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01 e 02 - Introdução à Botanica e Topicos sobre Biodiversidade

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UESC - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ 
DEPTº DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS (DCAA)
BOTÂNICA SISTEMÁTICA – 2-2014
 Prof. Luiz Alberto Mattos Silva
Atualizado em Agosto de 2013 (21p.)
 
INTRODUÇÃO À BOTÂNICA (�)
“Ao iniciar o seu estudo de Botânica, você começa uma jornada que conduz tanto ao futuro quanto ao passado. A fim de aprender – e apreciar – a estrutura, a função e a diversidade das plantas, de início é necessário viajar mentalmente bilhões de anos para trás, para uma época situada logo após a formação da Terra, e seguir a hipotética seqüencia de eventos que deu origem, primeiramente, aos blocos químicos constitutivos da vida, nos antigos oceanos, e então às células – as menores unidades da vida propriamente dita. 
	... O seu estudo de botânica conduz ao futuro, porque ele provê a bagagem de que você precisará para entender e talvez superar os muito desafios com os quais se defrontarão nos anos vindouros. Problemas tais como poluição, escassez de alimentos, aquecimento global e destruição da camada de ozônio, além de empreendimentos como o desenvolvimento de novas culturas usando a engenharia genética, requerem o conhecimento de biologia vegetal.” (RAVEN et al., 2001)
A BIOLOGÍA VEGETAL inclui muitas áreas de estudo
O estudo das plantas tem se desenvolvido por milhares de anos mas, a exemplo de todos os ramos da ciência, ela tornou-se diversa e especializada apenas durante os três últimos séculos.
Até pouco mais de um século atrás, a botânica era um ramo da medicina, ao qual se dedicavam principalmente médicos que estudavam as plantas para fins medicinais e que estavam interessados na determinação de similaridade e diferenças entre plantas e animais.
Contudo, hoje ela é uma importante disciplina científica que apresenta muitas subdivisões: fisiologia vegetal, morfologia vegetal, anatomia vegetal, taxonomia e sistemática vegetal, citologia, genética, biologia molecular, botânica econômica, ecologia e paleobotânica.
	A palavra botânica provém do grego botané, significando “planta” e derivada do verbo boskein, ‘alimentar”. No entanto as plantas entram em nossas vidas de inúmeras maneiras além de servirem como fontes de alimento. Fornecem:
Fibras para roupa
Madeira para mobiliário
Abrigo
Combustível
Papel
Especiarias para tempero
Drogas para medicamentos (‘princípios ativos’)
Oxigênio que respiramos
Além disso, possuem apelo estético, que contribui com a nossa qualidade de vida.
Ou seja, uma dependência total!
Um conhecimento da botânica é importante para tratar dos problemas de Hoje e de Amanhã – o por que de classificar
“Classificar objetos é uma prerrogativa humana baseada na capacidade da mente de conceitualizar e reconhecer a presença de propriedades similares em objetos individuais. Propriedades e classes são abstrações relacionadas entre si: quando uma propriedade é atribuída a um objeto, então o objeto torna-se membro de uma classe particular definida por aquela propriedade”, explica QUINE (1987), citado por AGUIAR (2012).
De acordo com AGUIAR (2012), “Classificar organismos, ecossistemas, sinais, formas, estruturas, comportamentos é, então, uma capacidade inata (Inata porque nasce conosco, não é aprendida) que a mente humana realiza, geralmente, de forma involuntária e sem esforço. As classes caracterizam-se por um dado conjunto de propriedades; a presença dessas propriedades agrega objetos a classes. Cada classe tem a si associado um conceito formalizado pelas suas propriedades.
Atribuir um nome científico, de qualquer categoria (e.g. espécie e família), a uma planta, i.e. outorgar uma planta a uma dada classe – a um dado taxon envolve o reconhecimento da presença de um conjunto de propriedades. O mesmo acontece quando se aplicam nomes vulgares. Identificar uma planta com o nome Prunus avium, ou «cerejeira», pressupõe que se trata de uma de árvore de tronco acinzentado que se destaca por tiras horizontais, com folhas serradas, flores completas de pétalas brancas e estames indefinidos, polinizada por insetos, que produz frutos comestíveis, e por aí adiante. Uma planta cabe no conceito de P. avium – uma classe de organismos vegetais com a categoria de espécie – quando nela se reconhecem as propriedades de ser Prunus avium. Os nomes científicos ou vulgares são uma expressão sintética de um conjunto de propriedades que se consubstanciam num conceito; um nome por si só de pouco vale.
A mente humana organiza com mais facilidade objetos complexos, sejam eles plantas, paisagens ou instrumentos de trabalho em grupos homogêneos do que soluciona, por exemplo, equações matemáticas elementares. Pelo contrário, os programas informáticos de resolução de equações matemáticas complexas são substancialmente mais simples, e eficientes, do que os programas de “reconhecimento visual” de objetos. A classificação visual assistida por computador envolve algoritmos intrincados de inteligência artificial, que permitem que as máquinas aprendam com a experiência. O hardware da mente humana foi “desenhado” pela evolução para desempenhar tarefas tão complexas como a envolvidas a identificação e a classificação de entidades biológicas (uma entidade é algo de real, que existe por si próprio), porque estas tarefas têm um enorme valor adaptativo: aumentam a fitness dos seus portadores. Classificar é uma atividade indispensável para agir sobre realidades complexas, como é a diversidade biológica. O sucesso reprodutivo dos indivíduos da nossa espécie, num passado recente, dependeu, certamente, mais de uma correta identificação dos hábitos e das formas dos seres vivos do que da abstração matemática. A componente inata do ato de identificar ou classificar plantas também explica a precocidade da taxonomia na história da biologia.
1 Resultam de um processo de abstração, i.e. de redução de uma realidade complexa a um conjunto de
propriedades consideradas mais importantes do que as propriedades rejeitadas.
Esforços urgentes de botânicos e cientistas agrários serão necessários para nutrir a população humana mundial em seu rápido crescimento. As plantas, algas e bactérias atuais
oferecem as melhores esperanças de prover uma fonte renovável de energia para as atividades humanas, do mesmo modo como as plantas, algas e bactérias extintas foram responsáveis pelos maciços acúmulos de gás, óleo e carvão, dos quais depende a nossa moderna civilização industrial. 
Novas e maravilhosas possibilidades têm-se desenvolvido durante os últimos anos para a melhor utilização de plantas pelo povo. É agora possível estimular o 
crescimento das plantas, inibir as suas pragas, controlar as ervas daninhas nas culturas e formar híbridos entre plantas com muito mais precisão e com possibilidades muito mais amplas do que nunca antes. O potencial dessas novas descobertas cresce a cada ano, à medida que descobertas adicionais são feitas e novas aplicações são desenvolvidas.
Um conhecimento básico de botânica é útil em muitos aspectos e essencial em muitos campos de atuação. É cada vez mais relevante para enfrentar alguns dos mais cruciais problemas da sociedade e para assumir as difíceis decisões na escolha entre as alternativas propostas para minimizá-los.
Enfim, com a moderna tecnologia, incluindo o contínuo desenvolvimento das técnicas moleculares e de informática, estamos apenas no início do período mais excitante da história da botânica. Por que? Porque o nosso próprio futuro, o futuro do mundo e o futuro de todas as espécies de plantas dependem do nosso conhecimento. (RAVEN et al., 2001).
Tópicos sobre a BIODIVERSIDADE
 (e CONSERVAÇÃO)
	“Ao entrarmos no novo milênio, um dos mais críticos desafios globais é a conservação da biodiversidade. Definida como a soma de todas as espécies, os ecossistemas e os processos ecológicos, a biodiversidade não somente faz do nosso planeta um lugar especialdo universo mas também é responsável pela sobrevivência da própria espécie humana. A biodiversidade não está igualmente distribuída ao redor da Terra. Estudos recentes apontam que 25 biomas concentram 60% de toda a diversidade de vida do planeta em apenas 1,4% de sua superfície. Esses biomas chamados de hotspots da biodiversidade, são as regiões mais ricas e também mais ameaçadas do mundo. A Mata Atlântica, com mais de 6.000 espécies de plantas endêmicas – que só ocorrem nessa região – e reduzida a menos de 8% de sua extensão original, está entre os 5 hotspots mais críticos, o que faz dela uma prioridade mundial para conservação.” (Roberto Klabin & Russel Mittermeier).
BIODIVERSIDADE
“Variabilidade entre os organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos dos quais fazem parte; compreende ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas”. (Conceito segundo o Art. 2º da Convenção sobre Diversidade Biológica, 1992).
 A Convenção da Diversidade Biológica é o primeiro instrumento legal para assegurar a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais. É uma das três “Convenções do Rio”, resultantes da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, também conhecida como “Cúpula da Terra”, realizada no Rio de Janeiro em 1992. 
Ela entrou em vigor no final de 1993, com os seguintes objetivos:
- A conservação da diversidade biológica;
- A utilização dos recursos genéticos, mediante, inclusive, do acesso adequado aos
 recursos genéticos; e
- A transferência adequada de tecnologia pertinentes, levando em conta todos os
 direitos sobre tais recursos e tecnologias e mediante financiamento adequado.
Existem atualmente 193 países que fazem parte da Convenção, ou seja, que já assinaram o acordo, o qual entrou em vigor em dezembro de 1993. 
Três definições simples:
BIODIVERSIDADE significa Diversidade Biológica
BIODIVERSIDADE designa coletivamente os diversos organismos vivos presentes em nosso planeta
sinônimo de “Vida sobre a Terra”. 
Obviamente que inclui:
a variedade genética dentro das populações e espécies;
a variedade de espécies da flora, da fauna e de microooganismos;
a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas: e
a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos.
Além disso, BIODIVERSIDADE refere-se ... ...
tanto ao número (riqueza) de diferentes categorias biológicas
quanto à abundância relativa (equitabilidade) dessas categorias
A biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas, e fonte de imenso potencial econômico. A biodiversidade é a base das atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras e florestais e, também, a base para a estratégica indústria da biotecnologia. As funções ecológicas desempenhadas pela biodiversidade são ainda pouco compreendidas, muito embora considere-se que ela seja responsável pelos processos naturais e produtos fornecidos pelos ecossistemas e espécies que sustentam outras formas de vida e modificam a biosfera, tornando-a apropriada e segura para a vida.
 O número exato de espécies existentes no planeta é ainda desconhecido, mas aproxima-se de 1,7 milhões. Estima-se, entretanto que pode variar de 5 a 100 milhões.
A BIODIVERSIDADE BRASILEIRA E A RIQUEZA DE ESPÉCIES 
O Brasil, com uma área de 8,5 milhões de km2, é o quinto maior país em extensão territorial, ocupando quase a metade da América do Sul (47,3%), representando aproximadamente 5,7% da superfície emersa do Planeta. Essa área possui várias zonas climáticas que incluem: o trópico úmido no Norte, o semi-árido no Nordeste e áreas temperadas no Sul.
As diferenças climáticas contribuem para as diferenças ecológicas formando zonas biogeográficas distintas chamadas biomas(2). O Brasil apresenta 6 grandes Domínios Fitogeográficos: a Amazônia, maior floresta tropical úmida, que ocupa 49,29% do território; o Cerrado (23,92%); a Mata Atlântica (13,04%), a Caatinga (9,92%), os Campos Sulinos ou Pampas (2,07%) e o Pantanal, a maior planície inundável (1,76%). Apenas a Caatinga é exclusivamente brasileira, ao passo que a Mata Atlântica tem cerca de 95% de sua área em território nacional e o Cerrado a sua quase totalidade, possuindo extensões marginais, porém contínuas no nordeste do Paraguai e leste da Bolívia.
A variedade de biomas reflete a riqueza da flora e fauna brasileiras, tornando-se as mais diversas do mundo. Segundo Peixoto e Barbosa (2001), o Brasil disputa com o México, a Colômbia e a Indonésia o título de país mais rico em biodiversidade global. Ocupa o 1º lugar no total de espécies (muitas delas endêmicas), possui a maior extensão de florestas tropicais da Terra e o 1º lugar em diversidade de angiospermas.
Diversas espécies de plantas de importância econômica mundial são originárias do Brasil, destacando-se o abacaxi, o amendoim, a castanha-do-pará, a mandioca, o caju, a carnaúba e a piaçava, dentre muitas outras.
	O Brasil tem a flora mais rica do mundo, com mais de 56.000 espécies de plantas – cerca de 20% da flora mundial. O Catálogo de Plantas e Fungos no Brasil (2010), publicado recentemente por uma equipe do Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, apresenta as listas de espécies até agora devidamente catalogadas, a saber: 26 de gimnospermas (7 gêneros); 31.160 de angiospermas (2.828 gen.), sendo 17.628 endêmicas; 1.176 de pteridófitas (121 gen.); 6.795 de fungos (923 gen.); 1.521 de briófitas (395 gen.); e 3.496 de algas (828 gen.).
________________________
(2) Entende-se aqui Bioma como uma subdivisão biológica da superfície terrestre que reflete o caráter ecológico e fisionômico da vegetação e que corresponde aproximadamente com as regiões climáticas, embora outros fatores ambientais possam ser importantes. À medida que as plantas evoluíram, elas vieram a constituir biomas, grandes agrupamentos de plantas e animais. Os sistemas interativos que compõem os biomas e os seus ambientes físicos são chamados “ecossistemas”.
 	Inventários locais revelaram uma diversidade especialmente alta para o bioma Mata Atlântica. Por exemplo, 476 espécies de plantas foram identificadas em 1 só hectare na Estação Biológica de Santa Luzia, no Espírito Santo e 454 de espécies arbóreas e arborescentes foram identificadas na Serra do Conduru (hoje Parque Estadual Serra do Conduru), no Sul da Bahia (Thomas et al., 1998).
 O Brasil abriga o maior nº de primatas com 55 spp. (o que corresponde a 24% do total mundial); de anfíbios com 516 spp.; e de animais vertebrados com 3.010 spp. de vertebrados vulneráveis ou em prigo de extinção. Em termos de flora, o Brasil conta com mais de 55.000 spp. descritas, o que corresponde a ca. de 30% do total.
No entanto, esta biodiversidade não está distribuída de modo homogêneo pelo território nacional. A biodiversidade brasileira distribui-se em mosaico, com níveis variados de preservação, mas também com grande variação quanto ao número e categoria de seus componentes/ecossistema. Áreas de grande diversidade, como fragmentos da Mata Atlântica, se opõe àquelas habitadas por poucas espécies, como vastas extensões da Caatinga. Porém, em grande parte do país, como norma, a biodiversidade vem sendo constantemente reduzida pela ação humana.
IMPACTOS SOBRE A BIODIVERSIDADE 
	A perda da diversidade biológica envolve aspectos sociais, econômicos, culturais e científicos. Biomas estão sendo ocupados em diferentes escalas e velocidades. Áreas muito extensas de vegetação nativa foram devastadas no Cerrado do Brasil Central, na Caatinga e na Mata Atlântica.
	Daí, é necessário que sejam conhecidos “os estoques” dos vários hábitats naturais e dos modificados existentes no Brasil, de forma a desenvolveruma abordagem equilibrada entre conservação e utilização sustentável da diversidade biológica, considerando o modo de vida das populações locais.
	Os principais processos responsáveis pela perda da biodiversidade são:
Perda e fragmentação dos hábitats;
Introdução de spp. e doenças exóticas
exploração excessiva de spp. de plantas e animais;
Uso de híbridos e monoculturas na agroindústria e nos programa de reflorestamento;
Contaminação do solo, água, e atmosfera por poluentes; e
Mudanças climáticas.
Três razões principais justificam a preocupação com a conservação da diversidade biológica:
1º. Porque se acredita que a diversidade biológica seja uma das propriedades fundamentais
 da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas;
2º. Porque se acredita que a diversidade biológica representa um imenso potencial de uso
 econômico, em especial pela biotecnologia; e
3º. Porque se acredita que a diversidade biológica esteja se deteriorando, inclusive com
 aumento da taxa de extinção de spp., devido ao impacto das atividades antrópicas.
POR QUE CONSERVAR A BIODIVERSIDADE?
Devido às atividades humanas, as espécies e os ecossistemas são hoje objeto de ameaças mais graves do que em qualquer outra época histórica. Este fenômeno constitui, por um lado, uma tragédia ecológica mas tem, por outro lado, repercussões graves sobre o desenvolvimento econômico e social. Pulo menos 40% da economia mundial e 80% das necessidades dos pobres estão ligadas aos recursos biológicos. Por outro lado, quanto maior for a diversidade biológica, maiores são as possibilidades de descobertas no domínio médico, do desenvolvimento econômico e das possibilidades de formular soluções que nos permita adaptar aos novos desafios tais como as mudanças climáticas.
A Convenção realizada no Rio de Janeiro, em 1992, definiu como objetivo “a conservação da diversidade biológica, a utilização sustentável dos seus elementos e a partilha justa e eqüitativa das vantagens provenientes da utilização dos recursos genéticos”.
Finalmente: a biodiversidade é de uma importância vital para nós, na medida em que a nossa vida e os nossos meios estão dependendo dela.
PRINCIPAIS BIOMAS DO BRASIL
1. MATA ATLÂNTICA
O BIOMA MATA ATLÂNTICA
	O Brasil é o quinto maior país em extensão territorial, com aproximadamente 5,7% da superfície emersa do Planeta e 47,3% da área da América do Sul. Também detém impressionante patrimônio natural, que o põe no topo da lista dos países megadiversos, os que possuem maior número de espécies de plantas e animais (MMA, 2010). 
	Não há dados precisos sobre a diversidade total de plantas da Mata Atlântica. Contudo, considerando-se apenas o grupo das Angiospermas (vegetais que apresentam suas sementes protegidas dentro de frutos), acredita-se que todo o Brasil possua entre 55.000 e 60.000 espécies (excluindo os fungos), ou seja, 22 a 24% do total que se estima existir no mundo. Desse total, as projeções são de que a Mata Atlântica possua entre 20 e 25 mil espécies de plantas, ou seja, entre 33% e 36% das existentes no país. Para se ter uma idéia da grandeza desses números, basta compará-los às estimativas de diversidade de angiospermas de alguns continentes: 17.000 spp. na América do Norte, 12.500 na Europa, entre 40.000 e 45.000 em toda a África. Até se comparada com a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica apresenta, proporcionalmente ao seu tamanho, maior diversidade biológica (MMA, 2010). 
A Mata Atlântica brasileira, especificamente, é uma das florestas mais ameaçadas do mundo e encontra-se fragmentada de norte a sul do território brasileiro. Em média, apenas 6 a 8% da floresta original permanecem intactas (somente 2 % em condições de ser preservada no Nordeste). Gouvêa et al. (1976) e Mori et al. (1983), destacam que a Mata Atlântica no sul da Bahia engloba 4 tipos de florestas. A mais litorânea é a Floresta de Restinga, em seguida vem a Floresta Úmida Sul-Baiana (floresta pluvial caracterizada por mais de 1.000 mm de chuva anual e sem período seco definido), desta para a Floresta Estacional (Floresta Mesófila ou semidecídua, caracterizada por aproximadamente 1.000 mm de chuva/ano e com um período seco distinto) e, finalmente, para a Floresta de Cipó (floresta estacional decidual caracterizada por cerca de 800 mm de chuva/ano e períodos secos e chuvosos bem definidos.
	Thomas & Carvalho (1993) consideraram a diversidade da Mata Atlântica Sul-Baiana bastante alta com base nos levantamentos fitosociológicos realizados numa floresta situada entre Ilhéus e Itacaré. Em um hectare, incluindo árvores e lianas com DAP acima de 5 cm, 2.530 indivíduos e 458 espécies pertencentes a 65 famílias. Cerca de 160 foram representadas por apenas um indivíduo e Myrtaceae foi a família mais diversa, com 524 árvores e 82 spp. 
	A alta diversidade biológica das florestas tropicais significa uma alta diversidade genética. Preservar estas florestas significa a preservação de um amplo patrimônio genético. No caso da Mata Atlântica, onde endemismo e diversidade são particularmente altos e a extensão das áreas que permanecem intactas é pequena, as florestas preservadas são um precioso recurso genético.
	A Mata Atlântica é o habitat de várias espécies florestais úteis, duas das quais merecem atenção especial: o Pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.) e o Jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra (Vell.) Allem ex Benth.), ambas leguminosas, em função da exploração predatória que sofreram.
	Além dessas, muitas outras espécies já fazem parte das Listas Oficiais das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção; e de Espécies da Flora Brasileira com Carência de Dados Científicos. Ambas foram publicadas pelo Ministério do Meio Ambiente, através da Instrução Normativa de Setembro/2008.
	Espécies ameaçadas de extinção, segundo a referida Instrução Normativa, são aquelas com alto risco de desparecimento na natureza em futuro próximo, assim reconhecidas oficialmente pelo Ministério do Meio Ambiente, com base em documentação científica disponível. 
	Espécies com deficiência de dados, são aquelas cujas informações (distribuição geográfica, ameaças/impactos, e usos, entre outras) são ainda deficientes, não permitindo enquadrá-las com segurança na condição de “ameaçadas”.
A expansão geográfica, sempre em busca de aumentos da produção através da simples ampliação de áreas de cultivo ou pastoreio esconde um fator mais inquietante: a redução da base genética dos cultivos e dos rebanhos animais, com aumento da vulnerabilidade genética.
	O conceito de Mata Atlântica tem sido objeto de diversas controvérsias, principalmente quanto à sua definição e delimitação. Isso se deve em parte aos vários sistemas de classificação da vegetação baseados em diferentes parâmetros abióticos e fisionômicos, inadequados a uma representação cartográfica da totalidade.
O processo de ocupação do Brasil levou a Mata Atlântica a uma drástica redução de sua cobertura vegetal primitiva. Este Bioma, juntamente com os Campos Sulinos, abrigam os maiores pólos industriais e silviculturais do Brasil, além dos mais importantes aglomerados urbanios. A Mata Atlântica e seus ecossistemas associados, envolviam, originalmente, área de 1.375.000 km, correspondentes a cerca de 15% do território brasileiro, distribuídos por 17 estados: Piauí , Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Espirito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (MMA, 2002). Vale salientar que, pelo Decreto 750/93 a abrangência do Bioma Mata Atlântica fica reduzida a 14 estados, ao excluir PI, GO e MS. 	Atualmente, o Bioma está reduzido a menos de 8 % de sua extensão original, dispostos, de modo esparso, ao longo da costa brasileira e no interior da região sul e sudeste. A dinâmica de destruição foi mais acentuada durante as últimas três décadas, resultando em sérias alterações para osecossistemas que compõem o Bioma, devido, em particular, à alta fragmentação do habitat e à perda de sua biodiversidade.
	Estudos revelam que houve intensa aceleração do processo de destruição da Mata Atlântica em período recente. O Atlas de Remanescentes mostra que, de 1985 a 1995, mais de 1 milhão de hectares foi desmatado em 10 estados dentro do domínio do Bioma.
Quadro 1. Área das Unidades federativas e da cobertura original e dos remanescentes do domínio da Mata Atlântica, em dez estados, no período 1990-1995.
	UF
	ÁREA NO DMA
(ha)
	AREA no DMA 
(%)
	REMANESCENTES FLORESTAIS NO DMA (%)
	RJ
	4.454.155
	100,0
	21,26
	CE
	486.652
	3,33
	17,79
	SC
	9.544.662
	100,00
	17,40
	PR
	19.419.620
	97,35
	8,83
	ES
	4.715.906
	100,00
	8,75
	SP
	20.572.889
	82,57
	8,73
	BA
	20.354.548
	35.93
	6,21
	AL
	1.449.357
	51,89
	4,95
	RS
	13.185.624
	46,78
	4,70
	MG
	29.321.656
	49,36
	2,80
		Fonte: Fundação SOS Mata Atlântica e INPE (1998)
		DMA: Domínio da Mata Atlântica em cada estado.
	Especificamente para a Bahia, com base nos dados da Lei N° 11.428 de 22/12/2006, do IBGE e MMA/Probio 2006, apresentados pelo MMA (2010), a Mata Atlântica ocupava originalmente 33,25% do território baiano, distribuída por 5 regiões: Litoral Norte, Baixo Sul, Sul, Extremo Sul e a Chapada Diamantina e encraves florestais no Oeste. Essas regiões apresentam características ecológicas, históricas de ocupação humana, usos do solo e pressões antrópicas distintas. Restam no estado 35,75% de remanescentes ou 6.711.539,05 hectares (= a 67.115,39 km2), incluindo os vários estágios de regeneração em todas as fisionomias.
No sentido amplo do termo, a Floresta Atlântica engloba um diversificado mosaico de ecossistemas florestais com estruturas e composições florísticas bastante diferenciadas, acom-panhando a diversidade dos solos, relevos e características climáticas da vasta região onde ocorre, tendo como elemento comum a exposição aos ventos úmidos que sopram do oceano. 
 Caracterizadas por sua fisionomia alta e densa, são conseqüências da variedade de espécies pertencentes a várias formas biológicas e estratos. Nessa floresta, a vegetação dos níveis inferiores vive em um ambiente bastante sombrio e úmido, sempre dependente do estrato superior. 
O grande número de lianas, epífitas, fetos arborescentes e palmeiras dá a esta floresta um caráter tipicamente tropical. Os ambientes do Litoral Norte são muito sensíveis porque ainda estão em formação. A natureza ainda não terminou de fazê-los. Dunas, restingas, banhados, lagoas, campos e matas formam corredores de vida silvestre, com papel definido na harmonia da região. Exemplos são a gralha azul, que planta o pinhão na Serra, e os pássaros que comem as sementes da figueira e semeiam, com sua defecação, futuras mudas de figueira em todo o Litoral Norte.
Atualmente cerca de 123 milhões de pessoas, quase 60 % da população brasileira, vivem nessa área que, além de abrigar a maioria das cidades e regiões metropolitanas do País (num total de 3.410 municípios), sedia também os grandes pólos industriais, químicos, petroleiros e portuários do Brasil, respondendo por 80% do PIB nacional.
Apesar de sua história de devastação, a Floresta Atlântica ainda possui remanescentes florestais de extrema beleza e importância que contribuem para que o Brasil seja considerado o país de maior diversidade biológica do planeta.
Em relação à ocupação e utilização da Floresta Atlântica, a floresta nativa deu lugar às culturas de cana-de-açúcar, cacau e café, além da pecuária, da floresta cultivada e dos pólos de desenvolvimento urbano. Em fevereiro de 1993, um novo decreto regulamentou a exploração da Floresta Atlântica. Em 22 de dezembro de 2006, o Presidente da República assinou a Lei N° 11.428, que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica. O MMA (2010) apresenta o Mapa da Área de Aplicação desta Lei, elaborado pelo IBGE em 2009, o qual contempla as configurações originais das formações florestais e ecossistemas associados, bem como os encraves florestais e brejos de altitude interioranos que integram a Mata Atântica: Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista (Mata de Araucárias), Floresta Ombrófila Aberta, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Estacional Decidual, Campos de Altitude, Áreas das Formações Pioneiras (Manguezais, restingas, Campos Salinos e Áreas Aluviais), Refúgios Vegetacionais, Áreas de Tensão Ecológica, Brejos de Altitude Interioranos e Encraves Florestais (representados por disjunções de floresta ombrófila densa, floresta ombrófila aberta, floresta estacional semidecidual e floresta estacional decidual), Áreas de Estepe, Savanas e Vegetação Nativa das Ilhas Costeiras e Oceânicas.
O referido Mapa, na escala 1:5.000.000 pode ser encontrado nos sítios eletrônicos do OBGE e de MMA: www.ibge.gov.br ou www.mma.gov.br . 
As principais causas do desmatamento são a proliferação das pastagens, o plantio de eucaliptos e a implantação de monoculturas comerciais como a soja e a cana. Essa diversidade, ao mesmo tempo em que representa uma excepcional riqueza de patrimônio genético e paisagístico, torna a mata externamente frágil.
O ambiente é superúmido, devido às grandes quantidades de árvores, que tornam a floresta mais fechada. O clima é tropical, com influência oceânica, com precipitação anual que varia de 1.000 a 1.750 mm. Não bastasse o fato de ser uma floresta tropical, com vários ecossistemas associados, a Floresta Atlântica teve sua diversidade biológica ainda mais ampliada pela intensidade das transformações que sofreu ao longo dos últimos anos. 
Especialmente durante o período quaternário, marcado por fortes mudanças climáticas, a Floresta Atlântica viveu momentos de forte retração durante as glaciações, resistindo, fragmentada, apenas em alguns locais conhecidos como "refúgios do pleistoceno", quando as condições climáticas eram mais amenas. 
O relevo é constituído por colinas e planícies costeiras, acompanhadas por uma cadeia de montanhas. Os solos são de fertilidade média, porém, a área com relevo acidentado constitui limitação forte para uso intensivo das terras com cultivos anuais. Mas no interior da floresta o solo é pobre, que se mantémpela decomposição acelerada de matéria orgânica proveniente dos restos vegetais que caem no chão.
Segundo os botânicos, a Floresta Atlântica é a mais diversificada do planeta (20 a 25 mil espécies de plantas) das existentes no país. O elevado índice de chuvas ao longo do ano permite a existência de uma vegetação rica, densa, com árvores que chegam a 30 metros de altura. Destacam-se o pau-brasil, o jequitibá, as quaresmeiras, o jacarandá, o jambo e o jambolão, o xaxim, o palmito, a paineira, a figueira, a caviúna, o angico, a maçaranduba, o ipê-rosa, o jatobá, a imbaúba, o murici, a canela-amarela, o pinheiro-do-paraná, e outras. Em um curto espaço, pode-se encontrar mais de 50 espécies vegetais diferentes.
As regiões sul da Bahia e norte do Espírito Santo abrigam várias espécies endêmicas de angiospermas, incluindo três gêneros de leguminosas (Arapatiella, Brodriguesia, e Harleyodendron) (Lewis, 1987), quatro gêneros de gramíneas da subfamília Bambusoideae (Atractantha, Anomochloa, Alvimia e Sucrea), a maioria das espécies de Inga seção Affonsea (Fabaceae), o gênero Trigoniodendron (Trigoniaceae), e a piaçava, Attalea funifera (Arecaceae), uma palmeira de grande importância econômica (Guimarães e Silva, 2012).
Thomas et al. (1998) estimaram o nível de endemismo da flora de duas áreas localizadas na zona da Floresta Higrófila Sul Baiana. As estimativas foram feitas com o intuito de avaliar o endemismo na Floresta Atlântica como um todo e na área mais restrita ao sul da Bahia e norte do Espírito Santo, e derivaram de análises da distribuição das espécies conhecidas de cada área. Os checklists das espécies de cada área basearam-se nos espécimes identificados, resultado de intensotrabalho de coleta em uma floreta próxima de Serra Grande (40 km ao norte de Ilhéus) e na Reserva Biológica de Una (40 km ao sul de Ilhéus). Na Reserva de Una, 44,1 % das espécies são endêmicas das florestas costeiras e 28,1 % endêmicas do sul da Bahia e norte do Espírito Santo. Em Serra Grande, 41,6 % das espécies são endêmicas das florestas costeiras e 26,5 % endêmicas do sul da Bahia e norte do Espírito Santo.
O endemismo e a especificidade de hábitats são dois fatores fundamentais na determinação da raridade das espécies (Bibby et al., 1992; Goerck, 1997; Rabinowitz et al., 1986). Apesar do conhecimento que o endemismo local (como definido por Gentry, 1986) é alto na região sul da Bahia e norte do Espírito Santo, e que o endemismo está correlacionado com a raridade, não tem sido feitas tentativas para listar as espécies de plantas endêmicas do sul da Bahia e norte do Espírito Santo.
O novo gênero e espécie da familia Rutaceae, a Andreadoxa flava Kallunki, é um caso especial de endemismo muito restrito pois, mesmo apresentando uma vistosa floração, têm-se o registro de apenas três coletas e todas elas em um só indivíduo localizado na área do CEPEC - Centro de Pesquisas do Cacau. O typus foi coletado em 9 de dezembro de 1981, na Quadra I, e uma duplicata doi imediatamente encaminhada para o Museu Nacional do Rio de Janeiro.
A descoberta foi feita somente em 1988, pela pesquisadora Jacquelyn Kallunki, do Jardim Botanico de Nova York, cuja descrição foi publicada na revista Brittonia, onde nomeou o exemplar do CEPEC como holótipo e o do Museu Nacional como isótipo nesta descrição original. As outras duas coletas foram nomeadas como parátipos e duplicatas de uma delas estão depositadas nos Herbários K, NY, US, alem do CEPEC. A autora menciona que o fator raro pode ser devido às exigências do solo: profunfo e alta fertilidade do local. Trata-se de uma árvore mediana de cerca de 15m de altura por 12-15cm de diâmetro e a espécie faz homenagem ao pesquisador André Maurício Vieira de Carvalho, Curador do Herbário CEPEC, Ilhéus.
Em relação à fauna a Floresta Atlântica representa uma das mais ricas em diversidade de espécies de animais e está entre as cinco regiões do mundo que possuem o maior número de espécies endêmicas. Está intimamente relacionada com a vegetação, tendo uma grande importância na polinização de flores, e dispersão de frutos e sementes. A precariedade dos levantamentos sobre a fauna da Mata Atlântica torna sua descrição e análise mais difícil que no caso da vegetação (Adams, 2000), mas, apesar da carência de informações para alguns grupos taxonômicos, estudos comprovam uma diversidade bastante alta. 
 Os animais podem ser divididos em dois grupos, de acordo com o grau de exigência:
Os generalistas são pouco exigentes, apresentam hábitos alimentares variados, altas taxas de crescimento e alto potencial de dispersão. Estes fatores permitem a estes animais viverem em áreas de vegetação mais aberta ou mata secundária. São chamados de generalistas por causa do alto grau de tolerância e à capacidade de aproveitar eficientemente diferentes recursos oferecidos pelo ambiente. Ex: sabiá-laranjeira, sanhaço, pica-pau, gambá, morcegos, entre outros. 
Os especialistas, ao contrário dos primeiros, são extremamente exigentes quanto aos habitats que acupam. São animais que vivem em áreas de floresta primária ou secundária em alto grau de regeneração, apresentando uma dieta bastante específica. Para este grupo, a alteração do ambiente significa a necessidade de procurar novos hábitats que apresentem condições semelhantes às anteriores. Ocorre também a necessidade de grandes áreas para sobreviverem, sendo que sua redução pode ocasionar a impossibilidade de encontrar um parceiro para reprodução, comprometendo o número de indivíduos da espécie, podendo levá-la à extinção. Alguns destes animais, por representarem o topo de cadeias alimentares, possuem um número reduzido de filhotes, o que dificulta ainda mais a manutenção destas populações. Ex: onça-pintada, mono-carvoeiro, jacutingas, gavião-pombo, entre outros. 
A relação entre animais e plantas da Mata Atlântica é bastante harmônica. O fornecimento de alimento ao animal em troca do auxílio na perpetuação de uma espécie vegetal, é bastante comum. As plantas com flores e seus polinizadores  foram adaptando hábitos e necessidades ao longo de milhões de anos de convívio. Flores grandes e coloridas atraem muitos beija-flores, as perfumadas atraem as mariposas e algumas flores, para atrair moscas, exalam um perfume semelhante ao de podridão. Acredita-se que três a cada quatro espécies vegetais da Mata Atlântica, sejam dispersadas por animais, principalmente por aves e mamíferos, que alimentam-se de frutos e defecam as sementes ou as eliminam antes da ingestão. Pássaros frugívoros possuem grande percepção visual e se alimentam de sementes muitas vezes bem pequenas. Jacarés e lagartos, aproveitam os frutos caídos no chão e mamíferos como os macacos, acabam proporcionando a dispersão em grandes áreas.
A Floresta Atlântica possui uma grande biodiversidade de animais, além de muitos que já estão ameaçados de extinção, como: a onça-pintada, a jaguatirica, o mono-carvoeiro, o macaco-prego, o guariba, o mico-leão-dourado, vários sagüis, a preguiça-de-coleira, o caxinguelê, o tamanduá. Um breve resumo sobre os grupos:
Mamíferos - A Mata Atlântica possui 270 espécies de mamíferos, sendo 95 endêmicas, com a possibilidade de existirem diversas desconhecidas. São os componentes da fauna que mais sofreram com os vastos desmatamentos e a caça, verificando-se o desaparecimento total de algumas espécies em certos locais. Há uma grande quantidade de roedores e quirópteros (morcegos), e apesar de não ser tão rica em primatas quanto a Amazônia, possui um nº razoá-vel de espécies (Adams, 2000). Exceto em relação aos primatas, quase nada se sabe sobre a situação dos demais grupos de mamíferos da Mata Atlântica. (Coimbra Filho, 1984; Câmara, 1991).
Aves – Este bioma apresenta uma das mais elevadas riquezas de aves do planeta, com 1020 espécies. É um importante centro de endemismo, com 188 espécies endêmicas e 118 ameaçadas de extinção. Estas espécies encontram-se ameaçadas principalmente pela destruição de habitats, pelo comércio ilegal e pela caça seletiva de várias espécies. Um dos grupos que corre maior risco de extinção é o das aves de rapina (gaviões, por exemplo), que apesar de ter uma ampla distribuição, estão sofrendo uma drástica redução de seus nichos. Várias espécies quase se extinguiram pela caça, como é o caso dos beija-flores e psitacídeos em geral (araras, papagaios, periquitos) (Por, 1992).
Anfíbios - Com hábitos predominantemente noturnos e discretos, o que os torna pouco visíveis em seu ambiente natural, os anfíbios representam um dos mais fascinantes grupos. Exploram praticamente todos os hábitats disponíveis; apresentam estratégias reprodutivas altamente diversificadas e muitas vezes bastante sofisticadas, ocupam posição variável na cadeia alimentar e possuem vocalizações características, demonstrando a diversificação biológica e seu sucesso evolutivo. Em relação aos anuros (sapos, rãs e pererecas), um ecossistema bastante importante é o conhecido "copo" das bromélias, um reservatório que serve de moradia, alimentação e local para reprodução de algumas espécies. A Mata Atlântica concentra 372 espécies de anfíbios, cerca de 65% das espécies brasileiras conhecidas. Destas, 260 são endêmicas, evidenciando a importância deste grupo.
Répteis - Em relação à fauna de répteis, grande parte apresenta ampla distribuição geográfica, ocorrendo em outras formações como a Amazônia, Cerrado e até na Caatinga. No entanto, são conhecidas muitas espécies endêmicas da Mata Atlântica, por exemplo, o jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris) (MMA,2000). Uma comparação entre os répteis da Amazônia, da Mata Atlântica e do Nordeste dos Andes (Dixon, 1979, apud Por, 1992) mostrou que a Mata Atlântica possui cerca de 200 espécies, das quais43 também existem na Amazônia, 1 nos Andes e 18 são de larga distribuição neotropical. O endemismo dos répteis da Mata Atlântica é bastante acentuado (60 Spp.), entretanto novas espécies ainda estão sendo descobertas. 
Peixes - Os ecossistemas aquáticos da Mata Atlântica brasileira possuem fauna de peixes muito variada, associada de forma íntima à floresta que lhe proporciona proteção e alimento. (MMA, 2000). O número total de espécies de peixes da Mata Atlântica é 350, destas, 133 são endêmicas. O alto grau de endemismo é resultado do processo de evolução das espécies, em área isolada das demais bacias hidrográficas brasileiras. (MMA, 2000). A maior parte dos rios encontra-se degradada, principalmente pela eliminação das matas ciliares, erosão, assoreamento, poluição e represamento. Apesar de estudada há bastante tempo, a fauna de água doce brasileira não é bem conhecida. Nos rios da mata ombrófila densa, existem espécies dependentes da floresta para seu ciclo de vida, principalmente aquelas que se alimentam de insetos, folhas, frutos e flores (Adams, 2000), contribuindo também para a dispersão de sementes e frutos e para a manutenção do equilíbrio do ambiente aquático. Estes dados não incluem os insetos, os quais ocorrem em enorme quantidade. 
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2010), o bioma Mata Atlântica abriga também o maior nº de espécies ameaçadas: são 185 espécies de vertebrados (69,8% das espécies ameaçadas do Brasil), dos quais 118 aves, 16 anfíbios, 38 mamíferos e 13 répteis.
Infelizmente, nesse cenário de grande riqueza e endemismo de espécies observa-se também um elevado número de espécies em extinção. Em alguns grupos, como o das aves, 10% das espécies encontradas no bioma se enquadram em alguma categoria de ameaça. No caso dos mamíferos, o número de espécies ameaçadas de extinção atinge cerca de 14%.
Das 472 espécies da flora brasileira que constam na atual Lista Oficial de Espécies Ameaçadas de Extinção, 276 espécies, ou seja, mais de 50% são da Mata Atlântica.
As principais áreas preservadas se encontram em parques nacionais, como o de Superagüi (PR), de Itatiaia (MG, RJ), da Serra da Bocaina (SP, RJ), do Monte Pascoal e da Chapada Diamantina (ambos na BA) e do Iguaçu (PR); em parques estaduais como os da Ilha do Cardoso, da Ilha de São Sebastião, da Ilha Anchieta e da Serra do Mar, do Vale do Ribeira, da Serra do Japi (todos em SP), do Desengano (RJ) e nas estações ecológicas de Tapacurá (PE), Caratinga (MG), Poço das Antas (RJ) e Juréia (SP).
Em resumo, no total encontrado de cobertura vegetal nativa para o bioma foi de 26,97%, dos quais 21,80% são compostos por diferentes fisionomias florestais (vide Tabela abaixo). As florestas ombrófilas densas (9,10%) são o principal componente florestal do bioma, seguindo-se florestas estacionais semideciduais (5,18%). O pior cenário pertence às florestas ombrófilas abertas (com palmeiras), hoje praticamente extintas (0,25% do bioma). Dentre os encraves, as Estepes Gramíneo-lenhosas são as fisionomias mais representativas no bioma (2,69%). Os totais obtidos incluem as áreas de vegetação secundária em estágio mais avançado, de acordo com o estabelecido pelo MMA (2008).
	Região Fitoecológica Agrupada
	Área (km2)
	%
	Vegetação Nativa Florestal
	230.900,49
	21,80
	Vegetação Nativa Não-Florestal
	40.689,04
	3,84
	Formações Pioneiras
	14.051,26
	1,33
	Áreas Antrópicas
	751.372,78
	70,95
	Água
	15.364,13
	1,45
	Não Classificado
	6.650,15
	0,63
	Total
	1.059.027,85
	100,00
�
ECOSSISTEMAS DA MATA ATLÂNTICA NA BAHIA
	ECOSSISTEMA
	LOCALIZAÇÃO
	CARACTERÍSTICA
	
MANGUE
VEGETAÇÃO DA PRAIA
RESTINGA
BREJO
MATA CILIAR
(VÁRZEA)
	
Desembocaduras dos grandes rios e nas baias que possuem ilhas
Praticamente em todo o litoral da Bahia
As áreas costeiras não ocupadas por manguezais, entre a preamar e a restinga
Ocorre ao longo da costa, entre a vegetação de praia e as 1as elevações que coincidem com o começo da Mata Higrófila
Áreas permanentemente inundadas, por água doce, próx. às margens dos rios e lagoas
Vegetação que margeia os rios, principalmente aqueles susceptíveis a periódicas cheias
	
Baixa diversidade de ssp.
Alta densidade de árv./ha
Volume de 100m3/ha
Ervas prostradas, adaptadas à alta salinidade e à areia solta, em estreita área
Vegetação em áreas planas e de solos exclusivamente arenosos (areias quartzosas marinhas)
Geralmente arbustiva e subarbórea
Vol. de madeira: 20 m3/ha
Presença maciça de ssp. Herbáceas (a ex. de taboa, aninga e muitas Ciperáceas)
Vegetação rica em spp. de todos os portes, localizada em solo aluvial, frequentemente rico em matéria orgânica
	MATA HIGRÓFILA
MATA MESÓFILA
MATA DE CIPÓ
	Faixa de +/- 70 km de largura, paralela à costa, com algumas áreas remanescentes da mata.
Precipitação acima de 1.000 mm/ano
Faixa central do polígono da Região Cacaueira
Relevo ondulado
Remanescentes de mata sempre nos topos
No Planalto de Conquista e Poções
	Diversidade de Spp. (e de cultivos).
Ocorrência de elementos arbóreos de grande porte.
Vol. de madeira: 10 a 420 m3/ha
Vegetação semi-caducifólia
Precipitação 800 – 1.000 mm/ano.
Média de 120m3/há
Topografia plana
Precipitação pluviométrica em torno de 800 mm/ano
	OUTROS NA RESTINGA:
CAMPOS NATURAIS
“C. RUPESTRES”
“CERRADO”
	
Litoral
Litoral (?)
- Litoral (?)
	
CAATINGA
A caatinga (“Mata Branca”, na língua indígena), ocupa uma área de 1.100.000 km2 e é o único bioma exclusivamente brasileiro. Isto significa que grande parte do patrimônio biológico dessa região não é encontrada em outro lugar do mundo além de no Nordeste do Brasil. Ocupa cerca de 7% do território brasileiro. Estende-se pelos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia e norte de Minas Gerais. 
A caatinga tem uma fisionomia de deserto, com índices pluviométricos muito baixos, em torno de 500 a 700 mm anuais. Em certas regiões do Ceará, por exemplo, embora a média para anos ricos em chuvas seja de 1.000 mm, pode chegar a apenas 200 mm nos anos secos. A temperatura se situa entre 24 e 29 ºC e varia pouco durante o ano. Além dessas condições climáticas rigorosas, a região das caatingas está submetida a ventos fortes e secos, que contribuem para a aridez da paisagem nos meses de seca.
As plantas da caatinga possuem adaptações ao clima, tais como folhas transformadas em espinhos, cutículas altamente impermeáveis, caules suculentos etc. Todas essas adaptações lhes conferem um aspecto característico denominado xeromorfismo (do grego xeros, seco, e morphos, forma, aspecto). 
Duas adaptações importantes à vida das plantas nas caatingas são a queda das folhas na estação seca e a presença de sistemas de raízes bem desenvolvidos. A perda das folhas é uma adaptação para reduzir a perda de água por transpiração e raízes bem desenvolvidas aumentam a capacidade de obter água do solo.
A temperatura do solo chega a 60ºC e o sol forte acelera a evaporação da água das lagoas e rios que, nos trechos mais estreitos, secam e param de correr. Quando chega o verão, as chuvas encharcam a terra e o verde toma conta da região. Mesmo quando chove, o solo raso e pedregoso não consegue armazenar a água que cai e a temperatura elevada provoca intensa evaporação. Por isso, somente em algumas áreas próximas às serras, onde a abundância de chuvas é maior, a agricultura se torna possível. 
 A vegetação do bioma é extremamente diversificada, incluindo, além das caatingas, outros ambientes associados. São reconhecidos 12 tipos diferentes de Caatingas, que chamam atenção especial pelos exemplos fascinantes de adaptações aos hábitats semi-áridos. Tal situação pode explicar, parcialmente, a grande diversidade de espécies vegetais, muitas das quais endêmicas ao bioma.A caatinga apresenta três estratos: arbóreo (8 a 12 metros), arbustivo (2 a 5 metros) e o herbáceo (abaixo de 2 metros). Contraditoriamente, a flora dos sertões é constituída por espécies com longa história de adaptação ao calor e à seca, é incapaz de reestruturar-se naturalmente se máquinas forem usadas para alterar o solo. A degradação é, portanto, irreversível na caatinga. 
 O aspecto geral da vegetação, na seca, é de uma mata espinhosa e agreste. Algumas poucas espécies da caatinga não perdem as folhas na época da seca. Entre essas destaca-se o juazeiro, uma das plantas mais típicas desse ecossistema. 
 Ao caírem as primeiras chuvas no fim do ano, a caatinga perde seu aspecto rude e torna-se rapidamente verde e florida. Além de cactáceas, como Cereus (mandacaru e facheiro) e Pilocereus (xiquexique), a caatinga também apresenta muitas leguminosas (mimosa, acácia, emburana, etc.). Algumas das espécies mais comuns da região são a emburana, a aroeira, o umbu, a baraúna, a maniçoba, a macambira, o mandacaru e o juazeiro.
 No meio de tanta aridez, a caatinga surpreende com suas "ilhas de umidade" e solos férteis. São os chamados brejos, que quebram a monotonia das condições físicas e geológicas dos sertões. Nessas ilhas, é possível produzir quase todos os alimentos e frutas peculiares aos trópicos.
 
3. CERRADO 
Localizado basicamente no Planalto Central do Brasil, o cerrado é o segundo maior bioma do País, ocupando uma área de aproximadamente 2.000.000 km2, superado apenas pela Floresta Amazônica. O bioma é cortado por três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul, com índices pluviométricos regulares que lhe propiciam biodiversidade.Ocupa uma área superior a 2 milhões de km², cerca de 23% do território brasileiro, abrangendo os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Piauí, o Distrito Federal, Tocantins e parte dos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, São Paulo, Paraná e Rondônia. Ocorre também em outras áreas nos estados de Roraima, Pará, Amapá e Amazonas. 
PRIVATE�As savanas do Brasil destacam-se como unidades fitofisionômicas pela sua grande expressividade quanto ao percentual de áreas ocupadas. Dependendo do seu adensamento e condições edáficas, pode apresentar mudanças diferenciadas denominadas de Cerradão, Campo Limpo e Cerrado, entremeadas por formações de florestas, várzeas, campos rupestres e outros.
	Dentro do bioma Cerrado destaca-se o ecossistema Campo Rupestre, tipo de vegetação sobre topos de serras e chapadas de altitudes superiores a 900m com afloramentos rochosos onde predominam ervas e arbustos, podendo ter arvoretas pouco desenvolvidas. Em geral, ocorre em mosaicos, não ocupando trechos contínuos. Apresenta topografia acidentada e grandes blocos de rochas com pouco solo, geralmente raso, ácido e pobre em nutrientes orgânicos. Em Campos Rupestres é alta a ocorrência de espécies vegetais restritas geograficamente àquelas condições ambientais (endêmicas), principalmente na camada herbáceo-subarbustiva. Algumas espécies destacam-se nessa vegetação como: Wunderlichia spp (flor-do-pau), Bulbophyllum rupiculum (orquídea), Xyris paradisiaca (pirecão) e Paniculum chapadense (gramínea).
	Apesar de abranger uma extensa área, a região de cerrado apresenta clima bastante regular, classificado como continental tropical semi-úmido.A temperatura média é de 25ºC, registrando máximas de 40ºC no verão. Os meses mais frios são junho e julho, com temperaturas que variam de 20 a 10ºC. Em agosto a temperatura é mais alta. 
Um dos fatores limitantes no Cerrado é a deficiência hídrica, que ocorre devido à má distribuição das chuvas, à intensa evapotranspiração e às características dos solos que apresentam baixa capacidade de retenção de água e alta velocidade de infiltração. 
PRIVATE�Os pontos mais elevados do Cerrado estão na cadeia que passa por Goiás em direção sudeste-nordeste: o Pico Alto da Serra dos Pirineus, com 1.600 metros de altitude; e a Chapada dos Veadeiros, com 1.250 metros de altitude.
A cobertura vegetal do Cerrado, que corresponde a cerca de 20% do território nacional. Apresenta as mais diversas formas de vegetação, desde dos campos sem árvores, ou arbustos, até o cerrado lenhoso denso com matas ciliares. O Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo em biodiversidade com a presença de diversos ecossitemas, riquíssima flora com mais de 10.000 epécies de plantas, com 4.400 endêmicas desse bioma. As árvores mais altas do cerrado chegam a 15 metros de altura e formam estruturas irregulares. Apenas nas matas ciliares as árvores ultrapassam 25 metros e possuem normalmente folhas pequenas e decíduas. Nos chapadões arenosos e nos quentes campos rupestres do Cerrado, estão as mais exuberantes e exóticas bromeliáceas, cactos e orquídeas, contando com centenas de espécies endêmicas. 
Estudos recentes (MMA, 2008) indicam que a área do Cerrado recoberta por vegetação nativa em suas diversas fitofisionomias, considerando-se o ano base 2002, representa 60,42% do bioma. A Região Fitoecológica predominante é a de Savana Arborizada, que responde por 20,42% de todo o Cerrado, seguindo-se Savana Parque, que recobre 15,81% deste. A área florestada, somadas as diversas fitofisionomias nessa categoria, abrange 36,73% do bioma, enquanto a área não florestada recobre 23,68% deste. O restante refere-se aos 38,98% de área antrópica, onde a categoria predominante é a de pastagens cultivadas (26,45% do bioma), e a 0,6% de água.
	Região Fitoecológica Agrupada
	Área (km2)
	%
	Vegetação Nativa Florestal
	751.943,49
	36,73
	Vegetação Nativa Não-Florestal
	484.827,26
	23,68
	Áreas Antrópicas
	797.991,72
	38,98
	Água
	12.383,88
	0,6
	Total
	2.047.146,35
	100,00
No ambiente do Cerrado são conhecidas, até o momento, 1.575 espécies animais, formando o segundo maior conjunto animal do planeta. Cerca de 50 das 100 espécies de mamíferos (pertencentes a cerca de 67 gêneros) estão no cerrado. Apresenta também 837 espécies de aves; 150 de anfíbios, das quais 45 são endêmicas; 120 espécies de répteis, das quais 45 endêmicas; apenas no Distrito Federal, há 90 espécies de cupins, 1.000 espécies de borboletas e 500 de abelhas e vespas.
4. FLORESTA AMAZÔNICA
A extensão total aproximada da Floresta Amazônica é de 5,5 milhões de km², sobrepondo-se à área da bacia hidrográfica amazônica com 7 milhões de km² (incluindo a bacia dos rios Araguaia e Tocantins). A floresta amazônica distribui-se mais ou menos da seguinte forma, dentro e fora do território nacional: 60% no Brasil, e o restante (40%) pela Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.
Estes 60% correspondentes ao Brasil constituem a chamada Amazônia Legal, abrangendo os Estados do Amazonas, Amapá, Mato Grosso, oeste do Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Além destas "divisões", a floresta amazônica ainda engloba 38% (1,9 milhões de km²) de florestas densas; 36% (1,8 milhões de km²) de florestas não densas; 14% (700 mil km²) de vegetação aberta, como cerrados e campos naturais, sendo 12% da área ocupada por vegetação secundária e atividades agrícolas.
A Amazônia possui grande importância para a estabilidade ambiental do Planeta. Nela estão fixadas mais de uma centena de trilhões de toneladas de carbono. Sua massa vegetal libera algo em torno de sete trilhões de toneladas de água anualmente para a atmosfera, via evapotranspiração, e seus rios descarregam cerca de 20% de toda a água doce que é despejada nos oceanos pelos rios existentes no globo terrestre.
Além de sua reconhecida riqueza natural, a Amazônia abriga expressivo conjunto de povos indgenas e populações tradicionais que incluem seringueiros, castanheiros, ribeirinhos, babaçueiras, entre outros, que lhe conferem destaque em termos de diversidade cultural. Este patrimônio socioambiental brasileiro chega ao ano de 2002 com suas características originais relativamente bem preservadas. Atualmente,na Amazônia, ainda é possível a existência de pelo menos 50 grupos de indígenas arredios e sem contato regular com o mundo exterior.
 A Amazônia, como floresta tropical, apresenta-se como um ecossistema extremamente complexo e delicado. Todos os elementos (clima, solo, fauna e flora) estão tão estreitamente relacionados que não se pode considerar nenhum deles como principal. 
Durante muito tempo, atribuiu-se à Amazônia o papel de “pulmão do mundo”. Hoje, sabe-se que a quantidade de oxigênio que a floresta produz durante o dia, pelo processo da fotossíntese, é consumida à noite. Mas, devido às alterações climáticas que causa no planeta, a Floresta Amazônica vem sendo chamada como “o condicionador de ar do mundo”. A importância da Amazônia para a humanidade não reside apenas no papel que desempenha para o equilíbrio ecológico mundial. A região é o berço de inúmeros povos indígenas e constitui-se numa riquíssima fonte de matéria-prima (alimentares, florestais, medicinais, energéticas e minerais).
 Há predomínio de temperaturas médias anuais entre 22 e 28ºC, com uniformidade térmica e, normalmente, não se percebe a presença de variações estacionais no decorrer do ano. O total de chuvas varia de 1.400 a 3.500 mm por ano. O clima é distribuído de maneira a caracterizar duas épocas distintas: a seca e a chuvosa.
O volume de água do rio Amazonas é tão grande que sua foz, ao contrário dos outros rios, consegue empurrar a água do mar por muitos quilômetros. O oceano atlântico só consegue reverter isso durante a lua nova quando, finalmente, vence a resistência do rio. O choque entre as águas provoca ondas que podem alcançar até 5m de altura, avançando rio adentro. 
O relevo amazônico não apresenta altitudes acima de 200 metros, porém, nesta região (fronteira do Brasil com a Venezuela) localiza-se o ponto culminante do País, o Pico da Neblina, com 3.014 metros, mais precisamente na Serra do Imeri. 
Devido às precipitações e as temperaturas elevadas, o solo sofre alterações em seu material de origem (minerais) e lixiviação em suas bases, tornado-se profundos e bem drenados, apresentando coloração vermelha ou amarela, pouco férteis e ácidos. Caracteriza-se, então como: Oxissolo (latossolo) - excelente textura granular, baixíssima fertilidade natural, propriedade uniforme em sua profundidade, ocupando 45% da área; e Ultissolo (pdzólico vermelho-amarelo) - horizonte de acumulação de argila, propriedade física menos favorável para agronomia e baixa fertilidade natural, ocupando 30% da Amazônia. 	
A grande biodiversidade é característica reconhecida das florestas úmidas da Amazônia; abrange espécies biológicas, ecossistemas, populações de espécies diversas e uma grande diversidade genética. Como exemplo, pode-se citar o fato de serem conhecidas 2.500 espécies de árvores na Amazônia.
Em uma análise por satélite da Amazônia, foram identificados 104 sistemas de paisagens, o que revela uma alta diversidade e complexidade de ecossistemas. A biodiversidade torna-se cada vez mais valorizada como fonte potencial de informações genéticas, químicas, ecológicas, microbiológicas, etc. A diversidade de árvores na Amazônia varia entre 40 e 300 espécies diferentes por hectare. Das 250.000 espécies de plantas superiores da terra, 170.000 (68%) vivem exclusivamente nos trópicos, sendo 90.000 na América do Sul. A Amazônia possui 3.650.000 km² de florestas contínuas.
Em termos de fauna, a principal explicação para grande variedade na Amazônia é a teoria do refúgio. Nos últimos 100.000 anos, o planeta sofreu vários períodos de glaciação, em que as florestas enfrentaram fases de seca ferozes. Desta forma as matas expandiram-se e depois reduziram-se. Nos períodos de seca prolongados, cada núcleo de floresta ficava isolada do outro.
Os invertebrados constituem mais de 95% das espécies dos animais existentes e distribuem-se entre 20 a 30 filos. Na Amazônia, estes animais diversificaram-se de forma explosiva, sendo a copa de árvores das florestas tropicais e o centro da sua maior diversificação. A pesar de dominar a Floresta Amazônica em termos de números de espécies, números de indivíduos e biomassa animal e da sua importância para o bom funcionamento dos ecossistemas, por meio de sua atuação como polinizadores, agentes de dispersão de sementes, "guarda-costas", de algumas plantas e agentes de controle biológico natural de pragas, e para o bem-estar humano, os invertebrados ainda não receberam prioridade na elaboração de projetos de conservação biológica e raramente são considerados como elementos importantes da biodiversidade a ser preservada. Mais de 70% das espécies amazônicas ainda não possuem nomes científicos e, considerando o ritmo atual de trabalhos de levantamento e taxonomia, tal situação permanecerá.
O número total de espécies de mamíferos existentes no mundo é estimada em 4.650, com 502 representantes no Brasil. Na Amazônia, são registradas anualmente 311 espécies, sendo 22 de marsupiais, 11 edentados, 124 morcegos, 57 primatas, 16 carnívoros, dois cetáceos, cinco ungulados, um sirênio, 72 roedores e um lagomorfo. Esses números, entretanto, devem ser considerados apenas como aproximados, pois certamente serão modificados na medida em que revisões taxonômicas forem realizadas e novas áreas sejam amostradas. 
PANTANAL
 Ocupa grande parte do centro oeste brasileiro e se estende pela Argentina, Bolívia e Paraguai, onde recebe outras denominações. Dificilmente pode ser estabelecido um cálculo exato de suas dimensões, sabendo-se, porém, que a porção brasileira, localizada em partes dos Estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, está estimada em cerca de 151.000 Km². 
Os dados obtidos pelo MMA (2008) indicam que o bioma Pantanal ainda é bastante conservado (ano base 2002), apresentando 86,77 % de cobertura vegetal nativa, contra 11,54% de áreas antrópicas. As fitofisionomias florestais (Floresta Estacional Semi-decidual e Floresta Estacional Decidual) respondem por 5,07% da área do bioma, enquanto as fitofisionomias não-florestais (Savana [Cerrado], Savana Estépica [Chaco], Formações Pioneiras, Áreas de Tensão Ecológica ou Contatos Florísticos [Ecótonos e Encraves] e Formações Pioneiras) respondem por 81,70% da área do Pantanal. A Savana (Cerrado) predomina em 52,60% do bioma, seguida por contatos florísticos, que ocorrem em 17,60% da área. Com relação à área antrópica, nota-se que a agricultura é inexpressiva no bioma (0,26%), dando lugar à pecuária extensiva em pastagens plantadas, que equivalem a 10,92% da área do bioma e ocupam 94,68% da área antrópica.
	Região Fitoecológica Agrupada
	Área (km2)
	%
	Vegetação Nativa Florestal
	7.662,00
	5,07
	Vegetação Nativa Não-Florestal
	123.527,00
	81,70
	Áreas Antrópicas
	17.439,90
	11,54
	Água
	2.557,30
	1,69
	Total
	151.186,20
	100,00
Situado no centro do Continente Sul-Americano, o Pantanal é circundado, do lado brasileiro (Norte, Leste e Sudeste), por terrenos de altitude entre 600-700 metros, entre os paralelos de 150 a 220º de latitude sul e os meridianos de 550 e 580º de longitude oeste.Estende-se a oeste até os contrafortes da Cordilheira dos Andes e se prolonga ao sul pelas planícies pampeanas centrais.
Na região pantaneira, a paisagem altera-se profundamente nas duas estações bem definidas do ano: a seca e a chuvosa. Durante a seca, nos campos extensos cobertos predominantemente por gramíneas e vegetação de cerrado, a água chega a escassear, restringindo-se aos rios perenes de leitos definidos, às lagoas próximas a esses rios e a alguns banhados em áreas mais rebaixadas da planície. De novembro a março, o Pantanal vive o período das cheias. A vegetação muda segundo o tipo de solo e de inundação, predominando espécies de cerrado nas terras arenosas - conhecido como Pantanal Alto - e gramíneas nas terras argilosas, do Pantanal Baixo. 
Com a subida das águas, volumosa quantidade de matéria orgânica é carregada pela correnteza a grandes distâncias. Durante avazante, esses detritos são depositados nas margens e praias de rios, lagoas e banhados, passando a se constituir em elementos fertilizantes do solo.
No Pantanal, o clima, predominantemente tropical, apresenta características de continentalidade, com diferenças bem marcantes entre as estações seca e chuvosa. Localizada na porção centro-sul do Continente Sul-Americano, a região não sofre influências oceânicas, mas está exposta à invasão de massas frias provenientes das porções mais meridionais, com penetração rápida pelas planícies dos pampas e do chaco.
A temperatura, usualmente alta, pode baixar rapidamente (ficando as mínimas próximas a 0ºC e as máximas a 40ºC) e até haver ocorrências de geadas. As médias anuais registradas, em torno de 25ºC, têm como mínima 15ºC e máxima 34ºC.
A vegetação do Pantanal é um mosaico de matas, cerradões, savanas, campos inundáveis de diversos tipos, brejos e lagoas com plantas típicas como camalotes. No Pantanal, é comum a ocorrência de formações vegetais, entre elas estão os carandazais, nos quais o elemento predominante é a palmeira carandá, os buritizais, onde domina a palmeira buriti e os paratudais, formados por um tipo de ipê, o paratudo. A flora pantaneira tem alto potencial econômico: pastagens nativas, plantas apícolas, comestíveis, taníferas e medicinais.
Nas beiras dos rios há uma mata-de-galeria ou mata ciliar, com espécies vegetais como o tucum, o jenipapo, o cambará e o pau-de-novato. 
A fauna é bastante rica e diversificada. Porém, há muitas espécies ameaçadas de extinção. Estão presentes cerca de 230 espécies de peixes, destacando-se a piranha, o pintado, o pacu, o curimbatá e o dourado. O maior peixe do Pantanal é o jaú, um bagre gigante, pesa até 120 Kg, e chega a 1,5 metros de comprimento. O jacaré-do-pantanal, é quase inofensivo ao ser humano, atinge 2,5 metros de comprimento e alimenta-se de peixes. O jacaré-açu atinge 6 metros de comprimento. Pode mudar de cor para se camuflar e só ataca quando ameaçado. A sucuri-amarela-do-pantanal mede até 4,5 metros, alimenta-se de peixes, aves e pequenos mamíferos. A sucuri amazônica mede até 10 metros e é capaz de engolir uma capivara adulta.
Cerca de 650 espécies de aves povoam a região, entre eles, o tuiuiú, ave-símbolo do Pantanal, com as asas abertas ultrapassa os 2 metros de envergadura. 
6. CAMPOS SULINOS (ou PAMPAS)
Os campos da região sul do Brasil são denominados de “pampas”, termo indígena que significa região plana, abrangendo o Estado do Rio Grande do Sul, o Uruguai e a Argentina. No Brasil, cobre uma área de aproximadamente 178.000 km2 (IBGE, 2004).
O mapeamento da cobertura vegetal do bioma Pampa permitiu identificar três tipos de formações vegetais: Campestre, Florestal e área de Transição (vide Tabela abaixo). No total, 41,32% da área do bioma Pampa apresenta cobertura vegetal nativa, enquanto 48,70% encontram-se modificados por uso antrópico (MMA, 2008).
	Região Fitoecológica Agrupada
	Área (km2)
	%
	Vegetação Nativa Florestal
	9.591,05
	5,38
	Vegetação Nativa Campestre
	41.054,61
	23,03
	Vegetação Nativa - Transição
	23.004,08
	12,91
	Áreas Antrópicas
	86.788,70
	48,70
	Água
	17.804,57
	9,98
	Total
	178.243,01
	100,00
As florestas dos Campos Sulinos abrangem em sua maioria as florestas tropicais mesófilas, florestas subtropicais e os campos meridionais. As florestas subtropicais compreendem basicamente a Floresta com Araucária, distribuindo-se sobre os planaltos oriundos de derrames basálticos, e caracterizando-se principalmente pela presença marcante do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia). E em direção ao Chuí, na divisa com o Uruguai, estabelece-se um campo com formas arbustivas sobre afloramentos rochosos.
A agricultura, a pecuária de corte e a industrialização trouxeram vários problemas ambientais, como a degradação, a compactação dos solos, a contaminação e o assoreamento dos aqüíferos, devido ao manejo inadequado das culturas. O manejo inadequado em áreas inapropriadas dos campos sulinos tem levado a um processo de desertificação, principalmente em áreas cujo substrato é o arenito, na abrangência das bacias dos rios Ibicuí e Ibarapuitã. 
O clima nos campos sulinos é caracterizado com altas temperaturas no verão, chegando a 35ºC, e o inverno é marcado com geadas e neve em algumas regiões, marcando temperaturas negativas. A precipitação anual situa-se em torno de 1.200 mm, com chuvas concentradas nos meses de inverno. O clima é frio e úmido.
A vegetação predominante é de gramíneas, representadas pelos gêneros Andropogon, Aristida, Paspalum, Panicum e Eragrotis, leguminosas e compostas. As árvores de maior porte são fornecedoras de madeira, tais como o louro-pardo, o cedro, a cabreúva, a grápia, a guajuvira, a caroba, a canafístula, a bracatinga, a unha-de-gato, o pau-de-leite, a canjerana, o guatambu, a timbaúva, o angico-vermelho, entre outras espécies características como, a palmeira-anã (Diplothemium campestre). Os campos sulinos possuem uma diversidade de mais de 515 espécies.
Já os terrenos planos das planícies e planaltos gaúchos e as coxilhas, de relevo suave-ondulado, são colonizados por espécies pioneiras campestres que formam uma vegetação tipo savana aberta. Há ainda áreas de florestas estacionais e de campos de cobertura gramíneo-lenhosa.
É um ecossistema rico em relação à biodiversidade de espécies animais, contando com espécies endêmicas, raras, ameaçadas de extinção, espécies migratórias, cinegéticas e de interesse econômico dos campos sulinos. As principais espécies ameaçadas de extinção são exemplificadas por inúmeros animais, como: a onça-pintada, a jaguatirica, o mono-carvoeiro, o macaco-prego, o guariba, o mico-leão-dourado, vários sagüis, a preguiça-de-coleira, o caxinguelê, o tamanduá.
Entre as aves destacam-se o jacu, o macuco, a jacutinga, o tiê-sangue, a araponga, o sanhaço, numerosos beija-flores, tucanos, saíras e gaturamos.
Entre os mamíferos, 39% também são endêmicos, o mesmo ocorrendo com a maioria das borboletas, dos répteis, dos anfíbios e das aves nativas. Nela sobrevivem mais de 20 espécies de primatas, a maior parte delas endêmicas.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
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 Ed. Terra Viva/SPI, Brasília. 160p.
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VALLS, J. F. M. 2000. A preservação da Biodiversidade e as Novas Tecnologias. In
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Mata Atlântica
Caatinga
Cerrado
Pantanal
Floresta Amazônica
Campos Sulinos
� Textos parcialmente compilados das Referências Bibliográficas citadas no final. 
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