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Curso de Sistemas de Liberação de Fármacos MÓDULO II Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada. M 35 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores MÓDULO II EMULSÕES SUBMICRÔMICAS Definição Emulsões submicrômicas são emulsões de óleo em água que podem ser definidas como fina dispersão com tamanhos de gotículas de óleo na faixa de 200- 500nm, estabilizadas com fosfolipídios como principal agente emulsificante. Emulsões submicrômicas têm sido usadas em nutrição parenteral há 40 anos e mais recentemente têm sido introduzidas como veículo de liberação de fármacos apolares, cuja administração intravenosa é dificultada por sua baixa solubilidade em água. Nos últimos anos as emulsões submicrômicas têm ganhado maior atenção como transportadores de fármacos, não apenas para uso parenteral, mas para aplicação ocular ou tópica e também para uso oral. Emulsões óleo em água (O/A) são sistemas heterogêneos nos quais o óleo é disperso na forma de gotículas na água; elas representam um prospecto interessante para o desenvolvimento de formulações para o uso como veículos para a liberação de fármacos no corpo humano. As aplicações farmacêuticas incluem o uso como transportadores para: • Fármacos pouco solúveis em água. • Sistemas de liberação sustentada. • Liberação de fármacos sítio-específicas por ligações de ligantes para vários receptores celulares, na superfície da gotícula. O desenvolvimento e a introdução de emulsões lipídicas para uso intravenoso em humanos ofereceu possibilidades de suprir substratos ricos em energia com pequenos volumes de infusão, NPT (nutrição parenteral total). As contínuas pesquisas com emulsões lipídicas têm revelado outras indicações, exemplificadas pelo uso de lipídios para liberação de fármacos, para redução da toxicidade de fármacos e para objetivos radiográficos. A primeira emulsão intravenosa aprovada, Intralipid®, mais de trinta anos atrás foi desenvolvida para nutrição parenteral. Consiste em uma emulsão O/A de 10 ou 20 % de gotículas de óleo de soja (70-400nm de tamanho) estabilizadas por uma monocamada de mistura de fosfolipídios de gema de ovo (1,2 %) e glicerol (2,25 %) como agente osmótico. A aplicação e a aceitabilidade clínica das emulsões em nutrição parenteral demonstraram a possibilidade de uso da fase interna oleosa para solubilizar fármacos insolúveis em água. A tecnologia de liberação de fármacos em sistema coloidal ou veículo lipídico consiste em estáveis partículas submicrômicas de emulsões O/A, denominada Emulsões Submicrômicas. As gotículas das emulsões submicrômicas são caracterizadas por um tamanho médio de menos de um micrômetro (geralmente na faixa de 100-500nm) uniformemente dispersas na fase aquosa. A redução no tamanho da gotícula é essencial para gerar preparações com maior estabilidade. A fase interna hidrofóbica das gotículas das emulsões submicrômicas oferece uma grande capacidade de solubilização de compostos insolúveis em água, comparado com outros veículos lipídicos como os lipossomas (Figura 13). Figura 14. Estrutura microscópica das emulsões submicrômicas (OLIVEIRA et al, 2004). As emulsões submicrômicas são termodinamicamente instáveis o que pode levar a agregação, floculação, coalescência e eventual separação de fases. Esses sistemas são considerados muito sensíveis para qualquer modificação no conteúdo e muitos fármacos têm sido introduzidos com sucesso. Exemplos de formulações 36 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 37 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores comerciais são emulsões intravenosas com diazepam, propofol, vitaminas lipofílicas ou anfotericina B. A emulsão submicrômica contém uma fase oleosa (10 - 20 % p/V) composta por lipídios naturais e óleos, freqüentemente ácido oléico, óleo de triglicerídios de cadeia média (MCT – médium chain triglycerides), ou óleo de triglicerídios de cadeia longa (LCT – long chain triglycerides) e lecitina de ovo (0,5-2 %), dispersos em fase aquosa (80-90 %) com a ajuda de tensoativo não iônico (1-2 %) como polissorbatos, tiloxapol, poloxamers, ou derivados de polioxietileno. O fármaco é usualmente dissolvido ou disperso na fase oleosa. Antioxidantes (edetato de sódio, tocoferols) e preservativos (parabenos) são adicionados para preservar a formulação de contaminação microbiana ou degradação do fármaco. Todos os componentes utilizados são materiais de grau farmacêutico. A preparação de emulsões submicrômicas requer grande quantidade de energia. Técnicas de preparação refinadas como ultrassonicação ou homogeneização por alta pressão são vitais, com a homogeneização por alta pressão sendo preferida pela sua melhor efetividade e maior homogeneidade na distribuição do tamanho das gotículas. Óleos e compostos altamente lipofílicos como oleato de colesterol, formam a estrutura da parte central das emulsões lipídicas. A hidrólise pelas enzimas lipolíticas e a ligação com apoliproproteínas pode depender da composição da fase oleosa das emulsões. Para cumprir com as exigências de emulsões parenterais, os óleos devem ser selecionados cuidadosamente. A fase oleosa da emulsão é baseada principalmente em triglicerídeos de cadeia longa (LCT) de origem vegetal. Triglicerídios de cadeia média (MCT) têm também sido usados, sozinhos ou em combinação com LCT, pela sua habilidade de dissolver altas concentrações de fármacos lipossolúveis. Os efeitos do comprimento das cadeias dos triglicerídios são extensivamente investigados. Muitas emulsões oleosas no mercado são compostas por MCT ao invés de LCT com o óleo de soja. O constituinte ácido carboxílico dos LCT é maior que 12 no comprimento da cadeia carbônica, enquanto que dos MCT é entre 6 e 12. 38 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Após administração intravenosa, emulsões de MCT são eliminadas mais rapidamente que as emulsões de LCT a partir do plasma. É conhecido que a eliminação de emulsões de LCT como o Intralipid® relembra a eliminação de quilomícrons e é suscetível à interação com HDL das apoliproproteínas plasmáticas. Os emulsificantes determinam as propriedades da interface das emulsões lipídicas e influenciam a disposição in vivo das emulsões. Muitas emulsões são formuladas com apenas um emulsificante, mas outras são preparadas por mistura de dois ou mais. A estabilização de emulsões é conseguida pela adição de agentes emulsificantes capazes de reduzirem a tensão interfacial do sistema e por formarem um filme interfacial ao redor das gotículas de óleo. O maior problema acerca do uso de emulsões como transportadoras de fármacos é a necessidade de produzir partículas pequenas e, em geral, as partículas coloidais administradas intravenosamente são rapidamente capturadas pelas células do sistema fagocítico mononuclear.Além do mais, a incorporação de certos fármacos na formulação da emulsão com fosfolipídios como único emulsificante, tem levado a uma redução na estabilidade e causa separação de fases. A combinação entre fosfolipídios e poloxamer como um complexo emulsificante, ocasiona um aumento na estabilidade, provavelmente pela formação de um filme interfacial entre o poloxamer e as moléculas de fosfolipídios na interface O/A. O destino biológico de emulsões carregadas positivamente pode ser diferente daquele de emulsões carregadas negativamente, o que é conseguido pela carga interfacial das gotículas de óleo. Os fosfolipídios comerciais contêm principalmente fosfatidilcolina (PC), que é uma forma zwitteriônica e neutra em um grande intervalo de pH, e fosfolipídios carregados negativamente como a fosfatidiletanolamina (PE), fosfatidilserina (PS) e ácido fosfatídico (PA). A ionização é marcadamente pH dependente, portanto, as gotículas de emulsões estabilizadas pelos fosfolipídios comerciais carregam uma carga negativa. Emulsões carregadas positivamente têm muitas vantagens em comparação com as carregadas 39 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores negativamente. Pesquisadores acreditam que emulsões submicrômicas carregadas positivamente podem alterar o perfil farmacocinético de alguns fármacos incorporados e acentuar a localização de grandes concentrações de fármacos em órgãos-alvo. O agente carregado positivamente mais utilizado é a estearilamina (SA) com pka de 10,6. Ela é um emulsificante que leva a uma carga positiva na interface da gotícula em uma grande faixa de pH, e o que contribui para isto é o grupo amino primário. Óxidos aminos são descritos como tensoativos não iônicos, mas pela protonação dos grupos amino eles são catiônicos em baixo pH e são não iônicos em altos potenciais hidrogeniônicos. A lecitina é uma mistura de fosfolipídios com fosfatidilcolina como principal constituinte (mais de 98 % p/p). Lecitinas de soja ou de ovo, bem como seus fosfolipídios purificados são usados em objetivos farmacêuticos como componentes de lipossomas, micelas e emulsões submicrômicas. Todas essas estruturas são boas transportadoras de fármacos lipossolúveis e é documentado que os fosfolipídios têm um importante papel na solubilização de fármacos. Portanto, o aumento na solubilidade de fármacos em emulsões submicrômicas é geralmente explicado pela presença de fase oleosa enquanto que a contribuição da lecitina, neste efeito, tem sido avaliada. Nestes sistemas contendo fosfolipídios, muitas diferentes estruturas como lipossomas, micelas, nanopartículas e estruturas semelhantes estão presentes e provavelmente estas estruturas podem estar presentes nas emulsões submicrômicas estabilizadas com lecitina. Portanto, a solubilização de fármacos em emulsões pode ocorrer não somente nas gotículas de óleo ou interface, mas também nas estruturas fosfolipídicas presentes na fase aquosa. Alguns pesquisadores em estudos para investigar o potencial de solubilização de estruturas fosfolipídicas puras, comparado com as emulsões submicrômicas, concluíram que em comparação com a água, todas as formulações fornecem um aumento na solubilidade de fármacos hidrofóbicos. Para compostos bastantes lipofílicos a presença de óleo, como nas emulsões, e não da lecitina, é o maior fator determinante da solubilidade. Os resultados também suportam a idéia 40 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores que fármacos menos lipofílicos são solubilizados nas emulsões submicrômicas, principalmente pelos fosfolipídios. Muitos éteres de celulose, por exemplo, metilcelulose e hidroxipropilmetilcelulose, têm sido utilizados em emulsões submicrômicas. Eles são conhecidos pela tolerância fisiológica em uso contínuo e também por aumentar a viscosidade das preparações, o que é bastante positivo em formas farmacêuticas de uso ocular. Emulsões lipídicas são um promissor sistema de liberação de fármacos os quais podem solubilizar quantidades consideráveis de fármacos lipofílicos, controlar a disposição in vivo dos fármacos incorporados e liberar fármacos em sítios específicos. Fármacos com moderada lipofilicidade são rapidamente liberados das emulsões, porém, um aumento na lipofilicidade dos fármacos, por uma modificação química (pró-fármaco), pode ser promissor para conseguir controle preciso de sua disposição in vivo com formulações de emulsões. A estabilidade insatisfatória é o maior fator limitante do uso destas emulsões como veículo para muitos fármacos; a relação entre as propriedades fisico-químicas dos fármacos e seu potencial de desestabilização faz com que as emulsões submicrômicas sejam não muito investigadas. A interação de fármacos com as emulsões submicrômicas é naturalmente complexa e é difícil predizer mudanças na estabilidade física do sistema. Normalmente, um aumento na razão de emulsificante/fase oleosa leva a um aumento na estabilidade da emulsão. A preservação de emulsões não estéreis é necessária porque são compostas por ingredientes de origem natural, como lecitina ou óleos, que são passíveis de crescimento microbiano. Além do mais, preservativos antimicrobianos têm que ser adicionados em emulsões submicrômicas estéreis quando acondicionados em frascos multidose e usualmente são ainda levados para esterilização por filtração. Geralmente, o tamanho da gotícula de óleo passa através de filtros de 0,2 μm, porém, após a adição de fármacos, o tamanho das gotículas de óleo aumenta. Para estas preparações, uma filtração asséptica através de filtros de 41 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 0,45 μm, juntamente com uma preservação adequada, pode vir a ser uma alternativa. Os parabenos são os preservativos mais adequados de acordo com muitos pesquisadores, considerando características visuais ou tamanhos de gotículas bem como os valores de pH. Além dos parabenos, outros três agentes, chamados feniletanol, cresol e cloreto de benzalcônio, não influenciam a estabilidade física das emulsões, porém uma significante mudança no pH, na presença destes agentes , pode causar problemas na estabilidade química das preparações. A fase aquosa é normalmente constituída de água e glicerol. O glicerol é utilizado em emulsões submicrômicas para uso intravenoso como agente osmótico. Nas preparações oculares utiliza-se de glicerol para aumentar a viscosidade das emulsões. Em muitas preparações, utiliza-se do glicerol como agente umectante, para evitar a perda de água pelas fórmulas. Emulsões submicrômicas na administração intravenosa As emulsões intravenosas, como todos os produtos para uso parenteral, devem ser estéreis, isotônicas, não pirogênicas, não tóxicas, biodegradáveis e estáveis, física e quimicamente. Além do mais, o tamanho das gotículas necessita ser menor que um micrômetro, geralmente entre 100-500 nm. Com tamanhos maiores, pode ocorrer embolismo. Para cumprir as exigências para emulsões de uso parenteral, é preciso cuidado na seleção dos excipientes. Atenção especial deve ser dada para os dois maiores excipientes na formulação: o óleo e o emulsificante. A fase oleosa da emulsão é baseada normalmente em LCT de origem vegetal. Os óleos necessitam ser purificados e resfriados para a remoção de materiais cerosos precipitados, após longo tempo de armazenagemem 4 ºC. Contaminantes conhecidos (óleos hidrogenados e materiais oleosos saturados) devem ser minimizados. Desde que as emulsões são sistemas termodinamicamente instáveis, a mistura de tensoativos deve ser adicionada para melhorar a estabilidade. Muitos emulsificantes sintéticos conhecidos e eficientes são tóxicos em administração parenteral causando hemólise. Os emulsificantes freqüentemente usados em 42 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores administração parenteral são: fosfolipídios, copolímeros de polioxietileno polioxipropileno (poloxamer) e, em menor quantidade, monoglicerídios acetilados. Aditivos são necessários para ajustar o pH e tonicidade. O glicerol é o agente isotônico mais recomendado e pode ser encontrado na maioria das emulsões parenterais. Emulsões submicrômicas para uso parenteral são desenvolvidas para incorporação de fármacos lipofílicos e hidrofóbicos, que exibem pouca solubilidade em água. As gotículas de óleo de emulsões O/A convencionais são rapidamente capturadas após injeção intravenosa pelo sistema reticuloendotelial (RES), órgãos como fígado e baço. Esta pode ser uma vantagem para a liberação de fármacos para macrófagos ou tratamento de doenças que envolvem o RES, mas é certamente problemático para liberação de fármacos para tecidos não-RES. Além do mais, a remoção rápida das gotículas de óleo em grande quantidade, impede o uso de emulsões para liberação controlada de fármacos. Por isso, muitas vezes, é necessário o desenvolvimento de emulsões capazes de escapar do RES, promovendo uma circulação prolongada no sangue. A redução no tamanho e o revestimento poloxamer hidrofílico ou esfingomielina na superfície das gotículas de óleo, evitam o RES. O efeito das modificações na interface (catiônica e aniônica) destas emulsões, na adsorção in vitro de proteínas plasmáticas e a presença de poloxamer 188 nas emulsões, eliminou efetivamente a adsorção de grandes proteínas plasmáticas como imunoglobulinas, fibrinogênio, etc. Porém, dependendo do tipo de carga na superfície da gotícula, proteínas plasmáticas menores, com apolipoproteínas e albumina, foram quase completamente adsorvidas na emulsão submicrômica. A maior limitação no uso de sistemas de liberação emulsionados é que eles não podem ser adaptados para a liberação de fármacos solúveis em água, onde uma simples solução aquosa apresenta maiores vantagens. 43 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Emulsões submicrômicas na administração tópica É muito complicado determinar o caminho preciso pelo qual os compostos penetram através da pele, e como isso pode ser afetado por formulações. Hoje, o maior desafio para formulações tópicas é provar um aumento suficiente de permeação do fármaco na pele. A máxima permeação ocorre quando o medicamento combina solubilidade em lipídios e moderada solubilidade em água. Substâncias farmacologicamente ativas, quando veiculadas em formas convencionais, geralmente não conseguem atingir concentração apreciável no tecido alvo do organismo, porque entre o local de aplicação e o local onde deve exercer seu efeito farmacológico, interpõe-se uma série de barreiras biológicas, as quais expõem os tecidos normais do organismo ao efeito potencialmente tóxico do fármaco. A maior limitação de sistemas de liberação cutânea de fármacos é a própria pele, que age como uma barreira dupla, prevenindo o ingresso de moléculas estranhas e a saída de substâncias endógenas. A impermeabilidade é considerada um problema, estima-se que apenas uma pequena porcentagem de princípio ativo penetra através da pele quando aplicado topicamente. Os caminhos pelos quais as moléculas podem atravessar o extrato córneo são: intracelular, transcelular e apendical. O caminho intercelular é o maior responsável pela permeação da maioria dos fármacos. Permeação percutânea implica vários passos. Quando a preparação medicamentosa é aplicada na pele, ela irá se distribuir no extrato córneo. A liberação do princípio ativo do veículo tópico, no extrato córneo, irá seguir possível difusão do fármaco através da epiderme, derme e sistema circulatório. Esse processo de permeação depende das propriedades físico-químicas do fármaco, combinado com as do veículo para prevenir a alteração na permeação do fármaco. Emulsões submicrômicas vêm recebendo grande atenção como sistemas coloidais de liberação de fármacos para várias aplicações terapêuticas e estes autores usaram nitratos de econazol e miconazol no tratamento de infecções por fungos como: micoses superficiais, candidíase cutânea e infecções mistas, obtendo 44 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores resultado satisfatório quando aplicados de duas a três vezes por dia. O tratamento teve continuação até os sinais de lesão na pele desaparecerem (geralmente de duas a cinco semanas). A incorporação tanto de econazol como miconazol em emulsões submicrômicas, carregadas positivamente para aplicação tópica, apresentou aumento na absorção do fármaco em ex vivo usando pele depilada de rato (fêmea) em comparação com emulsões submicrômicas carregadas negativamente. Uma das respostas para o sucesso desse sistema é o fato das células epiteliais, em vários tecidos incluindo a pele, serem carregadas negativamente na superfície. Toda a epiderme é, entretanto, seletiva a solutos positivos. Isso antecipa que sistemas de liberação carregados positivamente irão interagir com as células, resultando numa melhor permeabilidade do fármaco e efeito farmacológico prolongado. Com base em todos esses resultados e deduções, emulsões submicrômicas podem ser projetadas para sistemas de liberação tópica, com o objetivo de melhorar o desempenho da terapia local enquanto sustenta a liberação do fármaco ativo. Outros fármacos como antiinflamatórios não-esteroidais e antibióticos também são formulados em emulsões submicrômicas, mostrando que são mais efetivos nesse veículo do que em veículos convencionais. Conclui-se que emulsões submicrômicas carregadas positivamente e negativamente, representam uma nova classe de veículos farmacêuticos e cosméticos, e mostram que as emulsões carregadas positivamente apresentam maior afinidade de suas gotículas com a pele. E que a fração das moléculas que deverão penetrar a pele depende do tipo de veículo, das propriedades físico- químicas das gotículas (propriedades positivas ou negativas), da composição da formulação, da natureza da pele e das condições de aplicação. Outro estudo determinou a penetração do benzofenona-3 através da pele in vitro e em in vivo, na ordem de investigar a possível influência da formulação; seis diferentes veículos, três solventes e três diferentes tipos de emulsão foram avaliados. De todas as propriedades estudadas, a mais importante parece ser o impacto da formulação na pele. Um estudo histológico avaliou que houve alta 45 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores concentração de benzofenona na pele, obtido com propilenoglicol e emulsões submicrômicas do tipo O/A. Benzofenona-3 ou oxibenzona são freqüentemente usados em muitas formulações cosméticas no mercado, como xampus, emulsões, protetores solares, spray de cabelo, comopotenciais promotores de permeação. Muitos fármacos exibem baixa penetração com resultados pouco eficientes. A baixa penetração, permeação e absorção do princípio ativo podem, entretanto, ser melhorada, pelo uso de sistemas coloidais ou usando emulsões submicrômicas. O uso de emulsões carregadas negativamente como veículo para aumentar a liberação transdermal de antiinflamatórios não-esteroidais, causou baixa irritação e excelente aceitação em humanos, fazendo da emulsão submicrômica um veículo bastante atraente. Emulsões submicrômicas na administração ocular Muitos fármacos para terapia oftálmica são liberados nos olhos por veículos aquosos. Entretanto, quando o veículo exibe uma baixa biodisponibilidade ocular, rapidamente ele escoa, sai com as lágrimas, etc. Assim, se a penetração precisa ocorrer e a um pequeno tempo de contato, é nesse tempo que deve ocorrer a ação do fármaco. Além disso, muitos compostos potencialmente ativos oftalmologicamente, têm baixa solubilidade em água, limitando seriamente a administração ocular e muitos fármacos requerem administração por caminhos alternativos para exercer seu efeito oftálmico. Clinicamente, emulsões são bem aceitas para carregar fármacos insolúveis em água para aplicações oftálmicas. Emulsões submicrômicas do tipo O/A são consideradas apropriadas para transportar fármacos para terapia ocular, os quais podem melhorar a absorção do fármaco através da córnea e prolongar o tempo de permanência do fármaco no olho, minimizando potenciais efeitos colaterais sistêmicos e locais. A biodisponibilidade ocular da pilocarpina aplicada topicamente é apenas 0,1 - 3 %. O fármaco deve ser administrado nos olhos três a quatro vezes por dia. A baixa biodisponibilidade é atribuída pela baixa lipofilicidade da pilocarpina. 46 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Em veículos aquosos o fármaco apresenta-se ionizado, o que não é vantajoso para penetração ocular. Para melhorar a biodisponibilidade da pilocarpina, uma alternativa é melhorar a permeabilidade do fármaco através da córnea, por alterações de propriedades fisico-químicas: lipofilicidade, solubilidade e pKa. Emulsões submicrômicas do tipo O/A são propostas por diversos autores como formulações que reduzem toxicidade e irritação local pelo fármaco, além de reduzirem a pressão intra-ocular. Emulsões submicrômicas com pilocarpina podem ser benéficas por prolongar efeitos farmacológicos do fármaco, quando usado nos olhos de pacientes com glaucoma. Estudos mostram que há uma redução na degradação de fármacos veiculados em emulsões submicrômicas e como esse sistema influi na estabilidade química da pilocarpina e qual o efeito do fármaco na estabilidade física do veículo. Quando se preparam emulsões submicrômicas com pilocarpina, a estabilidade de ambos, do veículo e do fármaco, deve ser levada em consideração. Porém o pH deve ser tal que o fármaco fique na forma molecular para ser capaz de atravessar a camada córnea lipofílica. Sistemas bifásicos como emulsões submicrômicas oferecem um ambiente protegido para fármacos sensíveis à degradação quando em soluções aquosas. Emulsões submicrômicas são preparadas de acordo com a melhor tecnologia, usando alta pressão de homogeneização para reduzir as gotículas de óleo a tamanhos menores que 1µm. Estudos mostram que a presença da pilocarpina aumenta o tamanho das gotículas da fase interna em mais de duas vezes em emulsões contendo 1,2 % de lecitina. Conclui-se então que a pilocarpina causa mudanças na interface através de ligações saturadas com os fosfolipídios e apenas um tensoativo suplementar é capaz de proteger o sistema contra essas mudanças. Porém, mesmo com o tamanho das gotículas aumentadas, o sistema permanece estável fisicamente por aproximadamente seis meses sob refrigeração (4°C). Soluções aquosas contendo piroxicam (antiinflamatório não-esteroidal), para administração intravenosa e ocular, já existem a venda no mercado, porém a 47 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores incorporação de piroxicam em emulsões submicrômicas carregadas positivamente também direcionadas para essas vias são promissoras. Acredita-se que emulsões carregadas positivamente podem alterar o perfil farmacocinético e aumentar a concentração do fármaco no tecido alvo. As gotículas do sistema (carregadas positivamente) podem ligar-se com a córnea, carregadas negativamente, sem causar toxicidade e irritação. Outros estudos indicaram que emulsões carregadas positivamente contendo piroxicam são formulações mais efetivas e promovem o processo de reepitelização. Emulsões submicrômicas podem ser aceitas como sistemas de liberação de fármacos por serem providas de afinidade com a camada córnea, sem causar respostas tóxicas, concluindo assim que o sistema é mais eficiente quando comparado com outros. Emulsões submicrômicas na administração pulmonar Emulsões submicrômicas catiônicas estão sendo usadas como transportadores de vacinas de DNA para o pulmão; o DNA fica adsorvido na interface catiônica das gotículas. A carga positiva do sistema facilita a sua aderência na membrana negativa das células, desse modo facilitando a absorção celular. A vacina de DNA é então facilmente transferida para as células, protegida das enzimas presentes no ambiente pulmonar. Após 48 horas da administração, a primeira resposta é a expressão da proteína antigênica pelas células epiteliais do pulmão. Emulsões submicrômicas na administração oral Sabendo que a incorporação de fármacos administrados oralmente em emulsões O/A aumenta significantemente a sua absorção oral comparado com uma suspensão aquosa equivalente, alguns pesquisadores avaliaram a capacidade das emulsões submicrômicas em proteger o fármaco cefpodoxime-proxetil, da hidrólise, no lúmen intestinal. A emulsão submicrômica O/A foi selecionada porque a inclusão de um pró-fármaco, dentro da fase oleosa de triglicerídios, poderia proteger o fármaco do ataque enzimático pela colinesterase. Esta hipótese é suportada pelo 48 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores fato de a colinesterase não ser capaz de hidrolisar triglicerídios. Concluíram que o cefpodoxime pode ser protegido da ação da colinesterase pela incorporação na fase oleosa de emulsões submicrômicas O/A. Assim, formulações de emulsões podem solubilizar o pró-fármaco, na fase oleosa e ainda protegê-la contra hidrólise. A partir disso, outros pesquisadores estudaram a biodisponibilidade do cefpodoxime em ratos após administração oral do fármaco em diferentes formulações: emulsão O/A convencional, emulsão submicrômica O/A, suspensão e solução hidroalcoólica. Concluíram que, dentre as formulações avaliadas, apenas a emulsão submicrômica mostrou significante aumento na biodisponibilidade do fármaco. Sabendo que a emulsão convencional e a emulsão submicrômica têm a mesma composição, isto demonstra que o tamanho das gotículas exerce um grande efeito no processo de absorção do fármaco. Emulsões submicrômicas na administração retal Liberação retal de fármacos é freqüentemente utilizada, em muitos países, especialmente em pacientes pediátricos, pela sua fácil aplicação. Pesquisadores estudaram a biodisponibilidade do diazepam em coelhos, após a administração retal de três formulações: soluçãoorgânico-aquosa, emulsão submicrômica e nanopartículas lipídicas sólidas. Os resultados demonstraram que as emulsões submicrômicas podem ser uma boa alternativa para formulação de medicamentos quando a liberação retal do diazepam for considerada. Elas apresentaram absorção rápida e similar à da solução. A absorção é apenas ligeiramente sustentada, mas a eliminação dos solventes orgânicos da formulação deixa-a mais segura e mais favorável para fármacos pediátricos. LIPOSSOMAS Definição: Estrutura que consiste de uma ou mais camadas concêntricas de bicamadas lipídicas, separadas pela água e contendo um compartimento aquoso central (Figura 15). Os fosfolipídios, geralmente fosfatidilcolina, são os componentes mais comumente usados na formulação de lipossomas, pois constituem o principal componente estrutural das membranas biológicas. Figura 15. Representação esquemática de um lipossoma e sua bicamada lipídica constituída por moléculas anfifílicas contendo uma cauda apolar e uma cabeça polar (OLIVEIRA, 2006). Dentre os fosfolipídios mais utilizados na preparação de lipossomas estão as fosfatidilcolinas, provavelmente devido a sua neutralidade de cargas, inércia química e similaridade com as membranas biológicas. A fosfatidilcolina, também conhecida como lecitina, pode ser obtida de fontes sintéticas ou naturais, a partir da gema de ovos e grãos de soja. A fosfatidilcolina hidrogenada é obtida a partir da fosfatidilcolina, através de um processo de hidrogenação catalítica, a qual torna a molécula inteiramente 49 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores saturada, com uma temperatura de transição de fase (Tm) de 52 ºC. Aumentando-se o grau de saturação do lipídio, ocorre uma diminuição na hidratação da bicamada, sendo que os lipossomas mais estáveis existem quando a bicamada lipídica está firmemente empacotada e menos hidratada. A estabilidade da fosfatidilcolina hidrogenada frente à oxidação é maior que a da fosfatidilcolina, devido à ausência parcial ou total de ácidos graxos poliinsaturados, os quais possuem papel fundamental no processo de peroxidação lipídica, caracterizado por reações em cadeia induzidas por diferentes fontes de radicais livres tais como reações enzimáticas, irradiação ionizante e luz ultravioleta que podem levar à desestabilização do sistema. Em estudos de biocompatibilidade, o uso deste fosfolipídio apresentou melhores resultados quando comparado à fosfatidilcolina. Lipossomas constituídos de fosfatidilcolina de soja hidrogenada foram capazes de melhorar grandemente a fotoestabilidade da tretinoína, aumentando em 25 vezes o seu tempo de meia vida. A elevada fotoproteção oferecida pela fosfatidilcolina de soja hidrogenada é resultado da alta estabilidade destas vesículas que possuem uma alta Tm e, conseqüentemente, possuem monômeros com funções éster menos reativas do que a fosfatidilcolina de soja. Em função da sua estrutura, lipossomas são capazes de encapsular substâncias hidrofílicas, no seu interior aquoso, e substâncias lipofílicas na bicamada lipídica e agem como um transportador do tipo reservatório (Figura 16). Figura 16. Estrutura de um lipossoma unilamelar (OLIVEIRA, 2006). 50 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Figura 17. Estrutura de um lipossoma multilamelar (Disponível em www.imagens.google.com.br). Aplicações: Terapeuticamente, lipossomas apresentam uma ampla variedade de aplicações, incluindo: • Transporte de enzimas, antibióticos, antivirais, quimioterápicos, vacinas. • Terapia gênica. Vantagens: • Diminuição do pico de concentração resultando em toxicidade diminuída. • Direcionamento para os tecidos alvos aumentando-se a disponibilidade do fármaco no sítio de ação e diminuindo toxicidade nos tecidos sadios. • Menor freqüência de aplicação. • Direcionamento passivo para o sistema fagocítico mononuclear. 51 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 52 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Preparação de lipossomas Os procedimentos para obtenção de lipossomas podem ser generalizados e divididos em três estágios: 1. No primeiro, o material lipídico é dissolvido em solvente orgânico adequado; posteriormente, o filme (ou pó) lipídico é formado por remoção do solvente orgânico, através de evaporação, sublimação ou secagem. 2. Na segunda etapa, a fase lipídica é hidratada por dispersão em meio aquoso sob agitação. Neste estágio formam-se vesículas com tamanho e forma heterogêneos. 3. A terceira etapa é facultativa e visa à obtenção de vesículas mais homogêneas, através de procedimentos complementares como fragmentação mecânica por ultra-som, passagem através de filtros ou microfluidização. Os métodos de preparação de lipossomas podem ser classificados em três categorias: • Dispersão de duas fases. Aqui estão incluídos os métodos baseados em solventes, como injeção de etanol, injeção de éter (EIV) ou evaporação em fase reversa (REV). Estes métodos iniciam-se com a preparação da solução lipídica em solventes orgânicos, que são posteriormente removidos por evaporação, sendo, finalmente, convertidos em dispersões lipossomais. • Solubilização em detergente. Nesta categoria estão presentes os métodos baseados em intermediários de misturas micelares, como as técnicas de remoção de detergente. Estes se iniciam com misturas de micelas constituídas de lipídios e detergentes que, depois de removidos, formam os lipossomas. 53 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Métodos mecânicos. A produção de vesículas é realizada por ultrassonicação, microfluidização, homogeneização e extrusão por filtração. Caracterização dos lipossomas Alterando-se a composição e/ou método de preparo, as propriedades intrínsecas dos lipossomas (morfologia, estrutura e funcionalidade) são modificadas. A rigorosa caracterização estrutural das preparações lipossômicas para aplicação como sistemas transportadores de fármacos é necessária, uma vez que modificações na estrutura podem levar a diferentes comportamentos in vitro e in vivo. Os parâmetros envolvidos na caracterização de lipossomas podem ser classificados em três categorias: • Morfologia: tamanho, lamelaridade, estabilidade, distribuição de tamanho, carga elétrica do lipossoma; • Organização da estrutura: permeabilidade e fluidez; • Funcionalidade: eficiência de encapsulação, estabilidade, reatividade e capacidade de fusão. Os números de lamelas afetam não somente a eficiência de encapsulação, mas também a liberação do fármaco, já que este tem de atravessar mais barreiras no caso de MLV’s e, portanto, a velocidade de liberação seria menor quando comparada a ULV’s. A determinação do número de lamelas pode ser feita por diversas técnicas: • Ressonância magnética nuclear (RMN). • Raios-X. • Microscopia eletrônica. • Microscopia eletrônica de criofratura. • Espalhamento de raios-X a baixo ângulo (SAXS), entre outras.54 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores O tamanho das vesículas, bem como a sua distribuição de tamanho, é de grande relevância, pois afeta de forma direta a biodistribuição e o tempo de circulação dos lipossomas, assim como seu processo de captura pelas células do sistema reticuloendotelial. Além disso, para injeção intravenosa, tamanho é um parâmetro crucial, sendo que as partículas não devem exceder 5 µm. Para dispersões lipossomais com um diâmetro médio d < 1 µm uma variedade de técnicas é aplicada para determinação do tamanho, entre estas, a espectroscopia de fotocorrelação é um dos métodos mais utilizados. A eficiência de encapsulação, também chamada de porcentagem ou taxa de encapsulação, pode ser expressa de várias maneiras: • A porcentagem ou taxa de encapsulação, que corresponde à proporção de fármaco incorporada aos lipossomas, em relação à quantidade inicialmente encontrada no meio; • A massa de fármaco encapsulado por unidade de massa lipídica que corresponde à quantidade de fármaco encapsulado (µg/mol ou µg/mg); • O volume aquoso encapsulado corresponde ao volume ou à massa de fase aquosa, encapsulada por unidade de massa lipídica (µg/µmol). A separação de compostos não encapsulados da dispersão lipossômica é, geralmente, fator crítico na quantificação do fármaco encapsulado. As técnicas de separação mais comuns são: • Diálise; • Cromatografia de exclusão por tamanho; • Centrifugação. ------------------FIM DO MÓDULO II----------------- Emulsões submicrômicas na administração intravenosa Emulsões submicrômicas na administração ocular Emulsões submicrômicas na administração pulmonar Emulsões submicrômicas na administração oral Emulsões submicrômicas na administração retal
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