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Laboratório de Física III – experimento 1 Processos De Eletrização usando o Van De Graff Emanuel Pinheiro Santos, Evilásio da Silva Almeida, Jório da Silva Fernandes, Samuel Vieira dos Santos Universidade Federal de Alagoas, Campus Arapiraca, Curso de Física Licenciatura Resumo No presente trabalho buscamos apresentar, de uma forma simplória, os fenômenos físicos que estão envolvidos ao Gerador de Van De Graaff. Este é um experimento físico em que estudaremos os três processos de eletrização: a eletrização por atrito, contato e por indução. O Gerador foi construído pelo físico americano Robert Jemison Van de Graaff, e foi inicialmente muito utilizada no campo da física nuclear para produzir altas tensões necessárias nos aceleradores de partículas. Atualmente, é comum vermos versões pequenas nas escolas e laboratório, fazendo os cabelos arrepiarem, e em alguns momentos nem paramos para pensar que os cabelos estão carregados com uma carga de mesma polaridade e por isso se repele. I. Introdução A Eletricidade se desenvolveu na Física como o campo de estudo do conjunto de fenômenos naturais que envolvem a existência de cargas elétricas. “O termo Eletricidade originou-se da palavra eléktron, que é derivada do nome grego âmbar.” [1] Na era da Grécia Antiga, um filósofo natural chamado Tales de Mileto, em curiosidade, atritou âmbar (espécie de pedra derivada de resina fóssil) numa pele de animal e notou que isso fazia com que a pedra atraísse pequenos pedaços de palha ou papel. Essa foi uma das primeiras manifestações históricas, em que se tem registro, do estudo da Eletricidade. Esse processo, descoberto por Tales de Mileto, foi chamado de Eletrização por atrito, como mostra na figura 1. Figura 1. Pena sendo atraída pelo âmbar atritado. Além desse processo, existem também a “Eletrização por contato” e a Eletrização por Indução”. “Para eletrizarmos um corpo metálico, podemos fazer uso de um outro corpo previamente eletrizado, encostando um no outro.” (Sampaio, p.271, 2005). Esse é o processo de eletrização por contato, como mostra a figura 2. Figura 2. O corpo B fica eletrizado por contato do corpo A. No processo de Eletrização por Indução, um corpo “A” com excesso de cargas elétricas se aproxima de outro corpo “B”, inicialmente neutro, sem que entre em contato, as cargas de mesmo sinal do corpo B tendem a se afastar para sua extremidade oposta. Esse processo está exemplificado na figura 3. Figura 3. Processo de Eletrização por Indução. Laboratório de Física III – experimento 1 O corpo A, chamamos de Indutor, e se aterrarmos o corpo B, teremos que ele ficará eletrizado com a carga oposta do indutor ao ser cortado o aterramento. Nesse relatório, como mencionado no resumo, usaremos o Gerador de Van de Graaff para demonstrar os processos de eletrização discutidos até então. II. Procedimento Experimental Neste experimento utilizamos o gerador de Van Graaff, sendo ele construído dos principais materiais: 1- Esfera metálica; 2- Pente coletor; 3- 2 Rolete superior; 4- Coluna suporte; 5- Correia de borracha; 6- 2 Roletes inferior, sendo um deles de plástico; 7- Motor; 8- Correia do motor; 9- 2 pentes laterais de metal; 10- Base metálica. O experimento já estava montado, então verificamos a tensão de funcionamento do motor do gerador e ligamos de acordo com a tensão no estabilizador. Na figura 4 é mostrado o gerador de Van de Graaff. Figura 4. Gerador Van de Graaff. Foram realizados dois experimentos, o primeiro foi aproximar o braço da esfera metálica, constatamos a aproximação dos pelos do braço pela esfera e à medida que ficamos bem próximo do gerador ocorreu uma descarga elétrica do gerador Van de Graaff. No segundo aproximamos uma esfera oca de metal e foi verificado também a descarga elétrica gerado pelo Van de Graaff causado pela diferença de potencial elétrico. III. Resultados e Discussões O Gerador de Van De Graaff, em seu contexto histórico, foi criado com a proposta de gerar de altas tensões para que físicos experimentais, como Ernest Rutherford, conseguissem acelerar partículas à energia suficientemente alta para desintegrar o núcleo atômico num acelerador de partículas. “O primeiro gerador, que atingia até 80.000V, foi feito em 1929 na Universidade de Princeton, por Robert Jemison Van de Graaff, onde lecionava. Em 1933, no Massachusetts Institute of Technology, Van de Graaff construiu um gerador muito maior, que podia chegar até 7 milhões de volts.” [3] A partir do Gerador de Van De Graaff que utiliza o processo de eletrização por atrito podemos analisar a eletrização por contato ou indução devido o campo elétrico gerado por ele. Na figura 6 estão os experimentos que fora feito no laboratório para obter a eletrização por indução e por contato. Figura 6. Experimentos com o Gerador. Através da demonstração em laboratório, notamos que, a partir do acionamento do Gerador de Van De Graaff, a esfera metálica fica ionizada positivamente e com isso, ao aproximar um corpo (nesse caso, aproximamos nosso braço) notamos que os pelos foram atraídos para a esfera metálicas. Laboratório de Física III – experimento 1 No processo do lado direito da figura 6, aproximamos um outro corpo (esfera oca de metal) para obter o processo de indução, semelhante a figura 3. Nesse momento notamos pequenas fagulhas entre o a esfera metálica do gerador e a esfera oca, ocasionados pela diferença de potencial elétrico. IV. Conclusão A manipulação da eletricidade, no âmbito da convivência social, é algo que está presente em todos os lugares: nos postes, nas casas, nos celulares, nos automóveis, nos laboratórios de ensino das escolas, etc. O Gerador de Van De Graaff é um grande exemplo da manipulação da eletricidade para obtenção de fenômenos elétricos já mencionados antes. Usualmente chamamos esse equipamento apenas de “Van de Graaff”, ele é utilizado no ensino de Física e de Engenharia, pois pode ser construído com materiais de baixo custo, e seu efeito é algo impressionante e bonito de observar. Dentre os vários estudos que se pode fazer com o Van de Graaff, fomos específicos nesse relatório para observar apenas os três processos de eletrização: Contato, Indução e Atrito. Assim é notável como esses processos estão presentes ao nosso redor, por exemplo, quando desligamos uma televisão (daquelas de tubo) e aproximamos nosso braço, os pelo irão se atrair pois a tela da tv está eletricamente carregada. V. Referências Bibliográficas [1] Mariane Mendes. “Eletricidade”; Brasil Escola. Disponível em <https://goo.gl/EX3cMT> . Acesso em 09 de Julho de 2018. [2] SAMPAIO, José Luiz ; Física: Volume Único, 2ª edição. São Paulo, 2005. [3] Francisco Jaborandi. “Noções de Eletricidade”; EletricidadeDeJaborandi. Disponível em < https://goo.gl/3fm1GA >. Acessado em 09 de julho de 2018.
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