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ASPECTOS CLÍNICOS E RADIOGRÁFICOS CLASSIFICAÇÃO • HIPERPLASIANTES • HIPOPLASIANTES • HETEROTÓPICAS Anomalias caracterizadas pelo aumento do número de dentes ou pelo aumento dos componentes teciduais, com alterações estruturais, morfológicas e/ou estruturais. HIPERPLASIANTES • Dentes supranumerários • Raízes supranumerárias • Geminação, fusão e concrescência • Taurodontismo • Pérola de esmalte • Cúspides supranumerárias • Cúspides em garra • Macrodontia • Dentes natais e neo- natais DENTES SUPRANUMERÁRIOS É a anomalia mais freqüente. Qualquer dente que exceda o número normal existente nas dentições decídua ou permanente. CARACTERÍSTICAS • Mais freqüente na mandíbula • Sexo masculino é o mais afetado • Dentição permanente: incisivos superiores, pré- molares inferiores e molares • Dentição decídua: incisivos superiores • Eumorfos ou dismorfos • Erupcionados ou não • Uni ou bilaterais CARACTERÍSTICAS • Associados ou não a outros defeitos ou síndromes • Origem provável: atavismo, hiperatividade da lâmina dentária,divisão de um germe de um dente normal • São raros os supranumerários nas regiões de incisivo lateral superior e incisivos inferiores MÉSIO-DENS • Supranumerário de linha média • Entre incisivos superiores • Pequenos e de raízes curtas • Dismorfos • Conóides • Duplo ou tríplice • Erupcionados ou inclusos PRÉ-MOLARES SUPERIORES • Supranumerários geralmente eumorfos • Bilaterais • Não irrompidos • Em alguns casos podem erupcionar QUARTO MOLAR • Mais freqüente na maxila • Às vezes, é bilateral • Dismorfo • Microdente • Pode vir acompanhado de um quinto molar RAÍZES SUPRANUMERÁRIAS Raízes além do número normal que a anatomia dental determina. Seu reconhecimento é de grande importância nas especialidades de cirurgia e endodontia. CARACTERÍSTICAS • Eumorfas ou dismorfas • Maior freqüência: molares, pré-molares unirradiculares, incisivos e caninos inferiores. • Raros na dentição decídua e anteriores superiores • Radiografia: seguir a linha do espaço periodontal • Na dúvida: técnica de dissociação horizontal GEMINAÇÃO, FUSÃO E CONCRESCÊNCIA Alterações que apresentam aspecto radiográfico semelhante, mas com algumas características que as diferenciam entre si. GEMINAÇÃO • É a intenção do germe dentário de se dividir e dar origem a dois dentes. • Características: aumento da distância M-D, coronária e radicular (dente alargado) Radiografia: câmara e condutos alargados, mas em nº normal Freqüência: incisivos e caninos decíduos, incisivos permanentes FUSÃO • Falsa geminação. União de dois folículos ou germes diferentes para formar um só. • Características: União completa ou parcial Radiografia: câmara e condutos individualizados Freqüência: incisivos e caninos decíduos, incisivos permanentes e 2º e 3ºmolares CONCRESCÊNCIA Fusão tardia entre as raízes através do cemento, como conseqüência de uma hipercementose ou falta de espaço, onde as raízes se contatam durante a fase de formação dos dentes, por estarem muito próximos. CARACTERÍSTICAS • Radiografia: dentes unidos na porção radicular, mas com câmara e condutos individualizados • Freqüência: incisivos inferiores permanentes, segundos e terceiros molares • Importância: exodontia TAURODONTISMO Anomalia que só pode ser detectada radiograficamente. Caracterizada por um aumento ocluso-apical da câmara pulpar resultando em uma proporcional diminuição do comprimento das raízes. Bifurcação radicular - deslocada para apical. CARACTERÍSTICAS • Isolada ou associada a síndromes • Origem: anormalidade ectodérmica,não invaginação da bainha epitelial de Hertwig, mutações espontâneas, fatores externos • Sinal retrógrado – esquimós e índios americanos • Freqüência: pré-molares e molares • Dentes: cor,forma, estrutura e textura normais • Afetar um dente ou ser bilateral PÉROLA DE ESMALTE • Ilhotas arredondadas ou ovaladas de esmalte • Localização: superfície radicular, próximas à junção amelocementária • Origem: fragmentos da bainha epitelial de Hertwig – diferenciação em ameloblastos Freqüência: molares permanentes Radiograficamente: pequenas áreas arredondadas, de discreta radiopacidade junto à bifurcação dos dentes CÚSPIDES SUPRANUMERÁRIAS • Cúspides além do número normal • São comuns • Origem: manifestação atávica • Forma e tamanho variáveis CÚSPIDES EM GARRA • Cíngulos proeminentes • Incisivos e caninos • Radiograficamente: radiopacidade bem marcada em forma de “V” na coroa do dente MACRODONTIA • Aumento do volume dental • Generalizada ou localizada • Generalizada: hiperpituitarismo, hemihipertrofia facial, distúrbios do desenvolvimento, hereditariedade cruzada • Localizada: afeta um dente ou um grupo de dentes. Sem causa definida. DENTES NATAIS E NEO-NATAIS • Dentes natais: presentes ao nascimento • Dentes neo-natais: surgem no 1º mês de vida. • Raros na maxila • Regiões de 1ºmolares e caninos inferiores • Em geral: supranumerários e não dentes decíduos • Radiograficamente: fina camada de esmalte e dentina • Grande mobilidade e atrapalham a amamentação Caracterizadas pela diminuição do número de dentes ou pelo desenvolvimento incompleto destes, com alterações estruturais, morfológicas e/ou funcionais. AGENESIAS DENTÁRIAS • AUSÊNCIA TOTAL OU PARCIAL DE DENTES. • Ausência parcial: • É mais comum • Raramente afeta dentição decídua • Simétrica • Freqüência: 3ºmolar, 2ºpré- molar e incisivos laterais • Origem: hereditariedade e mutações genéticas • Clinicamente: a ausência provoca diastemas, distúrbios oclusais e estética desfavorável. • Radiograficamente: ausência dentária com ou sem adaptação dos vizinhos ao espaço hipodôntico A suspeita de agenesia, identificada clinicamente, só pode ser comprovada radiograficamente. AGENESIAS DENTÁRIAS A agenesia ampla dos permanentes associada ou não a retenção dos decíduos está ligada a pacientes portadores de síndromes. AGENESIAS DENTÁRIAS HIPOPLASIAS DE ESMALTE • Adquiridas • Congênitas • Hereditárias HIPOPLASIAS DE ESMALTE ADQUIRIDAS • Manchas, irregularidades, ausência completa de esmalte em grandes áreas da coroa • Com ou sem mudança de coloração: branco, amarelado, acastanhado ou enegrecido • Causas locais: infecções periapicais de dentes decíduos, trauma direto • Causas sistêmicas: deficiência vitamínica, doenças exantemáticas e intoxicações medicamentosas HIPOPLASIAS DE ESMALTE CONGÊNITAS • Incisivos de Hutchinson e molares em amora • Relacionados à sífilis congênita • Incisivos: borda incisal menor no sentido M-D do que o terço cervical, faces proximais convergem para incisal (forma de barril) • Molares: 1ºmolar permanente, superfície oclusal estreita, comprimida e diminuída, cúspides mal formadas e sulcos pigmentados HIPOPLASIA DE ESMALTE HEREDITÁRIA • Amelogênese imperfeita • Afeta esmalte de permanentes e decíduos • Causa: distúrbio generalizado dos ameloblastos • Cor: do pardo-amarelado ao branco opaco de estrutura frágil e textura de giz; ou acastanhado (superfície lisa, rugosa, sulcada) • Grande desgaste proximal com perda de contato e atrição acentuada.RADIOGRAFICAMENTE • Hipoplasias adquiridas e congênitas: diminuição da radiopacidade do esmalte ou áreas radiolúcidas • Amelogênese imperfeita: ausência da imagem radiopaca do esmalte. HIPOPLASIA DENTINÁRIA • Dentinogênese imperfeita – dentina opalescente • Afeta formação da dentina de decíduos e/ou permanentes • Coloração: amarelada, acinzentada, azulada de translucidez opalescente • Fraturas radiculares múltiplas • Desgastes e microfraturas de grandes partes da coroa RADIOGRAFICAMENTE • Obliteração precoce da câmara pulpar e condutos radiculares (total ou parcial) • Raízes curtas e rombas • Coroa de aspecto bulboso (constrição do terço cervical) • Fraturas radiculares MICRODONTIA • Nanismo dentário • Redução do tamanho normal do dente ou parte dele. • Localizada: 1 dente ou grupo de dentes • Total (microdentes), parcial (nanismo coronário ou radicular) • Freqüência: 3ºM e ILS • Eumorfos ou conóides • Generalizada:todos os dentes. Nanismo ou hereditariedade cruzada Caracterizadas pela erupção e/ou posição dos dentes fora do seu local habitual, ou ainda pelo deslocamento e desenvolvimento dos tecidos dentários com perda da relação normal entre eles DILACERAÇÃO DENTÁRIA • Dilaceração coronária: provocada por lesão sobre esta ou parte desta – intrusão de dentes decíduos. • Dentes mais afetados: incisivos permanentes • Desvio do longo eixo coronário observado clinica e radiograficamente DILACERAÇÃO DENTÁRIA • Dilaceração radicular: ocorre por obstáculos na trajetória eruptiva do dente: dentes erpcionados ou não, supranumerários, tumores, estrutras ósseas mais densas • Ocorrem em nível médio, apical ou cervical • Simples ou duplas • Sentidos: V-L ou M-D • Suspeita de dilaceração: dissociação horizontal DENS-IN-DENTE • Dente invaginado ou dente grávido • Desorganização no órgão do esmalte originando uma invaginação do epitélio odontogênico para dentro do corpo do dente e que se reveste de esmalte. • Cavidade formada se comunica com o exterior por pequena abertura na face lingual ou palatina, na altura do cíngulo DENS-IN-DENTE • Freqüência: dentes anteriores – ILS • Pode ser bilateral • Raramente afeta posteriores • Formas leves, moderadas ou graves • Deformação da coroa e encurtamento radicular (graves) • Radiograficamente: invaginação para dentro da câmara pulpar mostrando uma cavidade radiolúcida revestida por esmalte. GIROVERSÃO • Rotação do dente em torno do seu longo eixo • Causas: falta ou excesso de espaço, presença de supranumerários, exodontia precoce dos decíduos • Freqüência: pré-molares inferiores e incisivos e caninos permanentes VESTÍBULO/LINGUO-VERSÃO • Irrompimento ou deslocamento do dente para as faces V ou L/P do processo alveolar • Freqüência: dentição permanente • Causas: ação mecânica de vícios, respiradores bucais, ausência de espaço e tamanho desproporcional entre dentes e maxilares
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