Relatorio farmacia hospitalar

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unipac
universidade presidente antônio carlos
Instituto de biociências
GRADUAÇÃO EM farmácia
Gilmara nilma santiago
Relatório de estágio em farmácia hospitalar
Barbacena
2016
unipac
universidade presidente antônio carlos
graduação em farmácia
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Relatório de estágio em farmácia comercial 
Local de realização do estágio: Hospital Nossa Senhora das Mercês 
Endereço: Praça Barão de Itambé, 31
Bairro: Centro
Cidade de São João del Rei - MG
Período de 06/06/2016 à 17/07/2014
Regiane Elisa Calsavara
Farmacêutico Técnico responsável
Barbacena
2016
Introdução
Atualmente, espera-se que a farmácia hospitalar desenvolva atividade clínicas e relacionadas à gestão, que devem ser organizadas de acordo com as características do hospital em que se insere o serviço. Essas atividades podem também ser observadas sob o ponto de vista da organização sistêmica da Assistência Farmacêutica, compreendendo seleção de medicamentos necessários; promoção, aquisição e armazenamento adequado dos selecionados; manipulação daqueles necessários e / ou indisponível no mercado; distribuição e dispensação com garantia da segurança e tempestividade; acompanhamento e orientação a pacientes e demais componentes das equipes de saúde.1
A legislação que regulamenta o exercício o exercício profissional da farmácia em Unidade Hospitalar é a Resolução nº. 300, de 30 de janeiro de 1997. Segundo esta resolução “Farmácia Hospitalar é uma unidade técnico-administrativa dirigida por um profissional farmacêutico, ligada funcional e hierarquicamente a todas as atividades hospitalares”.2
Dentre as atribuições para a farmácia hospitalar, o componente gerenciamento, além de ser responsável por prover infraestrutura. São adotados critérios decisivos para a definição de uma lista mínima com todos os medicamentos adequados e indispensáveis ao hospital, denominada lista de padronização, permitindo acesso a fármacos eficazes e seguros.1
Na distribuição dos medicamentos não basta que seja adequado à finalidade terapêutica para qual está sendo prescrito, julga-se importante ressaltar a necessidade de do fornecimento em tempo e quantidade adequado.1
O desequilibro no binômio benefício risco está presente no cotidiano da farmacoterapia hospitalar, incluindo reações adversas a medicamentos e interações medicamentosas, que causam significativamente morbimortalidade, diminuem a qualidade de vida, apresentam aumento relevante nos custos da saúde e, portanto, é problema de grande dimensão em hospitais.3
As reações adversas a medicamentos (RAM) foram responsáveis por, ou contribuíram para 6,6% das internações hospitalares e ocorreram quatro vezes mais durante a internação. As RAM foram responsáveis por 4% da ocupação hospitalar e 0,15% das mortes; 70% seriam evitáveis. As interações medicamento – medicamento tiveram potencial de ocorrer em 37% dos pacientes internados e, em 12% dos casos, foram considerados graves.3
Os erros de medicação foram identificados em 44% das prescrições de medicamentos de alto riso (principalmente heparina, fentanila e midazolam) e, em média, ocorreram 3,3 erros por prescrição.2
A Organização Mundial de Saúde reconhece que os centros de Informação sobre medicamentos (CIM) estão entre as atividades efetivas para promover o uso racional de medicamentos. O primeiro CIM, no mundo, foi implantado em um hospital em 1962, no Centro Médico da Universidade de Kentucky, nos EUA. O sucesso resultou na abertura de novos CIM pelos EUA e, depois, em outros países. No Brasil, o primeiro CIM foi instalado no Hospital Rio Grande do Norte, em Natal. Atualmente, há vários CIM no Brasil.3
Apresentação da empresa
Em 19 de novembro de 1936 foi lançada a pedra fundamental do Hospital Nossa Senhora das Mercês. Assim começava a ser cumprida uma promessa feita por Antônio de Paula Afonso, antes alfaiate em São João del Rei e depois próspero leiloeiro no Rio de Janeiro, fizera aos pés da imagem mercedária em retribuição a uma graça alcançada. 
No mês de abril de 1942 começaram as obras de construção daquela casa de saúde, no local onde havia funcionado o Colégio Maciel e o Hospital Nossa Senhora do Rosário, cujo prédio fora demolido. Em 25 de setembro de 1949 aconteceu a bênção da imagem de Nossa Senhora das Mercês, colocada no altar da capela do hospital; a imagem fora doada pela madre Dolores de Aramburu, provincial das Irmãs Mercedárias, e a coroa dela por Isabel Magalhães.
 Em 05 de novembro de 1942 foi inaugurado o hospital, estando presente Antônio de Paula Afonso e da madre Dolores de Aramburu, dentre outras personalidades. A missa de inauguração foi celebrada pelo cônego Francisco Tortoriello, à época capelão da Santa Casa local. Apenas no ano de 1950 a obra foi totalmente concluída. 
Figura 1: Fotografia do Hospital Nossa Senhora Mercês reproduzida da hemeroteca de José augusto Moreira, por José Antônio de Ávila Sacramento, em 15 de outubro de 2011.
O hospital Nossa Senhora das Mercês está situado na Praça Barão de Itambé, nº. 31 no bairro centro em São João del Rei. A farmácia é composta pela Farmacêutica responsável técnica (RT) e quatro auxiliares de farmácia de trabalham em turno de 12 horas.
Atividades desenvolvidas
Dispensação de medicamentos padronizados;
Preenchimento de formulários para medicamentos não padronizados;
Dispensação de medicamentos não padronizados e alto custo;
Dispensação de materiais hospitalares,
Reposição de medicamentos e materiais;
Dar baixa nos medicamentos dispensados e os devolvidos;
Verificação da validade dos medicamentos,
Etiquetar os medicamentos;
Embalar e dispensar tiras de glicemia;
Preparar doses unitárias para medicamentos líquidos;
Balanços periódicos: conferência de medicamentos nos estoques para controle interno.
Paralelo entre as aulas e o estágio
As disciplinas estudadas ao longo da graduação em farmácia contribuem individualmente com conhecimentos específicos de extrema importância ao estágio. Dentre as quais, destacam-se as farmacologias que esclarecem mecanismos de ação, indicações e reações adversas dos medicamentos. A microbiologia integra os microrganismos e a susceptibilidade aos antimicrobianos disponíveis entre os medicamentos padronizados. A legislação farmacêutica auxilia a compreender as legislações entre direitos e deveres.
A disciplina de farmácia hospitalar auxiliou no âmbito mediante o conhecimento das múltiplas funções que o profissional desenvolve como a participação em comissões (Comissão de farmácia e terapêutica), a orientação adequada para uso racional de medicamentos, drogas e correlatos. Fez-se necessário os entendimentos adquiridos em sala de aula afim de nos capacitar sobre a estrutura da farmácia hospitalar para a compreensão do fluxograma do serviço. Atualmente, 
Dificuldades encontradas
As caligrafias de difícil leitura e compreensão são comuns do dia a dia do farmacêutico, ainda que se observa na Lei 5.991 de 17 de dezembro de 1973 que dispõe sobre o Controle Sanitário do Comércio de Drogas, Medicamento, Insumos Farmacêuticos e Correlatos dá outras providencias Capítulo VI – do receituário Art. 35 somente será aviada a receita de modo legível. Atualmente, diversas Assembleias Legislativas estaduais, como do estado de Mato Grosso do Sul Lei 3.629 de 2008, já exige que receitas médicas e pedidos de exames devem ser digitados e impressos pelo médico.
Sugestões
A dispensação de medicamentos em doses fracionadas auxiliar no controle de estoque da farmácia, evita desperdícios e representa significativa economia para o hospital. Porém, para fracionamento de medicamentos líquidos em dosadores deveria acontecer em local exclusivo evitando assim contaminações.
A conferência dos medicamentos por parte da enfermagem poderia ser feita de maneira organizada, separando as alas por horários propiciando maior efetividade no serviço sem atrasar os horários das medicações. 
ConclusãoO estágio curricular em farmácia é um artifício muito importante para o aprendizado e formação universitária, mostrando ao acadêmico o exercício do farmacêutico em um de seus campos de trabalho. Esse estágio proporcionou conhecimento em relação ao funcionamento de um hospital, juntamente com as dificuldades enfrentadas diariamente. 
1 – TORRES R M,CASTRO C G S O, PEPE V L E. Atividades da farmácia hospitalar brasileira para pacientes hospitalizados: uma revisão da literatura. Ciência e saúde coletiva. p 973-984
2 – Resoluções do Conselho Federal de Farmácia. Resolução n 300, 30 de janeiro de 1997.
3 – VIDOTTI, C C F, SILVA E V, HOEFLER R. Implantação e desenvolvimento de Centro de Informação sobre Medicamentos em hospital como estratégia para melhorar a farmacoterapia. Pharmacia Brasileira – Maio/Junho 2010.