ao segurado em razão da existência de dependentes.
Trata-se de valor fixo percebido pelo segurado em razão da existência de filho ou equiparado de qualquer condição até quatorze anos de idade ou inválido.
	 TITULARIDADE do benefício
	1) Empregado
	2) Avulso
	3) Aposentado [por idade, invalidez, demais aposentados que tenham 65 (h) e 60 (m)]
	4) Quem está em gozo de auxílio doença [hipótese com previsão no Decreto]
5) servidor sem regime próprio de previdência
	
	 Não têm direito benefício: 	
- segurados empregados domésticos;
 		- contribuintes individuais;
 		- segurados especial 
 		- facultativos. 
	 o sujeito passivo: é o INSS (será ele que será onerado);
 	 a empresa paga ao segurado empregado, mensalmente, junto com seu salário;
 	 a empresa faz a compensação do que pagou a título de salário-família com os valores da contribuição previdenciária sobre a folha de salários a seu cargo.
 	- recebimento pelo aposentado: INSS já irá inserir o valor juntamente com a aposentadoria paga.
 	- salário-família não substitui a renda ou o salário-de-contribuição. 
 	- objetivo do salário-família: destina-se a dar ao trabalhador de baixa renda condições de propiciar o sustento e a educação de seus filhos [Lei n.4.266/1963]. 
 	- o valor das cotas não se incorpora ao salário ou ao salário-de-benefício.
 	- fato gerador (contingência): ser segurado empregado ou avulso com renda bruta não superior a R$ 915,05 que mantém filhos de até 14 anos de idade incompletos ou inválidos de qualquer idade.
	 são equiparados os enteados e os tutelados que não tenham condições de manter o próprio sustento.
 		 requisitos: 	devem estar vacinados
 				devem frequentar escolar.
 	- carência: independe de carência. [art. 26, I, PBPS]
 	- valor da renda mensal: é pago em nº de cotas igual ao nº de dependentes cuja existência dá direito ao benefício. 
	 valor da cota é fixo: a renda mensal não tem como base de cálculo o salário-de-benefício. 
 		 valor da cota: [Portaria MPS/MF n. 02, de 06-1-2012]
			- remuneração < R$ 608,80  R$ 31,22
 			- remuneração > de R$ 608,80 < de até R$ 915,05  R$ 22,00.
 	- DIB (termo inicial do benefício): é a data da apresentação da documentação exigida em lei [art. 67, PBPS]
 		 termo final [art. 88, RPS]: 
			i) por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito; [no mês da data morte é devido o benefício]
 			ii) quando o filho ou equiparado completar 14 anos de idade, salvo se inválido, a partir do mês seguinte ao da data do aniversário;
			iii) quando recuperada a capacidade do filho ou equiparado inválido, a partir do mês seguinte ao da cessação da incapacidade;
			iv) pelo desemprego do segurado.
6.8 - SALÁRIO-MATERNIDADE
- Contingência: ser mãe, adotar ou obter guarda judicial para fins de adoção de criança de até 8 anos de idade. 
- criança com idade superior a 8 anos não gera direito ao benefício.
- Fato gerador
1) Maternidade biológica
Salário maternidade devido por 120 dias [28 dias antes do parto/ dia do parto/ 91 dias depois do parto]
Atestado médico específico poderá promover a prorrogação por mais 4 semanas [2s emanas antes do parto, 2 semanas depois do parto].
A Lei 11.770/08 estendeu por mais 60 dias o prazo do salário-maternidade, mas sendo pago pela empresa, não havendo correspondência na lei previdenciária.
2) Maternidade pela adoção
-adoção ou guarda judicial para fins de adoção [não é somente no caso de adoção].
 - Beneficiárias (sujeito ativo): segurada empregada, empregada doméstica, trabalhadora avulsa, segurada servidora pública sem regime próprio de previdência, segurada contribuinte individual, segurada especial e segurada contribuinte facultativaque tenha filho, adote ou obtenha guarda judicial para fins de adoção de criança de até 8 anos de idade.
 Atenção: haverá percepção do benefício até o momento que o filho atingir 8 anos, se houver adoção com 7 anos e 10 meses, haverá percepção do benefício apenas por 2 meses.
- sujeito passivo: o INSS é sempre o sujeito passivo onerado. O pagamento do benefício, entretanto, varia de acordo com o tipo de segurada
- carência: o período de carência varia ou não existe:
- seguradas empregada, empregada doméstica e avulsa: independe de carência.
 	- seguradas contribuinte individual e segurada facultativa: 10 contribuições mensais;
	- segurada especial: não comprovará carência, mas sim, o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, nos 10 meses imediatamente anteriores ao do início do benefício (art. 39, § único, PBPS).
  é reduzido, em caso de parto antecipado, em número de contribuições equivalente ao número de meses da antecipação (art. 25, § único, PBPS).
	 previsão na lei: segurada especial deverá comprovar que trabalhou nos 10 meses anteriores; 
	 regulamento: o texto do regulamento determina que a demonstração deva ocorrer de acordo com 10 meses.
 	 discussão: ordenamento é mais benéfico, mas o ordenamento não pode modificar a lei. [acompanhar eventual posicionamento da banca sobre a questão]. O que tem prevalecido na jurisprudência é o prazo de 10 meses.
 - cálculo do valor da renda mensal: 
 	segurada empregada: o valor de sua última remuneração integral.
	a renda mensal do benefício não está sujeita ao limite máximo do salário-de-contribuição [STF, ADI 1946]; - deve observar o teto do funcionalismo.
É pago pela empresa. Fugindo à regra geral, o salário-maternidade devido à empregada do microempreendedor individual (MEI) será pago diretamente pela Previdência Social (Lei nº 8.213/91, art. 72, § 3º).
	segurada trabalhadora avulsa: o valor da remuneração integral equivalente a um mês de trabalho [art. 100, RPS]
	segurada empregada doméstica: o valor do seu último salário-de-contribuição;
	segurada especial: um salário mínimo;
	segurada especial que contribua facultativamente como contribuinte individual: 1/12 do valor sobre o qual incidiu sua última contribuição anual;
	segurada contribuinte individual e facultativa: 1/12 (um doze avos) da soma dos 12 últimos salários-de-contribuição apurados em período não superior a 15 meses.
Importante observação: Súm. 45 da TNU (14.12.11): Incide correção monetária sobre o salário-maternidade desde a época do parto, independentemente da data do requerimento administrativo. Atentar, contudo, para a regra do art. 103, § único, referente à prescrição quinquenal.
- DIB (termo inicial): pode ocorrer dentro dos 28 dias que antecedem o parto, podendo ser antecipado em 2 semanas em casos excepcionais, atestados por médico. 
		data da adoção ou da guarda judicial para fins de adoção. 
		guarda judicial para fim de tutela não gera direito ao benefício.
	obs.: nos casos de complicações com a gestação pode ser fato gerador para a percepção do auxílio-doença.
- termo final: em regra, ao cabo dos 91 dias após o parto, antecipado ou não. 
	 possibilidade de acréscimo de mais 2 semanas, em casos excepcionais, mediante atestado médico específico [art. 93, § 3º, RPS]
 	- a duração do salário-maternidade em caso de adoção:
 		-até 1 ano: 120 dias.
 		-1 ano até 4 anos: 60 dias.
 		-4 anos até 8 anos: 30 dias.
Obs. na ACP nº 5019632-23.2011.404.7200/RS, J. 3.5.12, ficou o INSS obrigado a promover a igualdade de direitos entre mães adotivas e biológicas em todo o país, ou seja, todas terão direito a 120 dias de SM, independente da idade da criança. A decisão, segue a revogação do art. 392, §§ 1 a 3º da CLT, que não mais diferencia mãe biológica e adotiva.
BENEFÍCIOS DEVIDOS AOS DEPENDENTES�
	Só para dependentes: pensão por morte e auxílio-reclusão.
	Para segurados e dependentes: reabilitação profissional e serviço social.
 	-dependentes: [art. 16, Lei 8.213/91]
 		 cônjuge/companheira
 		 filho < 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente;
 		 pais
 		 irmãos não emancipados < 21 anos ou inválidos ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.
6.9 - PENSÃO POR MORTE	
- requisitos:
		1) qualidade de segurado do instituidor
		2) qualidade de dependente do titular
		3) Fato gerador: ÓBITO
1) qualidade de segurado do instituidor - se o segurado perdeu a qualidade de segurado, mas já tinha completado os requisitos para alguma aposentadoria, haverá direito ao benefício [art. 102, Lei 8.213/91] – súmula do STJ.
	 A lei prevê a concessão da pensão por morte após a perda da qualidade de segurado? Sim, nos termos do art. 102, §§ 1° e 2° da Lei 8213/91 (já havia cumprido os requisitos para a aposentação). Já havia direito adquirido a qualquer espécies de aposentadoria, a pensão por morte é garantida aos dependentes.
	 E se não havia implementado os requisitos para a concessão da aposentadoria? a jurisprudência entende que não há direito ao benefício. Turma do TRF 3 tem um posicionamento diferenciado – aguarda-se o momento que essa pessoa completaria o requisito (ex.: idade mínima), a partir de então seria realizada a aposentadoria virtual, tendo início a pensão por morte.
	2) qualidade de dependente do titular
	3) Fato gerador: ÓBITO
	 modalidades:
		a) Comprovado (certidão de óbito)
		b) Presumido
			i) ausência
 			ii) acidente ou catastrofe
	i) ausência  prazo: 6 meses [não segue o Código Civil] + declaração judicial.
	 jurisprudência majoritária entende que a autoridade competente para tal declaração é a justiça federal [trata-se de ausência para fins previdenciário e não para fins sucessório]
	 Quem é competente para declarar judicialmente a ausência para fins previdenciários? A justiça comum federal ou estadual? 
 	- segundo Prof. Omar [Federal]:
		 regra: justiça comum estadual.
 		 exceção: como questão prejudicial pode ser julgada pela Justiça Federal [art. 469, iii, CPC]
	- jurisprudência do STJ: competência da Justiça Federal.  compete à Justiça federal, e não ao Juizado Especial Federal, processar e julgar a ação de declaração de ausência com a finalidade de percepção de benefício previdenciário. [necessidade da citação editalícia e o rito do art. 18, § 2º da Lei 9.099/95 não admite a citação editalícia].
	
	ii) acidente ou catastrofe  independe de prazo e de declaração judicial.
 	 reaparecimento: salvo má-fé, não precisa devolver se reaparecer. 
 	- renda mensal inicial (RMI) 
 	i) 100% do valor que o segurado receberia se estivesse aposentado por invalidez 
 	 na prática 100% do salário-de-benefício (que é a média aritmética atualizada dos 80% maiores salários-de-contribuição, desde julho de 1994)
 	ii) 100% do valor da aposentadoria se o segurado já era aposentado quando do fato gerador.
 	 exceções: 	 SEGURADO ESPECIAL: receberá 1 SALÁRIO MÍNIMO [art. 39, I, Lei 8213/91] 
 			 SEGURADO DE BAIXA RENDA: 1 SALÁRIO MÍNIMO.
 			 recolhe 11% ou 5% sobre um salário mínimo [art. 21, §§ 2° e 3°, Lei 8212/91].
			( Filho com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente, que exerça atividade remunerada: sua cota será reduzida 30%.
ATENÇÃO: A Lei nº 12.470, de 31/08/2011, acrescentou o § 4º ao art. 77 da Lei nº 8.213/91, determinando que “a parte individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente, que exerça atividade remunerada, será reduzida em 30%, devendo ser integralmente restabelecida em face da extinção da relação de trabalho ou da atividadeempreendedora”. Assim, mesmo que passe a exercer atividade remunerada, este filho permanece com a qualidade de dependente mantida, tendo apenas uma redução de 30% do valor da pensão enquanto estiver exercendo tal atividade.
 	- data de início do benefício (DIB)
 	 requerimento administrativo no prazo de 30 dias do FG:	
 data do óbito ou	
 data da declaração judicial de ausência.
 
	 requerimento após o prazo de 30 dias: DATA DA ENTRADA DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO (DER).
***atenção*** se for menor de 16 anos ou incapaz esse prazo não corre. 
	- NÃO HÁ CARÊNCIA. [art. 26, I, Lei 8.213/91]
 		 a existência da carência decorre da necessidade do equilíbrio atuarial.
 		- a carência é tanto maior quanto mais programável for o benefício. [ex.: a morte não é um evento programável].
 	- necessidade da qualidade de segurado.
 	 atenção: a verificação quanto a qualidade de segurado deve ser feita no momento do fato gerador, e não no momento que o benefício é solicitado.
 	- beneficiários da pensão por morte: dependentes previstos nas 3 classes do artigo 16 da lei 8213/91.
	 Qual a legislação que deve ser aplicada na concessão da pensão por morte? é possível a retroação da lei nova mais benéfica? - aplicação da legislação vigente no momento da ocorrência do fato gerador, conforme posição pacífica do STF e Súmula 340 do STJ. 
	 O que o legislador quis dizer com o disposto no artigo 76, §1º, LEI 8.213/91? - discussão quanto à forma correta de interpretação do dispositivo em relação à separação de fato originada de ausência e posterior união estável, em especial a exigência de demonstração de prova de dependência econômica.
	 “(...) mediante prova da dependência econômica.” 
	 interpretação do dispositivo – expressão ausente deve ser interpretada de acordo com o seu sentido técnico. (interpretação mais restritiva possível). [somente no caso de ausência (tratada da forma da legislação civil) que o cônjuge deverá provar da dependência econômica]
	- caso contrário deveria ser reconhecida a inconstitucionalidade do dispositivo.
	 Cotas de pensão [pegar anotações no caderno]
 	- antes de Lei 9.034/95 - 	80% + 10% por dependente até o máximo de 100%.
 	- depois da Lei 9.034/95 -	100%
Questões importantes: 	
 Novo casamento e a pensão por morte - novo casamento não cessa o benefício, caso o novo marido falecer a esposa terá que optar pela pensão mais vantajosa.
	 Concorrência entre esposa e concubina - discussão quanto à existência de direito à pensão por morte por parte da concubina, haveria direito de concorrer como dependente?
 	- STF: entendimento de que a concubina não pode ser considerada como dependente, a cobertura do sistema previdenciário não abrangeria tal figura.
 	- STJ: entendimento que concubina não tem direito à pensão previdenciária em razão do impedimento de um dos companheiros para o casamento não poder caracterizar a união estável.
	 a proteção da lei submete-se ao reconhecimento da união estável, que exige, tal como apregoado pela jurisprudência, que ambos (segurado e companheira) sejam:
		 solteiros, separados (de fato ou judicialmente), divorciados ou viúvos;
		 convivência em uma entidade familiar, ainda que não sob o mesmo teto
	
 Competência para reconhecimento de união estável para fins de recebimento de benefício previdenciário: há entendimento de que o reconhecimento da união estável poderá ser realizado pela Justiça Federal na ação previdenciária, posto que tal análise de daria como questão incidental. Mas há recente entendimento do STJ que, aplicando a Súmula 53 do TRF, entende que compete à Justiça Estadual processar e julgar questões pertinentes ao Direito de Família, ainda que estas objetivem reivindicação de benefícios previdenciários.
	
 Pedido de reconhecimento de condição de dependente (para recebimento de pensão por morte) e a necessidade de participação dos dependentes que já recebem o benefício: é necessário reconhecer interesse processual e sua legitimidade passiva ad causam (art. 3º, CPC).
IMPORTANTE: Apesar da divergência jurisprudencial, é majoritário, inclusive com decisões do STJ e TRF 1, o entendimento no sentido da impossibilidade de recolhimento das contribuições pós mortem em se tratando de contribuinte individual. Tal entendimento restou consolidado pela TNU: Súm. 52 da TNU (18.4.12) - Para fins de concessão de pensão por morte, é incabível a regularização do recolhimento de contribuições de segurado contribuinte individual posteriormente a seu óbito, exceto quando as contribuições devam ser arrecadadas por empresa tomadora de serviços.
 A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é aquela vigente na data do óbito do segurado (súmula 340 do STJ).
6.10 - AUXÍLIO-RECLUSÃO 
- legislação: [art. 201, IV, CF; art. 80, Lei 8.213/91]
- fato gerador:  RECOLHIMENTO À PRISÃO [no REGIME FECHADO, SEMI-ABERTO] OU FEBEM. [internação nos termos do ECA]
- requisitos:
 	1) qualidade de segurado
 	2) qualidade de dependente
 	3) fato gerador: privação da liberdade
 		- independe do crime cometido [já foi objeto de questionamento em concurso]
 		- tipos de prisão reconhecidos como fato gerador do benefício: 
 reclusÃo 
 detençÃo 	
 prisão e sob a custodia do juízo da infância e juventude 
 - tipo de regime:  fechado  semi-aberto 
***atenção*** prisão em regime aberto não permite a percepção do benefício. 
- não é necessário o trânsito em julgado da sentença condenatória. [pode se concedido em razão de prisão processual]
 Prisão civil como fato gerador
 	- doutrina é divergente, não há posicionamento jurisprudencial.
- baixa renda [requisito incluído pela EC 20] (SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO INFERIOR A R$. 915,05) 		- BAIXA RENDA - mesma baixa renda do salário família.
 A BAIXA RENDA É DO SEGURADO OU DO DEPENDENTE? 
 	- a interpretação gramatical não permite identificar [crítica à redação do dispositivo]
 	- posicionamento do STF: segurado. [RE 587365 e RE 486413, 25.03.2009]
 		 a renda a ser considerada para a concessão do auxílio-reclusão de que trata o art. 201, IV, da CF, com a redação que lhe conferiu a EC 20/98, é a do segurado preso e não a de seus dependentes
( não recebimento de: 	
 aposentadoria
 		 REMUNERAÇÃO PELA EMPRESA
 		 AUXÍLIO DOENÇA
 		 ABONO DE PERMANÊNCIA EM SERVIÇO
- renda mensal inicial (RMI) 
 		 100% do valor que o segurado receberia se estivesse aposentado por invalidez.
 			 na prática 100% do salário-de-benefício
		 exceções:  SEGURADO ESPECIAL: receberá 1 SALÁRIO MÍNIMO 
 			  SEGURADO DE BAIXA RENDA: 1 SALÁRIO MÍNIMO.
 				 recolhe 11% ou 5% sobre um salário mínimo [art. 21, §§ 2° e 3°, Lei 8212/91].
- data de início do benefício (DIB)
	 requerimento administrativo no prazo de 30 dias do fg: data do recolhimento à prisão 
 	 requerimento após o prazo de 30 dias: data da entrada do requerimento administrativo (DER).
***atenção*** se for < de 16 anos ou incapaz esse prazo não corre. (a data de início do benefício será a data do recolhimento) 
- NÃO HÁ CARÊNCIA. [art. 26, I, Lei 8.213/91]
 	 não se trata de um evento programável, por isso a inexistência da carência.
- o benefício exige a qualidade de segurado.
- nesse caso não adianta estar aposentado, não é possível acumular tais benefícios. [se for aposentado ficará sem direito ao benefício]
 aposentadoria enquanto tiver preso, e os dependentes estão recebendo o auxílio reclusão – suspensão do auxílio reclusão.
- beneficiários do auxílio reclusão: dependentes previstos nas 3 classes do artigo 16.
 OUTRAS REGRAS
 	1.  pode trabalhar no sistema penitenciário, mas deve contribuir para a previdência social. 
 	- o recluso pode exercer atividade durante a privação da liberdade, com ou sem a intermediação da organização carcerária. Se exercer atividade será qualificado como contribuinteindividual. Não haverá prejuízo o auxílio reclusão.
 	 incapacidade em decorrência da atividade exercida: se quiser receber o auxílio doença terá que atender dois requisitos:
 	a) terá que ser mais vantajoso;
 	b) terá que contar com a concordância do dependente.
 	2. impossibilidade de recebimento do auxílio reclusão se estiver recebendo salário da empresa, auxílio-doença ou aposentadoria.
 	3. FUGA DO PRESO: caso fuja o benefício será suspenso (não há mais fato gerador) e apenas será reativado se, quando da nova prisão, o segurado mantiver a qualidade de segurado.
 	 deve ter sido preso dentro do período de graça (dentro dos 12 meses após a fuga).
	 Fuga - benefício é suspenso, ocorrendo a recaptura o benefício poderá ser reativado, o que ocorrerá se ainda ostentar a qualidade se segurado [período de graça – 12 meses]
	 exercício de atividade enquanto estava solto – o período que exercer a atividade é contado para os fins de manter a qualidade de segurado.
 	4. os beneficiários devem demonstrar, de três em três meses, a permanência do segurado na prisão. 
 	5. MORTE DO PRESO: o benefício se converte automaticamente em pensão por morte. 
 	 não será necessário o requerimento, é automático com a data da morte.
6. A jurisprudência aponta pela necessidade de verificação da qualidade de dependente ao tempo do fato gerador do benefício (prisão), Desta forma, o casamento/união estável após o encarceramento não enseja o reconhecimento da qualidade de dependente.
	7.  O artigo 13 da EC 20/98 é constitucional? Art. 13 - Até que a lei discipline o acesso ao salário-família e auxílio-reclusão para os servidores, segurados e seus dependentes, esses benefícios serão concedidos apenas àqueles que tenham renda bruta mensal igual ou inferior a R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais), que, até a publicação da lei, serão corrigidos pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do regime geral de previdência social.
 	- sim, pois cumpre com o princípio da seletividade. [Jurisprudência E Doutrina Majoritária] 
OU
 	- não, pois os direitos sociais são direitos fundamentais, portanto cláusula pétrea e a emenda aboliu o benefício para parte dos dependentes da previdência social; ademais infringiu a isonomia [posição adotada pelo MPF, e por Marcus Orione (Direito da Seguridade Social)]. 
6.11 - ABONO ANUAL [art. 40, Lei 8.213/91] - trata-se do “13º salário” do beneficiário da previdência social.
 	- valor - corresponde ao valor de dezembro.
 	- benefícios que dão direito ao abono: 
i)aposentadoria; 
ii)Auxílio-doença; 
iii)auxílio-acidente; 
iv)auxílio-reclusão; 	
v)pensão por morte; 
	
	-benefícios que não dão direito ao abono:
 		i)BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA
 		ii)SALÁRIO-FAMÍLIA
 		iii)SEGURO-DESEMPREGO
	
7 - CUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS 
 	 - legislação – [art. 86 E 124 LEI N. 8213/91].
 	-hipóteses nas quais não é possível cumular (salvo direito adquirido):
 		MAIS DE UMA APOSENTADORIA
 		APOSENTADORIA E AUXÍLIO-DOENÇA 
 		APOSENTADORIA E AUXÍLIO-ACIDENTE 
		MAIS DE UMA PENSÃO DE CÔNJUGE OU COMPANHEIRO. 
		MAIS DE UM AUXÍLIO-ACIDENTE.
		SALÁRIO-MATERNIDADE E AUXÍLIO-DOENÇA 
		SEGURO-DESEMPREGO E TODOS OS BENEFÍCIOS (EXCETO PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO-ACIDENTE)
		BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA E TODOS OS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
	QUESTÕES CONTROVERTIDAS
1. A vedação do recebimento conjunto de auxílio-acidente e aposentadoria é constitucional? Jurisprudência majoritária entende que sim.
2. é possível receber de forma cumulativa auxílio-acidente e aposentadoria antes da lei 9528/97? A jurisprudência entende que sim. 
3. É possível a renúncia de auxílio-acidente de valor inferior a um salário mínimo para receber benefício de prestação continuada? - entendo que não. 
4. é possível receber de forma cumulativa mais de uma pensão por morte de cônjuge ou companheiro, de regimes previdenciários diferentes? e aposentadoria? sim. 
 
5. Fere o princípio da isonomia a vedação de recebimento de auxílio-doença e aposentadoria? não (majoritária na doutrina) 
6. é cabível o recebimento de benefício de prestação continuada (loas) e outro benefício assistencial (ex. bolsa família)? sim. 
	
8 – PRESCRIÇÃO e DECADÊNCIA NO RGPS
A prescrição e a decadência no Direito Previdenciário se operam tanto em relação ao custeio (ao direito da Fazenda de lançar – decadência – ou cobrar – prescrição – créditos tributários referentes às contribuições – art. 173 e 174 do CTN – cf. Ponto do Direito Tributário, bem como o art. 253 do Dec. 3.048/99) quanto em relação aos benefícios (ao direito do contribuinte de pretender alterar – decadência – ou de cobrar as diferenças – prescrição – de benefícios previdenciários).�
8.1. ação para revisão do ato de concessão do benefício: 
	-prazo: 10 anos (art. 103, caput)�.
	-termo inicial:
 dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação; ou
 		 do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo.
Obs. IMPORTANTES: 
- O art. 103, caput, sofreu redação da MP 1.523/97, conv. na Lei 9.528/97, MP 1.663-15, conv. na Lei 9.711/98 e MP 138, conv. na Lei 10.839/04. Assim, este prazo de 10 anos somente se aplica para benefícios concedidos após a lei 10.839/2004. Para benefícios concedidos anteriormente, aplica-se o prazo de 5 anos do art. 54 da Lei n. 9.784/99 ante a aplicação do principio tempus regit actum. 
Nesse sentido: “A Lei nº 10.839/04 não tem incidência retroativa, de modo a impor, para os atos praticados antes da sua entrada em vigor, prazo decadencial com termo inicial na data do ato.” (STJ, RESP n.° 540904, Processo n.° 200301057811/RS, 6ª TURMA, DJ 1/7/2005, p. 654, Relator(a) HAMILTON CARVALHIDO, unanimidade). 
E também: “III - Embora a suspensão (11/07/2002) do benefício tenha ocorrido após cinco anos de sua concessão (26/06/1995), não ocorreu a decadência de que trata o artigo 54, da Lei 9.784/99, tampouco a que se refere a Lei 10.839/2004, haja vista o entendimento firmado pelo Egrégio Superior Tribunal de Justiça, através de sua Corte Especial (MS 9.157/DF Rel. Min. Eliana Calmon, em 16/02/2005, informativo nº 235), no sentido de que o termo a quo para o curso do prazo decadencial é a data de vigência da lei (1º de fevereiro de 1999), e não a data de concessão do benefício.” (TRF 2ª REGIÃO, AMS N.° 51438, Processo N.° 200251060023473/RJ, 1ª TURMA ESP., DJU 6/3/2006, P. 285 Relator(a) JUIZ ALUISIO GONCALVES DE CASTRO MENDES, unanimidade); 
- No entanto, há uma nova corrente (PEDILEF 2006.70.50.007063-9/PR, DJ 24.6.2010) que entende haver a decadência para os benefícios anteriores à MP 1.523-9 – 27.6.97, estando tal discussão no STF, em repercussão geral no RE 626.489-SE desde 17.09.2010.
- A introdução de prazo decadência não extingue o direito à concessão, mas somente o direito de REVISAR o ato de concessão, devendo ser interpretado restritamente.
- No entanto, há entendimento de que esse prazo é inconstitucional (cf. Marina Duarte e José A. Savaris, cada um por fundamento diverso).
8.2. ação para reaver prestações vencidas / restituições / diferenças devidas pela previdência social: 
	-prazo: 05 anos (art. 103, p. ú).�
	-termo inicial: o prazo prescricional se renova nas prestações de trato sucessivo (cf. Súm. 85, STJ).
	ressalva no caso em que envolver menor, ABSOLUTAMENTE incapaz ou ausente.
- Quando o menor completa 16 anos começa a correr o prazo prescricional.
8.3. anulação de atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os beneficiários: 
	- prazo: 10 anos (art. 103-a, caput)�.
	- termo inicial: data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
 	- considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato.
	- SÚM. 51 TNU (15/3/12) - Os valores recebidos por força de antecipaçãodos efeitos de tutela, posteriormente revogada em demanda previdenciária, são irrepetíveis em razão da natureza alimentar e da boa-fé no seu recebimento.
8.4. ações relacionadas a acidente do trabalho: 
	- prazo: 05 anos (art. 104, caput)�.
	- termo inicial:  data do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade temporária, verificada esta em perícia médica a cargo da Previdência Social; ou 
 	 data em que for reconhecida pela Previdência Social, a incapacidade permanente ou o agravamento das seqüelas do acidente.
- No caso de cessação do benefício, a suspensão somente cessa quando for julgado definitivamente o recurso contra essa decisão no processo administrativo.
Obras utilizadas
CASTRO, Carlos Alberto Pereira de e LAZZARI, João Batista. Manual de Direito Previdenciário. 14. ed. Florianópolis: Conceito Editorial, 2012.
DUARTE, Marina Vasques. Direito Previdenciário. 3ª ed. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2008.
IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de Direito Previdenciário, 12ª ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Impetus, 2008.
SANTOS, Marisa Ferreira dos. Direito previdenciário esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2011. 
SAVARIS, José Antônio. Direito processual previdenciário. 3ª ed. Curitiba: Juruá, 2011.
SERAU JÚNIOR, Marco Aurélio. Desaposentação. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012.
� Esse é o entendimento da Jurisprudência: A aplicação do art. 24 fica reduzida ao auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e salário-maternidade.
� RISCO X CONTINGÊNCIA ( RISCO: a noção de risco do seguro está ligado à noção de dano, ligado à noção de indenização. Na previdência, nem tudo que gera cobertura se enquadra na noção de dano (ex.: maternidade). CONTINGÊNCIA – fato previsto em lei que gera uma necessidade para o recebimento do benefício.
� “Incapacidade total” poderia gerar a ideia de que seria para toda e qualquer função. No caso é só para a atividade que exercia.
� Art. 475, CLT – contrato de trabalho fica suspenso durante o período, será, então, restabelecido.
� Crítica: nomenclatura – é um benefício decorrente da incapacidade, e não da doença. [a doença não da direito a nada, só a doença incapacitante é que pode gerar o benefício].
� Porque 91%? - os 9 % a menos corresponderia à contribuição devida. Quem está em gozo de auxílio-doença não paga contribuição previdenciária, já que o único benefício previdenciário sobre o qual incide contribuição previdenciária é o salário-maternidade.
� (…) 1. Para a concessão do benefício previdenciário de auxílio-doença o segurado deve ser submetido à perícia médica para comprovação da invalidez para o trabalho. Da mesma forma, para que seja suspenso o benefício concedido, o segurado deverá submeter-se a nova perícia médica, não podendo a autarquia previdenciária suspender aleatoriamente o benefício em cumprimento ao denominado sistema de "alta programada". (…) (AC 0014202-37.2007.4.01.3600/MT, Rel. Desembargadora Federal Ângela Maria Catão Alves, Conv. Juiz Federal Miguel Ângelo De Alvarenga Lopes (conv.), Primeira Turma,e-DJF1 p.66 de 01/06/2010);
(…)1. Para que ocorra a cessação do benefício de auxílio-doença, o segurado deverá submeter-se a nova perícia médica para que seja comprovada a cessação da incapacidade, em respeito ao artigo 62 da Lei 8.213/91, que prescreve que não cessará o benefício até que o segurado seja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência. (…) (AC 200638000155779, JUIZ FEDERAL CLEBERSON JOSÉ ROCHA (CONV.), TRF1 - SEGUNDA TURMA, e-DJF1 DATA:19/07/2012 PAGINA:050.)
(…) 1. Para a concessão do benefício previdenciário de auxílio-doença, o segurado deve ser submetido à perícia médica para definição acerca da incapacidade para o trabalho. Assim, para a cessação do benefício, em razão do princípio do paralelismo das formas, o segurado deve ser submetido a nova perícia médica para comprovação da cessação da incapacidade, numa atuação conforme artigo 62 da Lei 8213/91, que estabelece a continuidade como regra até a reabilitação, que somente pode ser demonstrada por meio de análise pericial. (REOMS 200633000005778, JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONCALVES DE CARVALHO, TRF1 - 2ª TURMA SUPLEMENTAR, e-DJF1 DATA:02/04/2012 PAGINA:248.)
� Em sentido contrário: (…) 1. É ônus dos segurado, caso se considere incapacitado para o exercício de sua atividade laboral, agendar nova perícia junto à autarquia previdenciária a fim de prorrogar seu benefício. Deste modo, prima facie, não há como imputar à autarquia ré ofensa aos princípios da ampla defesa, do contraditório e do devido processo legal. 2. O Decreto nº 5.844/2006, que alterou o artigo 58 do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto no 3.048/1999, ao tratar da alta programada, autoriza o INSS, mediante exame médico-pericial, fixar o prazo que entender suficiente para a recuperação da capacidade laboral do segurado, sendo dispensada a realização de nova perícia. 3. O referido decreto estabeleceu que, caso o prazo estipulado pelo órgão previdenciário se revele insuficiente para recuperação do segurado, este poderá formular pedido de prorrogação, submetendo-se a nova avaliação para analisar se é necessária a continuidade do aludido benefício. Ressalte-se que tal requerimento pode ser feito por meio de ligação telefônica gratuita, no nº. 135, pela internet ou diretamente nos postos do INSS, restando descaracterizada qualquer violação aos princípios informadores do procedimento administrativo. 4. A desídia do segurado não tem condão de impor à autarquia previdenciária a perpetuação do benefício de auxílio doença. (…) (AG 2009.01.00.011573-0/RO, Rel. Desembargador Federal Francisco De Assis Betti, Segunda Turma,e-DJF1 p.145 de 04/12/2009). 
� Cf. Ponto 5, que trata das verbas que não incide contribuição.
�  nomenclatura: benefício que ficou no lugar da antiga aposentadoria por tempo de serviço. Após a EC 20 não se soma mais períodos que não são de contribuição.
� Resolvi manter, em parte, o tópico anterior, reestruturando-o, para melhor compreensão do instituto.
� Extraído do TRF 5- jun/2012, com adaptações.
� Nesse sentido: (…) “II - As funções de direção, coordenação e assessoramento pedagógico integram a carreira do magistério, desde que exercidos, em estabelecimentos de ensino básico, por professores de carreira, excluídos os especialistas em educação, fazendo jus aqueles que as desempenham ao regime especial de aposentadoria estabelecido nos arts. 40, § 5º, e 201, § 8º, da Constituição Federal. STF, ADI 3772, Relator(a):  Min. CARLOS BRITTO, Relator(a) p/ Acórdão:  Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 29/10/2008, DJe-059 DIVULG 26-03-2009 PUBLIC 27-03-2009 REPUBLICAÇÃO: DJe-204 DIVULG 28-10-2009 PUBLIC 29-10-2009 EMENT VOL-02380-01 PP-00080 RTJ VOL-00208-03 PP-00961, h.n.).” Ademais, o art. 56, § 2º, do RPS, passou a prever: Para os fins do disposto no § 1º, considera-se função de magistério a exercida em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as funções de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico.
� Na redação: Art. 201.
REDAÇÃO DA EC 20: (…) § 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidos em lei complementar (EC 20).
REDAÇÃO DA EC 47: § 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. (EC 47).
� EC 20/98: Art. 15 - Até que a lei complementar a que se refere o art.

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