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Trabalho Saúde do Idoso A Osteoporose

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Osteoporose	
	A Osteoporose é um distúrbio osteometabólico caracterizado pela diminuição da densidade mineral óssea, com deterioração da microarquitetura óssea, levando a um aumento da fragilidade esquelética e do risco de fraturas. 
As principais manifestações clínicas da osteoporose são as fraturas, sendo as mais frequentes as de vértebras, fêmur e antebraço. Estas têm grande importância na sociedade brasileira considerando o seu envelhecimento progressivo com graves consequências físicas, financeiras e psicossociais, afetando o indivíduo, a família e a comunidade. Atinge homens e mulheres com predominância no sexo feminino com deficiência estrogênica e indivíduos idosos.
Fisiopatologia
	A Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor, define a fisiopatologia da osteoporose é um desequilíbrio entre a reabsorção e formação óssea. A reabsorção óssea ocorre em maior medida do que a formação, portanto, um saldo negativo ocorre com uma perda líquida de osso e um risco que acompanha o aumento de fraturas, resultando em deformidade e dor crônica. A dor nociceptiva é considerada crônica quando ele está presente há pelo menos 3 meses. O desequilíbrio entre a formação óssea e reabsorção óssea pode ocorrer como resultado de um ou da combinação de um dos seguintes fatores:
• aumento da reabsorção óssea dentro de uma unidade de remodelação;
• diminuição da formação óssea dentro de uma unidade de remodelação (acoplamento incompleto).
	O osso é um tecido vivo que sofre constantemente um processo de troca de tecido antigo por tecido novo. O mediador deste processo é o osteócito. De tempos em tempos (mais ou menos mil dias) o osteócito entra em apoptose, isto é, a morte programada da célula. Na proximidade da apoptose ele produz sinalizadores para que células mesenquimais pluripotentes formem osteoblastos. Estímulo semelhante ocorre quando o osso é submetido a esforços físicos para os quais não está preparado. Seja por pressões sobre as proteínas da membrana celular, seja pela estimulação do cílio primário, organela do osteócito que detecta estas tensões, há sinalização às células mesenquimais para formar osteoblastos. O osteoblasto produz o fator RANK (Receptor Activator of Nuclear factor Kappa beta) que sinaliza para as células hematopoiéticas formarem osteoclastos e também ativa a borda em escova destes osteoclastos. Em 20 dias os osteoclastos reabsorvem parte do tecido ósseo, formando as lacunas de Howship. Agora os osteoblastos irão preencher estas lacunas com matriz proteica e finalmente nela depositarão cristais de hidroxiapatita. Este processo demora 180 dias para ser completado. Havendo distúrbio deste remodelamento, pela maior ação proporcional do osteoclasto em relação ao osteoblasto, haverá uma pobre formação de tecido ósseo que, dependendo da gravidade, poderá ser osteopenia ou osteoporose. (SOUZA. M.P.G. 2010)
Sintomas
	A osteoporose é uma doença de instalação silenciosa. O primeiro sinal pode aparecer quando ela está numa fase mais avançada e costuma ser a fratura espontânea de um osso que ficou poroso e muito fraco, a ponto de não suportar nenhum trauma ou esforço por menor que sejam. As lesões mais comuns são as fraturas das vértebras por compressão, que levam a problemas de coluna e à diminuição da estatura e as fraturas do colo do fêmur, punho e costelas. Nas fases em que se manifesta, a dor está diretamente associada ao local em que ocorreu a fratura ou o desgaste ósseo. (Dr. Dráuzio. 2015)
	A densitometria óssea é utilizada para estudo seriado, para determinar a extensão da perda e para verificar a eficácia da prevenção ou tratamento. Existem diferentes tipos de equipamentos para a densitometria: as chamadas centrais avaliam a massa Óssea do quadril, coluna e corpo todo; os periféricos avaliam a massa Óssea nos dedos, punhos, patela, tíbia e calcâneo (GALI. J.C. 2001)
Tratamento
	Suplementação com cálcio, Vitamina D, Bisfosfonatos (Alendronato, Risedronato, Ibandronato, ácido Zoledrônico), Ranelato de Estrôncio, Raloxifeno, Calcitonina, Teriparatida (PTH 1-34) (SBR. 2011)
	A principal forma de tratamento da osteoporose é a prevenção; são elementos críticos o pico de massa óssea e a prevenção da reabsorção pós-menopausa. O pico de massa óssea é dependente do aporte calórico, da ingestão de cálcio e vitamina D, da função menstrual normal e da atividade física; a maioria dos agentes terapêuticos atua na reabsorção óssea, como antirreabsortivos. (GALI. J.C. 2001)
Prevenção
	É o mais barato meio de prevenção e coadjuvante do tratamento. Os exercícios com peso e os exercícios de velocidade são os mais eficazes para o ganho de massa óssea. Além disso, o ganho de massa muscular e a melhoria
da velocidade de resposta motora neuromuscular diminuem as quedas e o risco de fraturas nos pacientes. O efeito piezo elétrico da atividade física, ou a ação do cílio primário, estimulam os osteócitos, via osteoblastos, a promoverem a formação de osso novo. (SOUZA. M.P.G. 2010)
Referencias Bibliográficas
SBED - Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor – Ano Mundial Contra Dor Musculoesquelética outubro 2009 – outubro 2010 - disponível em: http://www.dor.org.br/pdf/campanhas/61.pdf
Dr. Drauzio Varella - OSTEOPOROSE – 2015. Disponível em:
http://drauziovarella.com.br/mulher-2/osteoporose-3/
Márcio Passini Gonçalves de Souza - Diagnóstico e tratamento da osteoporose – 2010, Rev Bras Ortop. 2010;45(3):220-9, disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rbort/v45n3/v45n3a02.pdf
SBR - Sociedade Brasileira de Reumatologia – Osteoporose – 2011. Disponivel em: http://www.reumatologia.org.br/
JULIO CESAR GALI – Osteoporose – 2001 - ACTA ORTOP BRAS 9(2) - ABR/JUN, 2001. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/aob/v9n2/v9n2a07.pdf

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