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Tutoria - 2° Período - 1° Módulo - QUE VIDA É ESSA?

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1 
 
Centro Universitário de Mineiros–UNIFIMES 
Curso de Medicina 
Tutoria 2ª Etapa 
Unidade I 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 1 
QUE VIDA É ESSA? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
08/08/2017 
 
2 
 
SUMÁRIO 
1.2 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3 
1.3 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM .................................................................. 3 
1.4 RESPOSTAS E DISCUSSÕES ........................................................................... 4 
1.5 CONCLUSÃO .................................................................................................. 16 
1.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1.2 INTRODUÇÃO 
 
O hipotálamo e glândula hipófise formam uma unidade que exerce controle sobre a 
função de várias glândulas endócrinas periféricas, incluindo as adrenais. O eixo Hipotálamo – 
Hipófise – Adrenal (HHA) atua na regulação de respostas a circunstâncias adversas, modulando 
o metabolismo de carboidratos, proteínas, e lipídios, proporcionando excitabilidade do córtex 
cerebral, além de produzir efeitos anti-inflamatórios e supressão da resposta imune. 
Os sistemas endócrino e nervoso atuam na coordenação e regulação das funções 
corporais. Enquanto as mensagens nervosas são de natureza eletroquímica, as mensagens 
transmitidas pelo sistema endócrino têm natureza química – os Hormônios. São substâncias 
produzidas pelas glândulas endócrinas que se distribuem pelo sangue, modificando o 
funcionamento de outros órgãos, denominados órgãos-alvo. O hipotálamo grupo de células 
nervosas localizadas na base do encéfalo, faz a integração entre esses dois sistemas. 
Os hormônios influenciam praticamente todas as funções dos demais sistemas corporais. 
Frequentemente, o sistema nervoso interage com o endócrino, formando mecanismos 
reguladores bastante precisos. O sistema nervoso pode fornecer ao endócrino a informação 
sobre o meio externo, ao passo que o sistema endócrino regula a resposta interna do 
organismo a esta informação, a fim de manter a homeostase. 
A homeostase é a condição de relativa estabilidade da qual o organismo necessita para 
realizar suas funções adequadamente para o equilíbrio do corpo, por isso faz-se necessário 
compreender a interação do sistema nervoso-endócrino; incluindo os mecanismos de 
comunicação celular, potencial de ação, neurotransmissores, sinapse, ciclo sono-vigília; isto é, 
todo o funcionamento que mantém a homeostase. 
 
1.3 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
 
Objetivo geral: 
• Compreender o processo de homeostase 
 
Objetivos específicos: 
• Definir homeostase e identificar os fatores ambientais que a interferem; 
 
4 
 
• Correlacionar os sistemas endócrino e nervoso, caracterizando o eixo Hipotálamo-
Hipófise-Adrenal (HHA); 
• Correlacionar o sistema nervoso na integração com o meio interno e externo; 
• Caracterizar os tipos de comunicação celular; 
• Discutir o estresse e a ritmicidade biológica com alteração do ciclo sono-vigília; 
• Discutir potencial de ação, sinapse e neurotransmissores; 
• Conceituar hormônio e explicar os tipos de receptores e seus mecanismos de ação; 
• Discutir o impacto do excesso de trabalho na saúde do indivíduo considerando sua 
integralidade. 
 
1.4 RESPOSTAS E DISCUSSÕES 
 
1 – Definir homeostase e identificar os fatores ambientais que a interferem 
Os organismos que vivem em hábitats que estão em constate mudança lidam com a 
variabilidade externa, mantendo o meio interno relativamente estável/constante, uma habilidade 
conhecida como homeostase. O conceito de meio interno relativamente estável é atribuído ao 
médico francês Claude Bernard, em meados de 1800, quando durante os seus estudos em 
medicina experimental, ele percebeu a estabilidade das diversas funções fisiológicas, como a 
temperatura corporal, a frequência cardíaca e a pressão arterial. 
Um fisiologista norte-americano, chamado Walter B. Cannon, propôs uma lista de 
variáveis que estão sobre o controle homeostático em fatores ambientais que afetam as células 
(osmolaridade, temperatura, salinidade e pH) e “substâncias para as necessidades celulares” 
(nutrientes, água, sódio, cálcio, outros íons inorgânicos, oxigênio, bem como “secreções 
internas com efeitos gerais e contínuos-hormônios e outras substâncias que as células utilizam 
para se comunicarem”). Canon também criou o termo homeostasia para descrever a regulação 
do meio interno do corpo. Sendo o prefixo homeo- (significando o mesmo ou similar), em vez 
do prefixo homo- (significando o mesmo, idêntico), porque o meio interno é mantido dentro de 
uma faixa ou intervalo de valores, e não em um valor exato ou fixo. Ele também indicou que o 
prefixo –stase nessa situação indica condição, e não um estado estático e que não sofre 
mudanças. Assim, a homeostasia de Cannon é um estado de manutenção de “uma condição 
similar”, de modo semelhante ao meio interno relativamente constante de Claude Bernard. 
 
5 
 
Alguns fisiologistas afirmam que a interpretação literal de -stase na palavra homeostasia 
implica um estado estático e imutável. Eles argumentam que, em vez de homeostasia, deveria 
ser utilizada a palavra homeodinâmica para refletir as pequenas mudanças que estão ocorrendo 
constantemente no nosso meio interno. O termo dinâmico indica que as substâncias estão 
constantemente se movendo de um lado para o outro entre os dois compartimentos. Em um 
estado de estabilidade não há movimento efetivo (líquido) de substâncias entre os 
compartimentos. Entretanto, essa estabilidade não é o mesmo que equilíbrio. Independente da 
definição é importante lembrar que o corpo monitora seu estado interno e toma medidas para 
corrigir perturbações que ameacem a sua função normal. Se o corpo não consegue manter a 
homeostasia, então a função normal é interrompida e um estado de doença pode desenvolver-
se. Para os seres vivos, o objetivo da homeostasia é manter um estado de estabilidade dinâmica 
entre os compartimentos do corpo, e não tornar os compartimentos iguais. 
 
2- Correlacionar os sistemas endócrino e nervoso, caracterizando o eixo 
Hipotálamo-Hipófise-Adrenal (HHA) 
A atividade do eixo HHA é governada pela secreção de corticotrofina (CRH) e 
vasopressina (AVP) pelo hipotálamo, os quais, por sua vez, ativam a secreção do hormônio 
adrenocorticotrópico (ACTH) pela hipófise, que finalmente estimula a secreção de 
glicocorticoides, sintetizados pela zona fasciculada, pelo córtex adrenal. Em situações normais, 
o cortisol irá exercer efeito inibitório no ACTH e CRH (feedback negativo). Os 
glicocorticóides, então, interagem com seus receptores em múltiplos tecidos-alvo, incluindo o 
eixo HHA, onde são responsáveis pela inibição negativa por feedback da secreção do ACTH 
pela hipófise e do CRH a partir do hipotálamo. Embora os glicocorticóides regulem a função 
de quase todos os tecidos do corpo, o efeito fisiológico mais conhecido desses hormônios é a 
regulação do metabolismo energético. 
 
6 
 
Vários fatores regulam a atividade do eixo HHA, dentre eles situações de estresse, entre 
outras condições fisiológicas ou ambientais. 
 
Figura 1 – Esquema do eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal (HHA) descrevendo a regulação e o feedback negativo 
do cortisol 
 
 
3- Correlacionar o sistema nervoso na integração com o meio interno e externo 
 
O sistema nervoso é basicamente composto de células especializadas, cujafunção é 
receber os estímulos sensoriais e transmiti-los para os órgãos efetores, tanto musculares quanto 
glandulares. Os estímulos sensoriais que se originam no exterior ou no interior do corpo são 
correlacionadas dentro do sistema nervoso e os impulsos eferentes são coordenados, de modo 
que os órgãos efetores atuam harmoniosamente, em conjunto para o bem estar do indivíduo. 
Dentre as principais funções do sistema nervoso, destaca-se à sensorial (recebimento de 
informações do meio externo e interno), cognitiva (memória e aprendizado) e motora (ordenar 
ações e respostas). 
O sistema sensorial é um conjunto de órgãos dotados de células especiais chamadas 
de receptores. Através dos receptores, o indivíduo capta estímulos e informações do ambiente 
que o cerca e do seu próprio corpo. Os estímulos são transmitidos na forma de impulsos 
elétricos até o sistema nervoso central. Por sua vez, o sistema nervoso central processa as 
informações, traduzindo-as em sensações e gerando respostas. 
Do ponto de vista anatômico, pode-se dividir o sistema nervoso em duas grandes partes: 
o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico. O primeiro reúne as estruturas situadas 
dentro do crânio (encéfalo) e da coluna vertebral (medula espinha), enquanto o segundo reúne 
as estruturas distribuídas pelo organismo (nervos, plexos e gânglios periféricos – conjunto de 
corpos de neurônios fora do sistema nervoso central). Já no ponto de vista funcional, o sistema 
nervoso pode ser dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso visceral, de modo 
 
7 
 
que o primeiro está relacionado com as funções submetidas a comandos conscientes, como a 
musculatura esquelética e a pele. Já o visceral está relacionado com a inervação inconsciente 
de, por exemplo, músculo cardíaco e glândulas. 
 
Figura 2 – Esquema das divisões do Sistema Nervoso e as ramificações originadas do encéfalo 
 
Uma ramificação do sistema nervoso autônomo, permite conceituar dois sistemas com 
diferentes funções. Dessa forma, o nervoso autônomo simpático prepara o corpo para respostas 
de lutar ou fugir por meio da liberação de neurotransmissores como a adrenalina e 
noradrenalina. É responsável, por exemplo, pelo aumento da pressão arterial e da potência do 
músculo cardíaco. Assim, o fluxo sanguíneo aumento para os músculos esqueléticos e ocorre a 
inibição das funções digestivas. Em contrapartida, o sistema nervoso autônomo parassimpático 
prepara o corpo, de uma maneira geral, para o repouso e digestão acomodando o corpo para 
manter e conservar energia metabólico: diminui o trabalho cardíaco, a respiração e a pressão 
sanguínea. 
 
4- Caracterizar os tipos de comunicação celular 
 
Comunicação por Contato direto: As junções comunicantes permitem a passagem direta 
de moléculas pequenas entre as células tais como os eletrólitos e os 2º mensageiros. 
 
8 
 
 Moléculas de aderência => São glicoproteínas transmembrana que pertencem a cinco grandes 
famílias: 
1- Integrinas 
2- Caderinas 
3- Selectinas 
4- Imunoglobulinas 
5- Moléculas ricas em leucina 
 As moléculas de aderência celular desempenham papéis importantes tanto durante o 
desenvolvimento embrionário quanto nos fenômenos de reparação tecidual e combates a 
invasões tumorais na vida adulta. 
Comunicação por Moléculas de sinalização: As moléculas de sinalização de origem 
celular podem pertencer a várias famílias de substâncias bioquímicas e atuarão como 
mensageiras entre duas células mais ou menos distantes entre si. 
*Comunicação endócrina – Torna possível a ligação de células distantes através de sinais 
químicos. As moléculas sinalizadoras são os hormônios. Atingem a célula alvo através da 
circulação sanguínea. 
*Comunicação parácrina – Comunicação entre células vizinhas que não utiliza a circulação. 
Ex: células endoteliais-musculatura lisa vascular, onde o óxido nítrico atua como modulador do 
tônus. 
*Comunicação neurócrina – Semelhantemente à parácrina, essa comunicação ocorre entre 
células próximas. A diferença existe no tipo de ligação, tendo em vista que a comunicação 
neurócrina somente liga uma célula nervosa a outra, ou a uma célula muscular. O mecanismo 
básico é a sinapse (neuro-neuronal ou neuro-muscular). 
*Comunicação autócrina – Ocorre quando o sinal age sobre a célula que o emitiu. Muito 
utilizado com a intenção de amplificar sinais, como a retroalimentação positiva. Pode também 
atuar na retroalimentação negativa, inibindo sua própria síntese. Vale ressaltar, que há 
necessidade de que a célula que produz a substância, também possua receptor para a mesma. 
*Comunicação intrácrina – Forma especializada de comunicação autócrina. Visa atuação dentro 
da própria célula, não chegando a haver exteriorização do sinal. Faz-se necessário um receptor 
intracelular. 
*Comunicação justácrina – As moléculas sinalizadoras participantes possuem baixo 
peso molecular, além das moléculas de aderência. A proximidade no contato entre moléculas 
de aderência vizinhas na superfície celular, possibilita a transmissão. 
 
9 
 
 
5- Discutir o estresse e a ritmicidade biológica com alteração do ciclo sono-vigília 
 
 O ciclo sono-vigília é um ritmo circadiano, isto é, em condições naturais este ritmo 
apresenta sincronização com fatores ambientais e oscila com um período de 24 horas. A 
alternância do dia-noite (claro-escuro), os horários escolares, os horários de trabalho, horários 
de lazer, as atividades familiares, todos são fatores exógenos que sincronizam o ciclo sono-
vigília. Além dessa sincronização ambiental, o ciclo sono-vigília é gerado e regulado 
endogenamente por uma estrutura neural localizada no hipotálamo que é o núcleo 
supraquiasmático (NSQ), considerado o relógio biológico para os mamíferos. Há uma relação 
temporal entre o ciclo sono-vigília e outros ritmos biológicos no próprio organismo como, por 
exemplo, a melatonina, o hormônio de crescimento, o cortisol, e outros. Esta relação de fase 
entre os ritmos endógenos é conhecida como ordem temporal interna. 
Três subdivisões hipotalâmicas são importantes no ciclo sono-vigília: o hipotálamo 
anterior (núcleos gabaérgicos e núcleos supraquiasmáticos), o hipotálamo posterior (núcleo 
túbero-mamilar histaminérgico) e o hipotálamo lateral (sistema hipocretinas). A maior parte do 
sono noturno é do tipo de ondas lentas (NREM); esse é o tipo de sono profundo, repousante, 
que a pessoa tem durante a primeira hora de sono, após ter sido mantida acordada por muitas 
horas. Os episódios de sono REM ocorrem periodicamente durante esse sono e representam 
cerca de 25% do tempo total de sono de adulto jovem; geralmente, ocorrem, a intervalos de 90 
minutos. Esse tipo de sono não é repousante e, em geral, está associado ao sonhar. 
O SONO DE ONDAS LENTAS (NREM) 
Esse sono é extremamente repousante e está associado à redução do tônus vascular 
periférico e, também, de muitas outras funções vegetativas corporais. Além disso, ocorre 
diminuição de 10 a 30% da pressão arterial, da frequência respiratória e do metabolismo basal. 
Embora o sono de ondas lentas seja, muitas vezes, chamado de "sono sem sonhos", nele 
ocorrem sonhos e chega a ocorrer pesadelos. Contudo, a diferença entre os sonhos que ocorrem 
no sono de ondas lentas e no sono REM é que os sonhos do sono REM são lembrados, ao passo 
que, em geral, os do sono de ondas lentas não o são. Isto é, durante o sono de ondas lentas, o 
processo da consolidação dos sonhos na memória não acontece. 
SONO REM 
Em noite normal de sono, surtos de sono REM, cada um durando de 5 a 30 minutos, 
ocorre, em média, a cada 90 minutos, com o primeiro deles acontecendo dentro de 80 a 100 
 
10 
 
minutos após o adormecer. Quandoa pessoa está extremamente sonolenta, a duração de cada 
surto de sono "REM fica muito curta, podendo, até mesmo, não ocorrer. Por outro lado, à 
medida que a pessoa fica mais descansada, no correr da noite, a duração dos surtos de sono 
REM aumenta muito. Em geral, está associado ao sonhar ativo. As freqüências cardíaca e 
respiratória ficam irregulares, o que é característico do estado de sonhar. Durante o sono REM, 
o encéfalo está muito ativo, e o metabolismo global encefálico pode aumentar por até 20%. 
Também, o eletroencefalograma registra padrão de ondas cerebrais semelhante ao que é 
registrado na vigília. Por isso, esse tipo de sono foi chamado de sono paradoxal, porque é um 
paradoxo que a pessoa esteja dormindo, apesar de sua intensa atividade cerebral. 
Em resumo, o sono REM é um tipo de sono em que o cérebro está muito ativo. Contudo, a 
atividade cerebral não é canalizada na direção apropriada para que a pessoa possa tomar 
conhecimento do que a cerca e, por conseguinte, ficar acordada. 
 
6- Discutir potencial de ação, sinapse e neurotransmissores 
 
Potencial de ação 
Na face interna da membrana plasmática das fibras nervosas existe um potencial elétrico 
chamado potencial de membrana, que é possibilitado pela a diferença de concentração dos íons 
no meio interno e externo da célula. Durante o repouso as células nervosas têm o interior 
carregado negativamente em comparação ao meio extracelular, (o que é chamado de potencial 
de repouso) graças à presença de íons que não conseguem atravessar a membrana celular. Outra 
característica importante é concentração de potássio, que é maior no meio intracelular, e a 
concentração de sódio, que é maior no meio extracelular. Tanto o sódio quanto o potássio são 
cátions. 
Quando o potencial de membrana é invertido, é gerado um impulso elétrico. Tal 
inversão chamada potencial de ação acontece nas células excitáveis, como neurônios, músculos 
e células secretoras em três etapas: despolarização, repolarização e hiperpolarização. 
Quando a célula nervosa recebe um estímulo, seus canais de sódio abrem-se e por 
difusão ocorre a entrada de íons de sódio na célula. Contudo, a mudança do potencial de 
membrana é inicialmente lenta, já que os canais de sódio que foram ativados são ligantes 
dependentes. Quando o valor limiar do potencial de membrana é atingido, canais de sódio 
voltagem dependentes são abertos e há a inversão abrupta do potencial de membrana 
(despolarização), uma vez que grande quantidade de sódio passa para o meio intracelular. O 
 
11 
 
intracelular fica mais positivo que o extra, o que também pode ser chamado de potencial de 
inversão. Por razões ainda desconhecidas ocorre uma onda de despolarização, ou seja, as 
regiões adjacentes a um ponto de despolarização também despolarizam, permitindo a 
propagação da corrente elétrica nos dois sentidos da fibra nervosa. 
Após a fase ascendente o potencial de membrana atinge se pico e os canais de sódio se 
fecham ao mesmo tempo em que se abrem os canais de voltagens dependente de potássio. Por 
difusão o potássio sai da célula para o meio extracelular tornando o meio intracelular novamente 
menos positivo, restaurando o potencial de repouso. Entretanto, os canais de potássio se fecham 
em uma voltagem mais negativa do que a do potencial de repouso, logo ocorre um fechamento 
tardio desses canais e a célula perde mais potássio do que o ideal (hiperpolarização). Em 
sequência esses canais também são fechados e célula precisa utilizar a bomba de sódio e 
potássio para atingir a concentração basal desses íons tanto no meio intracelular quanto no 
extracelular (repolarização). 
Enquanto a repolarição não estiver completa, não é possível que o neurônio faça um 
novo potencial de ação. Há dois períodos refratários: um entre a despolarização e a 
repolarização (absoluto) e o ouro durante a hiperpolazação (relativo). 
 
Figura 3: potencial de membrana durante o potencial de ação 
http://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/images/a/a3/Impulsonervoso.jpg 
 
 
12 
 
Sinapse nervosa 
Sinapse nervosa é a passagem de impulsos nervosos de um neurônio para outro, e podem 
ser de dois tipos: químicas ou elétricas. Na sinapse química um neurônio se aproxima do outro 
sem se tocarem. O neurônio que passa a informação é chamado de neurônio pré-sináptico, o 
que recebe é o pós-sináptico, enquanto o espaço entre eles é a fenda sináptica. As sinapses 
química são unidirecionais, vão sempre do neurônio pré para o pós sináptico. 
As terminações dos neurônios são chamadas de botões terminais, nelas há vesículas 
simpáticas que armazenam neurotransmissores produzidos pelos neurônios. Quando o potencial 
de ação chega ao botão terminal, canais de cálcio voltagem dependentes vão se abrir e seguindo 
o gradiente de concentração, íons de cálcio entrarão na célula por difusão. Com a entrada de 
Ca, as vesículas são estimuladas a se deslocar até a membrana pré-sináptica e os 
neurotransmissores são liberados na fenda por exocitose. Na membrana pós sináptica há 
receptores específicos para cada neurotransmissor. 
 
Neurotransmissores 
Neurotransmissores são substancias químicas que na sinapse transmitem sinais de um 
neurônio para outro, podem ser excitatórios ou inibitórios. 
Os neurotransmissores excitatórios contribuem com a despolarização do neurônio pós 
sináptico, permitindo a entrada de cargas positivas, ativando-o consequentemente. São 
exemplos de neurotransmissores excitatórios: glutamato, noradrenalina, acetilcolina, 
dopatmina d1, serotonina 5ht4. 
Já os neurotransmissores inibitórios podem atuar aumentando o potencial de membrana 
negativo do neurônio pós sináptico com a entrada de 𝐶𝑙− e saída de potássio (hiperpolarização) 
ou bloqueando a produção de mensageiros. São exemplos de neurotransmissores inibitórios: 
endorfina, GABA, dopamina d2, serotonina 5ht1. 
 
7- Conceituar hormônio e explicar os tipos de receptores e seus mecanismos de ação 
Hormônio: 
 
Substância química secretada para os líquidos corporais internos por uma célula ou um grupo 
de células, exercendo um efeito fisiológico de controle sobre outras células do corpo. 
 
Tipos de receptores: 
 
13 
 
 
Usualmente, cada receptor é específico para um único hormônio. Isso determina o tipo de 
hormônio que atuará sobre um tecido particular. Apesar disso ainda existe a forma de 
classificação quanto à localização desses receptores: 
• Dentro ou na superfície da membrana celular: Receptores de hormônios, sobretudo 
proteicos, peptídicos e/ou catecolamínicos; 
• Citoplasmáticos: Receptores de hormônios esteroides; 
• Nucleares: Receptores de hormônios metabólicos tireóideos (tiroxina e triiodotironina). 
• 
Mecanismos de ação: 
 
Há duas formas gerais de classificação, uma quanto ao local de ação e outra quanto a forma 
de realizar essa ação. 
1. Quanto ao local de ação: 
• Mecanismo de ação local: Hormônios locais possuem seus receptores mais 
restritos a determinados órgãos e/ou tecidos do corpo, como é o caso da 
secretina. A secretina, embora seja liberada pela parede duodenal na corrente 
sanguínea, ela possui ação restrita ao pâncreas, mesmo passando por outros 
tecidos no caminho. Dessa forma ela é classificada como um hormônio local, 
visto que atua de forma específica sobre o pâncreas. 
• Mecanismo de ação geral: Os hormônios assim classificados possuem uma 
atividade sistêmica, ou seja, atuam em variados órgãos e/ou tecidos do corpo 
(principalmente por causa da vasta quantidade de receptores para esses 
hormônios espalhados em locais diferentes) conseguindo assim estimular ou 
inibir a maioria dos sistemas. Um exemplo é a epinefrina. 
 
2. Quanto a forma de realização:• Mecanismo de Alteração da Permeabilidade da Membrana: Substâncias 
neurotransmissoras combinam-se com os receptores na membrana pós-
sináptica. Isso faz com que abra ou feche canais de íons, alterando o potencial 
de membrana, a voltagem dos meios. Em alguns casos a resposta é inibitória, 
em outros excitatória. Um exemplo é a noraepinefrina. 
 
14 
 
• Mecanismos de Ativação ou Inativação de Enzimas: Quando um hormônio se 
fixa na porção de seu receptor de membrana, nesse mecanismo, ocorre uma 
protrusão para o exterior celular, produzindo alteração estrutural na própria 
célula receptora. Então, a partir dessa alteração estrutural ocorre, também, a 
ativação ou inativação de uma enzima na porção da molécula projetada para o 
interior. Isso é o que acontece, por exemplo, com o hormônio insulina. 
• Mecanismo de Segundo Mensageiro: Não é o próprio hormônio que institui 
diretamente as alterações intracelulares, quem faz isso é um segundo 
mensageiro. O hormônio só ativa um tipo único de receptor de membrana, e todo 
o resto do processo de mecanismo de ação hormonal fica por conta de um 
segundo mensageiro. Exemplos de segundos mensageiros: AMP cíclico 
(monofosfato cíclico de adenosina), GMP cíclico (monofosfato cíclico de 
guanosina) e íons Cálcio. Exemplo de hormônio que utiliza esse mecanismo: 
Adenocorticotropina (utiliza o AMP cíclico). 
• Mecanismo de Ativação de Genes: Um hormônio se fixa a um receptor 
intracelular. Após o hormônio entrar na célula e após certo período de tempo, 
novas proteínas aparecem na célula. Isso possibilita à célula a habilidade de 
controlar novas funções, ou de intensificar as que antes já existiam. Um exemplo 
de hormônio que utiliza esse mecanismo é o GH. 
 
8- Discutir o impacto do excesso de trabalho na saúde do indivíduo considerando sua 
integralidade. 
Neste mundo globalizado cada vez mais se pode notar o sofrimento psíquico dos 
trabalhadores. A chegada do sistema capitalista trouxe mudanças no mundo do trabalho e este 
fato parece estar relacionado a uma exagerada carga de trabalho mental, urgência de tempo, 
excesso de responsabilidade, falta de apoio, cobranças internas, entre outros. Toda essa situação 
tem levado ao aparecimento do estresse nos trabalhadores. 
Selye em 1926 utilizou o termo estresse, para denominar aquele “conjunto de reações 
que um organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige esforço para a 
adaptação”. O organismo, quando exposto a um esforço desencadeado por um estímulo 
percebido como ameaçador a homeostase, seja ele físico, químico, biológico ou psicossocial, 
 
15 
 
apresenta a tendência de responder de forma uniforme e inespecífica denominada síndrome 
geral de adaptação. (GUIMARÃES, 2000) 
O estresse se origina de duas fontes básicas: atividade física e mental ou atividade 
emocional. Os psicólogos utilizam dois termos distintos para distinguirem entre as formas 
positivas e negativas do estresse, mesmo que as duas sejam iguais bioquimicamente. O estresse 
é o chamado estresse positivo que acompanha a realização de um objetivo e sua satisfação, é o 
estresse de conseguir superar desafios e é considerado uma força benéfica que ajuda as pessoas 
a enfrentarem seus desafios. O que se considera prejudicial é o distresse. O estresse se 
transforma em distresse quando começamos a perceber uma perda de nosso sentimento de 
segurança e adequação. Falta de ânimo, desespero e desapontamento transformam o estresse 
em distresse (SNELL; BOHLANDER, 2009). 
A reação ao estresse é uma mobilização química coordenada de todo o corpo, visando 
atingir as exigências para enfrentar ou evitar uma situação de luta ou fuga. O sistema nervoso 
simpático ativa a secreção de hormônios a partir das glândulas endócrinas, que colocam o corpo 
em uma situação de guerra. 
Além disso, o desgaste emocional que as pessoas são submetidas nas relações com o 
trabalho é um fator muito importante na determinação de transtornos relacionados ao estresse, 
como é o caso das depressões, ansiedades patológicas, pânico, fobias, doenças psicossomáticas. 
A pessoa com esse tipo de estresse ocupacional não responde à demanda do trabalho e 
geralmente se encontra irritável e deprimida. Sendo assim, diminuir os problemas de saúde do 
trabalhador é sinônimo de aumento de produtividade na empresa. Com qualidade de vida no 
trabalho consequentemente haverá maior probabilidade de se obter qualidade de vida pessoal, 
social e familiar. 
Desta forma a incidência da Síndrome de Burnout poderá ser evitada. Muito confundida 
com o estresse comum, a Síndrome de Burnout é uma doença nova caracterizada pelo 
esgotamento físico e mental e cuja causa está intimamente ligada à vida profissional. Quem 
sofre desta síndrome fica sob um nível de estresse absurdo, cansaço e mal estar generalizado, 
com sinais de esgotamento físico, emocional e psíquico que estão intimamente relacionadas à 
vida profissional. 
 
16 
 
Sendo assim, muitas empresas desenvolvem programas de controle do estresse visando 
ensinar seus colaboradores maneiras de minimizar os efeitos do estresse no trabalho. Tais como, 
a inclusão de instrução sobre técnicas de relaxamento, habilidades de adequação, capacidade 
de ouvir, métodos para lidar com pessoas de personalidade difícil, administração do tempo, 
assertividade. Estas técnicas são desenvolvidas para quebrar o padrão da tensão que acompanha 
situações de estresse e para ajudar a conseguir um maior controle de sua vida. 
As técnicas organizacionais como esclarecimento quanto à função do trabalho do 
colaborador, a correção de fatores físicos e a capacidade de lidar com fatores interpessoais não 
devem ser menosprezados no processo de treinamento dos colaboradores para lidarem com o 
estresse. Uma questão levantada sobre esta temática é: “Quais os aspectos que levam estes 
colaboradores a desenvolverem suas atividades com mais motivação? E a resposta a essa 
questão, sem dúvida alguma, se baseia em uma em uma melhor qualidade de vida. 
 
1.5 CONCLUSÃO 
 
Em síntese, nosso organismo está em constante desequilíbrio devido as influências 
externas, e do meio interno e para garantir a homeostase, o nosso organismo conta com alguns 
recursos: o sistema nervoso e o sistema endócrino. O sistema nervoso informa que algo de 
errado está acontecendo no interior do corpo e produz uma resposta a determinado estímulo. O 
sistema endócrino, por sua vez, secreta mensageiros químicos. 
O estresse, entre outras causas são responsáveis pelo desequilíbrio no eixo Hipotálamo-
Hipófise-Adrenal, podendo interferir até mesmo no ciclo de sono e vigília, além das alterações 
nos níveis de cortisol e de outras funções biológicas. Portanto, é preciso que o indivíduo saiba 
equilibrar a vida social e profissional, para que não haja uma rotina desgastante, um desgaste 
emocional, acarretando consequentemente problemas de saúde. 
O sono pode causar dois tipos de efeitos fisiológicos: primeiro, sobre o próprio sistema 
nervoso e, segundo, efeitos sobre as outras estruturas do corpo. A falta de sono certamente 
compromete o funcionamento do sistema nervoso central; a vigília prolongada está associada, 
muitas vezes, a disfunção mental progressiva e, ocasionalmente, a atividades comportamentais 
anormais do sistema nervoso. Por conseguinte, podemos admitir que o sono, de algum modo, 
ainda não conhecido, possa restaurar os níveis normais de atividade e, também, o "equilíbrio" 
 
17 
 
normal entre os diferentes componentes do sistema nervoso central, isto é, nosso organismo 
necessita estar sempre em homeostase. 
 
 
1.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
[1] GUYTON, A.C. Tratado de fisiologia médica 11 eds. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2006 
[2] Silverthorn, Dee Unglaub, Ph.D. Fisiologia Humana - Uma Abordagem Integrada 5º Ed. 2010 
[3] JURUENA, Mario F; CLEARE, Anthony J; PARIANTE, Carmine M. O eixo hipotálamo-
pituitária-adrenal, a função dos receptores de glicocorticóides e sua importância na 
depressão. Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, p.189-201. 2004. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/rbp/v26n3/a09v26n3>. 
[4] ALOÉ, Flávio; AZEVEDO, Alexandre P; HASAN, Rosa. Mecanismos do ciclo sono-
vigília. Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, p.33-9. 2005. Disponível em: 
http://www.scielo.br/pdf/rbp/v27s1/24474 
[5] MORAES DE ALMONDES, Katie ; FONTENELE DE ARAÚJO, John . Padrão do ciclo 
sono-vigília e sua relação com a ansiedade em estudantes universitários. 37-43 p. Estudos 
de Psicologia (Psicologia)- Universidade Federal do Rio Grande do Norte, [S.l.], 2003. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/epsic/v8n1/17233.pdf> 
[] Acessos online: 
http://www.uff.br/WebQuest/pdf/comunicacao.html 
http://web.unifil.br/pergamum/vinculos/000006/00000697.pdf

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