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Introdução à Filosofia e Ética

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Filosofia - Regina –Sextas
Filosofando – Maria Helena Lúcia Arruda Aranha
Convite à Filosofia – Marilena Chauí
Unidade I
09 /03 - A Passagem do mito para a filosofia
16/03 - A filosofia dos pré – socráticos
23/03 - Sócrates e os sofistas
Perguntas
Conceito de Filosofia
Conceito de Ética – Debate, reflexão e questionamento sobre valores. Considerando à Vida como um bem inegociável. Cuida da dignidade da pessoa humana. É o contrário da Indiferença.
Moral
Imoral
Amoral
psicologianassaunoite@hotmail.com
Senha: 201201noite
Podem utilizar como referência bibliográfica:
Filosofando. Maria Lúcia Arruda Aranha. Moderna. 
Convite à Filosofia. Marilena Chauí 
sites: www.consciencia.org.br (tenho dois artigos publicados neste site)
www.filosofiavirtual.com.br
Imoral é tudo aquilo que contraria o que foi exposto acima a respeito da moral. Quando há falta de pudor, quando algo induz ao pecado, à indecência, há falta de moral, ou seja, há imoralidade. 
Amoral é a pessoa que não tem senso do que seja moral, ética. A questão moral para este indivíduo é desconhecida, estranha e, portanto, “não leva em consideração preceitos morais”. É o caso, por exemplo, dos índios no tempo do descobrimento ou de uma sociedade, como a chinesa, que não vê o fato de matar meninas, a fim de controlar a natalidade, como algo mórbido e triste
Moral: É tudo aquilo referente a um conjunto de princípios, preceitos, comandos, proibições, permissões, normas de conduta, valores e ideais de vida boa. Ou seja, moral é um sistema de conteúdos, um determinado “modelo ideal de boa conduta socialmente estabelecida” que reflete determinada forma de vida.
Amoral: É tudo aquilo que não é nem contrário nem conforme a moral, que é privado de qualificação moral. Ou seja, é toda pessoa que não tem senso do que sejam moral e ética, sendo a questão moral desconhecida ou estranha para este indivíduo, portanto, este “não leva em consideração preceitos morais”.
Imoral: É tudo aquilo que é considerado desonesto, libertino, contrário à moral, ou seja, é toda a conduta ou doutrina que contraria a regra moral prescrita para um dado tempo e lugar.
 A palavra ética vem do grego ethos que quer dizer "modo de ser", ou "caráter", enquanto maneira de vida que o homem adquire ou conquista. Mais objetivamente, pode-se definir ética como sendo um conjunto sistemático de conhecimentos racionais e objetivos a respeito do comportamento humano, moral, tal como colocado por Adolfo Sánches VÁZQUEZ (1982)[1]. 
A ética se confunde muitas vezes com a moral, todavia, deve-se deixar claro que são duas coisas diferentes, considerando-se que ética significa a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade, enquanto que moral, quer dizer, costume, ou conjunto de normas ou regras adquiridas com o passar do tempo. A ética é o aspecto científico da moral, pois tanto a ética como a moral, envolve a filosofia, a história, a psicologia, a religião, a política, o direito, e toda uma estrutura que cerca o ser humano. Isto faz com que o termo ética necessita ter, em verdade, uma maneira correta para ser empregado, quer dizer, ser imparcial, a tal ponto a ser um conjunto de princípios que norteia uma maneira de viver bem, consigo próprio, e com os outros.
Maiêutica – Técnica de Sócrates
FILME - GATTACA – 
- Deontologia – Estudo de Códigos de Éticas
1 - Explique as causas do surgimento da Filosofia?
Os historiadores da Filosofia dizem que ela possui data e local de nascimento:
final do século VII e início do século VI antes de Cristo, nas colônias gregas da
Ásia Menor (particularmente as que formavam uma região denominada Jônia),
na cidade de Mileto. E o primeiro filósofo foi Tales de Mileto.
Além de possuir data e local de nascimento e de possuir seu primeiro autor, a
Filosofia também possui um conteúdo preciso ao nascer: é uma cosmologia. A
palavra cosmologia é composta de duas outras: cosmos, que significa mundo
ordenado e organizado, e logia, que vem da palavra logos, que significa
pensamento racional, discurso racional, conhecimento. Assim, a Filosofia nasce
como conhecimento racional da ordem do mundo ou da Natureza, donde,
cosmologia.
A Filosofia surge, portanto, quando alguns gregos, admirados e espantados com a
realidade, insatisfeitos com as explicações que a tradição lhes dera, começaram a
fazer perguntas e buscar respostas para elas, demonstrando que o mundo e os
seres humanos, os acontecimentos e as coisas da Natureza, os acontecimentos e
as ações humanas podem ser conhecidos pela razão humana, e que a própria
razão é capaz de conhecer-se a si mesma.
Em suma, a Filosofia surge quando se descobriu que a verdade do mundo e dos
humanos não era algo secreto e misterioso, que precisasse ser revelado por
divindades a alguns escolhidos, mas que, ao contrário, podia ser conhecida por
todos, através da razão, que é a mesma em todos; quando se descobriu que tal
conhecimento depende do uso correto da razão ou do pensamento e que, além da
verdade poder ser conhecida por todos, podia, pelo mesmo motivo, ser ensinada
ou transmitida a todos.
Durante muito tempo, considerou-se que a Filosofia nascera por transformações
que os gregos operaram na sabedoria oriental (egípcia, persa, caldéia e babilônica). Assim, filósofos como Platão e Aristóteles afirmavam a origem
oriental da Filosofia. Os gregos, diziam eles, povo comerciante e navegante,
descobriram, através das viagens, a agrimensura dos egípcios (usada para medir
as terras, após as cheias do Nilo), a astrologia dos caldeus e dos babilônios
(usada para prever grandes guerras, subida e queda de reis, catástrofes como
peste, fome, furacões), as genealogias dos persas (usadas para dar continuidade
às linhagens e dinastias dos governantes), os mistérios religiosos orientais
referentes aos rituais de purificação da alma (para livrá-la da reencarnação
contínua e garantir-lhe o descanso eterno), etc. A Filosofia teria nascido pelas
transformações que os gregos impuseram a esses conhecimentos.
Dessa forma, da agrimensura, os gregos fizeram nascer duas ciências: a
aritmética e a geometria; da astrologia, fizeram surgir também duas ciências: a
astronomia e a meteorologia; das genealogias, fizeram surgir mais uma outra
ciência: a história; dos mistérios religiosos de purificação da alma, fizeram surgir
as teorias filosóficas sobre a natureza e o destino da alma humana.
Todos esses conhecimentos teriam propiciado o aparecimento da Filosofia, isto é,
da cosmologia, de sorte que a Filosofia só teria podido nascer graças as saber
oriental.
Condições históricas para o surgimento da Filosofia
as viagens marítimas, que permitiram aos gregos descobrir que os locais que
os mitos diziam habitados por deuses, titãs e heróis eram, na verdade, habitados
por outros seres humanos; e que as regiões dos mares que os mitos diziam
habitados por monstros e seres fabulosos não possuíam nem monstros nem seres
fabulosos. As viagens produziram o desencantamento ou a desmistificação do
mundo, que passou, assim, a exigir uma explicação sobre sua origem, explicação
que o mito já não podia oferecer;
? a invenção do calendário, que é uma forma de calcular o tempo segundo as
estações do ano, as horas do dia, os fatos importantes que se repetem, revelando,
com isso, uma capacidade de abstração nova, ou uma percepção do tempo como
algo natural e não como um poder divino incompreensível;
? a invenção da moeda, que permitiu uma forma de troca que não se realiza
através das coisas concretas ou dos objetos concretos trocados por semelhança,
mas uma troca abstrata, uma troca feita pelo cálculo do valor semelhante das coisas diferentes, revelando, portanto, uma nova capacidade de abstração e de
generalização;
? o surgimento da vida urbana, com predomínio do comércio e do artesanato,
dando desenvolvimentoa técnicas de fabricação e de troca, e diminuindo o
prestígio das famílias da aristocracia proprietária de terras, por quem e para quem
os mitos foram criados; além disso, o surgimento de uma classe de comerciantes
ricos, que precisava encontrar pontos de poder e de prestígio para suplantar o
velho poderio da aristocracia de terras e de sangue (as linhagens constituídas
pelas famílias), fez com que se procurasse o prestígio pelo patrocínio e estímulo
às artes, às técnicas e aos conhecimentos, favorecendo um ambiente onde a
Filosofia poderia surgir;
? a invenção da escrita alfabética, que, como a do calendário e a da moeda,
revela o crescimento da capacidade de abstração e de generalização, uma vez que
a escrita alfabética ou fonética, diferentemente de outras escritas - como, por
exemplo, os hieróglifos dos egípcios ou os ideogramas dos chineses -, supõe que
não se represente uma imagem da coisa que está sendo dita, mas a idéia dela, o
que dela se pensa e se transcreve;
? a invenção da política, que introduz três aspectos novos e decisivos para o
nascimento da Filosofia:
1. A idéia da lei como expressão da vontade de uma coletividade humana que
decide por si mesma o que é melhor para si e como ela definirá suas relações
internas. O aspecto legislado e regulado da cidade - da polis - servirá de modelo
para a Filosofia propor o aspecto legislado, regulado e ordenado do mundo como
um mundo racional.
2. O surgimento de um espaço público, que faz aparecer um novo tipo de palavra
ou de discurso, diferente daquele que era proferido pelo mito. Neste, um poetavidente,
que recebia das deusas ligadas à memória (a deusa Mnemosyne, mãe das
Musas, que guiavam o poeta) uma iluminação misteriosa ou uma revelação
sobrenatural, dizia aos homens quais eram as decisões dos deuses que eles
deveriam obedecer.
Agora, com a polis, isto é, a cidade política, surge a palavra como direito de cada
cidadão de emitir em público sua opinião, discuti-la com os outros, persuadi-los a
tomar uma decisão proposta por ele, de tal modo que surge o discurso político
como a palavra humana compartilhada, como diálogo, discussão e deliberação
humana, isto é, como decisão racional e exposição dos motivos ou das razões
para fazer ou não fazer alguma coisa.
A política, valorizando o humano, o pensamento, a discussão, a persuasão e a
decisão racional , valorizou o pensamento racional e criou condições para que
surgisse o discurso ou a palavra filosófica.
3. A política estimula um pensamento e um discurso que não procuram ser
formulados por seitas secretas dos iniciados em mistérios sagrados, mas que
procuram, ao contrário, ser públicos, ensinados, transmitidos, comunicados e
discutidos. A idéia de um pensamento que todos podem compreender e discutir,
que todos podem comunicar e transmitir, é fundamental para a Filosofia.
Como aconteceu a passagem do pensamento mítico para a consciência filosófica?
Transformações sociais:
- A dessacralização da escrita
- O surgimento da moeda
- A lei escrita e o aparecimento do cidadão
Não votavam na Grécia: mulheres, escravos, estrangeiros, prisioneiros e crianças
Cosmologia – Universo – Estudo
Cosmogonia – Universo – Mitos
Arché – elemento essencial da natureza
QUESTÕES.
(I)
1. Defina Filosofia.
2. Explique a diferença entre ética, moral, imoral e amoral e dê exemplos.
(II)
1. Explique as causas do surgimento da filosofia.
(III)
1.Por que não podemos dizer que a filosofia surgiu de milagre grego?
2. Explique a passagem da cosmogonia para a cosmologia.
3. Como Tales de Mileto justifica a arché?
4. Explique a influência da democracia grega para o surgimento da filosofia.
5. Descreva a fundamentação filosófica de Heráclito e Parmênides sobre a arché.
 1 - Por que não podemos dizer que a filosofia surgiu de milagre grego?
Falar de “milagre” grego significa a ótica de um caráter histórico simplista que induz:
● que a Filosofia surgiu inesperada e espantosamente na Grécia, sem que nada anterior a preparasse;
● que a Filosofia grega foi um acontecimento espontâneo, único e sem par, como é próprio de um milagre;
● que os gregos foram um povo excepcional, sem nenhum outro semelhante a eles, nem antes e nem depoisdeles, e por isso somente eles poderiam ter sido capazes de criar a Filosofia, como foram os únicos a criar asciências e a dar às artes uma elevação que nenhum outro povo conseguiu, nem antes e nem depois deles.
Mas em uma perspectiva mais crítica, o pensamento filosófico é fruto de transformações históricas acontecidas no período arcaico (sécs. VII a VI a.C.). As principais transformações sociais foram:
A dessacralização da escrita.
O surgimento da moeda.
A lei escrita e o aparecimento do cidadão. 
2 - Explique a passagem da cosmogonia para a cosmologia.
Cosmogonia (pensamento mítico): descritivo e explica como do caos surge o cosmos, 
tendo sido gerado pelos deuses.
 
Cosmologia: rompimento com a religiosidade: o princípio (Arché) da realidade está 
vinculado a um princípio racional teórico (enquanto fundamento de todas as coisas).
O pensamento cosmológico, um tentativa de explicar a realidade por meio de conceitos,explicava a origem da natureza pela existência de um ou alguns elementos naturais (terra-seco, água-úmido, ar-frio,fogo-quente), a PHYSIS, que , por sua força interna natural, se transforma, dando origem a todas as coisas e aos homens. Rompimento com a religiosidade: o princípio (Arché) da realidade está vinculado a um princípio racional teórico (enquanto fundamento de todas as coisas).
O que ocorreu então, foi uma gradativa transição entre mito e logos (razão). As explicações míticas não satisfaziam mais. Novas necessidades e questões surgiram com a “Polis”. Foi necessário então, ir além das respostas exclusivamente míticas. Os filósofos construíram uma nova forma de conhecimento racional, lógica, filosófico científica para explicar o funcionamento do cosmo e os fenômenos.
Ocorreu uma transição gradual entre mito e razão. Os gregos, por uma série de motivos e fatores, construíram uma forma filosófica, racional, de compreensão dos fenômenos da natureza. Os mitos já não satisfaziam mais as necessidades de compreensão da realidade.
3 - Como Tales de Mileto justifica a arché?
Tales triangula criatividade à luz da matemática e dos mitos. De physis ele escolhe a substância-água para teorizar e triangular uma demonstração do ‘arché’. Régis Alain Barbier imagino Tales falando: “quando afirmo a natureza úmida, digo que a água é para a natureza próxima, e nossa, como aquele que é, na correta proporção, para todo o cosmo: é fluidez e ânimo; vida!”. 
Para Tales, o princípio de todas as coisas é água. “O morto resseca; de água até o fogo necessita; cheias de deuses estão todas as coisas”. “A água é o princípio, a terra, o Cosmos inteiro flutua”.
4 - Explique a influência da democracia grega para o surgimento da filosofia.
A palavra não mais era usada como nos rituais esotéricos nem pelos poetas inspirados pelos deuses, mas na praça pública (Ágora), no confronto cotidiano entre os cidadãos.
A criação da Política, que faz uso da palavra para as deliberações do povo (demo) em cada Pólis (por isso, democracia ou o governo do povo), bem como exige que sejam publicadas as leis para o conhecimento de todos, para que reflitam, critiquem e a modifiquem segundo seus interesses.
As discussões em assembleias (que era o povo se reunia para votar) estimulava o pensamento crítico – reflexivo, a expressão da vontade coletiva e evidencia a capacidade do homem em se reconhecer capaz de vislumbrar a ordem e a organização do mundo a partir de sua própria racionalidade e não mais nas palavras mágico – religiosas baseadas na autoridade dos poetas inspirados. Com isso, foi possível, a partir da investigação sistemática, das contradições, da exigência de rigor lógico, surgir a Filosofia.5 - Descreva a fundamentação filosófica de Heráclito e Parmênides sobre a arché.
Para Heráclito, o princípio (arché) da natureza (physis) é um fluxo transmutativo: conciliação e equilíbrio dinâmico entre polos. Um processo refletindo em todas as dimensões; um fluir envolvendo a natureza e o ser na totalidade das formas, de acordo com um ritmo. Por isso, no ordenamento próprio: a montanha é destinada a ser vale, e o vale montanha; o céu a ser
terra, a terra, céu: um movimento imperceptível à visão comum. Com firme tenacidade, diz: “ser-deserto é igualmente não-ser deserto; ou ser oposto: isto é ser-mar”: esse mar azul é branco da Grécia jônica. Na formulação mais essencial: “o ser é não-ser”. Heráclito sabe transcender as definições redutoras demonstrando apenas um lado e momento da grande completude. Com fogo, criativo, ele tritura e dissolve os ordenamentos racionais do momento histórico entregando-os ao rio Cósmico, reencontrando a unidade original.
Vivendo simplesmente, junto à fonte de um rio, anuncia a realidade do fluxo, escrevendo em tábuas de ouro depositadas aos pés da deusa natureza: “o ser é unidade, a unidade é a identidade dos contrários e os contrários são os que se excluem e se complementam mutuamente”.
Para Parmênides,nessa busca do princípio unitário, três mundos se intersectam: a esfera natural (physis); a esfera política (polis); a esfera da
razão lógica e poética onde o princípio se define (arché). Ele descobre os movimentos da vida acontecendo como reflexos, além da
 translucidez. Parmênides vapora o mundo sensorial num tecido uniforme e diáfano, com o qual constrói um balão; transforma-se no ar translúcido, e, assentado no ponto central da insuflação cósmica, declara com firmeza: “é preciso dizer e pensar o que é o ser: pois existe, sim, um ser absoluto e imutável. A seguir segue declamando o seu poema: “Jamais
poderá existir força de constrangimento que faça ser aquilo que nada é!”.
Parmênides se defronta com a solução que Heráclito dá ao problema metafísico. Analisa esta solução e constata que, segundo Heráclito, resulta que uma coisa é e não é ao mesmo tempo, visto que o ser consiste em estar sendo, em fluir, em devir. Parmênides, analisando a idéia mesma de devir, de fluir, de mudar, encontra nessa idéia o elemento de que o ser deixa de ser o que é para tornar-se outra coisa, e, ao mesmo tempo que se torna outra coisa, deixa de ser o que é para tornar-se outra coisa. Verifica, pois, que dentro da idéia do devir há uma contradição lógica, há esta contradição: que o ser não é; que aquele que é não é, visto que o que é neste momento já não é neste momento, antes passa a ser outra coisa. Qualquer olhar que lancemos sobre a realidade nos confronta com uma contradição lógica, com um ser que se caracteriza por não ser. E diz Parmênides: isto é absurdo; a filosofia de Heráclito é absurda, é ininteligível, não há quem a compreenda. Porque como pode alguém compreender que o que é não seja, e, o que não é seja? Não pode ser! Isto é impossível! Temos, pois, que opor às contradições, aos absurdos, à ininteligibilidade da filosofia de Heráclito um princípio de razão, um principio de pensamento que não possa nunca falhar. Qual será este princípio? Este: o ser é; o não—ser não é. Tudo o que fugir disto é despropositado, e jogar-se, precipitar-se no abismo do erro. Como se pode dizer, como diz Heráclito, que as coisas são e não são? Por que a idéia do devir implica necessariamente, como seu próprio nervo interior, que aquilo que agora é, já não é, visto que todo momento que tomamos no transcurso do ser, segundo Heráclito, é um trânsito para o não-ser do que antes era, e isto é incompreensível, e isto é ininteligível. As coisas têm um ser, e este ser, é. Se não têm ser, o não-ser não é.
Filosofando – Cap. 02, 03 e 13
Origens 
A palavra democracia tem sua origem na Grécia Antiga (demo=povo e kracia=governo). Este sistema de governo foi desenvolvido em Atenas (uma das principais cidades da Grécia Antiga). Embora tenha sido o berço da democracia, nem todos podiam participar nesta cidade. Mulheres, estrangeiros, escravos e crianças não participavam das decisões políticas da cidade. Portanto, esta forma antiga de democracia era bem limitada.

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