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curso 7752 peculiaridades esaf 2015 v1

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Peculiaridades ESAF - 2015
Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas)
Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa
05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA
Peculiaridades ESAF 
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 
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Olá, meus amigos. Como estão? 
 
$�VHJXLU��DSUHVHQWDPRV�XPD�³DXOD�H[WUD´�FRP�DOJXPDV�SHFXOLDULGDGHV�GD�(6$)�
no que atine à contabilidade. 
 
São alguns pontos em que a banca diverge da doutrina majoritária, da Lei 
6.404/76 ou mesmo de outras bancas. 
 
8PD�SDUWH� GHVWH� DUTXLYR� Mi� IRL� HQYLDGD� D� YRFrV� FRP�R� QRPH�GH� ³FRQWDV� TXH�
FRQIXQGHP´�� $TXL�� YDPRV reproduzir novamente estes itens, além de 
acrescentar novos posicionamentos desta querida banca que é a ESAF. 
 
Espero que gostem das explicações. 
 
Pessoal, esta semana responderemos todas as dúvidas do fórum de dúvidas. 
 
Forte abraço. 
 
Gabriel Rabelo/Luciano Rosa. 
 
PECULIARIDADES DA ESAF 
 
1) OS ASSUNTOS MAIS COBRADOS PELA ESAF SÃO: 
 
- Relação de contas 
- Operação com mercadorias 
- Depreciação 
- Provisões 
- Demonstração do Resultado 
- Princípios 
- Equivalência patrimonial 
- Lei 6404/76 
 
Vamos a eles, pois. 
 
2) RELAÇÃO DE CONTAS 
 
Nesse tipo de questão, a banca fornece uma relação e pergunta ou o valor dos 
débitos/créditos ou o valor do Ativo circulante, do PL, do resultado do exercício, 
etc. 
 
É necessário saber a classificação das contas na ponta da língua, pois não dá 
SDUD� ILFDU� ³MRJDQGR´� FRP� RV� Q~PHURV� �VHP� FRQWDU� TXH� D� EDQFD� VHPSUH� WHP�
PECULIARIDADES ESAF 
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uma resposta com o erro esperado, ou seja, se errar a classificação de tal conta 
dá a letra B; se acertar, letra E). 
 
Vejamos algumas contas que confundem: 
 
- Qualquercoisa ativa = receita de Qualquercoisa (conta de Resultado). 
Exemplo: 
 
Juros ativos = receita de juros. 
Comissões ativas = receita de comissões. 
 
- Qualquercoisa passiva = despesa de Qualquercoisa (conta de Resultado). 
Exemplo: 
 
Juros passivos = despesa de juros. 
Comissões passivas = despesa de comissões. 
 
E se aparecer algo assim: 
 
³<DFKLQ�DWLYRV´��(X�QmR�VHL�R�TXH�p�³\DFKLQ´��PDV�FODVVLILFR�LVVR�DL�FRPR�³UHFHLWD�
GH�\DFKLQ´��QR�UHVXOWDGR� 
 
³<DFKLQ�SDVVLYRV´� �GHVSHVDV�GH�<DFKLQ��QR�UHVXOWDGR� 
 
�2EVHUYDomR��<DFKLQ�p�³DOXJXHO´��HP�MDSRQrV�� 
- Qualquercoisa ativa a receber = receita de Qualquercoisa a receber 
(Ativo). Exemplo: 
 
Aluguel ativo a receber = receita de juros a receber (Ativo). 
Comissões ativas a receber = receita de comissões a receber (Ativo). 
 
- Qualquercoisa passiva a pagar= despesa de Qualquercoisa a pagar 
(Passivo). Exemplo: 
 
Aluguéis passivos a pagar = despesa de aluguéis a pagar (Passivo). 
Comissões passivas a pagar = despesa de comissões a pagar (Passivo). 
 
- Qualquercoisa ativa a vencer = receita de Qualquercoisa recebida 
antecipadamente (Passivo).Nesse caso, a empresa já recebeu, mas ainda não 
pode ir para o resultado por competência. Também chamada de Receitas a 
transcorrer ou Receitas antecipadas ou Adiantamento de receitas. Exemplo: 
 
Aluguel ativo a vencer = receita de juros recebida antecipadamente (Passivo). 
Comissões ativas a vencer = Receitas de comissões recebidas antecipadamente 
(Passivo). 
 
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- Qualquercoisa passiva a vencer= despesa de Qualquercoisa paga 
antecipadamente (Ativo). Sinônimos: Despesas pagas antecipadamente, 
despesas antecipadas, despesas a transcorrer. Exemplo: 
 
Aluguéis passivos a vencer = despesa de aluguéis pagos antecipadamente 
(Ativo). 
Comissões passivas a vencer = despesa de comissões antecipadas (Ativo). 
 
(�D�FRQWD�³$OXJXHO�D�YHQFHU´"�3DUD�D�(6$)��p�³$OXJXHO�3DVVLYR�D�9HQFHU´��FRQWD�
de Ativo. A Esaf trabalha com essas contas: 
 
Aluguel a vencer: Ativo 
Aluguel ativo a vencer: Passivo 
 
Vejamos, agora, os Juros. 
 
- Juros Passivos a vencer OU Juros pagos antecipadamente: A 
classificação correta é como Retificadora do Passivo. A empresa tem um 
empréstimo e surge a conta Juros passivos a Vencer ou Juros a Transcorrer. 
Nesse caso, o acessório (juros) acompanha o principal (empréstimo). Essa é a 
posição mais correta tecnicamente, e que consta no Fipecafi (Manual de 
contabilidade societária, da Equipe da USP). 
 
Não para a ESAF. 
 
Para a Esaf, temos: 
 
Juros Passivos a vencer = Ativo 
Juros pagos antecipadamente = Ativo 
 
Parece que a banca usa o mesmo critério para os juros passivos a vencer que 
para aluguéis a vencer, ou comissões passivas a vencer. 
 
0DV�³DOXJXHO´�H�³FRPLVV}HV´�Mi�VmR�D�FRLVD�SULQFLSDO��-XURV�p acessório, portanto 
Juros a Vencer deveria ficar retificando o Passivo. 
Vejamos agora 
 
- Insubsistência e superveniência: Insubsistência é quando alguma coisa 
some, desaparece, deixa de existir. E superveniência é quando algo surge, 
aparece, começa a existir. 
 
- Insubsistência Ativa: Receita (Resultado) 
 
- Superveniência Ativa: Receita (Resultado) 
 
- Insubsistência Passiva: Despesa (Resultado). 
 
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- Superveniência Passiva: Despesa (Resultado) 
Essas não tem o que discutir. Qualquercoisa ativa = receita e Qualquercoisa 
Passiva = despesa. 
 
- Insubsistência do Ativo: Despesa (resultado). A empresa tinha um ativo 
e ele deixou de existir. Numa fazenda, um animal morre, por exemplo. Vamos 
Creditar o Ativo (para dar baixa no ativo que deixou de existir) e debitar 
Despesa. 
 
- Insubsistência do Passivo: Receita (resultado). A empresa tinha no 
passivo uma provisão para contingências, referente a uma reclamação 
trabalhista, e ganhou a causa. Vamos debitar o Passivo (para zerar o passivo 
Insubsistente) e creditar receita, no resultado. 
 
- Superveniência do Ativo: Receita (resultado). Nasce um bezerro, numa 
fazenda. Debitamos o ativo (para registrar o bezerro) e creditamos receita, no 
resultado. 
 
- Superveniência do Passivo: Despesa (resultado). Surge um passivo 
inesperado. Creditamos o passivo e debitamos despesa, no resultado. 
 
Muito bem. Vamos ver outras contas? 
 
- Despesas pré-operacionais: Despesa (resultado). Antigamente, ficava no 
extinto Ativo Diferido. Agora, para a ESAF, despesa. 
 
- Despesa diferida: Ativo. Para a ESAF, é sinônimo de Despesas Antecipadas 
ou Despesas pagas antecipadamente. 
 
- Obrigações trabalhistas: Passivo. Fica sempre a dúvida se esse tipo de 
conta é Passivo (Obrigações trabalhistas a pagar) ou resultado (despesas de 
obrigações trabalhistas). A Esaf considerou essa conta como passivo. 
 
- Salários: Despesas (Resultado) 
 
---- Salários e encargos: Despesas (Resultado) 
---- Salários e ordenados: Despesas (Resultado) 
 
(não confunda com Passivo) 
 
E, finalmente, duas contas para não incluir: 
 
- Títulos endossados (conta de compensação) 
 
- Endosso para descontos (conta de compensação) 
 
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Essas contas não devem ser consideradas. São contas de compensação, e não 
afetam o saldo do balanço patrimonial. 
 
Agora vamos treinar. Abaixo, uma relação de contas: 
 
Conta Valor 
 Ações de Coligadas 10.000 
 Aluguéis a pagar 2.600 
 Aluguéis a Vencer 11.000 
 Aluguéis ativos a vencer longo prazo 1.400 
 Aluguéis pagos Antecipadamente 1.200 
 Bancos c/Movimento 20.000 
 Bancos c/Poupança 6.000 
 Caixa 3.000 
 Capital a Integralizar 12.000 
 Capital Social 55.000 
 Clientes 9.000 
 Comissões Ativas 5.000 
 Comissões Passivas 7.400 
 Contas a Receber 11.000 
 Depreciação Acumulada 3.500 
 Despesa de Organização 2.500 
 Despesas Pré-Operacionais 2.000 
 Duplicatas a Pagar 25.000 
 Duplicatas a Receber 15.000 
 Duplicatas Descontadas 8.000 
 Empréstimos a Coligadas 6.500 
 Empréstimos Bancários 32.000 
 Endosso para Desconto 8.000 
 Insubsistência Ativa 4.000 
 Insubsistência do Ativo 6.800 
 Insubsistência do Passivo 9.600 
 Insubsistência Passiva 2.500 
 Juros Pagos Antecipadamente 16.600 
 Juros Passivos a Vencer 5.300 
 Móveis e Utensílios 21.000 
 Obrigações trabalhistas 16.000 
 Prov. p/Créditos de Liquidação Duvidosa 1.000 
 Provisão para Férias 3.000 
 Provisão para Imposto de Renda 4.500 
 Receita de Vendas 45.800 
 Reserva Legal 2.000 
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 Salários e encargos 23.000 
 Seguros a Vencer 1.800 
 Superveniência Ativa 1.500 
 Superveniência do Ativo 17.800 
 Superveniência do Passivo 7.600 
 Superveniência Passiva 23.500 
 Títulos a Receber 13.000 
 Títulos Endossados 8.000 
 
Copie as duas colunas acima para uma planilha de Excel e distribua as contas, 
até não ter mais dúvidas. Assim: 
 
Conta AC AÑC PC PÑC PL 
 
Resultado 
 Ações de Coligadas 10.000,00 
 Aluguéis a pagar 2.600,00 
 Aluguéis a Vencer 11.000,00 
 Aluguéis ativos a vencer longo prazo 1.400,00 
 Aluguéis pagos Antecipadamente 1.200,00 
 Bancos c/Movimento 20.000,00 
 Bancos c/Poupança 6.000,00 
 Caixa 3.000,00 
 Capital a Integralizar 
-
12.000,00 
 
 Capital Social 55.000,00 
 Clientes 9.000,00 
 Comissões Ativas 5.000,00 
 Comissões Passivas -7.400,00 
 Contas a Receber 11.000,00 
 Depreciação Acumulada -3.500,00 
 Despesa de Organização -2.500,00 
 Despesas Pré-Operacionais -2.000,00 
 Duplicatas a Pagar 25.000,00 
 Duplicatas a Receber 15.000,00 
 Duplicatas Descontadas 8.000,00 
 Empréstimos a Coligadas 6.500,00 
 Empréstimos Bancários 32.000,00 
 Endosso para Desconto Não entra - conta de compensação 
 Insubsistência Ativa 4.000,00 
 Insubsistência do Ativo -6.800,00 
 Insubsistência do Passivo 9.600,00 
 Insubsistência Passiva -2.500,00 
 Juros Pagos Antecipadamente 16.600,00 
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 Juros Passivos a Vencer 5.300,00 
 Móveis e Utensílios 21.000,00 
 Obrigações trabalhistas 16.000,00 
 Prov. p/ Créditos de Liquidação Duvidosa -1.000,00 
 Provisão para Férias 3.000,00 
 Provisão para Imposto de Renda 4.500,00 
 Receita de Vendas 45.800,00 
 Reserva Legal 2.000,00 
 Salários e encargos 
 
-
23.000,00 
 Seguros a Vencer 1.800,00 
 Superveniência Ativa 1.500,00 
 Superveniência do Ativo 17.800,00 
 Superveniência do Passivo -7.600,00 
 Superveniência Passiva 
 
-
23.500,00 
 Títulos a Receber 13.000,00 
 Títulos Endossados Não entra - conta de compensação 
 Total 111.900,00 34.000,00 91.100,00 1.400,00 45.000,00 8.400,00 
 
Para conferir: some o Ativo Circulante com o Ativo Não Circulante e compare 
com a soma do Passivo Circulante, Passivo Não Circulante, PL e Resultado 
(lembramos que o Resultado pertence ao PL, ou seja, nessa relação de contas, 
o valor do PL é 45.000 + 8.400 = 53.400) 
 
Ativo Total + 111.900 + 34.000 = 145.900 
Passivo + PL = 91.100 + 1.400 + 45.000 + 8.400 = 145.900 
 
Ufa! Espero que as relações de contas sejam bem menores na sua prova. 
Vamos a outra peculiaridade. 
 
3) DUPLICATAS DESCONTADAS: 
 
Atualmente fica no passivo! 
 
Recebemos várias perguntas, no fórum, sobre duplicatas descontadas. Para não 
ter dúvida, estamos repetindo: atualmente, para a ESAF, essa conta é 
classificada no PASSIVO. Aliás, essa é a classificação correta, atualmente. 
 
Duplicatas Descontadas = Passivo! 
 
3.1) As duplicatas descontadas não entram na base de cálculo da PDD 
(Provisão para Devedores Duvidosos, atualmente chamada de Ajuste para 
Perdas Prováveis com Devedores Duvidosos) . 
 
Uma questão para exemplificar: 
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(ESAF/Analista Tributário da Receita Federal do Brasil/2012) A empresa 
Confiante Ltda. apresenta a seguinte movimentação com créditos a receber e 
clientes: 
 
No balanço de 2010, em 31/12: tinha créditos a receber de R$ 2.800,00 e 
provisão para perdas prováveis de R$ 84,00. 
 
Durante o exercício de 2011, contabilizou o recebimento de créditos R$ 980,00; 
a baixa por não recebimento R$ 120,00; a incorporação de novos créditos a 
receber R$ 1.700,00; o desconto de duplicatas no banco R$ 500,00. Em 
31/12/2011, para fins de balanço, deverá fazer um nova provisão para perdas 
prováveis, no montante de 
 
A) R$ 51,00. 
B) R$ 84,00. 
C) R$ 87,00. 
D) R$ 102,00. 
E) R$ 171,00. 
 
Comentários: 
 
No balanço inicial, em 31/12/2010, havia a seguinte situação: 
 
Créditos a receber de R$ 2.800,00 
Provisão para perdas prováveis de R$84,00. 
 
Assim, o ajuste para perdas prováveis é de 84 / 2800 = 3% 
 
Vamos calcular a posição final, no balanço de 31/12/11: 
 
Créditos a receber de R$ 2.800,00 
Recebimento de créditos (R$ 980,00); 
Baixa por não recebimento (R$120,00); 
Incorporação de novos créditos a receber R$1.700,00; 
Desconto de duplicatas no banco (R$ 500,00). 
 
Total R$ 2.900,00 
 x Percentual x 3% 
Total do Ajuste para perdas prováveis R$ 87,00 
 
A ESAF adotou o procedimento de não incluir as Duplicatas Descontadas na 
base de cálculo. 
 
Normalmente, a empresa que efetua o desconto se responsabiliza pelo 
pagamento das duplicatas, ou seja, em caso de inadimplência, a empresa 
pagaria ao banco e posteriormente cobraria a duplicata do seu cliente. 
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Nesse caso, as duplicatas descontadas seriam consideradas no cálculo do ajuste 
para perdas prováveis. 
 
O cálculo ficaria assim: 
Créditos a receber de R$ 2.800,00 
Recebimento de créditos (R$ 980,00); 
Baixa por não recebimento (R$120,00); 
Incorporação de novos créditos a receber R$1.700,00; 
Total R$ 3.400,00 
 x Percentual x 3% 
Total do Ajuste para perdas prováveis R$ 102,00 
 
As outras bancas usam o cálculo acima, que resulta em R$102,00, e que 
consideramos correto. 
 
Mas a ESAF tira as duplicatas descontadas da base de cálculo, apurando o valor 
de R$ 87,00, como demonstramos acima. 
 
Gabarito Æ C. 
 
Vejamos uma questão do concurso de auditor da RF de 2012: 
 
(ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil/2012) A empresa 
Redesconto S.A. trabalha com o desconto de duplicatas. Considerando que a 
operação de desconto foi realizada com duplicatas que tinham vencimento em 
30, 60, 90 e 120 dias, o valor dos juros descontados a serem reconhecidos no 
ato da operação devem ser contabilizados como 
 
A) conta redutora das duplicatas descontadas no Passivo. 
B) conta redutora das Receitas, no Resultado. 
C) despesa antecipada, no Ativo Circulante. 
D) despesas financeiras no Resultado. 
E) conta redutora das duplicatas descontadas no Ativo 
 
Comentários 
 
A ESAF entende que os encargos a transcorrer devem ficar no Ativo, como 
despesa antecipada. O mais correto, tecnicamente, seria classificar como 
redutora do passivo, e apropriar conforme o prazo da operação. A resposta 
deveria ser letra a, mas a banca considerou como gabarito a letra c. 
 
Gabarito Æ C. 
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4) PATRIMÔNIO LÍQUIDO: 
 
Vamos examinar essa questão: 
 
(ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Em relação ao 
patrimônio, objeto da contabilidade, é correto afirmar que 
 
a) o ativo patrimonial é composto dos bens, direitos e obrigações de uma 
pessoa física ou jurídica. 
b) o patrimônio líquido pode ser entendido como sendo a diferença entre o valor 
do ativo e o valor do passivo de um patrimônio. 
c) se calcularmos os direitos reais e os direitos pessoais pertencentes a uma 
entidade, estaremos calculando o ativo patrimonial dessa entidade. 
d) o capital social de um empreendimento comercial é o montante de recursos 
aplicados em seu patrimônio. 
e) o montante dos bens e dos direitos de uma pessoa física ou jurídica tem o 
mesmo valor de seu passivo real. 
 
Comentários 
 
0DV�TXHUHPRV�H[DPLQDU�D�DVVHUWLYD�%��³o patrimônio líquido pode ser entendido 
como sendo a diferença entre o valor do ativo e o valor do passivo de um 
SDWULP{QLR�´ 
 
Para a ESAF. o valor residual dos ativos (PL) só existe se o ativo for 
superior ao passivo. Do contrário, existe Passivo a Descoberto. 
 
Vejamos o parecer da banca em resposta a recurso apresentado contra essa 
questão: 
 
Parecer 
 
Os candidatos recorrem deste enunciado alegando que há duas alternativas de 
resposta corretas: a de letra c que está inquestionavelmente correta, e a de 
letra b que, segundo entendem, também responderia ao quesito. 
 
Na verdade a frase E� ³R�SDWULP{QLR� OtTXLGR�SRGH�VHU�HQWHQGLGR� FRPR�VHQGR�D�
GLIHUHQoD�HQWUH�R�YDORU�GR�DWLYR�H�R�YDORU�GR�SDVVLYR�GH�XP�SDWULP{QLR´� só é 
verdadeira quando o patrimônio líquido for positivo, maior que zero. 
 
Se o valor do ativo for igual ao valor do passivo, não haverá patrimônio líquido. 
Da mesma forma, se o valor do ativo for menor que o valor do passivo, não 
haverá patrimônio líquido. Aí o patrimônio líquido estará valendo menos que 
zero e deverá ser chamado de passivo a descoberto, para representar a 
situação deficitária da entidade. 
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Alguns recorrentes se estendem em argumentar com explicações expressas em 
QRUPDV�� WDLV� FRPR� ³D�� $WLYR� p� XP� UHFXUVR� FRQWURODGR� SHOD� HQWLGDGH� FRPR�
resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios 
econômicos para a entidade; b) passivo é uma obrigação presente da entidade, 
derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída 
de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos; c) Patrimônio 
líquido é o interesses residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos 
os seus passivos. 
 
Mas esquecem que esse interesse residual só existe se for maior que zero. Se 
ele for zero, ou se for negativo, se o ativo não superar o passivo, esse interesse 
residual não existirá, pois não haverá Patrimônio Líquido. 
 
Isso é da essência da chamada Estática Patrimonial. 
 
Por estas razões entendo que não procedem os argumentos apresentados e 
mantenho a questão como foi formulada. 
É o parecer. 
 
Gabarito Æ C. 
 
 
4.1 ± RESERVA LEGAL 
 
A ESAF sempre considerou que a base para o cálculo do limite obrigatório da 
Reserva Legal é o capital social subscrito. O mais correto é usar o capital 
integralizado. Há uma questão recente da ESAF que usa o capital 
integralizado. Vamos examiná-la: 
 
(ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2013) Após apurar o Lucro 
Líquido do exercício de 2009 no valor de R$ 200.000,00, o Patrimônio Líquido 
da Cia. Invernada passa a ter a seguinte composição: 
 
 
 
O saldo da conta Lucros/Prejuízos Acumulados registra apenas o Lucro Líquido 
apurado em dezembro de 2009. 
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O estatuto da empresa determina que a distribuição do saldo obedeça à 
seguinte destinação: cálculo da Reserva Legal na forma da legislação societária; 
40% dos lucros auferidos serão destinados aos dividendos; 10% para Reservas 
de Lucros e o restante do lucro deve ficar retido, de acordo com o orçamento de 
capital aprovado pela assembleia geral. 
 
Com base nessas informações, pode-se afirmar que 
 
a) o valor dos dividendos distribuídos é de R$ 76.000. 
b) o valor destinado a Reservas de Lucros é de R$11.400. 
c) os lucros a serem retidos correspondem a R$ 92.400. 
d) o valor destinado à Reserva Legal é de R$ 5.000. 
e) o valor dos lucros destinados às reservas é R$ 30.000. 
 
Comentários 
 
Para ajudar, o Manual de Contabilidade Societária - FIPECAFI, página 349, 
salienta que: 
 
"Essa reserva (a legal), basicamente instituída para dar proteção ao credor, é 
tratada no artigo 193 da Lei n. 6.404/76 e deverá ser constituída com a 
destinação de 5% do lucro líquido do exercício. Será constituída 
obrigatoriamente, pela companhia, até que seu limite atinja 20% do capital 
realizado, quando então deixará de ser acrescida." 
 
Vamos lá! Resolvamos a questão. 
 
Capital Social 600.000 
Capital Social a Integralizar (300.000) 
Capital Social Realizado 300.000 
 
Limite para reserva legal = 300.000 x 20% = 60.000,00. 
 
Como já temos R$ 55.000,00, poderemos constituir somente R$ 5.000,00. 
 
Comoo lucro do exercício foi de R$ 200.000,00, temos que é perfeitamente 
cabível a destinação de R$ 5.000,00 para a reserva legal. 
 
Vejamos o restante das alternativas: 
 
a) o valor dos dividendos distribuídos é de R$ 76.000. 
 
Dividendos: R$ 200.000,00 x 40% = 80.000,00. 
 
b) o valor destinado a Reservas de Lucros é de R$11.400. 
 
05949764803
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Essas chamadas reservas de lucros montaram a R$ 20.000,00 (10%). 
 
c) os lucros a serem retidos correspondem a R$ 92.400. 
 
Os valores a serem retidos corresponderam a: 200.000,00 ± 5.000,00 ± 80.000 
± 20.000,00 = 95.000,00. 
 
d) o valor destinado à Reserva Legal é de R$ 5.000. 
 
Este é o nosso gabarito. 
 
e) o valor dos lucros destinados às reservas é R$ 30.000. 
 
Errado. O valor destinado às reservas será de R$ 20.00,00. 
 
Gabarito Æ D. 
 
5) DESPESAS E RECEITAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES: 
 
(ESAF/Contador/MTUR/2014) Estamos no exercício social de 2013 e 
compulsamos, entre diversas contas e saldos, os seguintes títulos: 
 
Despesas do exercício seguinte R$ 250,00 
Despesas do exercício R$ 400,00 
Despesas a pagar R$ 520,00 
Despesas do exercício anterior R$ 180,00 
Despesas a vencer R$ 210,00 
Receitas a receber R$ 270,00 
Receitas a vencer R$ 145,00 
Receitas de exercícios futuros R$ 230,00 
Receitas de exercícios anteriores R$ 370,00 
Receitas do exercício R$ 720,00 
 
Após as apurações e classificações levadas a efeito para montagem das 
demonstrações contábeis do exercício de 2013, podemos dizer que os 
elementos acima indicados vão colaborar na equação contábil com a diferença 
 
a) devedora de R$ 15,00. 
b) credora de R$ 175,00. 
c) credora de R$ 320,00. 
d) credora de R$ 485,00. 
e) credora de R$ 675,00. 
 
Comentários: 
 
Vamos separar as contas de natureza devedora e credora: 
 
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CONTA Valor Débito Crédito 
Despesas do exercício seguinte 250 250 
 
Despesas do exercício 400 400 
 
Despesas a pagar 520 
 
520 
Despesas do exercício anterior 180 
Despesas a vencer 210 210 
 
Receitas a receber 270 270 
 
Receitas a vencer 145 
 
145 
Receitas de exercícios futuros 230 
 
230 
Receitas de exercícios anteriores 370 
 
Receitas do exercício 720 720 
TOTAL 
 
1.130 1.615 
 
Saldos credores $1.615 ± saldos devedores = $1.130 = R$ 485 
 
0DV� Ki� XPD� IDOKD� QD� TXHVWmR�� $V� FRQWDV� ³'HVSHVDV� GR� H[HUFtFLR� DQWHULRU´� H�
³5HFHLWDV�GH�H[HUFtFLR�DQWHULRU´�QmR�IRUDP�FRQVLGHUDGDV�� 
 
Se tais receitas e despesas já foram devidamente contabilizadas, não deveriam 
constar entre as contas de 2013, pois, ao final do exercício anterior à que 
pertenciam, as contas de despesas e receitas já deveriam ter sido zeradas, 
quando do encerramento do exercício. 
 
Mas vamos supor que essas despesas e receitas não foram contabilizadas no 
devido tempo, quando de sua ocorrência. Nesse caso, ficam como Ajuste de 
Exercícios Anteriores, no Patrimônio Líquido. E não influenciam o resultado do 
período atual, mas alteram a equação contábil. 
 
Precisamos ver se a banca vai repetir esse procedimento, em questões 
semelhantes (não considerar as receitas e despesas de exercícios anteriores). 
 
Gabarito Æ D. 
 
 
6) DIVIDENDOS 
 
Pessoal, outro ponto importante em que a ESAF diverge da doutrina majoritária 
e da bancas é acerca da base de cálculo para pagamento dos dividendos. 
 
Segundo a LSA: 
 
Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo 
obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no 
estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acordo com as 
seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) 
 
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I - metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes 
valores: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) 
 
a) importância destinada à constituição da reserva legal (art. 193); e (Incluída 
pela Lei nº 10.303, de 2001) 
b) importância destinada à formação da reserva para contingências (art. 195) e 
reversão da mesma reserva formada em exercícios anteriores; (Incluída pela 
Lei nº 10.303, de 2001) 
 
II - o pagamento do dividendo determinado nos termos do inciso I poderá ser 
limitado ao montante do lucro líquido do exercício que tiver sido realizado, 
desde que a diferença seja registrada como reserva de lucros a realizar (art. 
197); (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) 
 
III - os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e 
se não tiverem sido absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, 
deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a realização. 
(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) 
 
Vê-se, pois, que a regra é a fixação da base de cálculo pelo próprio estatuto. E 
na hipótese deste ser silente, utilizamos a base de cálculo estabelecida pela 
LSA, que é 50% do lucro ajustado. 
 
Entretanto, a ESAF se utiliza da base de cálculo prevista na LSA mesmo que o 
estatuto não seja omisso. Vejamos uma questão a respeito. 
 
(ESAF/Contador/Ministério do Turismo/2014) Na empresa Tal Qual 
Lemos S.A., o lucro do exercício, quando ocorre, é distribuído da seguinte 
forma: 30% para dividendos obrigatórios, 10% para Participações Estatutárias 
de Administradores, 10% para Reservas Estatutárias, 5% para Reserva Legal. 
 
No presente exercício o lucro líquido do exercício antes do imposto de renda foi 
no montante de R$ 90.000,00, dele devendo-se deduzir um imposto de renda 
de R$ 36.000,00. 
 
Sendo contabilizada a distribuição acima proposta, certamente, vamos 
encontrar um dividendo obrigatório no valor de 
 
a) R$ 12.150,00 
b) R$ 12.465,90 
c) R$ 12.393,00 
d) R$ 13.851,00 
e) R$ 14.580,00 
 
Comentários 
 
A resolução da banca ESAF foi a seguinte: 
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Lucro antes do IR 90.000,00 
(-) IR (36.000,00) 
Lucro após o IR 54.000,00 
(-) Participação dos administradores 10% (5.400,00) 
Lucro líquido do exercício 48.600,00 
 
Feito isso, transferimos o lucro líquido para o PL, fazendo as destinações. 
Inicialmente, devemos calcular a reserva legal. 
 
A reserva legal é de R$ 48.600,00 x 5% = R$ 2.430,00. 
 
A base de cálculo dos dividendos, para a ESAF, será de: 
 
48.600,00 ± 2.430,00 = 46.170,00. 
 
Os dividendos são de 30% deste valor. 
 
Dividendos: 46.170,00 x 30% = 13.851,00. 
 
Repita-se, o estatuto, segundo o artigo 202 da Lei 6.404/76, é livre 
para fixar a base de cálculo que bem entender para os dividendos. A 
ESAF, contudo, adota posicionamento diferente. Para a banca, mesmo 
que não seja omisso, devemos utilizar abase de cálculo: 
 
50% x (Lucro líquido ± Reserva legal ± Reserva para contingências + 
Reversão da reserva de contingências ± Reserva de incentivos fiscais 
[facultativamente]) 
 
Gabarito Æ D. 
 
 
7) DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 
 
Segundo o CPC 03: 
 
33. Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital 
próprio recebidos são comumente classificados como fluxos de caixa 
operacionais em instituições financeiras. Todavia, não há consenso sobre a 
classificação desses fluxos de caixa para outras entidades. Os juros 
pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos 
podem ser classificados como fluxos de caixa operacionais, porque eles entram 
na determinação do lucro líquido ou prejuízo. Alternativamente, os juros 
pagos e os juros, os dividendos e os juros sobre o capital próprio 
recebidos podem ser classificados, respectivamente, como fluxos de 
caixa de financiamento e fluxos de caixa de investimento, porque são 
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custos de obtenção de recursos financeiros ou retornos sobre 
investimentos. 
 
34A. Este Pronunciamento encoraja fortemente as entidades a classificarem 
os juros, recebidos ou pagos, e os dividendos e juros sobre o capital 
próprio recebidos como fluxos de caixa das atividades operacionais, e 
os dividendos e juros sobre o capital próprio pagos como fluxos de caixa 
das atividades de financiamento. Alternativa diferente deve ser seguida de 
nota evidenciando esse fato. 
 
Portanto, o pronunciamento encoraja fortemente o seguinte: 
 
Juros, recebidos ou pagos Æ Operacional. 
Dividendos e juros sobre Capital próprio recebidos Æ Operacional. 
Dividendos e juros sobre Capital próprio pagos Æ Financiamento. 
 
Todavia, vejamos uma questão da ESAF, aplicada no STN, em 2013 (atenção 
especial para o item III). 
 
(ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2013) A empresa Inovação 
S.A. produtora de cabos de energia efetuou as seguintes operações em 2012: 
 
I. Lançamento da depreciação do ano. 
II. Pagamento de dividendos. 
III. Juros sobre o Capital Próprio Recebidos. 
 
Pode-se afirmar que estes eventos afetam a Demonstração dos Fluxos de Caixa, 
respectivamente, como: 
 
a) ajuste das atividades operacionais; saída das atividades de financiamento; 
entrada das fontes de investimento. 
b) entrada das fontes de investimento; saída das fontes de financiamento; 
entradas das fontes de financiamento. 
c) entrada das fontes de financiamento; entrada das fontes de investimento; 
saída das fontes de financiamento. 
d) entrada das atividades operacionais; saída das atividades de financiamento; 
saídas das fontes de investimento. 
e) saída das atividades operacionais; saídas das atividades operacionais; 
entrada das atividades operacionais. 
 
Comentários 
 
Conforme dissemos: 
 
I. Lançamento da depreciação do ano. 
 
A depreciação é um ajuste no fluxo operacional, já que gera saída de caixa. 
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II. Pagamento de dividendos. 
 
Como dissemos durante a aula: 
 
Juros Recebidos ou pagos Æ Atividades Operacionais 
Dividendos e Juros sobre o capital próprio recebidos Æ Atividades operacionais 
Dividendos e Juros sobre o capital próprio pagos Æ Atividades de financiamento 
 
Portanto, trata-se de fluxo de financiamento. 
 
III. Juros sobre o Capital Próprio Recebidos. 
 
Questão polêmica. Segundo o CPC 03: 
 
33. Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital 
próprio recebidos são comumente classificados como fluxos de caixa 
operacionais em instituições financeiras. Todavia, não há consenso sobre a 
classificação desses fluxos de caixa para outras entidades. Os juros 
pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos 
podem ser classificados como fluxos de caixa operacionais, porque eles entram 
na determinação do lucro líquido ou prejuízo. Alternativamente, os juros 
pagos e os juros, os dividendos e os juros sobre o capital próprio 
recebidos podem ser classificados, respectivamente, como fluxos de 
caixa de financiamento e fluxos de caixa de investimento, porque são 
custos de obtenção de recursos financeiros ou retornos sobre 
investimentos. 
 
34A. Este Pronunciamento encoraja fortemente as entidades a 
classificarem os juros, recebidos ou pagos, e os dividendos e juros 
sobre o capital próprio recebidos como fluxos de caixa das atividades 
operacionais, e os dividendos e juros sobre o capital próprio pagos 
como fluxos de caixa das atividades de financiamento. Alternativa 
diferente deve ser seguida de nota evidenciando esse fato. 
 
Não há consenso sobre a classificação para os juros sobre capital próprio 
recebido para entidades que não sejam financeiras. A ESAF, todavia, os 
classificou como fluxo de investimentos. Contudo, a nossa ver, a questão está 
equivocada, já que deveria haver menção neste sentido. 
 
Conclui-se, então, que os dividendos e juros sobre capital próprio recebido 
podem ser classificados como fluxo operacional (o que é recomendado pelo 
CPC) ou como fluxo de investimento (neste caso deve haver menção em nota 
explicativa). 
 
E se cair na prova? Nesta hipótese, temos um precedente, que é a questão 
acima. 
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Gabarito Æ A. 
 
8. CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA 
 
Um último tópico que merece destaque. Vejamos através de uma questão. 
 
(ESAF/Ministério da Fazenda/Contador/2013) Na elaboração da 
Demonstração do Resultado do Exercício, surgiu um lucro líquido antes do 
Imposto de Renda e da contribuição sobre o lucro líquido no valor de R$ 
6.000,00. A proposta da administração para distribuir o resultado era de 50% 
para dividendos, 30% para IR e CSLL, 10% para participação de empregados e 
5% para reserva legal, ficando o restante em uma reserva de lucros. 
 
Ao ser feita a contabilização segundo essa proposta, o saldo final do resultado a 
ser transportado para a mencionada reserva de lucros será de 
 
A) R$ 1.795,50. 
B) R$ 1.785,00. 
C) R$ 1.710,00. 
D) R$ 1.701,00. 
E) R$ 1.512,00. 
 
Comentário: 
 
Nesse tipo de questão, em que aparece um percentual para o IR e um 
percentual para empregados, a ESAF normalmente apura um IR provisório, 
calcula a participação dos empregados, depois abate tal participação e calcula o 
IR definitivo. Devemos lembrar que as participações de Debenturistas e de 
Empregados são dedutíveis para o IR. Como há dedução recíproca (as duas 
participações são dedutíveis para o IR e o IR diminui a base de cálculo das 
participações), a ESAF adotou a estranha figura do IR provisório 
 
Assim: 
 
Lucro líquido 6000 
IR Provisório (6.000 x 30%) -1800 
Lucro após IR 4200 
Participação Empregados (4200 x 10%) -420 
 
Agora voltamos e calculamos novamente o IR, agora abatendo o valor da 
participação dos empregados (que é dedutível): 
 
Lucro líquido 6.000,00 
Participação empregados - 420,00 
Base para o IR 5.580,00 
IR definitivo - 1.674,00 
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Finalmente, montamos a DRE com os valores apurados, ou seja, IR de 1.674,00 
e participação de empregados de 420,00: 
 
Lucro líquido 6.000,00 
IR definitivo - 1.674,00 
Lucro após IR 4.326,00 
Participação Empregados (4200 x 10%) - 420,00 
Lucro líquido 3.906,00 
 
Agora, transferimos o Lucro Líquido para Lucro Acumulados, calculamos a 
Reserva Legal, os dividendos e o que sobrar irá para a Reserva de Lucros, como 
pede a questão: 
 
Lucro acumulados 3.906,00 
Reserva Legal 5% -195,3 
Sub total 3.710,70 
Dividendos (50% ) -1855,35 
Saldo (Reserva de Lucros) 1.855,35 
 
Atenção: esse cálculo era usado apenas quando a questão informava o IR e 
alguma participação dedutível (debentures e empregados) em percentual. 
Repare que não há resposta. 
 
Vejamos, agora, o método que foi adotado pela banca nesta questão, 
diametralmente oposto ao que vinha sendo feito anteriormente. 
 
O que ocorre é que, nesta questão, a ESAF alterou a forma de cálculo. Não 
usou a figura do IR provisório, já calculou diretamente. 
 
Assim: 
 
Lucro líquido 6.000,00 
IR Provisório (6.000 x 30%) -1.800,00 
Lucro após IR 4.200,00 
Participação Empregados (4200 x 10%) -420,00 
Lucro líquido 3.780,00 
 
Continuando o cálculo: 
 
Lucro acumulados 3.780,00 
Reserva Legal 5% -189,00 
Sub total 3.591,00 
Dividendos (50% ) -1.795,50 
Saldo (Reserva de Lucros) 1.795,50 
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Prezados, na prova, tente calcular por essa forma (que é a questão mais 
recente). Se não encontrar resposta, use a forma de cálculo antiga (com o IR 
provisório). 
 
Espero sinceramente que não tenha as duas respostas. Pois, aí, não sabemos o 
que a banca vai considerar correto. 
 
Gabarito Æ A. 
 
 
 
 
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