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Peculiaridades ESAF - 2015 Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas) Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 21 Olá, meus amigos. Como estão? $�VHJXLU��DSUHVHQWDPRV�XPD�³DXOD�H[WUD´�FRP�DOJXPDV�SHFXOLDULGDGHV�GD�(6$)� no que atine à contabilidade. São alguns pontos em que a banca diverge da doutrina majoritária, da Lei 6.404/76 ou mesmo de outras bancas. 8PD�SDUWH� GHVWH� DUTXLYR� Mi� IRL� HQYLDGD� D� YRFrV� FRP�R� QRPH�GH� ³FRQWDV� TXH� FRQIXQGHP´�� $TXL�� YDPRV reproduzir novamente estes itens, além de acrescentar novos posicionamentos desta querida banca que é a ESAF. Espero que gostem das explicações. Pessoal, esta semana responderemos todas as dúvidas do fórum de dúvidas. Forte abraço. Gabriel Rabelo/Luciano Rosa. PECULIARIDADES DA ESAF 1) OS ASSUNTOS MAIS COBRADOS PELA ESAF SÃO: - Relação de contas - Operação com mercadorias - Depreciação - Provisões - Demonstração do Resultado - Princípios - Equivalência patrimonial - Lei 6404/76 Vamos a eles, pois. 2) RELAÇÃO DE CONTAS Nesse tipo de questão, a banca fornece uma relação e pergunta ou o valor dos débitos/créditos ou o valor do Ativo circulante, do PL, do resultado do exercício, etc. É necessário saber a classificação das contas na ponta da língua, pois não dá SDUD� ILFDU� ³MRJDQGR´� FRP� RV� Q~PHURV� �VHP� FRQWDU� TXH� D� EDQFD� VHPSUH� WHP� PECULIARIDADES ESAF 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 21 uma resposta com o erro esperado, ou seja, se errar a classificação de tal conta dá a letra B; se acertar, letra E). Vejamos algumas contas que confundem: - Qualquercoisa ativa = receita de Qualquercoisa (conta de Resultado). Exemplo: Juros ativos = receita de juros. Comissões ativas = receita de comissões. - Qualquercoisa passiva = despesa de Qualquercoisa (conta de Resultado). Exemplo: Juros passivos = despesa de juros. Comissões passivas = despesa de comissões. E se aparecer algo assim: ³<DFKLQ�DWLYRV´��(X�QmR�VHL�R�TXH�p�³\DFKLQ´��PDV�FODVVLILFR�LVVR�DL�FRPR�³UHFHLWD� GH�\DFKLQ´��QR�UHVXOWDGR� ³<DFKLQ�SDVVLYRV´� �GHVSHVDV�GH�<DFKLQ��QR�UHVXOWDGR� �2EVHUYDomR��<DFKLQ�p�³DOXJXHO´��HP�MDSRQrV�� - Qualquercoisa ativa a receber = receita de Qualquercoisa a receber (Ativo). Exemplo: Aluguel ativo a receber = receita de juros a receber (Ativo). Comissões ativas a receber = receita de comissões a receber (Ativo). - Qualquercoisa passiva a pagar= despesa de Qualquercoisa a pagar (Passivo). Exemplo: Aluguéis passivos a pagar = despesa de aluguéis a pagar (Passivo). Comissões passivas a pagar = despesa de comissões a pagar (Passivo). - Qualquercoisa ativa a vencer = receita de Qualquercoisa recebida antecipadamente (Passivo).Nesse caso, a empresa já recebeu, mas ainda não pode ir para o resultado por competência. Também chamada de Receitas a transcorrer ou Receitas antecipadas ou Adiantamento de receitas. Exemplo: Aluguel ativo a vencer = receita de juros recebida antecipadamente (Passivo). Comissões ativas a vencer = Receitas de comissões recebidas antecipadamente (Passivo). 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 21 - Qualquercoisa passiva a vencer= despesa de Qualquercoisa paga antecipadamente (Ativo). Sinônimos: Despesas pagas antecipadamente, despesas antecipadas, despesas a transcorrer. Exemplo: Aluguéis passivos a vencer = despesa de aluguéis pagos antecipadamente (Ativo). Comissões passivas a vencer = despesa de comissões antecipadas (Ativo). (�D�FRQWD�³$OXJXHO�D�YHQFHU´"�3DUD�D�(6$)��p�³$OXJXHO�3DVVLYR�D�9HQFHU´��FRQWD� de Ativo. A Esaf trabalha com essas contas: Aluguel a vencer: Ativo Aluguel ativo a vencer: Passivo Vejamos, agora, os Juros. - Juros Passivos a vencer OU Juros pagos antecipadamente: A classificação correta é como Retificadora do Passivo. A empresa tem um empréstimo e surge a conta Juros passivos a Vencer ou Juros a Transcorrer. Nesse caso, o acessório (juros) acompanha o principal (empréstimo). Essa é a posição mais correta tecnicamente, e que consta no Fipecafi (Manual de contabilidade societária, da Equipe da USP). Não para a ESAF. Para a Esaf, temos: Juros Passivos a vencer = Ativo Juros pagos antecipadamente = Ativo Parece que a banca usa o mesmo critério para os juros passivos a vencer que para aluguéis a vencer, ou comissões passivas a vencer. 0DV�³DOXJXHO´�H�³FRPLVV}HV´�Mi�VmR�D�FRLVD�SULQFLSDO��-XURV�p acessório, portanto Juros a Vencer deveria ficar retificando o Passivo. Vejamos agora - Insubsistência e superveniência: Insubsistência é quando alguma coisa some, desaparece, deixa de existir. E superveniência é quando algo surge, aparece, começa a existir. - Insubsistência Ativa: Receita (Resultado) - Superveniência Ativa: Receita (Resultado) - Insubsistência Passiva: Despesa (Resultado). 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 21 - Superveniência Passiva: Despesa (Resultado) Essas não tem o que discutir. Qualquercoisa ativa = receita e Qualquercoisa Passiva = despesa. - Insubsistência do Ativo: Despesa (resultado). A empresa tinha um ativo e ele deixou de existir. Numa fazenda, um animal morre, por exemplo. Vamos Creditar o Ativo (para dar baixa no ativo que deixou de existir) e debitar Despesa. - Insubsistência do Passivo: Receita (resultado). A empresa tinha no passivo uma provisão para contingências, referente a uma reclamação trabalhista, e ganhou a causa. Vamos debitar o Passivo (para zerar o passivo Insubsistente) e creditar receita, no resultado. - Superveniência do Ativo: Receita (resultado). Nasce um bezerro, numa fazenda. Debitamos o ativo (para registrar o bezerro) e creditamos receita, no resultado. - Superveniência do Passivo: Despesa (resultado). Surge um passivo inesperado. Creditamos o passivo e debitamos despesa, no resultado. Muito bem. Vamos ver outras contas? - Despesas pré-operacionais: Despesa (resultado). Antigamente, ficava no extinto Ativo Diferido. Agora, para a ESAF, despesa. - Despesa diferida: Ativo. Para a ESAF, é sinônimo de Despesas Antecipadas ou Despesas pagas antecipadamente. - Obrigações trabalhistas: Passivo. Fica sempre a dúvida se esse tipo de conta é Passivo (Obrigações trabalhistas a pagar) ou resultado (despesas de obrigações trabalhistas). A Esaf considerou essa conta como passivo. - Salários: Despesas (Resultado) ---- Salários e encargos: Despesas (Resultado) ---- Salários e ordenados: Despesas (Resultado) (não confunda com Passivo) E, finalmente, duas contas para não incluir: - Títulos endossados (conta de compensação) - Endosso para descontos (conta de compensação) 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano RosaContabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 21 Essas contas não devem ser consideradas. São contas de compensação, e não afetam o saldo do balanço patrimonial. Agora vamos treinar. Abaixo, uma relação de contas: Conta Valor Ações de Coligadas 10.000 Aluguéis a pagar 2.600 Aluguéis a Vencer 11.000 Aluguéis ativos a vencer longo prazo 1.400 Aluguéis pagos Antecipadamente 1.200 Bancos c/Movimento 20.000 Bancos c/Poupança 6.000 Caixa 3.000 Capital a Integralizar 12.000 Capital Social 55.000 Clientes 9.000 Comissões Ativas 5.000 Comissões Passivas 7.400 Contas a Receber 11.000 Depreciação Acumulada 3.500 Despesa de Organização 2.500 Despesas Pré-Operacionais 2.000 Duplicatas a Pagar 25.000 Duplicatas a Receber 15.000 Duplicatas Descontadas 8.000 Empréstimos a Coligadas 6.500 Empréstimos Bancários 32.000 Endosso para Desconto 8.000 Insubsistência Ativa 4.000 Insubsistência do Ativo 6.800 Insubsistência do Passivo 9.600 Insubsistência Passiva 2.500 Juros Pagos Antecipadamente 16.600 Juros Passivos a Vencer 5.300 Móveis e Utensílios 21.000 Obrigações trabalhistas 16.000 Prov. p/Créditos de Liquidação Duvidosa 1.000 Provisão para Férias 3.000 Provisão para Imposto de Renda 4.500 Receita de Vendas 45.800 Reserva Legal 2.000 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 21 Salários e encargos 23.000 Seguros a Vencer 1.800 Superveniência Ativa 1.500 Superveniência do Ativo 17.800 Superveniência do Passivo 7.600 Superveniência Passiva 23.500 Títulos a Receber 13.000 Títulos Endossados 8.000 Copie as duas colunas acima para uma planilha de Excel e distribua as contas, até não ter mais dúvidas. Assim: Conta AC AÑC PC PÑC PL Resultado Ações de Coligadas 10.000,00 Aluguéis a pagar 2.600,00 Aluguéis a Vencer 11.000,00 Aluguéis ativos a vencer longo prazo 1.400,00 Aluguéis pagos Antecipadamente 1.200,00 Bancos c/Movimento 20.000,00 Bancos c/Poupança 6.000,00 Caixa 3.000,00 Capital a Integralizar - 12.000,00 Capital Social 55.000,00 Clientes 9.000,00 Comissões Ativas 5.000,00 Comissões Passivas -7.400,00 Contas a Receber 11.000,00 Depreciação Acumulada -3.500,00 Despesa de Organização -2.500,00 Despesas Pré-Operacionais -2.000,00 Duplicatas a Pagar 25.000,00 Duplicatas a Receber 15.000,00 Duplicatas Descontadas 8.000,00 Empréstimos a Coligadas 6.500,00 Empréstimos Bancários 32.000,00 Endosso para Desconto Não entra - conta de compensação Insubsistência Ativa 4.000,00 Insubsistência do Ativo -6.800,00 Insubsistência do Passivo 9.600,00 Insubsistência Passiva -2.500,00 Juros Pagos Antecipadamente 16.600,00 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 21 Juros Passivos a Vencer 5.300,00 Móveis e Utensílios 21.000,00 Obrigações trabalhistas 16.000,00 Prov. p/ Créditos de Liquidação Duvidosa -1.000,00 Provisão para Férias 3.000,00 Provisão para Imposto de Renda 4.500,00 Receita de Vendas 45.800,00 Reserva Legal 2.000,00 Salários e encargos - 23.000,00 Seguros a Vencer 1.800,00 Superveniência Ativa 1.500,00 Superveniência do Ativo 17.800,00 Superveniência do Passivo -7.600,00 Superveniência Passiva - 23.500,00 Títulos a Receber 13.000,00 Títulos Endossados Não entra - conta de compensação Total 111.900,00 34.000,00 91.100,00 1.400,00 45.000,00 8.400,00 Para conferir: some o Ativo Circulante com o Ativo Não Circulante e compare com a soma do Passivo Circulante, Passivo Não Circulante, PL e Resultado (lembramos que o Resultado pertence ao PL, ou seja, nessa relação de contas, o valor do PL é 45.000 + 8.400 = 53.400) Ativo Total + 111.900 + 34.000 = 145.900 Passivo + PL = 91.100 + 1.400 + 45.000 + 8.400 = 145.900 Ufa! Espero que as relações de contas sejam bem menores na sua prova. Vamos a outra peculiaridade. 3) DUPLICATAS DESCONTADAS: Atualmente fica no passivo! Recebemos várias perguntas, no fórum, sobre duplicatas descontadas. Para não ter dúvida, estamos repetindo: atualmente, para a ESAF, essa conta é classificada no PASSIVO. Aliás, essa é a classificação correta, atualmente. Duplicatas Descontadas = Passivo! 3.1) As duplicatas descontadas não entram na base de cálculo da PDD (Provisão para Devedores Duvidosos, atualmente chamada de Ajuste para Perdas Prováveis com Devedores Duvidosos) . Uma questão para exemplificar: 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 21 (ESAF/Analista Tributário da Receita Federal do Brasil/2012) A empresa Confiante Ltda. apresenta a seguinte movimentação com créditos a receber e clientes: No balanço de 2010, em 31/12: tinha créditos a receber de R$ 2.800,00 e provisão para perdas prováveis de R$ 84,00. Durante o exercício de 2011, contabilizou o recebimento de créditos R$ 980,00; a baixa por não recebimento R$ 120,00; a incorporação de novos créditos a receber R$ 1.700,00; o desconto de duplicatas no banco R$ 500,00. Em 31/12/2011, para fins de balanço, deverá fazer um nova provisão para perdas prováveis, no montante de A) R$ 51,00. B) R$ 84,00. C) R$ 87,00. D) R$ 102,00. E) R$ 171,00. Comentários: No balanço inicial, em 31/12/2010, havia a seguinte situação: Créditos a receber de R$ 2.800,00 Provisão para perdas prováveis de R$84,00. Assim, o ajuste para perdas prováveis é de 84 / 2800 = 3% Vamos calcular a posição final, no balanço de 31/12/11: Créditos a receber de R$ 2.800,00 Recebimento de créditos (R$ 980,00); Baixa por não recebimento (R$120,00); Incorporação de novos créditos a receber R$1.700,00; Desconto de duplicatas no banco (R$ 500,00). Total R$ 2.900,00 x Percentual x 3% Total do Ajuste para perdas prováveis R$ 87,00 A ESAF adotou o procedimento de não incluir as Duplicatas Descontadas na base de cálculo. Normalmente, a empresa que efetua o desconto se responsabiliza pelo pagamento das duplicatas, ou seja, em caso de inadimplência, a empresa pagaria ao banco e posteriormente cobraria a duplicata do seu cliente. 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULAPeculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 21 Nesse caso, as duplicatas descontadas seriam consideradas no cálculo do ajuste para perdas prováveis. O cálculo ficaria assim: Créditos a receber de R$ 2.800,00 Recebimento de créditos (R$ 980,00); Baixa por não recebimento (R$120,00); Incorporação de novos créditos a receber R$1.700,00; Total R$ 3.400,00 x Percentual x 3% Total do Ajuste para perdas prováveis R$ 102,00 As outras bancas usam o cálculo acima, que resulta em R$102,00, e que consideramos correto. Mas a ESAF tira as duplicatas descontadas da base de cálculo, apurando o valor de R$ 87,00, como demonstramos acima. Gabarito Æ C. Vejamos uma questão do concurso de auditor da RF de 2012: (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil/2012) A empresa Redesconto S.A. trabalha com o desconto de duplicatas. Considerando que a operação de desconto foi realizada com duplicatas que tinham vencimento em 30, 60, 90 e 120 dias, o valor dos juros descontados a serem reconhecidos no ato da operação devem ser contabilizados como A) conta redutora das duplicatas descontadas no Passivo. B) conta redutora das Receitas, no Resultado. C) despesa antecipada, no Ativo Circulante. D) despesas financeiras no Resultado. E) conta redutora das duplicatas descontadas no Ativo Comentários A ESAF entende que os encargos a transcorrer devem ficar no Ativo, como despesa antecipada. O mais correto, tecnicamente, seria classificar como redutora do passivo, e apropriar conforme o prazo da operação. A resposta deveria ser letra a, mas a banca considerou como gabarito a letra c. Gabarito Æ C. 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 21 4) PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Vamos examinar essa questão: (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Em relação ao patrimônio, objeto da contabilidade, é correto afirmar que a) o ativo patrimonial é composto dos bens, direitos e obrigações de uma pessoa física ou jurídica. b) o patrimônio líquido pode ser entendido como sendo a diferença entre o valor do ativo e o valor do passivo de um patrimônio. c) se calcularmos os direitos reais e os direitos pessoais pertencentes a uma entidade, estaremos calculando o ativo patrimonial dessa entidade. d) o capital social de um empreendimento comercial é o montante de recursos aplicados em seu patrimônio. e) o montante dos bens e dos direitos de uma pessoa física ou jurídica tem o mesmo valor de seu passivo real. Comentários 0DV�TXHUHPRV�H[DPLQDU�D�DVVHUWLYD�%��³o patrimônio líquido pode ser entendido como sendo a diferença entre o valor do ativo e o valor do passivo de um SDWULP{QLR�´ Para a ESAF. o valor residual dos ativos (PL) só existe se o ativo for superior ao passivo. Do contrário, existe Passivo a Descoberto. Vejamos o parecer da banca em resposta a recurso apresentado contra essa questão: Parecer Os candidatos recorrem deste enunciado alegando que há duas alternativas de resposta corretas: a de letra c que está inquestionavelmente correta, e a de letra b que, segundo entendem, também responderia ao quesito. Na verdade a frase E� ³R�SDWULP{QLR� OtTXLGR�SRGH�VHU�HQWHQGLGR� FRPR�VHQGR�D� GLIHUHQoD�HQWUH�R�YDORU�GR�DWLYR�H�R�YDORU�GR�SDVVLYR�GH�XP�SDWULP{QLR´� só é verdadeira quando o patrimônio líquido for positivo, maior que zero. Se o valor do ativo for igual ao valor do passivo, não haverá patrimônio líquido. Da mesma forma, se o valor do ativo for menor que o valor do passivo, não haverá patrimônio líquido. Aí o patrimônio líquido estará valendo menos que zero e deverá ser chamado de passivo a descoberto, para representar a situação deficitária da entidade. 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 21 Alguns recorrentes se estendem em argumentar com explicações expressas em QRUPDV�� WDLV� FRPR� ³D�� $WLYR� p� XP� UHFXUVR� FRQWURODGR� SHOD� HQWLGDGH� FRPR� resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade; b) passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos; c) Patrimônio líquido é o interesses residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. Mas esquecem que esse interesse residual só existe se for maior que zero. Se ele for zero, ou se for negativo, se o ativo não superar o passivo, esse interesse residual não existirá, pois não haverá Patrimônio Líquido. Isso é da essência da chamada Estática Patrimonial. Por estas razões entendo que não procedem os argumentos apresentados e mantenho a questão como foi formulada. É o parecer. Gabarito Æ C. 4.1 ± RESERVA LEGAL A ESAF sempre considerou que a base para o cálculo do limite obrigatório da Reserva Legal é o capital social subscrito. O mais correto é usar o capital integralizado. Há uma questão recente da ESAF que usa o capital integralizado. Vamos examiná-la: (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2013) Após apurar o Lucro Líquido do exercício de 2009 no valor de R$ 200.000,00, o Patrimônio Líquido da Cia. Invernada passa a ter a seguinte composição: O saldo da conta Lucros/Prejuízos Acumulados registra apenas o Lucro Líquido apurado em dezembro de 2009. 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 21 O estatuto da empresa determina que a distribuição do saldo obedeça à seguinte destinação: cálculo da Reserva Legal na forma da legislação societária; 40% dos lucros auferidos serão destinados aos dividendos; 10% para Reservas de Lucros e o restante do lucro deve ficar retido, de acordo com o orçamento de capital aprovado pela assembleia geral. Com base nessas informações, pode-se afirmar que a) o valor dos dividendos distribuídos é de R$ 76.000. b) o valor destinado a Reservas de Lucros é de R$11.400. c) os lucros a serem retidos correspondem a R$ 92.400. d) o valor destinado à Reserva Legal é de R$ 5.000. e) o valor dos lucros destinados às reservas é R$ 30.000. Comentários Para ajudar, o Manual de Contabilidade Societária - FIPECAFI, página 349, salienta que: "Essa reserva (a legal), basicamente instituída para dar proteção ao credor, é tratada no artigo 193 da Lei n. 6.404/76 e deverá ser constituída com a destinação de 5% do lucro líquido do exercício. Será constituída obrigatoriamente, pela companhia, até que seu limite atinja 20% do capital realizado, quando então deixará de ser acrescida." Vamos lá! Resolvamos a questão. Capital Social 600.000 Capital Social a Integralizar (300.000) Capital Social Realizado 300.000 Limite para reserva legal = 300.000 x 20% = 60.000,00. Como já temos R$ 55.000,00, poderemos constituir somente R$ 5.000,00. Comoo lucro do exercício foi de R$ 200.000,00, temos que é perfeitamente cabível a destinação de R$ 5.000,00 para a reserva legal. Vejamos o restante das alternativas: a) o valor dos dividendos distribuídos é de R$ 76.000. Dividendos: R$ 200.000,00 x 40% = 80.000,00. b) o valor destinado a Reservas de Lucros é de R$11.400. 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 21 Essas chamadas reservas de lucros montaram a R$ 20.000,00 (10%). c) os lucros a serem retidos correspondem a R$ 92.400. Os valores a serem retidos corresponderam a: 200.000,00 ± 5.000,00 ± 80.000 ± 20.000,00 = 95.000,00. d) o valor destinado à Reserva Legal é de R$ 5.000. Este é o nosso gabarito. e) o valor dos lucros destinados às reservas é R$ 30.000. Errado. O valor destinado às reservas será de R$ 20.00,00. Gabarito Æ D. 5) DESPESAS E RECEITAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES: (ESAF/Contador/MTUR/2014) Estamos no exercício social de 2013 e compulsamos, entre diversas contas e saldos, os seguintes títulos: Despesas do exercício seguinte R$ 250,00 Despesas do exercício R$ 400,00 Despesas a pagar R$ 520,00 Despesas do exercício anterior R$ 180,00 Despesas a vencer R$ 210,00 Receitas a receber R$ 270,00 Receitas a vencer R$ 145,00 Receitas de exercícios futuros R$ 230,00 Receitas de exercícios anteriores R$ 370,00 Receitas do exercício R$ 720,00 Após as apurações e classificações levadas a efeito para montagem das demonstrações contábeis do exercício de 2013, podemos dizer que os elementos acima indicados vão colaborar na equação contábil com a diferença a) devedora de R$ 15,00. b) credora de R$ 175,00. c) credora de R$ 320,00. d) credora de R$ 485,00. e) credora de R$ 675,00. Comentários: Vamos separar as contas de natureza devedora e credora: 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 21 CONTA Valor Débito Crédito Despesas do exercício seguinte 250 250 Despesas do exercício 400 400 Despesas a pagar 520 520 Despesas do exercício anterior 180 Despesas a vencer 210 210 Receitas a receber 270 270 Receitas a vencer 145 145 Receitas de exercícios futuros 230 230 Receitas de exercícios anteriores 370 Receitas do exercício 720 720 TOTAL 1.130 1.615 Saldos credores $1.615 ± saldos devedores = $1.130 = R$ 485 0DV� Ki� XPD� IDOKD� QD� TXHVWmR�� $V� FRQWDV� ³'HVSHVDV� GR� H[HUFtFLR� DQWHULRU´� H� ³5HFHLWDV�GH�H[HUFtFLR�DQWHULRU´�QmR�IRUDP�FRQVLGHUDGDV�� Se tais receitas e despesas já foram devidamente contabilizadas, não deveriam constar entre as contas de 2013, pois, ao final do exercício anterior à que pertenciam, as contas de despesas e receitas já deveriam ter sido zeradas, quando do encerramento do exercício. Mas vamos supor que essas despesas e receitas não foram contabilizadas no devido tempo, quando de sua ocorrência. Nesse caso, ficam como Ajuste de Exercícios Anteriores, no Patrimônio Líquido. E não influenciam o resultado do período atual, mas alteram a equação contábil. Precisamos ver se a banca vai repetir esse procedimento, em questões semelhantes (não considerar as receitas e despesas de exercícios anteriores). Gabarito Æ D. 6) DIVIDENDOS Pessoal, outro ponto importante em que a ESAF diverge da doutrina majoritária e da bancas é acerca da base de cálculo para pagamento dos dividendos. Segundo a LSA: Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 21 I - metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes valores: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) a) importância destinada à constituição da reserva legal (art. 193); e (Incluída pela Lei nº 10.303, de 2001) b) importância destinada à formação da reserva para contingências (art. 195) e reversão da mesma reserva formada em exercícios anteriores; (Incluída pela Lei nº 10.303, de 2001) II - o pagamento do dividendo determinado nos termos do inciso I poderá ser limitado ao montante do lucro líquido do exercício que tiver sido realizado, desde que a diferença seja registrada como reserva de lucros a realizar (art. 197); (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) III - os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem sido absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a realização. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) Vê-se, pois, que a regra é a fixação da base de cálculo pelo próprio estatuto. E na hipótese deste ser silente, utilizamos a base de cálculo estabelecida pela LSA, que é 50% do lucro ajustado. Entretanto, a ESAF se utiliza da base de cálculo prevista na LSA mesmo que o estatuto não seja omisso. Vejamos uma questão a respeito. (ESAF/Contador/Ministério do Turismo/2014) Na empresa Tal Qual Lemos S.A., o lucro do exercício, quando ocorre, é distribuído da seguinte forma: 30% para dividendos obrigatórios, 10% para Participações Estatutárias de Administradores, 10% para Reservas Estatutárias, 5% para Reserva Legal. No presente exercício o lucro líquido do exercício antes do imposto de renda foi no montante de R$ 90.000,00, dele devendo-se deduzir um imposto de renda de R$ 36.000,00. Sendo contabilizada a distribuição acima proposta, certamente, vamos encontrar um dividendo obrigatório no valor de a) R$ 12.150,00 b) R$ 12.465,90 c) R$ 12.393,00 d) R$ 13.851,00 e) R$ 14.580,00 Comentários A resolução da banca ESAF foi a seguinte: 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 21 Lucro antes do IR 90.000,00 (-) IR (36.000,00) Lucro após o IR 54.000,00 (-) Participação dos administradores 10% (5.400,00) Lucro líquido do exercício 48.600,00 Feito isso, transferimos o lucro líquido para o PL, fazendo as destinações. Inicialmente, devemos calcular a reserva legal. A reserva legal é de R$ 48.600,00 x 5% = R$ 2.430,00. A base de cálculo dos dividendos, para a ESAF, será de: 48.600,00 ± 2.430,00 = 46.170,00. Os dividendos são de 30% deste valor. Dividendos: 46.170,00 x 30% = 13.851,00. Repita-se, o estatuto, segundo o artigo 202 da Lei 6.404/76, é livre para fixar a base de cálculo que bem entender para os dividendos. A ESAF, contudo, adota posicionamento diferente. Para a banca, mesmo que não seja omisso, devemos utilizar abase de cálculo: 50% x (Lucro líquido ± Reserva legal ± Reserva para contingências + Reversão da reserva de contingências ± Reserva de incentivos fiscais [facultativamente]) Gabarito Æ D. 7) DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA Segundo o CPC 03: 33. Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos são comumente classificados como fluxos de caixa operacionais em instituições financeiras. Todavia, não há consenso sobre a classificação desses fluxos de caixa para outras entidades. Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos podem ser classificados como fluxos de caixa operacionais, porque eles entram na determinação do lucro líquido ou prejuízo. Alternativamente, os juros pagos e os juros, os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos podem ser classificados, respectivamente, como fluxos de caixa de financiamento e fluxos de caixa de investimento, porque são 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 21 custos de obtenção de recursos financeiros ou retornos sobre investimentos. 34A. Este Pronunciamento encoraja fortemente as entidades a classificarem os juros, recebidos ou pagos, e os dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos como fluxos de caixa das atividades operacionais, e os dividendos e juros sobre o capital próprio pagos como fluxos de caixa das atividades de financiamento. Alternativa diferente deve ser seguida de nota evidenciando esse fato. Portanto, o pronunciamento encoraja fortemente o seguinte: Juros, recebidos ou pagos Æ Operacional. Dividendos e juros sobre Capital próprio recebidos Æ Operacional. Dividendos e juros sobre Capital próprio pagos Æ Financiamento. Todavia, vejamos uma questão da ESAF, aplicada no STN, em 2013 (atenção especial para o item III). (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2013) A empresa Inovação S.A. produtora de cabos de energia efetuou as seguintes operações em 2012: I. Lançamento da depreciação do ano. II. Pagamento de dividendos. III. Juros sobre o Capital Próprio Recebidos. Pode-se afirmar que estes eventos afetam a Demonstração dos Fluxos de Caixa, respectivamente, como: a) ajuste das atividades operacionais; saída das atividades de financiamento; entrada das fontes de investimento. b) entrada das fontes de investimento; saída das fontes de financiamento; entradas das fontes de financiamento. c) entrada das fontes de financiamento; entrada das fontes de investimento; saída das fontes de financiamento. d) entrada das atividades operacionais; saída das atividades de financiamento; saídas das fontes de investimento. e) saída das atividades operacionais; saídas das atividades operacionais; entrada das atividades operacionais. Comentários Conforme dissemos: I. Lançamento da depreciação do ano. A depreciação é um ajuste no fluxo operacional, já que gera saída de caixa. 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 21 II. Pagamento de dividendos. Como dissemos durante a aula: Juros Recebidos ou pagos Æ Atividades Operacionais Dividendos e Juros sobre o capital próprio recebidos Æ Atividades operacionais Dividendos e Juros sobre o capital próprio pagos Æ Atividades de financiamento Portanto, trata-se de fluxo de financiamento. III. Juros sobre o Capital Próprio Recebidos. Questão polêmica. Segundo o CPC 03: 33. Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos são comumente classificados como fluxos de caixa operacionais em instituições financeiras. Todavia, não há consenso sobre a classificação desses fluxos de caixa para outras entidades. Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos podem ser classificados como fluxos de caixa operacionais, porque eles entram na determinação do lucro líquido ou prejuízo. Alternativamente, os juros pagos e os juros, os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos podem ser classificados, respectivamente, como fluxos de caixa de financiamento e fluxos de caixa de investimento, porque são custos de obtenção de recursos financeiros ou retornos sobre investimentos. 34A. Este Pronunciamento encoraja fortemente as entidades a classificarem os juros, recebidos ou pagos, e os dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos como fluxos de caixa das atividades operacionais, e os dividendos e juros sobre o capital próprio pagos como fluxos de caixa das atividades de financiamento. Alternativa diferente deve ser seguida de nota evidenciando esse fato. Não há consenso sobre a classificação para os juros sobre capital próprio recebido para entidades que não sejam financeiras. A ESAF, todavia, os classificou como fluxo de investimentos. Contudo, a nossa ver, a questão está equivocada, já que deveria haver menção neste sentido. Conclui-se, então, que os dividendos e juros sobre capital próprio recebido podem ser classificados como fluxo operacional (o que é recomendado pelo CPC) ou como fluxo de investimento (neste caso deve haver menção em nota explicativa). E se cair na prova? Nesta hipótese, temos um precedente, que é a questão acima. 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 21 Gabarito Æ A. 8. CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA Um último tópico que merece destaque. Vejamos através de uma questão. (ESAF/Ministério da Fazenda/Contador/2013) Na elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício, surgiu um lucro líquido antes do Imposto de Renda e da contribuição sobre o lucro líquido no valor de R$ 6.000,00. A proposta da administração para distribuir o resultado era de 50% para dividendos, 30% para IR e CSLL, 10% para participação de empregados e 5% para reserva legal, ficando o restante em uma reserva de lucros. Ao ser feita a contabilização segundo essa proposta, o saldo final do resultado a ser transportado para a mencionada reserva de lucros será de A) R$ 1.795,50. B) R$ 1.785,00. C) R$ 1.710,00. D) R$ 1.701,00. E) R$ 1.512,00. Comentário: Nesse tipo de questão, em que aparece um percentual para o IR e um percentual para empregados, a ESAF normalmente apura um IR provisório, calcula a participação dos empregados, depois abate tal participação e calcula o IR definitivo. Devemos lembrar que as participações de Debenturistas e de Empregados são dedutíveis para o IR. Como há dedução recíproca (as duas participações são dedutíveis para o IR e o IR diminui a base de cálculo das participações), a ESAF adotou a estranha figura do IR provisório Assim: Lucro líquido 6000 IR Provisório (6.000 x 30%) -1800 Lucro após IR 4200 Participação Empregados (4200 x 10%) -420 Agora voltamos e calculamos novamente o IR, agora abatendo o valor da participação dos empregados (que é dedutível): Lucro líquido 6.000,00 Participação empregados - 420,00 Base para o IR 5.580,00 IR definitivo - 1.674,00 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAFProfs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 21 Finalmente, montamos a DRE com os valores apurados, ou seja, IR de 1.674,00 e participação de empregados de 420,00: Lucro líquido 6.000,00 IR definitivo - 1.674,00 Lucro após IR 4.326,00 Participação Empregados (4200 x 10%) - 420,00 Lucro líquido 3.906,00 Agora, transferimos o Lucro Líquido para Lucro Acumulados, calculamos a Reserva Legal, os dividendos e o que sobrar irá para a Reserva de Lucros, como pede a questão: Lucro acumulados 3.906,00 Reserva Legal 5% -195,3 Sub total 3.710,70 Dividendos (50% ) -1855,35 Saldo (Reserva de Lucros) 1.855,35 Atenção: esse cálculo era usado apenas quando a questão informava o IR e alguma participação dedutível (debentures e empregados) em percentual. Repare que não há resposta. Vejamos, agora, o método que foi adotado pela banca nesta questão, diametralmente oposto ao que vinha sendo feito anteriormente. O que ocorre é que, nesta questão, a ESAF alterou a forma de cálculo. Não usou a figura do IR provisório, já calculou diretamente. Assim: Lucro líquido 6.000,00 IR Provisório (6.000 x 30%) -1.800,00 Lucro após IR 4.200,00 Participação Empregados (4200 x 10%) -420,00 Lucro líquido 3.780,00 Continuando o cálculo: Lucro acumulados 3.780,00 Reserva Legal 5% -189,00 Sub total 3.591,00 Dividendos (50% ) -1.795,50 Saldo (Reserva de Lucros) 1.795,50 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA Peculiaridades ESAF Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Contabilidade Geral e Avançada - Arquivo único Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 21 Prezados, na prova, tente calcular por essa forma (que é a questão mais recente). Se não encontrar resposta, use a forma de cálculo antiga (com o IR provisório). Espero sinceramente que não tenha as duas respostas. Pois, aí, não sabemos o que a banca vai considerar correto. Gabarito Æ A. 05949764803 05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA
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