Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 5:Fármacos que atuam no Sistema Nervoso Autônomo Profº: Me. Wellington Contiero FAESO – FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE OURINHOS Bacharelado em Enfermagem Disciplina: FARMACOLOGIA PARA ENFERMAGEM - SDE0286 SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SNC 4 SNA Regula processos corpóreos que não estão sob a dependência direta do controle voluntário. Ex: manter respiração; freqüência cardíaca; produção de urina 5 Componente central do SNA - HIPOTÁLAMO : Controla homeostasia interna e estabelece padrões comportamentais - NEURÔNIOS: transmissão de informações via neurotransmissores ou mediadores químicos, no sentido de SINTETIZAR; ARMAZENAR; LIBERAR; UTILIZAR E INATIVAR. 6 SINAPSE 7 NEUROTRANSMISSORES - Substância química liberada pela terminação nervosa. Interação com seus receptores, estimulando ou inibindo a célula. FUNÇÂO: contração e relaxamento muscular secreção ou inibição de substâncias (via glândula) Estimula produção de enzima; hormônios Regulam o SNC Regulam nossos movimentos; comportamento; vida afetiva 8 NEUROTRANSMISSORES EXEMPLOS DE ALGUNS: ACETILCOLINA NORADRENALINA DOPAMINA ADRENALINA GLICINA GAMA AMINOBUTÍRICO (GABA) ENDORFINAS SEROTONINAS SUBSTÂNCIAS P Sistema Nervoso Autônomo Sistema Nervoso Autônomo SNA SIMPÁTICO ADRENÉRGICO TORACOLOMBAR CATABÓLICO SISTEMA DE DESGASTE PARASSIMPÁTICO COLINÉRGICO CRANIOSSACRAL ANABÓLICO SISTEMA DE CONSERVAÇÃO Neurônios Adrenérgicos Os neurônios adrenérgicos liberam como neurotransmissor a noradrenalina No sistema simpático, a noradrenalina, portanto, é o neurotransmissor dos impulsos nervosos dos nervos autonômicos pós-ganglionares para os órgãos efetuadores. Neurônios Adrenérgicos Neurotransmissores e cotransmissores. 2 principais neurotransmissores: Acetilcolina e Norepinefrina Fibras nervosas motoras – libera aceticolina – receptores nicotínicos Neurotransmissores e cotransmissores. 2 principais neurotransmissores: Fibras parassimpáticas pós-ganglionares - liberam acetilcolina – receptores muscarínicos Fibras simpáticas pós-ganglionares – liberam norepinefrina – receptores α –β adrenérgicos Glandulas sudoriparas – acetilcolina – muscarínicos Neurotransmissores e cotransmissores. Cotransmissão: Ação simuntânea de mais de um neurotrânsmissor por neurônio. Síntese, armazenamento e liberação da acetilcolina A acetilcolina (ACh) é um neurotransmissor do sistema colinérgico – Distribuido no SNA e em regiões cerebrais Este neurotransmissor é liberado por: Todas as fibras pré-granglionares no sistema nervoso autônomo e aquelas da medula da adrenal; Fibras pós-ganglionares parassimpáticas que se dirigem para o órgão efetor; Síntese, armazenamento e liberação da acetilcolina Algumas fibras simpáticas de vasos em músculos esqueléticos. O efeito vasodilatador da acetilcolina em vasos sanguíneos isolados necessita de um endotélio intacto. Síntese, armazenamento e liberação da acetilcolina Síntese, armazenamento e liberação da acetilcolina Liberação de Acetilcolina Acredita-se que a ACh seja liberada nas placas motoras terminais das junções neuromusculares, em quantidades constantes, ou vesículas. Quando o potencial de ação alcança a terminação nervosa motora, há liberação sincrônica de 100 ou mais vesículas de ACh. Síntese, armazenamento e liberação da acetilcolina Liberação de Acetilcolina A despolarização de uma terminação nervosa possibilita o influxo de cálcio através de canais voltagem-sensíveis. Este influxo de cálcio facilita a fusão da membrana vesicular com a membrana plasmática da terminação nervosa, resultando na extrusão do conteúdo das vesículas. Síntese, armazenamento e liberação da acetilcolina Interrupção das Ações da Acetilcolina A acetilcolina é rapidamente hidrolisada pela enzima acetilcolinesterase (AChE). Esta última, também conhecida como colinesterase específica ou verdadeira. Síntese, armazenamento e liberação da acetilcolina A butirilcolinesterase, também conhecida como pseudocolinesterase ou esterase sérica, está presente em diversos tipos de células gliais. É especialmente encontrada no plasma sanguíneo e no fígado. Embora ambos os tipos de enzima sejam capazes de hidrolisar a acetilcolina, eles podem ser diferenciados por suas taxas de hidrólise da pseudocolinesterase. Síntese, armazenamento e liberação da acetilcolina A ação da AChE é imediata, sendo que aproximadamente 90% da ACh liberada podem ser hidrolisadas antes de chegar na membrana pós-sináptica. Os produtos de degradação são ácido acético e colina. Colinesterase e drogas anticolinesterásicas Os efeitos das drogas anti-ChE decorrem principalmente do estímulo da transmissão colinérgica em sinapses autônomas colinérgicas e na junção neuromuscular. Os efeitos autônomos incluem bradicardia, hipotensão, secreções excessivas, broncoconstrição, hipermotilidade gastrointestinal, redução da pressão intra-ocular. A ação neuromuscular causa fasciculação muscular e aumento da tensão de contração, podendo produzir bloqueio por despolarização. Colinesterase e drogas anticolinesterásicas Receptores nicotínicos Os receptores nicotínicos são canais iónicos na membrana plasmática de algumas células, cuja abertura é disparada pelo neurotransmissor acetilcolina, fazendo parte do sistema colinérgico. Receptores nicotínicos Os receptores de tipo SNC encontram-se disseminados no cérebro e são heterogêneos quanto a sua composição Os receptores nicotínicos são divididos em três classes principais: Receptores nicotínicos Os receptores musculares são confinados à junção neuromuscular esquelética. Receptores nicotínicos Os receptores ganglionares são responsáveis pela transmissão nos ganglios simpáticos e parassimpáticos. Os receptores de tipo SNC encontram-se disseminados no cérebro e são heterogêneos quanto a sua composição Receptores Muscarínicos recetores metabotrópicos acoplados a proteínas G, presentes no corpo humano e animal. São estimulados pela acetilcolina, desencadeando uma cascata intracelular que é responsável pelas respostas ditas "muscarínicas". . Receptores Muscarínicos M1, M3 e M5 Recetores acoplados à proteína Gq/11. A sua activação promove a actividade da fosfolipase C (PLC), causando em regra aumento da função do órgão a que estão acoplados. Receptores Muscarínicos Tipo M1 SNC e periférico; células parietais gástricas Efeito excitatório Tipo M2 Coração e terminações pré-sinápticas Efeito Tipo M3 Glândulas e músculo liso visceral Efeito excitatório Receptores Muscarínicos São importantes dois mecanismos, tipificados nos seguintes exemplos: Na célula muscular lisa - A activação da proteína Gq induz aumento da actividade da PLC, que degrada fosfolípidos da membrana aumentando a concentração e ativação de outras vias - libertação para o citoplasma do cálcio (Ca2+) induzindo a contração Receptores Muscarínicos Na célula endotelial - O aparente paradoxo colocado pela vasodilatação mediada por agonistas muscarínicos, contrária à esperada vasoconstrição por acção na musculatura da parede vascular, pode ser explicada pela ação das células endoteliais. Transmissão noradrenérgica TRANSMISSÃO NORADRENÉRGICA Todos os receptores são acoplados à proteína G a1 Sistema efetor: PLC/IP3; DAG Efeito: liberação de cálcio intracelular a2 Sistema efetor: AC/AMP-C Efeito: inibição da AC e dos canais de cálcio TRANSMISSÃO NORADRENÉRGICA b1 Inotropismo positivo no coração Cronotropismo positivo no coração b2 Broncodilatação Vasodilatação Relaxamento do músculo liso visceral b3 Lipólise TRANSMISSÃO NORADRENÉRGICA Agonistas dos receptores adrenérgicos: Ações no mm liso: a1(pp) = contração; exceto TGI (fenilefrina) b2 (pp) = relaxamento (salbutamol) Terminações nervosas: a2: inibição (clonidina) b: estimulação Agonistas dos receptores adrenérgicos: Coração: b1: inotropismoe cronotropismo positivo (dobutamina) a1: hipertrofia cardíaca Metabolismo b1: estimulação da glicogenólise hepática b3: lipólise a2: inibição da secreção de insulina Antagonistas dos receptores adrenérgicos: Antagonistas a1 seletivos vasodilatação e queda da PA relaxamento do mm liso da bexiga ex: Prazosina Antagonistas b não seletivos EX: PROPRANOLOL redução do débito cardíaco efeitos colaterais importantes = broncoconstrição em asmáticos Agonistas Adrenérgicos - Agonistas de ação indireta – são os que não afetam diretamente os receptores pós-sinápticos, mas provocam a liberação de noradrenalina dos terminais adrenérgicos. - Os fármacos de ação indireta são: anfetamina – tiramina. Agonistas Adrenérgicos - Agonistas de ação mista – são os que ativam os receptores adrenérgicos na membrana pós sináptica, e, causam a liberação de noradrenalina dos terminais pré-sinápticos (adrenérgicos). - Os fármacos de ação mista são: efedrina – metaraminol Agonistas Adrenérgicos - Agonistas de ação direta - São os que atuam diretamente nos receptores adrenérgicos alfa ou beta produzindo efeitos semelhantes ou liberando a adrenalina pela medula adrenal. Os fármacos de ação direta são: adrenalina – noradrenalina – isoproterenol – fenilefrina – dopamina – dobutamina – fenilefrina – metoxamina – clonidina – metaproterenol ou orciprenalina – terbutalina – salbutamol ou albuterol.
Compartilhar