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1 PORTFÓLIO NÚCLEO ESPECÍFICO - EIXO 2 FASE I - 2016 Módulo B - Fase I: Meio ambiente, inovação e sustentabilidade MATERIAL DESTINADO AOS ALUNOS DO NÚCLEO ESPECÍFICO DE PEDAGOGIA (VETERANOS) MÓDULO B – FASE I: Prática Sustentável: produção, consumo e descarte responsável Prezado (a) aluno (a), Nesta fase I Módulo B o (a) discente deverá resgatar em estudos e vivências as relações entre meio ambiente, inovação e sustentabilidade. Em particular, deverá refletir sobre a organização do espaço escolar, verificando se utiliza das inovações para tornar-se acessível a todos os alunos, respeitando as especificidades daqueles que apresentam alguma deficiência. Novamente, o (a) discente deverá demonstrar sua capacidade de leitura, pesquisa, reflexão e criatividade para relacionar a teoria com a prática, para analisar o meio e propor soluções. Caro (a) aluno (a), você terá duas chamadas para a entrega do seu portfólio, atenção para as datas: CHAMADAS Data de postagem no AVA Univirtus (alunos) 1ª Chamada 04/07 a 22/07 2ª Chamada 19/07 a 05/08 Este documento está dividido em momentos e quatro atividades: Texto: jornalístico Prática: fotos a partir dos fatos vivenciados 2 Propostas de atividades a serem desenvolvidas: 1. Muitas vezes, com a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais, o professor precisa realizar certas adaptações: de acesso ao currículo; de objetivos; de conteúdo; do método de ensino; do sistema de avaliação; de temporalidade. Para saber mais acesse: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/cartilha05.pdf a- Os alunos serão divididos em grupos, contemplando a divisão acima, e cada grupo será responsável por apresentar suas considerações aos colegas acerca de uma das adaptações. Para tanto, reflita respondendo as seguintes questões após ler o material indicado: O que é?; para que/quem?; exemplos. b- Veja e analise o seguinte caso e indique que adaptações e inovações você acredita que seriam necessárias. Consulte o material indicado no portal do MEC e tome como base também o livro base e as vídeoaulas. CASO: O aluno será matriculado no 4º ano do Ensino Fundamental I e apresenta dificuldade de locomoção – precisa se locomover com um andador – e dificuldades motoras – não consegue recortar, manejar o lápis, realizar, enfim, atividades que exijam a coordenação motora fina. Sua capacidade cognitiva está preservada. Que adaptações e inovações seriam necessárias para garantir a aprendizagem desse aluno? Resumo da atividade 1: *Leitura do material indicado; *Apresentar uma das adaptações relacionadas aos colegas, dando exemplos; ATIVIDADE 01 3 *Apresentar o estudo de caso aos colegas. 2. As escolas precisam adotar práticas inclusivas e tornar o ambiente acolhedor a todos os alunos é uma delas. Analise, em uma escola, três espaços: a sala de aula, o banheiro e o pátio. A escola escolhida pode ser alguma do bairro, uma em que você tenha estudado e recorde do espaço, uma que tenha realizado estágio, a do seu filho, enfim, um espeço escolar que tenha (ou tenha tido) acesso. Após observar a sala de aula, o banheiro e o pátio, reflita sobre as seguintes questões: a- Os espaços analisados contemplam as necessidades de todos os alunos desta escola, respeitando as individualidades como deficiências, necessidades especiais, idade, tamanho...? Caracterize esses espaços e teça relações com a teoria estudada no livro base e nas vídeoaulas. Este artigo também pode ajudar: http://gestaoescolar.abril.com.br/espaco/espaco-fisico-escola-espaco-pedagogico- 630910.shtml b- Enquanto pedagogo da escola, que mudanças iria propor nestes espaços para torna-los inclusivos, considerando a realidade da escola e dos alunos? Justifique suas propostas. Não se esqueça de que certas mudanças precisam de orçamento, portanto, pense em mudanças possíveis nestes ambientes. Resumo da atividade 2: *Escolher uma escola e observar e analisar os espaços: sala de aula, banheiro e pátio; *Ler o artigo da revista “Gestão escolar” e refletir: os espaços observados respeitam as individualidades dos alunos?; *Propor mudanças para os espaços da sala de aula, banheiro e pátio, de modo a contemplar as especificidades dos alunos. ATIVIDADE 02 4 3. Agora, produza um texto jornalístico – gênero reportagem – com as observações e reflexões realizadas na escola, segundo o roteiro proposto nas atividades 1 e 2. Seu tema será “As adaptações necessárias no espaço escolar para a pessoa de necessidades especiais”. Para ver as características de uma reportagem, leia o anexo 1. 4. Exponha suas reflexões acerca da observação realizada por meio de fotos do ambiente escolar. Lembre-se de que não é permitido fotografar pessoas – alunos ou professores – sem autorização. Portanto, fotografe o ambiente. Para tanto, peça autorização à direção da escola. Você pode fotografar também os espaços da sua cidade, mostrando a acessibilidade ou a falta dela. Exponha as fotos no seu polo ou em algum centro cultural em sua cidade de uma maneira criativa, mostrando a importância da adaptação dos espaços para torná-los acessíveis a todos. ATENÇÃO, ALUNO(A): Em todas as fases ou momentos que envolvem o desenvolvimento deste trabalho, lembre- se de dirigir-se ao seu polo de apoio para conversar com seu tutor presencial e buscar orientações sobre as atividades de portfólio. Ele (a) irá orientar você nas atividades a serem desenvolvidas e no processo de submissão dos trabalhos no AVA. Além disso, você deve recordar que será este mesmo tutor (a) quem irá avaliá-lo posteriormente nas atividades de portfólio. Lembre-se que quando as atividades podem ser realizadas individualmente ou, no máximo, com até quatro integrantes. No caso de atividades em grupo, não se esqueça de incluir o nome dos colegas no momento da postagem do trabalho. ATIVIDADE 03 ATIVIDADE 04 RECOMENDAÇÕES: : 5 Os polos podem se organizar no sentido de oportunizar aos seus alunos a apresentação dos trabalhos nos respectivos polos, ou ainda em centros culturais, museus, exposições, comunidades, etc. Após seguir todas essas etapas, os alunos devem postar no AVA (ver Tutorial no link: Material Complementar das disciplinas) o trabalho escrito no formato .doc ou .docx do word. O trabalho escrito não deve ser postado em PDF. Para mais informações, consulte o manual de portfólio 2016 (completo). ANEXO 1 – . Como fazer uma reportagem? A arte de fazer uma reportagem é extremamente excitante para quem gosta. Ir em bisca de dados, informações, entrevistas é muito legal. É estar em contínuo convívio com a população e estar sempre atento as novas informações que poderão surgir e complementar ainda mais a sua reportagem. E aqui, você irá aprender fazer uma reportagem e deixá-la com um aspecto de um jornalista profissional. Siga as nossas instruções e faça a sua. Você vai ser é fascinante e interessante participar do processo da criação de uma reportagem. 1. Escolha um tema ou um assunto que tenha certa relevância. O primeiro passo para que você comece criar a sua reportagem é escolher um tema que esteja tendo alguma repercussão. Ou você pode qualquer tema e fazer com que ele repercuta muito mais. Mas, para fazer isso será necessário muito mais empenhoe muito mais trabalho, mas é claro que o resultado será muito melhor. 2. Vá atrás de fontes que possam te ajudar com essa reportagem. Procure o máximo de pessoas que entendam do assunto que você irá tratar. Ligue, faça entrevistas, colha depoimentos, colete dados e retenha todas as informações que puder. Deixe-as separadas em uma folha de papel ou em algum ANEXOS 6 arquivo do Word para quando você for começar a escrever a reportagem você coloque-as no meio do texto, deixando-o ainda mais rico com informações preciosas. 3. Tenha fotos para complementar a reportagem. Numa reportagem, fotos são mais do que necessárias para deixá-la completa. Você não precisa nem ter um equipamento profissional, pode até usar a câmera do celular, mas tenha fotos sobre o assunto que você estiver desenvolvendo. 4. Pesquise mais fundo o assunto. Mesmo que você tenha vasto conhecimento sobre este tema, procure sempre mais, porque com certeza existirão informações preciosas e que você provavelmente nãos saberá. Quanto mais informações, melhor. 5. Comece a escrever a sua reportagem. Assim que você estiver coletado todos os dados, comece a escrever a sua reportagem. Uma dica para que o texto fique bom, é não colocar todas as informações detalhadas logo no começo. Dê suaves dicas do que está por vir. No desenrolar da reportagem, comece a colocar os depoimentos das pessoas que você entrevistou. Se a foto for muito importante, deixe-a bem grande e escreva o texto ao redor dela. Se não, pode colocá-la em um tamanho menor. Tenha consciência de quem será o público que irá ler a sua reportagem, pois isso influenciará na linguagem utilizada no texto. Fazer uma reportagem é algo muito divertido e que com certeza irá ocupar muito do seu tempo, mas de uma maneira bem interessante. Faça uma reportagem por conta própria, não espere que ninguém peça isso e veja o quanto é prazeroso sair por aí coletando informações e escrevendo uma bela reportagem. Disponível em: http://tecciencia.ufba.br/aula-de-portugues-2012/atividades/como-produzir- uma-reportagem. Acesso em: 16 dez. 2015. Veja o exemplo de uma reportagem: Professores não falam de educação Tese de mestrado defendida na Universidade de São Paulo (USP) expõe a falta de voz dos educadores na mídia Por Cinthia Rodrigues Os professores não contam para ninguém o que se passa dentro da escola – ao menos, não para jornalistas. Há cerca de 10 anos, desde que a ONG Observatório da Educação começou a acompanhar o tratamento dado pela mídia a políticas educacionais, o educador não tem voz nas reportagens sobre o tema. A cada novo índice ou política pública proposta, gestores falam, historiadores, economistas e acadêmicos opinam, mas educadores não são ouvidos. O fenômeno, acompanhado por Fernanda Campagnucci desde 2007, quando era editora do site do Observatório da Educação, foi tema de mestrado defendido pela jornalista em 2014 na Faculdade de 7 Educação da Universidade de São Paulo (USP). A dissertação “O silêncio dos professores” identifica e analisa o processo de construção desse silenciamento. O trabalho mostra como os profissionais responsáveis por ensinar as pessoas a terem capacidades como autonomia, pensamento crítico e capacidade de reflexão sentem-se tolhidos a não falar sobre sua profissão e rotina. São figuras raras não apenas nas reportagens educacionais, mas no próprio debate sobre as medidas a tomar para que seu desempenho seja bom. “É um silêncio construído e reiterado”, afirma Fernanda, que entrevistou dez profissionais de várias regiões da cidade de São Paulo para explicar por que não falam ou o que ocorre quando conversam com jornalistas. O estudo também ouviu jornalistas que comentam suas tentativas frustradas de entrevistas. A conclusão é de que os educadores não são silenciados propositalmente ou deixam de falar por convicção, mas por uma “impregnação na cultura institucional” que inclui fatores como condições de trabalho e autoimagem do professor. Muitos citam que declarações à imprensa são proibidas por lei. De fato, até 2009, um resquício da ditadura, popularmente chamado de “lei da mordaça”, proibia as entrevistas. Uma campanha do próprio observatório culminou na mudança da legislação, mas não do comportamento dos professores. “Mesmo os mais novos, quando entram, aprendem com os mais velhos que não devem falar do que acontece dentro da escola. Eles não citam exatamente o artigo, no máximo o estatuto do servidor sem ser específico”, conta. As entrevistas também mostraram que o cuidado é aprendido na prática. Dos dez professores, dois foram escolhidos por já terem falado em reportagens e um deles foi repreendido pela diretora. “Embora as secretarias de Educação afirmem que há liberdade de expressão, o trabalho para silenciar é explícito”, diz Fernanda. Durante as greves estaduais, por exemplo, um comunicado dúbio reforça que não é permitido falar pelas instituições e acaba reprimindo qualquer fala. Da mesma forma, quando ocorre um caso pontual, como um episódio de violência, uma equipe de “gestão de crise” é enviada para “intermediar” o diálogo. Como resultado, nenhum professor comenta o assunto. A desvalorização geral do educador também acaba por impactar subjetivamente o professor. “Ele vê reportagens que falam sobre educação e sabe que não é assim. Às vezes vive um conflito entre a realidade que vivencia e a que é retratada, mas acaba tão estigmatizado pela mídia, pela sociedade, até mesmo dentro da família que muda a sua autoimagem e aceita”, lamenta a pesquisadora. Outro problema é a precariedade do trabalho. A profissão tem grande número de profissionais temporários, contratados sem concurso e que são dispensados após alguns meses. Também são muitos os docentes em estágio probatório por terem sido aprovados há menos de três anos. Mesmo os que são efetivos têm pouco vínculo com a direção, pela alta rotatividade ou pela jornada que, não raro, estende-se por mais de uma escola. No Estado de São Paulo, por exemplo, 26% dos docentes lecionam em dois ou mais estabelecimentos. “Eles não se sentem seguros o suficiente, estão em um ambiente burocrático e sem vínculos fortes, por isso uma entrevista é algo tão difícil”, explica a mestre. 8 Segundo sua pesquisa, depois de certo ponto da carreira, falar sobre o próprio trabalho passa a ser estranho para o professor que nunca tomou tal iniciativa. “A situação toda vai criando uma pré- disposição para não falar que depois se torna permanente ao longo da carreira.” O levantamento mostrou também que os casos de professores retratados em reportagens são exceções extremas, em que os educadores aparecem como heróis apesar de um contexto ruim ou como responsáveis pela má qualidade na Educação, de forma isolada. A constatação deu origem à campanha “Nem herói nem culpado, professor tem que ser valorizado”, do mesmo Observatório da Educação. “Estas reportagens reforçam ainda mais a visão de que os educadores em geral não estão preparados.” Para ela, apesar de todos os setores da sociedade e especialmente os governos desempenharem um papel de protagonista no silêncio, educadores e jornalistas podem ajudar a romper o ciclo vicioso. Por parte da imprensa, Fernanda diz que é preciso enfocar a falta de liberdade de expressão. “A mídia não pode naturalizar o silenciamento dos professores nem deixando de procurá-los e nem em respostas como ‘não respondeu à reportagem’. Quanto mais for enfatizada a razão dos educadores não constarem nos textos, maior a visibilidade para este problema”, diz. Ao mesmo tempo, ela acredita que o tema deve constar das formações continuadas dentro dasescolas e servir de reflexão para os educadores. “Todo esforço para mostrar a realidade influencia para que haja mudanças. É um processo amplo, que envolve questões objetivas e subjetivas do educador sobre o seu papel. O primeiro passo é tomar consciência”, conclui. Disponível em: Carta na Escola. Acesso em 15/04/15.
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