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Resumo de Direito Previdenciário completo

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Direito Previdenciário – Fernando Rubin
Aula 06/08
Final do conteúdo do grau A: Aula 6 – relação jurídica.
Grau A: 17/09 – prova e entrega do bônus (resenha da palestra).
Trabalho: 05/11
Grau B: 26/11
Seguridade Social: Art. 194 CF/88
	Saúde: SUS
	Assistência social: INSS (em torno de 10% dos benefícios)
	Previdência Social: INSS
OBS: O INSS é uma autarquia Federal (não está vinculado ao munícipio ou estado) que paga benefícios previdenciários e assistenciais.
A previdência é a dimensão da seguridade que exige contraprestação.
Previdência Social: Lei 8.213/91
- Tempus regit actum: Aplica a lei vigência ao tempo do fato gerador → direito adquirido.
	Pode ser que a regra de transição seja melhor, aí vale a pena esperar a reforma (depende muito, mas pode ocorrer, então não precisa correr, já que é direito adquirido).
	Se demorar para ir até o INSS, vai perder o tempo de ganhar desde a DER, já que vai ser depois ela. Pode ganhar retroativo desde a DER, no caso.
	Não tem regra que impeça de pedir o benefício que se tem por meio do direito adquirido a qualquer tempo, ainda que perca as parcelas vencidas.
	Do indeferimento, no caso de direito adquirido, tu tem dez anos para entrar judicialmente, senão perde tanto retroativo, quanto futuro.
- Aposentadorias previdenciárias: Têm um longo período de contribuição.
	Aposentadoria por idade
	Aposentadoria por tempo de contribuição
	Aposentadoria especial
- Benefícios por incapacidade:
	Auxílio doença
	Auxílio acidente (ficou com sequela, invalidez parcial – não tem a ver com o acidente de trabalho)
	Aposentadoria por invalidez (quando é com sequela, invalidez total)
- Benefícios aos dependentes:
	Pensão por morte
	Auxílio-reclusão
- Benefícios híbridos:
	Salário maternidade
	Seguro desemprego (quem paga é o ministério do trabalho)
	Salário família
AULA 13/08 – História da seguridade social
a) Marcos mundiais:
	Lei de amparo aos pobres – Inglaterra, 1601 (assistência social)
	Lei de Seguros Sociais – Alemanha, 1883 (previdência)
	Lei Americana: Social Security Act – EUA, 1935 (previdência)
b) No Brasil:
	Lei Eloy Chaves – 1923: ferroviários e segurança para a família também
A previdência nasceu nos ramos empresariais, não como um órgão centralizado e federal. No começo foi descentralizado, por cada ramo profissional.
	Órgão centralizador: INPS – 1966
Era órgão previdenciário, não pagava benefício assistencial.
Ainda, era previdência urbana.
Inamps: o que hoje é o SUS, mas era para quem contribuia e não para todos.
	Constituição Federal de 1988: Estabelece o INSS de um lado, para pagar os benefícios previdenciários e assistenciais, sendo eles urbanos e rurais (sistema centralizado agora – autarquia federal).
	Legislação previdenciária:
1. Constituição Federal
2. Lei 8012/91 (custeio - LC) e Lei 8013/91 (benefícios – LB)
3. Decreto 3048/99
4. Instrução normativa do INSS – in 77/2015
Benefício assistencial: Lei 8742/93: legislação atual assistência social – o benefício assistencial, diversamente do benefício previdenciário, prescinde de contribuição ao sistema; trata-se justamente de amparo aos necessitados (idosos a partir de 65 anos – B88) e incapacitados para o trabalho (de qualquer idade) em razão de deficiência que impeça desenvolver atividade remunerada por pelo menos 2 anos – B87, cujo valor é de 1 salário mínimo, não gerando 13° (abono anual) e pensão por morte. 
Lei 8742/93 – a premissa é a miserabilidade – ¼ do salário mínimo per capita: R$ 250,00 – não está contribuindo pro INSS, por isso requisitos mais rigorosos.
É feita perícia social.
A Lei não prevê custeio, pois não há. Apenas dá a previsão de quais benefícios.
a) Código B87: Além da miserabilidade (perícia social), provar deficiência ou incapacidade provisória, de pelo menos 2 anos (perícia médica/técnica). O paralelo é o auxílio doença (previdenciário).
b) Código B88: Idoso – 65 anos. O paralelo é a aposentadoria por idade (previdenciário).
	O LOAS não gera 13º = abono anual.
	O LOAS não gera pensão por morte, pois é personalíssimo.
	A revisão é de dois em dois anos.
	LOAS é sempre de 1 salário mínimo.
Estudo de casos:
1. Caso 1:
B87 - Doméstica = incapacidade física
Miserabilidade incontroversa = questão resolvida na via administrativa
Questão processual = máximas de experiência (art. 375 CPC)
2. Caso 2:
B87 – Miserabilidade: STF determina que seja avaliado caso a caso (flexibilização)
Pode alegar gastos médicos regulares, caso seja indeferido na via administrativa, como prova para a flexibilização
3. Caso 3:
B87 – Requereu o auxílio doença, todavia não tinha a qualidade de segurada. Assim, tendo o princípio da fungibilidade, concedeu o assistencial. Art. 322, par. 2º – pode ajustar pedido, considerando a boa-fé.
Comparando a complexidade da legislação previdenciária com a assistencial, nota-se visivelmente que a regulamentação da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) é muito menos complexa e disposta em número reduzido de dispositivos. Por certo, para benefícios que exigem contraprestação, a regulamentação do custeio para ulterior possibilidade de saída em beneficio exige sistema de maior complexidade, coesão e organização, o que não se adequa as características do sistema assistencial, em que há mera regulamentação dos requisitos para concessão do benefício, sem qualquer desenvolvimento da rede específica de custeio.
Aula 20/08
Seguridade Social (art. 194 CF/88): Saúde (SUS), Assistência Social (B87 e B88 – não tem contribuições) e Previdência Social (INSS)
	Princípios do Regime Previdenciário:
- Precedência da Fonte de Custeio = contrapartida: Não há benefício sem custeio do sistema; o sistema somente se sustenta se há dinheiro em caixa (contribuições previdenciárias), razão pela qual novo benefício só pode ser criado se há base concreta para financiamento – o que vem determinando o superávit do sistema nos últimos tempos, de acordo com a lógica da contrapartida.
	Filiação obrigatória (quem exerce atividade laboral remunerada = trabalho = contribuição previdenciária); A diferença entre o seguro privado (prêmio) é que este não é obrigatório.
	Contribuições mensais, para manter o vínculo.
	Garantia de salário mínimo = benefício que substitui renda.
	 Não pode contribuir p frente; Não há desconto em aposentadoria, apenas no salário, se ainda trabalha. 
Garantia da impenhorabilidade do salário/benefício – FGTS (caráter alimentar da prestação).
- Diversidade da Base de Financiamento = repartição de riscos: Contribuem para o sistema toda a sociedade (“sociedade política”); o Estado, os empregados e os empregadores – sendo construído modelo com amplo sistema de repartição de riscos. 
	Contribuições feitas pelos empregados, empregadores e o Estado. Ocorre muita inadimplência.
- Equidade na Participação de Custeio = solidariedade contributiva: Cada um contribui com a sua condição, com a sua força econômica. “Justiça” na participação do custeio do sistema (solidariedade contributiva), cabendo a cada ente contribuinte (estado, empregados e empregadores) sustentarem o sistema de acordo com a sua força econômica (ex.: COFINS, CSLL, SAT das empresas e alíquotas diferenciadas dos empregados celetistas em 8%, 9% e 11%, de acordo com o seu potencial econômico mensal).
	8%, 9% e 11% (do teto da previdência e não do salário): alíquotas do empregado.
	5%: alíquota para quem prova miserabilidade (doméstica).
- Orçamento próprio: Orçamento Diferenciado do da União Federal: significa que o orçamento do INSS é próprio, que não tem vínculo com orçamentos de outros integrantes da Fazenda Pública (União Federal, Estados e Municípios). Toda a contribuição previdenciária vai para um cobre único, a fim de que sejam pagos benefícios em dia, inclusive via ordem judicial (PRECATÓRIOS E RPVs).
	Paga suas dívidas ou por Precatório (entra no orçamento do ano que vem – se for até 30 de junho) ou por RPV (abaixo de 60 salários mínimos).
	OBS: 30% (DRU) do que o INSS arrecada vai para o governo, onde pode alocar em qualquer coisa, é a desvinculação(desde 1994).
- Princípio da Universalidade da Cobertura: É objetivo da Previdência abranger o número maior de benefícios e de número maior de beneficiários (contribuintes + dependentes). Cobertura = BENEFÍCIOS; Proteção = BENEFICIÁRIOS.
O maior número possível da cobertura de benefícios para o maior número de beneficiários.
- Princípio da Equivalência de benefícios à população urbana e rural: Consagrado a partir da CF/88, não há discriminação entre benefícios pagos a trabalhadores do campo e da cidade. Fecha-se assim, a partir da Lei Fundamental de 1988, um grande sistema de seguridade social (INSS), urbano e rural, previdenciário e assistencial.
Aula 27/08 – Regimes Previdenciários no Brasil
	Previdência no Brasil: Dividida em Pública e Privada/Complementar; Entre as duas há um teto (R$ 5839,45). Porque hoje a previdência pública trabalha com o conceito de teto, haja vista que não irá pagar mais do que o limite do teto, razão pela qual existe a privada, para complementar.
- Regime Próprio de Previdência Social (RPPS): Servidores Públicos (art. 40 CF), Militares (art. 42 CF) e Magistrados (art. 93 CF).
No Brasil, quem exerce atividade profissional que garanta remuneração só não integra a rede previdenciária a cargo do INSS se por expressa disposição de lei forem excluídos do regime geral. Nesse caso, a exclusão se justifica a partir do momento em que tais profissionais estejam amparados por regime próprio de previdência social. É o caso dos militares e dos servidores públicos, por exemplo, conforme regulamentação do art. 13 da Lei n° 8.212/91.
A grande massa de trabalhadores, de qualquer forma, integra o RGPS, sendo que só farão parte de outro regime público (RPPS) se a lei dispuser nesse sentido; nesse caso específico, o órgão responsável pela concessão de benefícios deixa de ser o INSS, passando a ser constituído distinto órgão próprio de previdência, como é exemplo o IPE (Instituto de Previdência do Estado), para os servidores públicos estaduais.
- Regime Geral de Previdência Social (RGPS): Regime público, de caráter obrigatório, garantidor de benefício mínimo e de caráter alimentar/indisponível (art. 201 CF).
	Pode fazer parte dos dois regimes (desde que não seja facultativo, pois não poderia estar exercendo atividade laboral remunerada), desde que não tenha vedação legal. Art. 13, da Lei 8.012/91, parágrafo 1º.
- Previdência Privada: Previdência complementar à pública e facultativa, nos termos do art. 202 CF c/c Lei Complementar 109/2001. Desenvolvida em razão da existência de um teto para benefícios pagos pela previdência pública. Se subdivide em Entidade Fechada Previdência Complementar (EFPC) – Fundos de Pensão (PETROS, PREVI, FUNCEF); e Entidade Aberta Previdência Complementar (EAPC) – Sociedade Anônima (bancos e seguradoras).
Aos segurados da Previdência que não possuam enquadramento para usufruir dos fundos de pensão (Entidade Fechada de Previdência Complementar – EFPC), alternativa seria utilizar-se dos planos de previdência aberta (Entidade Aberta de Previdência Complementar – EAPC), contratado com bancos e seguradoras, de acorco com as regras de mercado, código civil e disciplina do consumidor.
Dividida em:
		Fechada (para um determinado grupo de empregados de acordo com o que a empresa institui – Previ – Banco do Brasil; Petros – Petrobrás; Postalis – Correio; Aerus - Varing – Fundos de pensão).
	Aberta (para quem quer aderir a alguma -BrasilPrev – Banco do Brasil, bancos, seguradoras).
	É facultativa.
	Autoriza o resgate hoje, diferentemente da pública que não há tal possibilidade e nem o seguro privado. 
	É uma capitalização e é individualizado. 
- Beneficiários do RGPS:
	Segurados obrigatórios: Legislação presume existência remuneração.
	Empregado celetista (CTPS) – quem recolhe é o empregador;
	Empregado doméstico - quem recolhe é o empregador; 
	Trabalhador avulso (não tem um único vínculo) – quem recolhe é o OGMO (órgão gestor de mão de obra);
	Contribuinte individual (autônomo – profissional liberal e empresário – sócio da empresa, MEI, etc) – quem recolhe é ele próprio; Não é subordinado como os demais, inclusive podendo declarar valor menor do que o teto, recebendo menos também, obviamente (não se confunde com fins tributários); Pode pagar retroativo, desde que faça prova da atividade laboral remunerada, entretanto paga com juros, correção monetária e multa, pagando somente depois que PROVAR; Entendimento STJ: não é possível contribuição retroativa pós morte. 
	Segurado especial, só aquele que é trabalhador rural em regime familiar (produtor rural) – quem recolhe é ele próprio; Pode recolher retroativo também. 
	A diferença entre os obrigatórios e os facultativos é a existência do exercício de atividade laboral remunerada para ser obrigatório.
	Tendo mais de uma atividade, o INSS soma até o teto.
 
	Segurados facultativos: Legislação presume inexistência remuneração. (A partir dos 16 anos – idade para trabalhar).
	Desempregado - quem recolhe é ele próprio (pode pagar no máximo os últimos 6 meses atrasados, como exceção);
	Estagiário – não é remuneração, é bolsa auxílio; (A partir dos 16 anos)
	Estudante
	Dona de casa 
	Presidiários 
	Não podem recolher retroativamente. 
	Obs: o síndico sendo remunerado passa a integrar a classe dos segurados obrigatórios – contribuinte individual; não sendo formalmente remunerado seria facultativo.
	Dependentes: Não contribuem para o sistema.
	Auxílio-reclusão
	Pensão por morte
 Classe 1) Cônjuge e filhos até 21 anos/inválidos Classe 2) Pais (provar que depende do filho) Classe 3) Irmãos até 21 anos/inválidos (provar que depende também) 
 Regra 1) Não há prévio rol de dependentes, eles que se declaram após o sinistro Regra 2) Só a classe 1 tem presunção absoluta de dependência econômica Regra 3) Hierarquia de classes, se todos estiverem vivos, recebe só a classe 1 Regra 4) Rateio dentro da classe, divididos em partes iguais Regra 5) Quando um dos dependentes perde o direito a quota, a mesma é incorporada para o outro dependente; Mas, o benefício não passa de uma classe para a outra. 
AULA 10/09 – Correção da atividade 3
1. Filiação/inscrição: ato mediante o qual é firmada a relação jurídica entre segurado e INSS.
a) Segurado obrigatório: É automática ao início da atividade laboral remunerada, considerando o princípio da primazia da realidade. 
b) Segurado facultativo: Filiação mediante inscrição ao sistema e pagamento da primeira contribuição. Necessidade de pleno vínculo formal constituído com o órgão previdenciário.
c) Dependentes: São anunciados ao sistema tão somente no ato de requerimento do benefício, em razão de morte ou prisão do segurado (art. 17, par. 1° Lei n° 8.213/91).
2. Manutenção/Perda da qualidade de segurado	:
	Manutenção: A manutenção da qualidade se dá por meio das contribuições mensais (registradas pelo CNIS) ou pelo gozo do benefício do auxílio-doença (cai na prova!). O auxílio-doença tem uma renda de 91% da média das contribuições que fez, tendo um desconto de 9%, que vai manter a qualidade de segurado do beneficiário, bem como conta tempo de contribuição para aposentadoria. Assim, considera-se também para fins de carência. Auxílio-doença (independe de ser o comum ou o acidentário) não tem prazo determinado. 
É diferente do auxílio-acidente, quando há sequela e redução da capacidade laboral, é uma invalidez parcial (valor de 50%), ele é definitivo, embora seja por conta de uma invalidez parcial. Geralmente se passa antes pelo auxílio-doença, retorna ao trabalho, mas têm sequelas, aí sim o INSS tem de pagar o auxílio-acidente. Pode voltar a exercer a mesma atividade laboral, mas tem que estar provado que a mesma agora exige maior esforço, diminui a produção, etc.
MP 871/2019 – Diz que o auxílio-acidente não mantém a qualidade de segurado, pois não é de natureza salarial, é indenizatório, então tem que seguir contribuindo para o INSS.
	Perda da qualidade: A perda não é automática, considerando que há o período de graça. É um período semcontribuição, mas que segue mantendo o vínculo com o INSS. 
O segurado obrigatório tem período de graça de 12 meses. Ainda, caso tenha 10 anos de contribuição (120 meses), ininterruptos, tem direito a um plus no período de graça, qual seja, de mais 12 meses. Ademais, se provar que é desempregado, tem direito a mais um plus, também de 12 meses. O maior período de graça é de 36 meses.
O segurado facultativo tem período de graça de 6 meses. Ainda, caso tenha 10 anos de contribuição (120 meses), tem direito a um plus no período de graça, qual seja, de mais 12 meses. 
O período de graça não conta tempo para fins previdenciários, pois não há contribuição nesse meio tempo.
Diferentemente, a carência mínima é de 15 anos, para fins de aposentadoria.
AULA 01/01 – Eduardo Mildner
As contribuições sociais possuem natureza jurídica tributária, razão pela qual a sua cobrança é compulsória (posicionamento reiterado do STF).
Filiação é o vínculo jurídico que se estabelece entre a previdência social e as pessoas que fazem contribuições a ela, podendo se dar de forma obrigatória ou facultativa.
Em regra, quem pode se filiar, é todo brasileiro, partir de 16 anos. A pessoa acima de 14 anos pode filiar-se na condição de menor aprendiz.
	A filiação ocorre com o exercício de atividade remunerada, de forma automática e independe de inscrição ou da vontade do trabalhador.
	A inscrição, por outro lado, é ato formal pelo qual o cidadão leva ao conhecimento do INSS seus dados e informações pessoais para efeito de cadastramento. 
	No caso dos segurados facultativos, ele apenas será considerado filiado a partir da sua inscrição formalizada e com o pagamento da primeira contribuição previdenciária.
	Para os segurados obrigatórios, primeiro irá ocorrer a filiação e depois a inscrição, sendo esta feita, no caso do empregado pela empresa; no caso do empregado doméstico, pelo empregador; no caso do trabalhador avulso, pelo sindicato; no caso do segurado especial e do contribuinte individual, pelos próprios. 
Contribuição do empregado – art. 20 da Lei 8.212/91
	Critério material: exercer atividade remunerada.
	Critério temporal: mensal. Momento do recebimento da remuneração. As contribuições são descontadas e retidas pelo empregador e devem ser recolhidas até o dia 20 do mês seguinte ao da competência.
	Critério quantitativo:
	Base de cálculo: salário de contribuição (remuneração auferia em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja sua forma).
	Alíquota:
			Até R$ 1.751,81 = 8%
	De R$ 1.751,82 a R$ 2.919,72 = 9%
	De R$ 2.919,73 a R$ 5.839,45 = 11%
Contribuição do empregado doméstico 
	Critério material: exercer atividade remuneradas.
	Critério temporal: mensal. Momento do recebimento da remuneração. As contribuições descontadas e retidas devem ser recolhidas por iniciativa do empregador até o dia 15 do mês seguinte ao da competência.
	Critério quantitativo:
	Base de cálculo: remuneração registrada na CTPS (art. 28)
	Alíquota:
a) Até R$ 1.751,81 = 8%
b) De R$ 1.751,82 a R$ 2.919,72 = 9%
c) De R$ 2.919,73 a R$ 5.839,45 = 11%
AULA 08/10 – Grau B
Dependentes: pensão por morte (B21), pensão por morte acidentária (B93) e auxílio-reclusão (B25). São os únicos benefícios pagos aos dependentes dos segurados, sejam obrigatórios, sejam facultativos. A pensão por morte é o grande benefício nesse cenário; sendo que o familiar, em especial o núcleo familiar, deve requerer o benefício em até 90 dias do óbito (ou 180 dias no caso da classe I filhos menores de 16 anos), a fim de ter o benefício retroativo a esse marco (sinistro); sendo que com a carta de concessão da pensão por morte pode ainda o familiar liberar o FGTS do segurado falecido, caso tenha este valores depositados no órgão gestor CEF. Por sua vez, o auxílio-reclusão é benefício de baixa renda, pago à família do réu preso; então não é qualquer presidiário evidentemente que terá condições de deixar benefício ao núcleo familiar especialmente; há de ter contribuído, além de estar com a qualidade de segurado mantida, ainda que em razão do período de graça. Também recentemente exigida para o B25 a condição de carência de 2 anos (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019).
Segurados: A) aposentadorias previdenciárias: idade (B41), tempo contribuição (B42) e especial (B46)
As aposentadorias previdenciárias são assim definidas em razão da sua regra de carência – a mais alta do sistema. A aposentadoria por idade exige faixa etária do homem de 65 anos e da mulher de 60 anos (diferenciando-se assim da faixa etária comum do benefício assistencial). A aposentadoria por tempo de contribuição, o grande benefício do sistema, é pago integralmente para quem tenha 35 anos de contribuição, homem, e 30 anos de contribuição, mulher; não há mais idade mínima para se aposentar integral, no entanto foi estabelecido o fator previdenciário pela Lei n° 9876/99: o qual reduz renda justamente de que se aposenta por tempo de contribuição em tenra idade, cabendo o seu afastamento quando da aplicação do modelo 85/95 (Lei n° 13.183/2015). Por sua vez, a aposentadoria especial é requerida geralmente com 25 anos de atividade penosa (insalubre à saúde ou perigosa à vida), como é exemplo a exposição permanente ao ruído.
- Benefícios por incapacidade: auxílio doença – acidentário (B91) e previdenciário (B31); auxílio-acidente – acidentário (B94) e previdenciário (B36); e aposentadoria por invalidez – acidentária (B92) e previdenciária (B32).
No micro-clima do direito infortunístico temos benefícios de natureza acidentária ou não acidentária (previdenciária), importando se são ou não relacionados ao ambiente laboral. No mais, o auxílio-doença é o grande benefício (porta de entrada dos benefícios por incapacidade), sendo pago quando de incapacidade provisória e permanente; o auxílio-acidente é pago quando restar definitiva invalidez parcial para atividade profissional e, por fim, a aposentadoria por invalidez é o denominado benefício máximo por incapacidade quando restar definitiva invalidez total para atividade profissional. Temos aqui ambiente mais propício para a intervenção das regras do pente fino, conforme MP 871 convertida na Lei n°13.846/2019.
- Benefícios residuais do art. 7° CF/88 (“benefícios híbridos”): salário-maternidade, salário-família, seguro-desemprego.
Aos benefícios desse grupo sequer são identificados códigos, já que não são pagos diretamente pelo INSS; sendo pagos, respectivamente, pela empresa, empresa e ministério do trabalho. O salário maternidade tem prazo obrigatório de 4 meses, pago ao empregado celetista diretamente pela empresa, sendo que ao final do mês a empresa compensa crédito com o INSS; da mesma forma se dá com o salário-família pago por filho de empregado com até 14 anos, em razão de suas atividades escolares, a fim de servir para estímulo educacional. Por fim, o seguro-desemprego pago em razão exclusiva de desligamento sem justa causa do empregado, sendo que o segurado pode permanecer por até 5 meses em gozo da benesse, dependendo do tempo do último contrato de trabalho firmado.
O destaque desse grupo ainda fica, ao final e ao cabo, com o salário-maternidade. Em síntese, no grupo das aposentadorias previdenciárias o futuro projeta uma unificação da aposentadoria por idade com tempo de contribuição; nos benefícios por incapacidade, o futuro projeta uma aproximação dos conceitos de incapacidade provisória e definitiva, com ênfase na concessão administrativa do auxílio-doença; por fim, destaque aos Benefícios de proteção à família e à maternidade: pensão por morte B21 e salário-maternidade B80.
- Reabilitação Profissional: serviço principal do INSS, embutido no benefício auxílio-doença – casos mais graves de segurados “encostados” que precisam de certo auxílio do sistema antes de retornarem ao mercado de trabalho; o que se dará em um Centro de Reabilitação Profissional (CRP/INSS). Geralmente para trabalharemem função diversa da originária, o que abre espaço para o deferimento a partir do auxílio-acidente, forte no art. 86, par. 2° da Lei n° 8.213/91. A reabilitação é encerrada mediante alta do auxílio-doença e concessão de um CERTIFICADO, baseado em uma Ficha de Potencial Laborativo do obreiro.
Requisitos para benefícios previdenciários: Valem sempre.
1. Qualidade de segurado
2. Carência
3. Requisitos específicos legais (do benefício) 
4. Não ter cumulação de benefícios 
5. Culpa/Dolo (não existe esse elemento – não se trabalha)
Carência: Período mínimo de contribuição para gozo do benefício PREVIDENCIÁRIO (o assistencial não tem contribuição). Número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus a um determinado benefício (art. 24, caput Lei n° 8.213/91).
a) Carência Zero (mas tem que ter qualidade): 
	Benefícios por incapacidade acidentários - Não pode ser aposentado (iria romper o item 4)
	Pensões por morte
b) Carência de 12 meses:
	Benefícios por incapacidade comuns e aposentadoria por invalidez, salvo doenças terminais (câncer, HIV, cardiopatia grave – aí ficam carência zero)
c) Carência de 24 meses:
	Auxílio-reclusão (para regime fechado só) – Lei 13. 846/2019, antes era carência zero
d) Carência de 180 meses – tradicional:
	Aposentadoria previdenciárias (aposentadoria por idade (B41 – 60 e 65 anos – não precisa ser simultaneamente), por tempo de contribuição (B42) e aposentadoria especial (B46)) 
Recuperação da qualidade de segurado e carência:
Carência e perda da qualidade de segurado (art. 24, par. único Lei 8.213/91): a partir da ‘nova filiação’ ao sistema – necessidade de contribuições em um mínimo de 1/2 do número de contribuições exigidas para cumprimento carência tradicional do benefício (ex.: auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez previdenciária – somente após 6 meses de contribuição após ‘nova filiação’ o segurado poderá requerer benefício junto a uma agência do INSS). Há várias MPs, como a de n° 767/2017, que procuram romper com essa tradição, a fim de que caso haja perda de qualidade tenha o segurado que cumprir a carência cheia para voltar a ter direitos; no entanto, a redação final foi determinada pela Lei n° 13.846/2019.
a) Benefício por incapacidade comum: Lei 13.846/2019 – Tem que cumprir metade agora da carência originária (6 meses). Originariamente, era 1/3 (4 meses).
Aposentadoria por Tempo de Contribuição: B42 – 180 meses = 15 anos de carência + idade.
Regra geral: Para ter direito à aposentadoria integral, o trabalhador homem deve comprovar pelo menos 35 anos de contribuição e a trabalhadora mulher, 30 anos. Para ter direito à aposentadoria integral é ainda necessário o cumprimento do período de carência, que corresponde ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o segurado faça jus ao benefício: os inscritos a partir de 25 de julho de 1991 devem ter, pelo menos, 180 contribuições mensais. Em relação aos professores, “pó de giz” (ou seja, trabalho em sala de aula), do ensino infantil, fundamental e médio (portanto: não universitário), o período de idade cai 5 anos (súmula 726 STF). Já a aposentadoria proporcional deixou de existir (só será solicitada pelos segurados do RGPS em período anterior a 16 de dezembro de 1998 atendendo a algumas regras transitórias).
- Valor: 100% Salário Benefício X Fator Previdenciário, ressalvada a aplicação da fórmula 85/95 (em que é excluída a aplicação do fator previdenciário).
Há possibilidade de concessão de aposentadoria sem fator previdenciário, no caso de comprovação de deficiência. O B42 da pessoa com deficiência trata-se de benefício aprovado pela novel Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013, que incluiu novas regras relacionadas à redução do tempo de contribuição para a concessão de Aposentadoria por Tempo de Contribuição da Pessoa com Deficiência.
Conforme dados confirmados pela própria Previdência Social, tem direito o segurado empregado, inclusive o doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual e facultativo, e ainda aos segurados especiais que contribuam facultativamente, observadas as seguintes condições: I - aos 25 (vinte e cinco) anos de tempo de contribuição na condição de deficiente, se homem, e 20 (vinte) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave; II - aos 29 (vinte e nove) anos de tempo de contribuição na condição de deficiente, se homem, e 24 (vinte e quatro) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência moderada; III - aos 33 (trinta e três) anos de tempo de contribuição na condição de deficiente, se homem, e 28 (vinte e oito) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve; IV- carência de 180 meses de contribuição; e V- comprovação da condição de pessoa com deficiência na data da entrada do requerimento ou na da implementação dos requisitos para o benefício.
	Homem: 35 anos
	Mulher: 30 anos
- Composição do B42: Imaginando-se que o empregado celetista (segurado obrigatório “padrão” do RGPS) tenha a necessidade de requisitar outros períodos para fins de completar o tempo de contribuição, pode-se admitir notadamente o seguinte:
a) Tempo rural – tempo fictício (remotamente): sem contribuição (sem pagar – até 1991), pois não tinha previsão em lei, após, tem que pagar. 
Averbação do período trabalhado, em ambiente rural e para a própria subsistência, antes da entrada em vigor da Lei n° 8.213/91, sem necessidade de contribuição ao sistema; necessário início de prova documental, além de prova oral a respeito (súmula 149 STJ); idade mínima: 12 anos, levando-se em conta a previsão da CF/69. Importante ainda a ressalva consolidada pela súmula 24 da TNU: “o tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior ao advento da Lei n° 8.213/91, sem o recolhimento de contribuições previdenciárias, pode ser considerado para a concessão de benefício previdenciário do RGPS, exceto para efeito de carência, cf. a regra do art. 55, par. 2° da Lei n° 8.213/91”.
	Homens: No máximo pode averbar 20 anos de rural
	Mulheres: No máximo pode averbar 15 anos de rural
	A partir dos 12 anos pode ser considerado, considerando a CF de 67 (depois da CF/88, averba a partir dos 14 anos)
	Pode ir averbando já antes de pedir a aposentadoria
	Prova com documentos, testemunhas
b) Tempo especial – tempo fictício: conversão de tempo especial em comum.
Tempo permanente do obreiro em atividades insalubres ou perigosas, cf. previsão do art. 70 Decreto n° 3.048/99. Possível a conversão do tempo de trabalho especial em tempo comum, sendo que nos casos de exposição a ruído (acima 85dB) – hipótese típica de aposentadoria especial com 25 anos de contribuição – a regra legal para conversão do tempo especial em comum é a seguinte: Homem – 1,4dia; Mulher – 1,2dia.
	Para homens: 1,4 dia o tempo = 40%
	Para mulher: 1,2 dia o tempo = 20%
	Pode ir averbando já antes de pedir a aposentadoria
	Se o PPP estiver “maquiado”, tem que pedir retificação na Justiça do Trabalho
c) Outros regimes – trazer o tempo que contribuiu no RPPS.
Período em que o trabalhador laborou como servidor público (regime estatutário) pode ser usado para a aposentadoria no RGPS, desde que tenha tempo puro efetivo de trabalho e contribuição para a previdência própria. Previsão: art. 201, par. 9° CF/88 c/c art. 96 Lei n° 8.213/91. 
d) Benefícios por incapacidade – usar o tempo de gozo do benefício: conta para contribuição.
Período em que o segurado permaneça “encostado” no INSS conta para tempo de serviço, indepedente de ser acidentário ou não o benefício provisório (B31/B91), já que há na mesma forma uma espécie de desconto embutido de 9% salário-benefício.
	Aposentadoria por invalidez – não conta para carência
	Auxílio-doença – conta para carência
e) Contribuições individuais (pode recolher retroativo – pois pode produzir prova da atividade laboral remunerada lícita)/facultativo (não tem como fazer prova da atividade remunerada). Período como autônomo/empresário (contribuinte individual) / facultativo: nessa hipótese necessário o custeio para a previdência,cabendo aplicação da seguinte fórmula – CP: SC X A%, em que a alíquota normalmente varia de 5 a 20%.
Discussão de idade – após fechar o tempo de contribuição: 
	Binômio 96/86 = aposenta 100%
	Homens: 96 anos ao total (61 anos de idade)
	Mulheres: 86 anos ao total (56 anos de idade)
	Fator previdenciário: Quando tem abaixo das idades (61 e 56 anos) = reduz o valor
Observação: Aposentadoria do deficiente: Lei Complementar 142/13
	Leve
	Moderado
	Grave 
	Não tem fator previdenciário e tempo de contribuição menor (em razão da deficiência) = ganha benefício de 100%
Depois, vai ser um benefício híbrido, sendo juntada a idade com o tempo de contribuição.
Art. 322, par. 2º do CPC
AULA 15/10 – Benefícios por incapacidade
 
a) Auxílio-doença: Benefício provisório, incapacidade total, MP 739 (Lei 12.457/2017) o prazo é de 120 dias de afastamento (presunção de incapacidade) e reabilitação profissional, se o perito ou o juiz não fixarem a data de alta; A saída seria o magistrado deferir o benefício e já indicar a reabilitação profissional. 
Obviamente, tem que pedir prorrogação (interesse processual daí – pretensão resistida). Não tem mais necessidade do pedido de reconsideração.
A reabilitação profissional é somente em casos mais graves dos auxílios-doença. 
	RMI: 91% salário-benefício e parcelas vencidas devidas, mesmo que segurado em serviço – mantém a qualidade nesse período em razão do desconto de 9%.
	Recebe mesmo estando em serviço considerando que demora para julgar (como nos casos de apelação) e a parte acaba tendo que retornar pro trabalho, mesmo incapaz, porque não tem dinheiro e teve a tutela revogada/indeferida e corrigida muito tempo depois.
	Tutela provisória de urgência e ou de evidência e a responsabilidade do artigo 302 do CPC – responsabilidade objetiva. Caso seja concedida e o perito diga que não é incapaz, teria que devolver os valores, quando o juiz revogasse a tutela. Essa é a discussão, se teria que devolver no campo social também e tem que devolver, mesmo que seja de caráter alimentar. Enunciado 692 STJ – TRF4 afasta em alguns casos: benefício assistencial (de um salário mínimo). Tutela tem que ser confirmada em sentença, sob pena de ser aplicado o artigo já citado. 
	O juiz não pode revogar e nem deferir de ofício, nem pode ter um pré-julgamento da causa. Deve dar vistas para as partes, a fim de formar o contraditório. 
Perícia médica: “A perícia médica realizada pelo INSS possui o caráter público da presunção de legitimidade e só pode ser afastada por vigorosa prova em sentido contrário, o que ocorre quando a incapacidade é comprovada por atestados médicos particulares expedidos por especialistas, em número superior aos que efetivaram a perícia administrativa, situação na qual é admissível afastar a conclusão administrativa.”
Art. 59 da Lei nº 8.213/91 - § 3. O segurado em gozo de auxílio-doença na data do recolhimento à prisão terá o benefício suspenso.
Súmula 53 – TNU (juizado especial somente, comum não) - “Não há direito a auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez quando a incapacidade para o trabalho é preexistente ao reingresso do segurado no Regime Geral de Previdência Social.”
Doenças terminais é carência zero = rol exemplificativo, pode tentar argumentar. 
Perda da qualidade e recuperação da carência: Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez, de salário-maternidade e de auxílio-reclusão... é metade da carência! E não mais 1/3.
Reafirmação da DER: Comprovado o início da incapacidade laborativa em data posterior ao requerimento administrativo (DER), cabe fixar a data... Pode fixar a incapacidade depois da DER, não devendo as parcelas vencidas (mesmo sem novo pedido administrativo).
	Cognição sumária: Na tutela provisória.
	Cognição exauriente: Quando da prolação da sentença. 
b) Auxílio-acidente: Natureza previdenciária (B36); Natureza acidentária (B94).
	Benefício definitivo, incapacidade parcial, mas com limitação de beneficiários (com acréscimo do doméstico). Ainda não é deferido para o contribuinte individual, pois é difícil de provar que sofreu limitação de fato.
	Natureza indenizatória da prestação e manutenção da qualidade de segurado. 
	RMI: 50% salário-benefício. 
	Ele não mantém a qualidade de segurado, pois só complementa a renda. Ele não tem contribuição vinculada. MP 871. Se manteve a qualidade de segurado, é porque tem outra renda. 
	Pode ser inferior a um salário mínimo.
	Revisão do ato de indeferimento, cancelamento ou cessação do benefício na via administrativa: 10 anos (decadência), mas só vai receber dos últimos 5 anos no máximo (prescrição?). MP 871
	Revisão do pente fino afasta os segurados a partir de 60 anos.
	Desconto benefício: Valor que não exceda de 30% da sua importância (exemplo: se recebeu em tutela que foi revogada e ficou devendo então)
	Art. 336. Quando o segurado em gozo de auxílio-acidente fizer jus a um novo auxílio-acidente, em decorrência de outro acidente ou de doença, serão comparadas as rendas mensais dos dois benefícios e mantido o benefício mais vantajoso. Pode tentar aposentadoria por invalidez também. 
	Art. 338. O auxílio-acidente será suspenso quando da concessão ou da reabertura do auxílio-doença, em razão do mesmo acidente ou de doença que lhe tenha dado origem, observado o disposto no § 3º do art. 75 do RPS. § 1º O auxílio-acidente suspenso será restabelecido após a cessação do auxílio-doença concedido ou reaberto, salvo se concedida ao segurado benefício de aposentadoria subsequente ao auxílio-doença, e ressalvadas as hipóteses de acumulação. § 2º O auxílio-acidente suspenso, na forma do caput, será cessado se concedida aposentadoria, salvo nos casos em que é permitida a acumulação, observado o disposto no art. 175. 
	O auxílio-acidente será suspenso (só pode suspender pq ele é definitivo, não pode cancelar) quando da concessão ou da reabertura do auxílio-doença, em razão do mesmo acidente ou de doença que lhe tenha dado origem. Não pode cumular dois benefícios pelo mesmo problema de saúde. 
	B36 – Exemplo: Celetista, doméstico e segurado especial que podem, tem que ter incapacidade parcial na atividade que exercia anteriormente – o acidente não precisa ser dentro do trabalho 
AULA 22/10 – faltei
 Benefícios por incapacidade: 	 Auxílio-doença = B31 (não acidente 
	 Auxílio-doença = B91 (acidente de trabalho) 
	 Auxílio acidente = B36 
	 Auxílio acidente = B94 (no ambiente de trabalho) 
	 Aposentadoria por invalidez = B32 
1. B31 – auxílio-doença previdenciário comum:
	12 meses de carência
	Concedido após o 15º dia de afastamento; não tem nexo com a atividade exercida
	DCB – 45 dias (sem FGTS e sem estabilidade
	Valor de 91%
	Pode contar p aposentadoria especial – tem igual RMI e infortúnio)
2. B91 – auxílio-doença decorrente de acidente de trabalho (ou doença ocupacional)
	É obrigatoriamente relacionado com a atividade que o segurado exerce
	DCB – 120 dias (se não fixada outra pelo juiz)
	Não exige carência (zero)
	Gera estabilidade no emprego, FGTS
	Desconto de 9%
3. B36 – auxílio-acidente de qualquer natureza (origem previdenciária) 
	Sequela não laboral
	Ex: acidente de trânsito – sequela definitiva e parcial: 1º recebe o B31, e depois dessa alta, passa a receber o B36 – benefício cessa com aposentadoria ou morte, caso contrário é vitalício
4. B94 – auxílio-acidente do trabalho, diretamente relacionado com a atividade exercida
	Sequela laboral
	DCB – concessão de aposentadoria ou morte, caso contrário é vitalício
5. B32 – aposentadoria por invalidez: invalidez total
	Incapaz para o trabalho e sem possibilidade de reabilitação para exercício da atividade que lhe garanta subsistência
	Carência 12 meses
	Doenças terminais, câncer
	100% aproveitamento, reforma quer baixar para 60%
6. B92 – aposentadoria por invalidez acidentária
	Carência zero
	100% aproveitamento
Aposentadoria por invalidez: 
	B32 (previdenciário) e B92 (acidentária)Benefício definitivo, incapacidade total (cessa com a concessão de alguma aposentadoria ou morte)
	Carência – B32 (12 meses), B92 (carência zero)
	Artigo 42, Lei 8.213/91: Prova pericial = Preponderância de provas (regra do processo civil p ganhar o processo. Regra do ônus da prova, caso for 5x5 (provas apresentadas) juiz pode julgar improcedente por falta de preponderância de provas
	Art. 43: Parágrafo 4º e 5º (pessoa com HIV é dispensada de avaliação – não há dispensa p pessoas com câncer e outras doenças
AULA 29/10 – Módulo de Acidentes de trabalho
- Acidentes de trabalho:
Espécies: (a) acidente típico/tipo; (b) acidente de trajeto; (c) doença ocupacional – dentre as quais se destacam os quadros de LER/DORT, PAIR E DEPRESSÃO. Há possibilidade de quadros múltiplos ocupacionais, inclusive estando relacionado o quadro psíquico com o quadro ortopédico – sendo que tal circunstância já está devidamente assentada em norma legal (Instrução Normativa INSS 98/2003). O reconhecimento da NATUREZA ACIDENTÁRIA garante ao obreiro o direito ao depósito do FGTS pelo empregador (por todo o período em que ficar em gozo do auxílio-doença) e a estabilidade provisória no emprego (de um ano após retorno do gozo do benefício).
Caracterização do nexo causal: (a) CAT: a Comunicação de Acidente de Trabalho deve ser emitida pela empresa ou, na sua ausência, pode também eventualmente ser emitida, dentre outros, pelo sindicato da categoria profissional, pela Delegacia Regional do Trabalho e pelo próprio médico do trabalho que vem acompanhando o quadro clínico do obreiro – sendo que a legitimidade múltipla é autorizada pelo art. 22, par. 2° Lei 8.213/91; (b) TEORIA DAS CONCAUSALIDADES: para fins de reconhecimento da natureza acidentária da incapacidade basta que o ambiente de trabalho tenha sido um fator importante para o desenvolvimento ou agravamento do quadro clínico, não precisando, portanto, ser fator exclusivo para o infortúnio – sendo que a teoria encontra arrimo legal no art. 21, I Lei 8.213/91 e vale para as doenças ocupacionais; (c) NTEP: a existência do Nexo Técnico Epidemiológico, a partir de alteração legal de 2006, criou a figura da presunção legal a respeito da relação entre a moléstia e o trabalho desenvolvido (a partir do confronto do CID – Código Internacional de Doenças com o CNAE – Cadastro Nacional de Atividades Empresariais), sendo forjada a presunção relativa, por ex., de que bancário com problemas ortopédicos possui quadro ocupacional de LER/DORT – a presunção, cf. art. 21-A Lei 8.213/91 vale para as doenças profissionais e admite prova em contrário (é juris tantum), cabendo à empresa protocolar junto ao órgão previdenciário pedido de contestação do nexo causal, o qual será julgado na via administrativa.
Competência em matéria acidentária: de acordo com o art. 7°,XXVIII CF/88, um mesmo acidente de trabalho pode redundar em (a) ação acidentária contra o INSS – J. Estadual (em Porto Alegre – VARA DE ACIDENTE DE TRABALHO); (b) ação reparação de dano contra a EMPRESA – J. Trabalho (em Porto Alegre – 30ª VARA TRABALHO). As demandas são autônomas, inclusive processadas em vias jurisdicionais diversas; no entanto, viável a utilização de material de uma ação na outra, sendo que tal material é acolhido como prova documental (pré-constituída) e não propriamente como prova emprestada (já que produzida sem a presença de todas as partes envolvidas em contraditório). 
Procedimento acidentário: (a) Petição inicial: contendo a prova documental do segurado, especialmente laudos médicos, e os pedidos fundamentais em lide acidentária – conversão B31 em B91 e/ou manutenção do benefício provisório ou concessão de um benefício definitivo (B92 ou B94); (b) contestação: matéria de defesa do INSS, com a juntada do processo administrativo; (c) fase instrutória com prova pericial (o grande momento do processo, a respeito de todas as questões controvertidas) e prova oral (oitiva de testemunhas, colegas de empresa, para fins de reconhecimento do nexo causal tão somente); (d) fase decisória com prolação de sentença de mérito (definitiva), que pode conceder coisa além/diversa da pedida, não se aplicando excepcionalmente os fenômenos da nulidade por ultra/extra petita em face da fungibilidade dos quadros.
	Espécies de acidentes de trabalho: Acidente típico, acidente trajeto e doenças ocupacionais.
Acidente típico: Que tem o momento exato para acontecer, local exato para acontecer. Lesões, fraturas (CAT para comunicar e especificar o acidente)
Acidente de trajeto: Acidente no deslocamento, in itinere
Doenças ocupacionais: Se desenvolve com o passar do tempo, não é um momento exato, se desenvolve em razão de agentes. Pode ser doença do trabalho (situações especiais que desencadearam a doença - trabalhador) ou doença profissional (envolve o risco da atividade – ntep – ver se condiz com a atividade exercida de fato – perito do INSS não tem ingerência daí – empresa que tem que provar que não é doença)
	Benefício acidentário: Estabilidade provisória relativa e depósitos do FGTS (o valor do benefício é igual, não é essa a vantagem e sim a estabilidade e o FGTS)
	Caracterização do nexo causal: CAT, ASO, PPP, Teoria das Concausalidades e NTEP (nexo técnico epidemiológico – presumido mas é relativo – empresa de manifesta – só é para as doenças profissionais)
Teoria das concausalidades (para ambas as doenças – profissionais ou do trabalho): Nenhuma doença ocupacional é 100% do trabalho, tem também lado pessoal (predisposição). Mas o ambiente do trabalho é uma das causas, não importando se é o principal (para fins previdenciários)
	Ação acidentária, ação reparação de danos, ação de seguro privado e ação regressiva diante da prova emprestada – art. 372 CPC
Ação acidentária: Ação clássica
	Autor: Segurado
	Réu: INSS
	Competência: Justiça Estadual (originária) – TJRS em recurso
	Objeto: Benefício acidentário
Lei 13.876/2019 – acabando com a competência delegada – tema TCC (inviabiliza o acesso à justiça)
Ação de reparação de danos:
	Autor: Segurado (reclamante)
	Réu: Empregador
	Competência: Justiça do Trabalho
	Objeto: Indenização por danos morais e materiais
Ação de seguro privado:
	Autor: Segurado
	Réu: Seguradora privada
	Competência: Justiça Estadual (vara cível)
	Objeto: Apólice 
Ação regressiva: Em dolo ou culpa grave do empregador
	Autor: INSS
	Réu: Empregador
	Competência: Justiça Federal (em razão de ser o INSS)
	Objeto: Devolução de valores (restituição)
Prova emprestada: lícita – art. 372 CPC
Reabilitação profissional:
	Direito previsto no art. 62 Lei 8.213/91
	É um serviço, está relacionado com algum benefício (embutido no auxílio-doença), em casos mais graves de incapacidade provisória (já está estourado)
	Diferença entre a reabilitação preventiva realizada pelo empregador: A empresa antes do segurado sair em benefício, troca ele de função (o que pode fazer com que ele não estoure)
	Conclusão: Certificado do Centro de Reabilitação Profissional
	A reabilitação e a relativização do princípio da adstrição – art. 322, par. 2º, CPC
	São estabelecidas restrições ao sujeito, mediante certificado (diz o que a pessoa não pode fazer) – restrição física ou psíquica
	Se não resolve com reabilitação profissional, a pessoa é encaminhada para alguma aposentadoria
Tema 810 STF – Diferença de índices – TR: Aplica-se o IPCA-E; TR foi julgado inconstitucional. 
Prazo da rescisória é de 2 anos do trânsito em julgado da decisão que decidiu no STF (art. 515, par. 14º, CPC) – Prazo desse: 02/10/2021 – tema decidido em 03/10/2019
Continuação slides (tá deslocado)
Aposentadoria por invalidez:
	Natureza previdenciária (B32); natureza acidentária (B92);
	Benefício definitivo, incapacidade total e os critérios subjetivos para concessão;
	Regras de carência diferenciada e a questão da conversão em pensão por morte;
	Hipótese excepcional de RMI 125% salário-benefício e extensão a outros benefícios.
TNU entende que adicional de 25% é aplicável a aposentados quando comprovada a necessidade de assistênciapermanente de terceiros: Paradigma Histórico Processo nº 5000890-49.2014.4.04.7133
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
Art. 43. A aposentadoria por invalidez será devida a partir do dia imediato ao da cessação do auxílio-doença, ressalvado o disposto nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo.
Artigo 43
§ 4º O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria, concedida judicial ou administrativamente, observado o disposto no art. 101.
Art. 43
§ 5º A pessoa com HIV/aids é dispensada da avaliação referida no § 4º deste artigo. 
Benefícios por incapacidade e efeitos trabalhistas:
	Atestado médico e interrupção do contrato de trabalho;
	Auxílio-doença e suspensão do contrato de trabalho;
	Alta do benefício previdenciário e retorno ao trabalho sob pena de configuração de abandono de emprego;
	Estabilidade do acidente de trabalho quando da transformação do B91 em B92 revertido administrativamente;
	Estabilidade do acidente de trabalho ocorrido após concessão de aposentadoria previdenciária;
	Aposentadoria por invalidez e suspensão do contrato de trabalho;
	Manutenção do plano de saúde no período de suspensão do contrato de trabalho;
	Concessão do auxílio-acidente e plena vigência do contrato de trabalho
AULA 12/11 – Renda Mensal Inicial
Salário de contribuição: Remuneração mensal trabalhista (limitada ao teto previdenciário)
	Não se confunde com as parcelas indenizatórias (vale alimentação, transporte, etc), que não sofrem desconto previdenciário (e nem imposto de renda) e nem geram benefícios depois
	Contribuição previdenciária: Salário de contribuição X Alíquota % (Lei 8.212/91 – de custeio)
Corresponde à remuneração trabalhista do empregado (art. 201, § 11° CF/88), respeitado o teto previsto pelo órgão previdenciário (“limite máximo do salário-contribuição”). A partir da MP 871/2019, autoriza-se a soma dos salários de contribuição do segurado em caso de realização de atividades concomitantes, até o teto RGPS.
* Não se confunde o Salário-Contribuição com a Contribuição-Previdenciária, a qual é obtida mediante a seguinte fórmula: CP = SC X A% (segurado empregado, doméstico e avulso = 8%, 9%, ou 11%; contribuinte individual (empresário/autônomo) = 20%, salvo regras especiais envolvendo alíquota menor (como a de 5% para a dona de casa de baixa renda – Lei 12.470/11). Pela nova Previdência, as alíquotas são ajustadas para fins de melhor aplicação do princípio da equidade na participação do custeio.
Salário de benefício: É a média aritmética dos salários de contribuição – 80% dos salários maiores (descarte de 20% dos menores salários - sem a PEC, com a PEC é a média de tudo)
Obtido pela média aritmética simples dos salários-contribuição, integrando o cálculo 80% das maiores contribuições de todo o período – corrigidos, mês a mês, de acordo com a variação integral do INPC, calculado pelo IBGE. É multiplicado pelo Fator Previdenciário (FP) na hipótese de aposentadoria por tempo de contribuição (B42), o qual leva em consideração: a) tempo serviço, b) idade e c) tempo de sobrevida, de acordo com o IBGE – salvo aplicação da fórmula 85/95 em que não há aplicação do fator previdenciário negativo. Pela Nova Previdência a grande questão é a inclusão dos 20% menores salários de contribuição no cálculo, o que tende a diminuir o valor do benefício.
Renda Mensal Inicial: RMI = Salário de benefício (média) X por um coeficiente % (100% hoje, na reforma: 60%) (Lei 8.213/91 – de benefício)
	RMI mais baixa do sistema: 50% do salário de benefício (do auxílio-acidente)
	RMI mais alta do sistema: 125% do salário de benefício (aposentadoria por invalidez pois precisa de terceiro para ajudar nas atividades – adicional de 25%)
Corresponde a cifra do benefício implementado a favor do segurado, obtida mediante a seguinte fórmula: RMI: SB X COEFICIENTE (auxílio-doença: 91%; auxílio-acidente: 50%; aposentadoria por idade: 70% homem com 65 anos + 1% a cada ano computado de contribuição; demais casos a regra é coeficiente 100%: pensão por morte, aposentadoria por invalidez, aposentadoria especial, aposentadoria tempo contribuição homem com 35 anos contribuição). A RMI não pode ser inferior ao salário mínimo (salvo auxílio-acidente) e nem superior ao teto do salário-contribuição (salvo aposentadoria por invalidez – acréscimo 25% para auxílio-terceiro; e salário-maternidade – remuneração integral do último mês trabalhado).Observação oportuna: Cabe à Lei 8.212/91 (LC) bem regulamentar o salário-contribuição e cabe à Lei 8.213/91 (LB) a regulamentação do salário-benefício e renda mensal inicial. Pela Nova Previdência, a RMI básica é de 60% do salário benefício, mais 2% a cada ano de contribuição; são benefícios de 100% a aposentadoria por invalidez acidentária e a pensão por morte quando envolver filho inválido.
Prazo para revisar o RMI – Prazo decadencial de 10 anos para buscar a revisão, mas retroage apenas nos últimos 5 anos (prazo prescricional – “judicial”); Quando tem ação trabalhista, suspende o prazo decadencial (tem a ver com omissão do segurado) até a data do recolhimento do INSS na justiça do trabalho, logo, pode pleitear a revisão – são matérias de ordem pública, podem ser reconhecidas a qualquer tempo e de ofício
- Prazo prescricional previdenciário: prescrição parcial e não total (não se fala, portanto, em perda do fundo do direito). Perda de parcelas do benefício anterior ao qüinqüênio do requerimento judicial. Próprio para aplicação em benefícios por incapacidade, inclusive os acidentários. Aplicação da Súmula 85 STJ: "Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda Pública figure como devedora, quando não tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do qüinqüênio anterior à propositura da ação".
- Prazo decadencial previdenciário: situação menos comum quando comparada com a prescrição previdenciária. Diz respeito, em regra, ao prazo para discutir em juízo o valor da Renda Mensal Inicial (RMI) do benefício, quando há equívoco justamente na equação originária que constitui essa renda – geralmente vinculada a problemas no cálculo no salário de benefício. O prazo também é distinto da prescrição, aqui são 10 anos da concessão do benefício para ser discutido em juízo o equívoco no cálculo inicial.
- No entanto, a Lei n° 13.846/2019 tratou de ampliar o instituto da decadência, também para determinar prazo de 10 anos para revisão do ato de indeferimento, cancelamento ou cessação de benefício na via administrativa, o que fere histórico posicionamento do STF a respeito.
- Tanto a prescrição como a decadência são institutos de direito material que determinam a extinção do processo com julgamento de mérito (art. 487, II do NOVO CPC). Ademais, a partir da Lei n° 11.280/2006, ambos os institutos são considerados de ordem pública, podendo ser invocados no processo de ofício pelo magistrado.
Medida provisória 850: Auxílio acidente – 30% agora (calculado pela média da aposentadoria por invalidez, que é 60%)
Desconto em seguro desemprego – agora vai contar para aposentadoria
Cumulação de benefícios: Regra geral é de impossibilidade de cumulação de benefícios
	Não pode cumular auxílio-doença e aposentadoria por idade
	Não se cumula também auxílio-doença e salário-maternidade
	Também não auxílio-doença e seguro desemprego
	Com relação à pensão por morte, não há impedimento de, por ex, viúva receber o B21 com uma aposentadoria previdenciária, como o B42; só havendo real impedimento de cumular duas pensões deixadas por cônjuges, devendo optar pela mais vantajosa. Pela Nova Previdência, amplia-se a vedação à cumulação de benefícios, sendo que a pensão terávalor reduzido (e escalonado) se o segurado já tiver em gozo de aposentadoria previdenciária.
	Aposentadoria por tempo de contribuição e aposentadoria por idade (vai ganhar o mais vantajoso)
	Se atentar se substitui a renda ou só complementa a mesma
Situação especial da pensão por morte:
	Não há impedimento de, por exemplo, viúva receber o B21 com uma aposentadoria previdenciária, como o B42 – na reforma também pode cumular, entretanto, a proposta é de reduzir o segundo benefício (considerando a lógica de que ele vem para complementar a renda e não substitui-la)
	Só havendo real impedimento de cumular duas pensões, devendo optar pela mais vantajosa – duas pensões por morte, por exemplo
	Ainda, pode o filho inválido receber o B92 e cumular com B21: Previdenciário. Concessão de Pensões por Morte dos Genitores. Filho inválido. Dependência econômica presumida. 
Situação especial do auxílio-acidente:
	Por ter natureza indenizatória, podem ser excepcionalmente cumulados com outros benefícios (salário-maternidade, seguro-desemprego) – salvo aposentadoria 
	Se o segurado em gozo do auxílio-acidente, que não conta tempo e nem carência, se ele estiver trabalhando, soma as rendas dos dois (salário de contribuição daí), contando assim o valor para a formação da renda de futura aposentadoria – art. 31, da Lei de Benefícios
	Não pode ser cumulada com as aposentadorias previdenciárias – a não ser que os benefícios forem concedidos antes da vigência da Lei 9.528/97, tendo em vista o princípio tempus regit actum
	Também não pode ser cumulado com outros benefícios por incapacidade (auxílio-doença e aposentadoria por invalidez) provenientes da mesma incapacidade. Mas pode ganhar auxílio-acidente e auxílio-doença se forem incapacidades diferentes; Mas aposentadoria por invalidez não permite. O RMI vai ser igual do segurado com auxílio-acidente e está trabalhando, somam-se os dois.
Situação Especial de aposentadoria previdenciária e labor:
	Entendimento atual do STF, ADIn 1721, é a de que a concessão de aposentadoria previdenciária não impede o segurado de continuar a trabalhar na empresa a qual estava vinculado; no entanto, não tem direito a grande maioria das prestações do INSS, em razão de já estar aposentado e também teria os descontos de INSS
	Teoria da desaposentação
	Só faria jus a cumulação com o salário-família
	Quem está aposentado não pode cumular com mais nenhum outro benefício 
	Por fim: os serviços podem ser cumulados com benefícios, mesmo porque inexiste vedação legal nesse sentido: a habilitação ou a reabilitação profissional poderá ser cumulada com benefícios; da mesma forma, a assistência médica, a cargo do SUS, poderá ser prestada ao mesmo tempo em que o benefício estiver sendo pago. Ademais, diga-se que o benefício assistencial de prestação continuada devido ao idoso e ao deficiente não poderá ser cumulado com qualquer benefício da Previdência Social.

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