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CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 5 DESPESA PÚBLICA Olá amigos! Como é bom estar aqui! A despesa assume fundamental importância na Administração Pública por estar envolvida em situações singulares, como o estabelecimento de limites legais impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Ainda, possibilita a realização de estudos e análises acerca da qualidade do gasto público e do equilíbrio fiscal das contas públicas. O conhecimento dos aspectos relacionados com a Despesa no âmbito do setor público, principalmente em face da LRF, contribui para a transparência das contas públicas e para o fornecimento de informações de melhor qualidade aos diversos usuários, bem como permite estudos comportamentais no tempo e no espaço. O orçamento é instrumento de planejamento de qualquer entidade, pública ou privada, e representa o fluxo de ingressos e aplicação de recursos em determinado período. Dessa forma, despesa orçamentária é fluxo que deriva da utilização de crédito consignado no orçamento da entidade, podendo ou não diminuir a situação líquida patrimonial. Segundo Aliomar Baleeiro, despesa pública é a aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, dentro de uma autorização legislativa, para execução de fim a cargo do governo. 1. ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e organização, as quais são implementadas por meio de um sistema de classificação estruturado com o propósito de atender às exigências de CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 2 informação demandadas por todos os interessados nas questões de finanças públicas, como os poderes públicos, as organizações públicas e privadas e os cidadãos em geral. A estrutura da programação orçamentária da despesa é dividida em: Programação qualitativa: o Programa de Trabalho define qualitativamente a programação orçamentária e deve responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto dos seguintes blocos de informação: Classificação por Esfera, Classificação Institucional, Classificação Funcional e Estrutura Programática. Programação quantitativa: compreende a programação física e financeira. A programação física define quanto se pretende desenvolver do produto por meio da meta física, que corresponde à quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionalizada, se for o caso, num determinado período e instituída para cada ano. Já a programação financeira define o que adquirir e com quais recursos, por meio da natureza da despesa, identificador de uso, fonte de recursos, identificador de operações de crédito, identificador de resultado primário, dotação e justificativa. Caiu na prova: (ESAF – APO/MPOG – 2010) A respeito da programação qualitativa do orçamento, é correto afirmar: a) caracteriza-se pela classificação do orçamento, segundo a natureza econômica da despesa (corrente e capital). b) decorre do agrupamento dos recursos em unidades orçamentárias. c) é representada pela divisão do orçamento em fiscal e de seguridade social. d) é caracterizada pela quantificação dos recursos dos programas e das naturezas da despesa. e) é definida pelo Programa de Trabalho e composta por esfera, classificação institucional, classificação funcional e estrutura programática. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 3 A programação qualitativa do Orçamento é definida pelo Programa de Trabalho e composta por esfera, classificação institucional, classificação funcional e estrutura programática. Resposta: Letra E Segundo Fabiano Core1, o qual cita Cunha, com base nas classificações utilizadas em um determinado processo orçamentário, é possível identificar o estágio da técnica adotada. Assim, um orçamento que se estrutura apenas com a informação de elemento de despesa ou objeto de gasto (o que será gasto ou adquirido), além, naturalmente, do aspecto institucional, caracteriza um orçamento tradicional ou clássico. Por apresentar somente uma dimensão, isto é, o objeto de gasto, também é conhecido como um orçamento unidimensional; já o orçamento em que, além do objeto de gasto, encontra-se presente a explicitação do programa de trabalho, representado pelas ações desenvolvidas (em que serão gastos os recursos), corresponderia a um orçamento bidimensional, também conhecido como orçamento de desempenho ou funcional; e o orçamento tridimensional seria aquele que agregaria ao tipo anterior uma outra dimensão, que seria o objetivo da ação governamental (para que serão gastos os recursos), o que tipifica um orçamento-programa. 2. CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA A primeira classificação da programação qualitativa é a classificação por esfera orçamentária. A esfera orçamentária tem por finalidade identificar se o orçamento é fiscal, da seguridade social ou de investimento das empresas estatais, conforme disposto no § 5.º do art. 165 da CF/1988: • Orçamento Fiscal: referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; • Orçamento de Investimento: orçamento das empresas em que a 1 CUNHA, Armando Moreira da apud CORE, Fabiano Garcia. Reforma gerencial dos processos de planejamento e orçamento. In: GIACOMONI, J.; PAGNUSSAT, J. L. Planejamento e orçamento governamental. Brasília: ENAP, 2006. v. 2. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 4 União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; e • Orçamento da Seguridade Social: abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. A classificação por esfera aponta “em qual orçamento” será alocada a despesa. Na base do Sistema de Orçamento o campo destinado à esfera orçamentária é composto de dois dígitos e será associado à ação orçamentária, com os seguintes códigos: CÓDIGO ESFERA ORÇAMENTÁRIA 10 Orçamento Fiscal 20 Orçamento da Seguridade Social 30 Orçamento de Investimentos Caiu na prova: (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008) Entre os componentes da programação qualitativa do orçamento está a classificação por esfera orçamentária, que pode ser dividida em orçamento fiscal, orçamento de investimento, orçamento da seguridade social e orçamento monetário. A classificação por esfera orçamentária está entre os componentes da programação qualitativa do orçamento. Ela é divida em orçamento fiscal (10), orçamento da seguridade social (20) e orçamento de investimentos (30). Não existe mais orçamento monetário. Resposta: Errada. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 5 3. CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL A SOF tem entre suas atribuições principais a coordenação, a consolidação e a elaboração da proposta orçamentária da União, compreendendo os orçamentos fiscal e da seguridade social.Essa missão pressupõe uma constante articulação com os agentes envolvidos na tarefa de elaboração das propostas orçamentárias setoriais das diversas instâncias da Administração Federal e dos demais Poderes da União. Esses órgãos e entidades constam dos orçamentos da União e são identificados na classificação institucional, que relaciona os órgãos orçamentários e suas respectivas unidades orçamentárias. São eles os componentes naturais do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal. A classificação institucional reflete a estrutura organizacional de alocação dos créditos orçamentários, e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. Segundo o art. 14 da Lei 4.320/1964, constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias. As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são consignadas às unidades orçamentárias, que são as estruturas administrativas responsáveis pelas dotações e pela realização das ações. Órgão orçamentário é o agrupamento de unidades orçamentárias. A classificação institucional aponta “quem faz” a despesa. Ela permite comparar imediatamente as dotações recebidas por cada órgão ou unidade orçamentária, pois identifica o agente responsável pelas dotações autorizadas pelo Legislativo, para dado programa. Assim, o agente encarregado do gasto pode ser identificado na classificação institucional. Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com os “órgãos” “Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios”, “Encargos Financeiros da União”, “Operações Oficiais de Crédito”, CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 6 “Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e “Reserva de Contingência”. No entanto, são um conjunto de dotações administradas por órgãos do governo que também têm suas próprias dotações. O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade orçamentária: 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º Órgão Orçamentário Unidade Orçamentária Exemplos: O Órgão 26.000 – Ministério da Educação tem diversas Unidades Orçamentárias, como 26.105 – Instituto Benjamin Constant; 26.237 – Universidade Federal de Juiz de Fora; 26.290 – INEP. Todas essas correspondem a uma estrutura administrativa, com pessoal, espaço físico, etc. Mas também tem outras Unidades Orçamentárias sob sua supervisão, como 74.902 – Recursos sob Supervisão do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior/FIEES – Min. da Educação (Órgão Operações Oficiais de Crédito) e 73.107 – Recursos sob Supervisão do Ministério da Educação (Órgão Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios). São Unidades Orçamentárias, mas não correspondem a uma estrutura administrativa, são somente fundos que geram recursos. Caiu na prova: (ESAF – APO/MPOG – 2010) Segundo definido no Manual Técnico de Orçamento para o exercício de 2010 – MTO-2010, o sistema de planejamento e orçamento federal é integrado pelos seguintes órgãos: a) Todos os órgãos e entidades públicas e privadas que são responsáveis pela aplicação de recursos oriundos do orçamento. b) Unidades setoriais de orçamento de cada ministério ou órgão. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 7 c) Aqueles identificados na classificação institucional do orçamento e que relacionam os órgãos orçamentários e suas respectivas unidades orçamentárias. d) Órgãos de programação orçamentária e financeira dos Poderes da União. e) Unidades orçamentárias não relacionadas com estruturas administrativas. A SOF tem entre suas atribuições principais a coordenação, a consolidação e a elaboração da proposta orçamentária da União, compreendendo os orçamentos fiscal e da seguridade social. Essa missão pressupõe uma constante articulação com os agentes envolvidos na tarefa de elaboração das propostas orçamentárias setoriais das diversas instâncias da Administração Federal e dos demais Poderes da União. Esses órgãos e entidades constam dos orçamentos da União e são identificados na classificação institucional, que relaciona os órgãos orçamentários e suas respectivas unidades orçamentárias. São eles os componentes naturais do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal. Resposta: Letra C 4. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL A classificação funcional, por funções e subfunções, busca responder basicamente à indagação “em que” área de ação governamental a despesa será realizada. A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria 42, de 14 de abril de 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão, e é composta por um rol de funções e subfunções prefixadas, que serve como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. A Portaria 42/1999 atualiza a discriminação da despesa por funções de que trata a Lei 4.320/1964; estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, projeto, atividade, operações especiais; e dá outras providências. Trata-se de uma classificação de aplicação comum e obrigatória, no âmbito dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União, o que permite a consolidação nacional dos gastos do setor público. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 8 Essa Portaria dispõe em seu art. 4.o que: Art. 4.º Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em termos de funções, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais. A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros referem-se à função, enquanto os três últimos representam a subfunção, e podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de atuação do setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária. 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º Função Subfunção A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. Está relacionada com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios. No entanto, tem-se a função “Encargos Especiais”, a qual engloba as despesas em relação às quais não se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações, cumprimento de sentenças judiciais e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. Nesse caso, as ações estarão associadas aos programas do tipo “Operações Especiais”, que constarão apenas do orçamento, não integrando o PPA. Segundo o art. 1.º, § 2.o, da Lei 11.653/2008 (Lei do PPA 2008-2011): § 2.o Não integram o Plano Plurianual os programas destinados exclusivamente a operações especiais. A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da CCCPPP FFF::: 111999 000555 777444 777444 444666 888 CCCPPP FFF::: 111999 000555 777444 777444 444666 888 CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br9 agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. As subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais estão relacionadas na Portaria 42/1999. As ações devem estar sempre conectadas às subfunções que representam sua área específica. Existe a possibilidade de matricialidade na conexão entre função e subfunção, ou seja, combinar qualquer função com qualquer subfunção, mas não na relação entre ação e subfunção. Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão. Assim, a programação de um órgão, via de regra, é classificada em uma única função, ao passo que a subfunção é escolhida de acordo com a especificidade de cada ação. A exceção à matricialidade encontra-se na função 28 – Encargos Especiais e suas subfunções típicas que só podem ser utilizadas conjugadas. Atenção: Assunto muito cobrado em provas! As subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais estejam vinculadas. Exemplos: FUNÇÃO SUBFUNÇÃO 12 – Educação 361 – Ensino Fundamental 362 – Ensino Médio 363 – Ensino Profissional 364 – Ensino Superior 365 – Educação Infantil 366 – Educação de Jovens e Adultos 367 – Educação Especial 01 – Legislativa 031 – Ação Legislativa 032 – Controle Externo CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 10 Podemos combinar a subfunção com a função vinculada, como 12.364 – Educação e Ensino superior; 01.031 – Legislativa e Ação Legislativa. No entanto, pela regra da matricialidade, também podemos combinar as subfunções com funções diferentes daquelas vinculadas, como: 01.365 – Legislativa e Educação infantil, usada na classificação da assistência pré- escolar aos dependentes de servidores e empregados. Caiu na prova: (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) As despesas referentes ao cumprimento de sentenças judiciais são classificadas na função: (A) Essencial à Justiça. (B) Segurança Pública. (C) Administração. (D) Encargos Especiais. (E) Judiciária. A função “Encargos Especiais” engloba as despesas em relação às quais não se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações, cumprimento de sentenças judiciais e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. Resposta: Letra D 5. ESTRUTURA PROGRAMÁTICA Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos estratégicos definidos para o período do Plano Plurianual – PPA, que é de quatro anos. O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no plano, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 11 necessidade ou demanda da sociedade. A estrutura programática também tem previsão na Portaria 42/1999. A finalidade essencial da classificação programática é demonstrar as realizações do Governo e a efetividade de seu trabalho em prol da população. É a mais moderna das classificações orçamentárias da despesa, tendo surgido visando permitir a representação do programa de trabalho. A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. Os Programas são classificados em dois tipos: • Programas Finalísticos: dos quais resultam bens ou serviços ofertados diretamente à sociedade, cujos resultados sejam passíveis de mensuração. Exemplos: Brasil Universitário, Calha Norte, Cidadania e Efetivação do Direito das Mulheres. • Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: são programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto inclusive por despesas de natureza tipicamente administrativas. Exemplos: Administração Tributária e Aduaneira, Controle Externo, Desenvolvimento de Competências em Gestão Pública. Cuidado: essa é a classificação atual! Alguns livros antigos ainda trazem a antiga classificação em 4 tipos que não existem mais! O programa finalístico deve conter objetivo, indicador que quantifica a situação que o programa tenha como finalidade modificar e os produtos (bens e serviços) necessários para atingir o objetivo. Para cada programa finalístico é obrigatório haver pelo menos um indicador. Para os programas de apoio às políticas públicas e áreas especiais a presença de indicadores é facultativa. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 12 A partir do programa são identificadas as ações sob a forma de atividades, projetos ou operações especiais, especificando os respectivos valores e metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação. A cada projeto ou atividade só poderá estar associado um produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dará origem à meta. A finalidade do gasto pode ser observada na estrutura programática. As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições, financiamentos, etc. As ações, conforme suas características, podem ser classificadas como atividades, projetos ou operações especiais, segundo a Portaria 42/1999: • Atividade: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Exemplos: “Fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e Seguros Privados de Assistência à Saúde”, “Manutenção de Sistema de Transmissão de Energia Elétrica”; “Vigilância Sanitária em Serviços de Saúde”. • Projeto: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplos: “Implantação da rede nacional de bancos de leite humano”, “Implantação de Poços Públicos”, “Construção da Interligação das Rodovias BR 040/262/381 no Estado de Minas Gerais”. • Operação Especial: despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Exemplos: Amortização, juros, encargos e rolagem da CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 13 dívida contratual e mobiliária; Pagamento de aposentadorias e pensões;Transferências constitucionais ou legais por repartição de receita (FPM, FPE, Salário-Educação, Compensação de Tributos ou Participações aos Estados, Distrito Federal e Municípios, Transferências ao DF); Pagamento de indenizações, ressarcimentos, abonos, seguros, auxílios, benefícios previdenciários, benefícios de assistência social; Reserva de contingência, inclusive as decorrentes de receitas próprias ou vinculadas; Cumprimento de sentenças judiciais (precatórios, sentenças de pequeno valor, sentenças contra empresas, débitos vincendos, etc.). Nos exemplos acima foram citados os títulos da ação. O título é forma pela qual a ação será identificada pela sociedade e será apresentada no PPA, LDOs e LOAs. Expressa, em linguagem clara, o objeto da ação. No caso de projetos de grande vulto, a individualização do projeto em título específico é obrigatória. Ou seja, um projeto de grande vulto não pode ser incluído no título de outra ação, já que deve ter um título próprio. SUBTÍTULOS (localizador do gasto): a Portaria 42/1999 não estabelece critérios para a indicação da localização física das ações, mas a adequada localização do gasto permite maior controle governamental e social sobre a implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação governamental. Segundo o MTO/2010, as atividades, projetos e operações especiais serão detalhados, ainda, em subtítulos, utilizados especialmente para especificar a localização física da ação, não podendo haver, por conseguinte, alteração da finalidade da ação, do produto e das metas estabelecidas. A finalidade expressa o objetivo a ser alcançado pela ação, ou seja, o porquê do desenvolvimento dessa ação. O produto é o bem ou serviço que resulta da ação, destinado ao público-alvo, ou o investimento para a produção deste bem ou serviço. Cada ação deve ter um único produto, como “servidor treinado” e “estrada construída”. A unidade de medida é o padrão selecionado para mensurar a produção do bem ou serviço. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 14 A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região (NO, NE, CO, SD, SL), por Estado ou Município ou, excepcionalmente, por um critério específico, quando necessário. A LDO da União veda que na especificação do subtítulo haja referência a mais de uma localidade, área geográfica ou beneficiário, se determinados. Exemplos de Subtítulos: Localizações Padronizadas (uso SOF): 0001 Nacion- al NA 0002 No Exterior EX Regiões Geográficas (baseada no padrão IBGE): 0010 Na Região Norte NO 0020 Na Região Nordeste NE 0030 Na Região Sudeste SD 0040 Na Região Sul SL 0050 Na Região Centro-Oeste CO Estados da Federação (baseada no padrão IBGE): 0011 No Estado de Rondônia RO 0012 No Estado do Acre AC 0013 No Estado do Amazonas AM 0014 No Estado de Roraima RR 0015 No Estado do Pará PA 0016 No Estado do Amapá AP Etc. Na União, o subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e será detalhado por esfera orçamentária, grupo de natureza de despesa, modalidade de aplicação, identificador de resultado primário, identificador de uso e fonte de recursos, sendo o produto e a unidade de medida os mesmos da ação orçamentária. Na base do Sistema, o campo que identifica o Programa contém quatro dígitos. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 15 1.º 2.º 3.º 4.º Programa Já a Ação é identificada por um código alfanumérico de oito dígitos: 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º Ação Subtítulo Ao observar o 1.º dígito do código pode-se identificar o tipo de ação: 1º Dígito Tipo de Ação 1, 3, 5 ou 7 Projeto 2, 4, 6 ou 8 Atividade 0 Operação Especial 9 Ação não orçamentária (ação sem dotação nos orçamentos da União, mas que participa dos programas do PPA) Repare que os números ímpares são projetos (exceto o nove) e os pares são atividades (exceto o zero). Caiu na prova: (CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010) O ordenador de despesas de determinado órgão público inclui, no planejamento orçamentário, uma ação de governo visando a alcançar os objetivos de um programa e que envolve um conjunto de operações limitadas no tempo, das quais resultará um produto final que concorrerá para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação governamental. De acordo com o disposto na legislação vigente, essa ação é classificada como: (A) projeto. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 16 (B) função. (C) atividade. (D) subprograma. (E) operações especiais. O projeto é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Resposta: Letra A 6. CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA DESPESA A Lei 4.320/1964 trata da classificação da despesa por categoria econômica e elementos nos arts. 12 e 13. Assim como no caso da receita, o art. 8.º estabelece que os itens da discriminação da despesa mencionados no art. 13 serão identificados por números de código decimal, na forma de anexos dessa Lei. No entanto, atualmente, devemos seguir o que está consubstanciado no Anexo II da Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001. O conjunto de informações que formam o código é conhecido como classificação por natureza de despesa e informa a categoria econômica, o grupo a que pertence, a modalidade de aplicação e o elemento. Temos ainda o desdobramento facultativo do elemento da despesa. 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º Categoria Econômica Grupo de natureza Modalidade de Aplicação Elemento de despesa Desdobramento facultativo do elemento Atenção: o art. 6.º da referida Portaria dispõe que, na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 17 Caiu na prova: (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Acerca da padronização dos procedimentos orçamentários e contábeis nos três níveis de governo, julgue o item abaixo. Na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, será feita, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação. O art. 6.º da Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001 dispõe que, na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, farseá, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação. Resposta: Certa 1.º nível - Categoria econômica da despesa Assim como a receita, este nível da classificação por natureza obedece ao critério econômico. Permite analisar o impacto dos gastos públicos na economia do país. A despesa é classificada em duas categorias econômicas, com os seguintes códigos: 3 - Despesas Orçamentárias Correntes: classificam-se nessa categoria todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital; 4 - Despesas Orçamentárias de Capital: classificam-se nessa cat- egoria aquelasdespesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. 2.º nível - Grupo de Natureza da Despesa (GND) É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir: CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 18 QUADRO: GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA 1 – Pessoal e Encargos Sociais 2 – Juros e Encargos da Dívida 3 – Outras Despesas Correntes 4 – Investimentos 5 – Inversões financeiras 6 – Amortização da Dívida 7 – Reserva do RPPS 9 – Reserva de Contingência GND das despesas correntes • Pessoal e Encargos Sociais: despesas de natureza remuneratória decorrente do efetivo exercício de cargo, emprego ou função de confiança no setor público, do pagamento dos proventos de aposentadorias, reformas e pensões, das obrigações trabalhistas de responsabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de salários, contribuição a entidades fechadas de previdência, outros benefícios assistenciais classificáveis neste grupo de despesa, bem como soldo, gratificações, adicionais e outros direitos remuneratórios, pertinentes a este grupo de despesa, previstos na estrutura remuneratória dos militares, e, ainda, despesas com o ressarcimento de pessoal requisitado, despesas com a contratação temporária para atender a necessidade de excepcional interesse público e despesas com contratos de terceirização de mão de obra que se refiram à substituição de servidores e empregados públicos, em atendimento ao disposto no art. 18, § 1.º, da LRF. • Juros e Encargos da Dívida: despesas com o pagamento de juros, CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 19 comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária. • Outras Despesas Correntes: despesas com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílioali- mentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria econômica “Despesas Correntes” não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa. GND das despesas de capital • Investimentos: despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. • Inversões Financeiras: despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo. • Amortização da Dívida: despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária. Reservas Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor: consoante o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público da STN/SOF, os ingressos previstos que ultrapassarem as despesas orçamentárias fixadas num determinado exercício constituem o superávit orçamentário inicial, destinado a garantir desembolsos futuros do Regime Próprio de Previdência Social – RPPS, do ente respectivo. Assim sendo, esse superávit orçamentário representará a fração de ingressos que serão recebidos sem a expectativa de execução de despesa orçamentária no exercício e constituirá a reserva orçamentária para suportar déficits futuros, em que as receitas orçamentárias CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 20 previstas serão menores que as despesas orçamentárias. Dessa forma, o orçamento do fundo próprio de previdência deve ser constituído, do lado da receita orçamentária, pela previsão das contribuições dos segurados e demais receitas, e, do lado da despesa, a dotação das despesas a serem realizadas durante o exercício, evidenciando a reserva correspondente dos recursos que não serão desembolsados por se tratar de poupança para fazer face aos compromissos futuros. Por ocasião da elaboração do orçamento de um exercício, deve ser apurada a diferença entre receita orçamentária prevista e despesa orçamentária fixada, a ser realizada neste exercício, no intuito de evidenciar a Reserva correspondente ao superávit, utilizando a mesma metodologia da Reserva de Contingência. Ressalte-se que este procedimento é efetuado apenas para fins de elaboração e transferência do orçamento, pois a execução correspondente refletirá o superávit orçamentário fixado pela reserva que será utilizada para pagamentos previdenciários futuros. Destaque-se que a reserva do RPPS também poderá ser utilizada durante o exercício, caso necessário, para a abertura de créditos adicionais com o objetivo de atender a compromissos desse Regime. Reserva de Contingência: é definida na LDO com base na Receita Corrente Líquida. Compreende o volume de recursos destinados ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos. Essa reserva poderá ser utilizada para abertura de créditos adicionais, desde que definida na LDO. Os Passivos Contingentes são representados por demandas judiciais, dívidas em processo de reconhecimento e operações de aval e garantias dadas pelo Poder Público. Os outros riscos a que se refere o § 3.º do art. 4.º da LRF são classificados em duas categorias: Riscos Fiscais Orçamentários e Riscos Fiscais de Dívida. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 21 Riscos Fiscais Orçamentários: estão relacionados à possibilidade de as receitas e despesas projetadas na elaboração do projeto de lei orçamentária anual não se confirmarem durante o exercício financeiro. Com relação à receita orçamentária, algumas variáveis macroeconômicas podem influenciar no montante de recursos arrecadados, dentre as quais podem-se destacar: o nível de atividade da economia e as taxas de inflação, câmbio e juros. A redução do Produto Interno Bruto – PIB, por exemplo, provoca queda na arrecadação de tributos por todos os entes da federação. No que diz respeito à despesa orçamentária, a criação ou ampliação de obrigações decorrentes de modificações na legislação, por exemplo, requer alteração na programação original constante da Lei Orçamentária. Riscos Fiscais da Dívida: estão diretamente relacionados às flutuações de variáveis macroeconômicas, tais como taxa básica de juros, variação cambial e inflação. Para a dívida indexada ao Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC, por exemplo, um aumento sobre a taxa de juros estabelecido pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil elevaria o nível de endividamento do governo. Atenção: diferenças entre investimentos e inversões financeiras nas aplicações em imóveis relacionadas ao PIB: o Produto Interno Bruto (PIB) se refere ao valor agregado de todos os bens e serviços finais produzidos dentro do território econômico do país, independentemente da nacionalidade dos proprietários das unidades produtoras desses bens e serviços. Podemos concluir dos conceitos de investimentos e inversões financeiras queas despesas do grupo investimento contribuem para a formação do Produto Interno Bruto. A inversão financeira é a despesa de capital que, ao contrário de investimentos, não gera serviços e incremento ao PIB. Por exemplo, a aquisição de um prédio já pronto para a instalação de um serviço público é inversão financeira, pois se mudou a estrutura de propriedade do bem, mas não a composição do PIB. Já investimentos são as despesas de capital que geram serviços e, em consequência, acréscimos ao PIB. Por exemplo, a construção de um novo edifício é um investimento, pois além de gerar serviços CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 22 provoca incremento no PIB. Caiu na prova: (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) Segundo a natureza da despesa, amortização, juros e encargos da dívida deverão ser classificados na categoria econômica de despesas de capital. Cuidado: assunto muito cobrado em provas! Consoante a natureza da despesa, o grupo “amortização da dívida” deverá ser classificado na categoria econômica de despesas de capital. No entanto, o grupo “juros e encargos da dívida” deverá ser classificado na categoria econômica de despesas correntes. Resposta: Errada 3.º nível - Modalidade de aplicação A modalidade de aplicação destina-se a indicar se os recursos serão aplicados mediante transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização orçamentária para outras esferas de Governo, seus órgãos ou entidades, ou diretamente para entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições; ou, então, diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de Governo. Também indica se tais recursos são aplicados mediante transferência para entidades privadas sem fins lucrativos, outras instituições ou ao exterior. A modalidade de aplicação é uma informação gerencial que objetiva, principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. Observa-se que o termo “transferências”, utilizado nos arts. 16 e 21 da Lei 4.320/1964, compreende as subvenções, auxílios e contribuições que atualmente são identificados em nível de elementos na classificação da natureza da despesa. Não se confundem com as transferências de recursos financeiros, representadas pelas modalidades de aplicação, e que são CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 23 registradas na modalidade de aplicação constante da seguinte codificação atual: Modalidades de Aplicação 20 transferências à união 30 transferências a estados e ao Distrito Federal 40 transferências a municípios 50 transferências a instituições privadas sem fins lucrativos 60 transferências a instituições privadas com fins lucrativos 70 transferências a instituições multigovernamentais 71 transferências a consórcios públicos 80 transferências ao exterior 90 aplicações diretas 91 aplicação direta decorrente de operação entre órgãos, fundos e entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social 99 a definir Caiu na prova: (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) O administrador público federal, ao elaborar o orçamento nas modalidades de aplicação 30, 40, 50 e 90, está sinalizando para a sociedade que: a) a estratégia na aplicação dos recursos prioriza a região onde se localiza a entidade, embora mediante transferência. b) a estratégia será entregar os recursos a outra entidade pública da mesma esfera de governo e que a aplicação ocorrerá sob sua supervisão. c) a estratégia, na realização da despesa, será transferir os recursos a estados, municípios e entidades privadas, bem como aplicar, ela mesma, parte destes. d) a entidade possui projetos e atividades tanto da área fim quanto da área meio. e) os bens e serviços a serem adquiridos serão utilizados pela própria entidade no desempenho de suas atividades. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 24 Modalidades de Aplicação 30 transferências a estados e ao Distrito Federal 40 transferências a municípios 50 transferências a instituições privadas sem fins lucrativos 90 aplicações diretas Logo, o administrador público federal, ao elaborar o orçamento nas modalidades de aplicação 30, 40, 50 e 90, está sinalizando para a sociedade que a estratégia, na realização da despesa, será transferir os recursos a estados, municípios e entidades privadas, bem como aplicar, ela mesma, parte destes (aplicação direta). Resposta: Letra C 4.º nível - Elemento de despesa Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que a administração pública utiliza para a consecução de seus fins. Os códigos dos elementos de despesa estão definidos no Anexo II da Portaria Interministerial 163, de 2001. É vedada a utilização em projetos e atividades dos elementos de despesa 41-Contribuições, 42-Auxílios e 43-Subvenções Sociais, o que pode ocor- rer apenas em operações especiais. É também vedada a utilização de elementos de despesa denominados típicos de gastos (ex.: 30, 35, 36, 39, 51, 52, etc.) em operações especiais. Isso ocorre porque os projetos e as atividades devem resultar em um produto ou em contraprestação de bens ou serviços, como acontece com os elementos típicos de gastos; já as operações especiais não podem gerar produto, por isso CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 25 são usados os elementos correspondentes a contribuições, auxílios e subvenções sociais. 5.º nível - Desdobramento facultativo do elemento da despesa Conforme as necessidades de escrituração contábil e controle da execução orçamentária, fica facultado por parte de cada ente o desdobramento dos elementos de despesa. 7. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE USO – IDUSO Esse código vem completar a informação concernente à aplicação dos recursos e destina-se a indicar se os recursos compõem contrapartida nacional de empréstimos, doações ou destinam-se a outras aplicações, constando da lei orçamentária e de seus créditos adicionais. Identificador de Uso – IDUSO 0 Recursos não destinados à contrapartida 1 Contrapartida – Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento – BIRD 2 Contrapartida – Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID 3 Contrapartida de empréstimos com enfoque setorial amplo 4 Contrapartida de outros empréstimos 5 Contrapartida de doações 8. CLASSIFICAÇÃO POR FONTES É uma classificação tanto da receita como da despesa. Vimos que a classificação por natureza da receita busca a melhor identificação da origem do recurso segundo seu fato gerador. No entanto, existe a necessidade de classificar a receita conforme a destinação legal dos recursos arrecadados. As fontes de recursos constituem-se de determinados agrupamentos de naturezas de receitas, atendendo a uma determinada regra de destinação CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 26 legal, e servempara indicar como são financiadas as despesas orçamentárias. É a individualização dos recursos de modo a evidenciar sua aplicação segundo a determinação legal, sendo, ao mesmo tempo, uma classificação da receita e da despesa. A classificação por fontes de recursos consiste em um código de três dígitos: 1.º DÍGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS 1 – Recursos do Tesouro – Exercício Corrente 2 – Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente 3 – Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores 6 – Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores 9 – Recursos Condicionados Definições: • Recursos do Tesouro: são aqueles geridos de forma centralizada pelo Poder Executivo, que detém a responsabilidade e controle sobre as disponibilidades financeiras. Essa gestão centralizada se dá, normalmente, por meio do Órgão Central de Programação Financeira, a STN, que administra o fluxo de caixa, fazendo liberações aos órgãos e entidades, de acordo com a programação financeira e com base nas disponibilidades e nos objetivos estratégicos do governo. • Recursos de Outras Fontes: são aqueles arrecadados e controlados de forma descentralizada e cuja disponibilidade está sob a responsabilidade desses órgãos e entidades, mesmo nos casos em que dependam de autorização do Órgão Central de Programação Financeira para dispor desses valores. De forma geral esses recursos têm origem no esforço próprio das entidades, seja pelo fornecimento de bens, prestação de serviços ou exploração econômica do patrimônio próprio. • Exercício Corrente e Exercícios Anteriores: corresponde à CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 27 segregação entre recursos arrecadados no exercício corrente daqueles arrecadados em exercícios anteriores, informação importante já que os recursos vinculados deverão ser aplicados no objeto para o qual foram reservados, ainda que em exercício subsequente ao ingresso (art. 8.º da LRF). Ressalta-se que os códigos 3 e 6 deverão ser utilizados para registro do superávit financeiro do exercício anterior, que servirá de base para a abertura de créditos adicionais, respeitando as especificações das destinações de recursos. • Recursos Condicionados: são aqueles incluídos na previsão da receita orçamentária, mas que dependem da aprovação de alterações na legislação para a integralização dos recursos. Quando confirmadas tais proposições, os recursos são remanejados para as destinações adequadas e definitivas. Os dígitos seguintes são bastante variados. O estudante deve saber que a fonte de recursos é composta por 3 dígitos e quais são os grupos do 1.° dígito. Exemplos de fontes: • Fonte 100: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Recursos Ordinários (00); • Fonte 152: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Resultado do Banco Central (52); • Fonte 150: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Recursos Próprios Não Financeiros (50); • Fonte 250: Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente (2); Recursos Próprios Não Financeiros (50); • Fonte 300: Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores (3); e Recursos Ordinários (00). O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público traz algumas observações importantes: • Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, o código de destinação/fonte de recursos exerce um duplo papel na execução orçamentária. Para a receita orçamentária, esse código tem a finalidade CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 28 de indicar a destinação de recursos para a realização de determinadas despesas orçamentárias. Para a despesa orçamentária, identifica a origem dos recursos que estão sendo utilizados. Assim, o mesmo código utilizado para controle das destinações da receita orçamentária também é utilizado na despesa, para controle das fontes financiadoras da despesa orçamentária. • A destinação de recursos é o processo pelo qual os recursos públicos são correlacionados a uma aplicação, desde a previsão da receita até a efetiva utilização dos recursos. A destinação pode ser classificada em destinação vinculada e destinação ordinária. A destinação vinculada é o processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela norma. Já a destinação ordinária é o processo de alocação livre entre a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades. • O argumento utilizado na criação de vinculações para as receitas é o de garantir a despesa correspondente, seja para funções essenciais, seja para entes, órgãos, entidades e fundos. Deve ser pautada em mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos. Outro tipo de vinculação é aquela derivada de convênios e contratos de empréstimos e financiamentos, cujos recursos são obtidos com finalidade específica. • Na execução orçamentária, a codificação da destinação da receita indica a vinculação, evidenciando, a partir do ingresso, as destinações dos valores. Quando da realização da despesa, deve estar demonstrada qual sua fonte de financiamento (fonte de recursos), estabelecendo-se a interligação entre a receita e a despesa. • Assim, no momento do recolhimento/recebimento dos valores, é feita classificação por natureza de receita e destinação de recursos, sendo possível determinar a disponibilidade para alocação discricionária pelo gestor público, e aquela reservada para finalidades específicas, conforme vinculações estabelecidas. • Portanto, o controle das disponibilidades financeiras por fonte de recursos deve ser feito desde a elaboração do orçamento até a sua CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 29 execução, incluindo o ingresso, o comprometimento e a saída dos recursos orçamentários. Caiu na prova: (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) O controle das disponibilidades financeiras por destinação/fonte de recursos deve ser feito apenas durante a execução orçamentária. O controle das disponibilidades financeiras por fonte de recursos deve ser feito desde a elaboração do orçamento até a sua execução, incluindo o ingresso, o comprometimento e a saída dos recursos orçamentários. Resposta: Errada 9. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE DOAÇÃO E DE OPER- AÇÃO DE CRÉDITO – IDOC O IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou operações de crédito contratuais alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem contrapartida de recursos da União. Os gastos referentes à contrapartida de empréstimos serão programados com o Identificador de Uso – IDUSO – igual a 1, 2, 3 ou 4 e o IDOC com o número da respectiva operação de crédito, enquanto que para as contrapartidas de doações serão utilizados o IDUSO 5 e o respectivo IDOC. O número do IDOC também pode ser usado nas ações de pagamento de amortização, juros e encargos para identificar a operação de crédito a que se referem os pagamentos. Quando os recursos não se destinarem à contrapartida nem se referirem a doações internacionais ou operações de crédito, o IDOC será 9999. Neste sentido, para as doações de pessoas, de entidades privadas nacionais e as destinas ao combate à fome, deverá ser utilizado o IDOC 9999. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 30 10. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADORDE RESULTADO PRIMÁRIO O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem como finalidade auxiliar a apuração do resultado primário previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias, devendo constar no Projeto de Lei Orçamentária Anual – PLOA e na respectiva Lei em todos os grupos de natureza da despesa, identificando, de acordo com a metodologia de cálculo das necessidades de financiamento, cujo demonstrativo constará em anexo à Lei Orçamentária. Conforme estabelecido no § 5.º do art. 7.º do PLDO-2011, nenhuma ação poderá conter, simultaneamente, dotações destinadas a despesas financeiras e primárias, ressalvada a reserva de contingência. Identificador de Resultado Primário 0 Financeira 1 Primária obrigatória, ou seja, aquelas que constituem obrigações constitucionais ou legais da União e constem da Seção I do Anexo IV do PLDO – 2011. 2 Primária discricionária, assim consideradas aquelas não incluídas no anexo específico citado no item anterior. 3 Primária discricionária relativa ao PAC. 4 Despesas constantes do orçamento de investimento das empresas estatais que não impactam o resultado primário. 11. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES Segundo a doutrina, a despesa pública pode ainda ser classificada nos seguintes aspectos: quanto a sua forma de ingresso ou natureza, competência institucional, entidades executoras do orçamento, afetação patrimonial e regularidade: Forma de ingresso ou natureza: • Orçamentária: são as despesas fixadas nas leis orçamentárias ou nas de créditos adicionais, instituídas em bases legais. Obedecem aos CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 31 estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e pagamento. Exemplos: construção de prédios públicos, manutenção de rodovias, pagamento de servidores, etc. • Extraorçamentária: são as despesas não consignadas no orçamento ou nas leis de créditos adicionais. Correspondem à devolução de recursos transitórios que foram obtidos como receitas extraorçamentárias, ou seja, pertencem a terceiros e não aos órgãos públicos, como as restituições de cauções, pagamentos de restos a pagar, resgate de operações por antecipação de receita orçamentária, etc. Vários autores utilizam o termo “natureza” nesta classificação. Atente para não confundir com a classificação por natureza da despesa. Entendo que o termo “forma de ingresso” é o mais apropriado neste caso. Competência institucional: classifica as despesas de acordo com o ente político competente a sua instituição ou realização, quais sejam: Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal. Entidades executoras do orçamento: • Despesa Orçamentária Pública: aquela executada por entidade pública e que depende de autorização legislativa para sua realização, por meio da Lei Orçamentária Anual ou de Créditos Adicionais, pertencendo ao exercício financeiro da emissão do respectivo empenho. • Despesa Orçamentária Privada: aquela executada por entidade privada e que depende de autorização orçamentária aprovada por ato de conselho superior ou outros procedimentos internos para sua consecução. Afetação patrimonial: • Despesa Orçamentária Efetiva: aquela que, no momento da sua realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Exemplos: despesas correntes, exceto aquisição de materiais para estoque e a CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 32 despesa com adiantamento, que representam fatos permutativos e, assim, são não efetivas. • Despesa Orçamentária Não Efetiva: aquela que, no momento da sua realização, não reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Exemplo: despesas de capital, exceto as transferências de capital que causam decréscimo patrimonial e, assim, são efetivas. Regularidade: • Ordinárias: compostas por despesas perenes e que possuem característica de continuidade, pois se repetem em todos os exercícios, como as despesas com pessoal, encargos, serviços de terceiros, etc. • Extraordinárias: não integram sempre o orçamento, pois são despesas de caráter não continuado, eventual, inconstante, imprevisível, como as despesas decorrentes de calamidade pública, guerras, comoção interna, etc. 12. ESTRUTURA COMPLETA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA Esta é a estrutura completa da programação orçamentária: Fonte: MTO/2010 CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 33 Exemplo: Fonte: MTO/2010 Caiu na prova: (ESAF – AFC/CGU - 2008) A classificação funcional e a estrutura programática visam ao fornecimento de informações das realizações do governo e é considerada a mais moderna das classificações orçamentárias da despesa. A junção das duas, quando da execução da despesa no SIAFI , forma o Programa de Trabalho com a seguinte estrutura: Programa de Trabalho: AA.BBB.CCCC.DDDD.EEEE Com relação ao assunto, indique a opção correta. a) Na estrutura do Programa de Trabalho, a codificação CCCC representa o Programa e a codificação EEEE a ação governamental. b) A ação, reconhecida na estrutura pelo código DDDD, determina a escolha da subfunção, reconhecida pela codificação BBB, estabelecendo uma relação única. c) A subfunção, código BBB, poderá ser combinada com qualquer função, código AA, em razão da competência do órgão responsável pelo programa. d) Quando o primeiro dígito da codificação DDDD for um número ímpar significa que a ação é uma atividade. e) As operações especiais são ações que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resultam um produto, e não geram CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 34 contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços e são identificadas pelo primeiro dígito da codificação EEEE. A parte da estrutura programática extraída pela questão é a seguinte: A A B B B C C C C D D D D E E E E Função Subfunção Programa Ação Subtítulo a) Errada. Na estrutura do Programa de Trabalho, a codificação CCCC representa o Programa e a codificação EEEE é o Subtítulo. b) Correta. A ação, reconhecida na estrutura pelo código DDDD, determina a escolha da subfunção, reconhecida pela codificação BBB, estabelecendo uma relação única. As ações devem estar sempre conectadas às subfunções que representam sua área específica. c) Errada. A subfunção, código BBB, poderá ser combinada com qualquer função, código AA, mesmo que diferentes daquelas às quais estão relacionadas na Portaria 42/99. No entanto, trata-se de uma classificação independente dos programas. Cuidado ainda com a exceção à matricialidade, a função 28 – Encargos Especiais e suas subfunções típicas que só podem ser utilizadas conjugadas. d) Quando o primeiro dígito da codificação DDDD for um número ímpar significa que a ação é um projeto, com exceção do dígito 9, o qual corresponde às ações não-orçamentárias. e) As operações especiais são ações que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resultam um produto, e não geram contraprestação diretasob a forma de bens ou serviços e são identificadas pelo primeiro dígito (zero) da codificação DDDD. Resposta: Letra B 13. ARTIGO 12 DA LEI 4320/64 Vamos dar uma atenção especial a este artigo da Lei 4320/64 por ser um dos mais cobrados em concursos. Repare que há diferenças entre os conceitos CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 35 estudados na classificação da despesa por natureza. Quando a questão exige tais conhecimentos, o enunciado geralmente é claro e cita que se refere à Lei 4320/64. Segundo o art. 12, a despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: DESPESAS CORRENTES: • Despesas de Custeio: as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. • Transferências Correntes: as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. DESPESAS DE CAPITAL: • Investimentos: as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. • Inversões Financeiras: as dotações destinadas a aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. • Transferências de Capital: as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 36 ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública. Consideram-se subvenções, para os efeitos da Lei 4320/64, as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como: • Subvenções sociais: as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa; • Subvenções econômicas: as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. Caiu na prova: (FCC – Assessor - MPE/RS – 2008) Com base no artigo 12 da Lei 4.320/64, é correto afirmar que: (A) classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a aquisição de imóveis considerados necessários a execução de obras. (B) subvenções sociais são transferências que se destinam a instituições privadas de caráter industrial. (C) classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais corresponda contraprestação indireta em bens ou serviços. (D) subvenções econômicas são as que se destinam a empresas públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa. (E) classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas. Nossa questão deve ser respondida com base no art. 12 da Lei 4.320/64: a) Errada. Classificam-se como Investimentos as dotações destinadas a aquisição de imóveis considerados necessários a execução de obras. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 37 b) Errada. Segundo o inciso II do § 3º são subvenções econômicas as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. c) Errada. Consoante o § 2º, classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta (ou corresponda contraprestação indireta) em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. d) Errada. Segundo o inciso I do § 3º, são subvenções sociais as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa. e) Correta. Segundo o § 4º, classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. Resposta: Letra E. E assim terminamos a aula 5. Na próxima aula trataremos da Regra de Ouro e dos Estágios da Receita e da Despesa. Forte abraço! Sérgio Mendes CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 38 MEMENTO V CLASSIFICAÇÕES: CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA 10 – Orçamento Fiscal 20 – Orçamento da Seguridade Social 30 – Orçamento de Investimentos CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL 1.º e 2.º dígitos: Órgão orçamentário 3.º, 4.º e 5.º dígitos: Unidade orçamentária (UO) Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a uma estrutura administrativa. As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são consignadas às UOs, que são as estruturas administrativas responsáveis pelas dotações e pela realização das ações. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL 1.º e 2.º dígitos: Função 3.º, 4.º e 5.º dígitos: Subfunção A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. Está relacionada com a missão institucional do órgão. A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. As subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais estão relacionadas. As ações devem estar sempre conectadas às subfunções que representam sua área específica. ESTRUTURA PROGRAMÁTICA Os Programas são classificados em dois tipos: Programas Finalísticos: dos quais resultam bens ou serviços ofertados diretamente à sociedade, CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 39 cujos resultados sejam passíveis de mensuração; Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: são programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços ofertados ao próprio Estado,podendo ser composto inclusive por despesas de natureza tipicamente administrativas. Tipos de ações: Atividade: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Projeto: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Operação Especial: despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Subtítulo (localizador do gasto): As atividades, projetos e operações especiais serão detalhados, ainda, em subtítulos, utilizados especialmente para especificar a localização física da ação, não podendo haver, por conseguinte, alteração da finalidade da ação, do produto e das metas estabelecidas. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA POR NATUREZA Na LOA, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação. 1.º nível: Categoria Econômica 3 – Despesas Correntes; 4 – Despesas de Capital. 2.º nível: Grupo de natureza da despesa – GND Despesas Correntes Despesas de Capital 1 – Pessoal e Encargos Sociais 2 – Juros e Encargos da Dívida 3 – Outras Despesas Correntes 4 – Investimentos 5 – Inversões financeiras 6 – Amortização da Dívida CCCPPP FFF::: 111999 000555 777444 777444 444666 888 CCCPPP FFF::: 111999 000555 777444 777444 444666 888 CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 40 Reservas 7 – Reserva do RPPS 9 – Reserva de Contingência 3.º nível: Modalidade de Aplicação 4.º nível: Elemento da Despesa 5.º nível: Desdobramento Facultativo do Elemento da Despesa CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE USO – IDUSO Esse código vem completar a informação concernente à aplicação dos recursos e destina-se a indicar se os recursos compõem contrapartida nacional de empréstimos ou de doações ou destinam-se a outras aplicações, constando da lei orçamentária e de seus créditos adicionais. CLASSIFICAÇÃO POR FONTES As fontes de recursos constituem-se de determinados agrupamentos de naturezas de receitas, atendendo a uma determinada regra de destinação legal, e servem para indicar como são financiadas as despesas orçamentárias. É a individualização dos recursos de modo a evidenciar sua aplicação segundo a determinação legal, sendo, ao mesmo tempo, uma classificação da receita e da despesa. 1.º DÍGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS 1 – Recursos do Tesouro – Exercício Corrente 2 – Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente 3 – Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores 6 – Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores 9 – Recursos Condicionados CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE DOAÇÃO E DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO – IDOC O IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou operações de crédito contratuais alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem contrapartida de recursos da União. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 41 O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem como finalidade auxiliar a apuração do resultado primário previsto na LDO e na LOA. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES: FORMA DE INGRESSO OU NATUREZA Orçamentária e Extraorçamentária COMPETÊNCIA INSTITUCIONAL Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal ENTIDADES EXECUTORAS DO ORÇAMENTO Despesa Orçamentária Pública e Despesa Orçamentária Privada QUANTO À AFETAÇÃO PATRIMONIAL Efetivas e por mutação patrimonial (não efetivas) QUANTO À REGULARIDADE Ordinárias e Extraordinárias CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 42 I) LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 1) (ESAF – APO/MPOG – 2010) A respeito da programação qualitativa do orçamento, é correto afirmar: a) caracteriza-se pela classificação do orçamento, segundo a natureza econômica da despesa (corrente e capital). b) decorre do agrupamento dos recursos em unidades orçamentárias. c) é representada pela divisão do orçamento em fiscal e de seguridade social. d) é caracterizada pela quantificação dos recursos dos programas e das naturezas da despesa. e) é definida pelo Programa de Trabalho e composta por esfera, classificação institucional, classificação funcional e estrutura programática. 2) (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008) Entre os componentes da programação qualitativa do orçamento está a classificação por esfera orçamentária, que pode ser dividida em orçamento fiscal, orçamento de investimento, orçamento da seguridade social e orçamento monetário. 3) (ESAF – APO/MPOG – 2010) Segundo definido no Manual Técnico de Orçamento para o exercício de 2010 – MTO-2010, o sistema de planejamento e orçamento federal é integrado pelos seguintes órgãos: a) Todos os órgãos e entidades públicas e privadas que são responsáveis pela aplicação de recursos oriundos do orçamento. b) Unidades setoriais de orçamento de cada ministério ou órgão. c) Aqueles identificados na classificação institucional do orçamento e que relacionam os órgãos orçamentários e suas respectivas unidades orçamentárias. d) Órgãos de programação orçamentária e financeira dos Poderes da União. e) Unidades orçamentárias não relacionadas com estruturas administrativas. 4) (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) As despesas referentes ao cumprimento de sentenças judiciais são classificadas na função: (A) Essencial à Justiça. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 43 (B) Segurança Pública. (C) Administração. (D) Encargos Especiais. (E) Judiciária. 5) (CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010) O ordenador de despesas de determinado órgão público inclui, no planejamento orçamentário, uma ação de governo visando a alcançar os objetivos de um programa e que envolve um conjunto de operações limitadas no tempo, das quais resultará um produto final que concorrerá para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação governamental. De acordo com o disposto na legislação vigente, essa ação é classificada como: (A) projeto. (B) função. (C) atividade. (D) subprograma. (E) operações especiais. 6) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Acerca da padronização dos procedimentos orçamentários e contábeis nos três níveis de governo, julgue o item abaixo. Na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, será feita, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação. 7) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) Segundo a natureza da despesa, amortização, juros e encargos da dívida deverão ser classificados na categoria econômica de despesas de capital. 8) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) O administrador público federal, ao elaborar o orçamento nas modalidades de