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Controle de vocabulário Recuperação da informação Arquivologia Aguiar
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Manuela Eugênio Maia
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que recolhe, antecipando-se as demandas dos usuários e oferecendo fontes e canais de comunicação de difusão das informações que processa e organiza. Já os Arquivistas “conserva información registrada emanada por personas y organismos en virtud de su actividad, siendo éte su principal objetivo, u, sólo en segundo término, la difunde o permite acceder a ela”. (GASTAMIZA, 1991, p. 108 apud SANTAELLA RUIZ, 2006, p.167). 41 Divergência documental: Um dos aspectos que assinala as diferenças entre as unidades informativas têm sido a originalidade e o caráter probatório dos documentos de arquivos, frente à multiplicidade dos fundos de bibliotecas e centros de documentação. Outra diferença é o tratamento documental. [...]. Ambas utilizam ferramentas classificatórias distintas. As bibliotecas e centros de documentação orientam suas técnicas organizativas para a satisfação das necessidades informativas dos usuários; os arquivos respeitam o princípio da procedência para preservar, cronologicamente, as séries que cada organismo produz (SANTAELLA RUIZA, 2006, p.168). Numa perspectiva pragmática é impossível demarcar tais diferenças com base apenas na distinção dos suportes documentais. Tanto um livro como um manuscrito poderá ser custodiado pelas Bibliotecas ou Arquivos, desde que se considere a origem e a função do documento. Em outras palavras, uma obra ao ser produzida e armazenada na biblioteca pessoal do próprio autor e outro exemplar também armazenado na biblioteca institucional da editora, prevaleceu como evidência o suporte. Nesse caso, considerou-se apenas a origem do documento em detrimento de sua função. Prevaleceu à interface bibliográfica, ignorou-se a natureza arquivística, ou seja, não foi levado em consideração que o livro ao ser produzido pelo autor e pela editora reflete tanto as atividades e funções do autor quanto da editora. Para demarcar as diferenças e semelhanças entre as práticas organizativas dessas instituições, é fundamental considerar e contextualizar tanto a origem quanto a função (ou uso) do documento como elementos integradores. Para reafirmar os enunciados desenvolvidos nesse capítulo corroboramos com o pensamento de Smit (1994) ao afirmar que mesmo “baseada em bibliografia modesta creio, assim mesmo, poder continuar trabalhando com a hipótese da irmandade entre as 2Três Marias, reunidas pela designação comum Ciência da Informação, uma vez que estas têm por objetivo 2 De acordo com a autora Smit, as Três Marias compõem a Arquivologia, Museologia e Biblioteconomia/Documentação como disciplinas integrantes da Ciência da Informação, profissões irmãs e áreas do saber correlatas (SMIT, 1994, p. 4). 42 lançar um olhar disciplinar sob as Instituições Coletoras de Cultura, para estudar o comportamento, as propriedades e os efeitos da informação nestas diferentes instituições e a sua inter-relação com a sociedade. (SMIT, 1994). Tomando emprestada a fala de Smit (2000): “a discussão aqui proposta somente adquire sentido se analisada de um ponto de vista diacrônico, no qual a ênfase no documento é substituída pela ênfase na informação”. (SMIT, 2000, p.29). Para melhor compreensão das relações entre a tríade arquivos/documentos/informação, abordaremos no capítulo 2.1 as considerações teórico-conceituais em torno dessa questão. Arrisca-se em afirmar que essa nova perspectiva paradigmática - da ênfase documento para a informação estimula a construção de uma visão integradora, ao considerar que os arquivos, bibliotecas e museus armazenam, organizam e disponibilizam acervos com potencial informativo para fomentar novos conhecimentos, independentemente de sua natureza ou localização. Parafraseando a fala de Smit (2000) “O que significa fornecer a informação de forma totalmente compartimentada? Informação arquivística, informação bibliográfica e informação museológica?” (SMIT, 2000, p.125 apud VALENTIM, 2000). Para Smit (2000) a resposta supõe não considerar as especificidades de cada instituição informativa, mas chama a atenção para a dimensão da “complementaridade”. Ressalta que essa complementaridade é muitas vezes esquecida para justificar e assinalar mais as diferenças do que as semelhanças. Esquece-se de afirmar sua complementaridade... “esquece-se freqüentemente de enxergar que as irmãs são irmãs porque pertencem, justamente a mesma família!”. [...] Essa família tem sido designada pela expressão MIP – Moderno Profissional da Informação” (Idem, p.125-126). Para afirmar essa complementaridade, Smit (2000) cita a expressão cunhada por Hómulos ao nomear os arquivos, bibliotecas e museus, de “instituições coletoras de cultura”. Ela propõe a substituição da expressão 43 “coletoras” para “disponibilizadoras”, ao afirmar que a expressão “coleta” remete ao paradigma do acervo, pressupõe a idéia de preservação e guarda. Ao atualizar a expressão, a autora enuncia a dimensão dinâmica, contrapondo com o “ponto de vista estático” (a existência do estoque). Caracterizando-os como espaços dinâmicos de fluxos de informação. Nessa perspectiva a autora aponta a “função de utilidade” como elemento para conferir e justificar a produção de documentos, supondo que seus conteúdos sugerem um potencial informativo passível de uso e de apropriação. Ela afirma que ao considerar a função como elemento norteador para assinalar as diferenças entre as “instituições disponibilizadoras de informação”, permite uma “aproximação do usuário de forma menos retórica e mais conceitual”. Ou seja, “A informação sendo una, “informação” sem outros predicados, é o usuário, em suas busca, de acordo com suas necessidades, que atribui funções diferenciadas à informação”. Desse modo, a “diferenciação por tipos documentais e objetos deixa de constituir a principal diferença entre as instituições”. “[...] Ou seja, entender que os atributos que especificam o termo-raiz “informação” não designam tipos de documentos, mas tipos de utilização da informação”. E que as expressões informação arquivística, bibliográfica e museológica, evocam um termo comum “informação”. Ela adverte que “epistemologicamente, não há diferentes tipos de informação, no âmbito da CI, mas ambientes diferentes, que atribuem valores – ou usos – diferentes à informação” (SMIT, 2000). Nanci Oddone afirma que A Ciência da Informação não deve restringir seu escopo epistemológico a essa ou aquela atividade profissional – biblioteconomia, arquivologia, museologia – a essa o aquela competência técnica – bibliotecários, arquivistas, museólogos, gestores da informação – a essa ou aquela instituição social – bibliotecas, arquivos, centros de documentação, museus – a essa ou aquela tipologia documental – livros, revistas, discos, 44 manuscritos, filmes, objetos de arte, teses, páginas web – nem a essa ou aquela característica da informação – científica, tecnológica, econômica, jurídica, pedagógica, histórica, médica, política, administrativa, empresarial. Sua preocupação deve, sim, abranger todo o conjunto de atividades, especialistas, organizações, tecnologias, produtos e linguagens que se encontra imerso nesse espaço paradigmático cujo epicentro é a informação (Nanci Oddone, 1998, p.84, apud Aquino, 2002, p.11). Nessa perspectiva Silva (2002) diz que se “aceitarmos a informação, humana e social, como fenômeno e processo, a Arquivística, a Biblioteconomia e a Documentação fazem parte integrante de um corpus científico unificado pelo mesmo objecto [...]” (SILVA, 2002, p.590-591). Diante dos enunciados apresentados anteriormente, podemos afirmar que há uma íntima