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TERAPIA C casais e familias final

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TERAPIA DE CASAL
Disciplina: Psicologia Clínica e Modalidades de Intervenção
Profa Arina Lebrego
 Novas organizações ou arranjos familiares: formas de ligação afetiva entre sujeitos onde
existe, ou não, uma forma de exercício da parentalidade que foge aos padrões tradicionais:
famílias monoparentais, homoparentais, adotivas, recompostas, concubinárias, temporárias,
de produções independentes, e tantas outras.
 Temos, ainda, as mudanças que afetam diretamente as condições de procriação tais como:
barriga de aluguel, embriões congelados, procriação artificial com doador de esperma
anônimo e, muito mais brevemente do que se pensa, a clonagem (CECCARELLI, 2007).
Seguramente, muitos destes modos de procriação e de filiação sempre existiram –
marginais/ignorados em relação aos padrões oficiais.
Mas, a partir do momento em que os protagonistas desses arranjos passaram a exigir seus direitos de
cidadãos provocando visibilidade, começaram a surgir questões que interpelam todo o tecido social.
Da perspectiva psíquica várias inquietações foram levantadas...
(CECCARELLI, 2007)
Demanda de atendimento
 Espontaneamente/ encaminhamento
 Convívio entre eles está em crise, em pleno processo de separação ou em vias
de.
 Motivação principal para a busca de tratamento do casal:
 Tentativa de salvar o casamento.
 Aceitar a irreversibilidade da separação.
 Separação seja o menos traumática possível (filhos).
 1 dos cônjuges decidido pelo divórcio/ outro não aceita de forma alguma e luta
pela manutenção da união.
Demanda de atendimento
 Crises - favoráveis, no sentido de que representem um ponto de culminância de que algo de
importante, e mais sadio, vá se transformar na relação do casal.
Casais que estão em crise – mas não sabem
Acomodam
Dissimulam
Arranjo –
auxiliam no 
recurso 
defensivo 
da negação
 Ato de separação - aciona um processo que desmascara/atualiza conflitos anteriores, além de
trazer à tona o que estava denegado.
 Crise de separação - comparada à da adolescência, pois em ambas se reativam os antigos conflitos com as
famílias de origem, do que resulta uma desordem nas identificações.
 Todo casal presta-se a um jogo dialético
entre o “repetir” e o “recriar”
 Só ocorre o “repetir”, em cujos casos fica
evidenciada a predominância das pulsões de
morte, lutos não-elaborados, segredos
familiares ou fixações excessivas em etapas
evolutivas mal resolvidas.
Quais as dificuldades do casal?
 Relações extra-conjugais
 Insatisfação sexual
 Monotonia/ Desinteresse na relação
 Conflito e problemas de comunicação
 Dificuldades em lidar com a família de origem
 rede social, gestão doméstica
 Perturbações de saúde física e mental
 Decisão em ter filhos e em sua educação
Os conflitos mais comuns nas várias etapas do casamento
O Casal sem filhos
 Conhecimento recíproco
 Construção de regras próprias de
funcionamento.
 Diferenciando-se em relação às crenças e ao
funcionamento das suas famílias de origem.
 Período que o casal vive mais distante das
famílias, renegociando as relações com seus
pais e com velhos amigos.
 Criando uma nova cultura familiar.
 Separações nesta fase – deixam de idealização
do parceiro
 Manejo conjunto ou não do dinheiro/ divisão
do trabalho doméstico/ organização da rotina
diária são todas dessa fase.
 Frequência de visita dos pais/Vão juntos ou
isoladamente.
 Acesso dos pais a casa do casal (morarem
separados dos pais)
 Os amigos serão sempre comuns/ há espaço
para amizades individuais
Os conflitos mais comuns nas várias etapas do casamento
Casal com filhos pequenos
novas identidades.
Novos papéis (pai/mãe):
novas identidades/ conflitos –
na educação dos filhos
Conflitos- mais graves e
desgastantes quando os pais se
polarizam.
Dedicação do casal aos filhos
pequenos –relação romântica
para 2º plano.
Infidelidade- principalmente quando marido sente-
se abandonado pela nova mãe.
Exigências Sociais: início de carreira, adquirir
bens, dar atenção ao filho, cuidar de si e “aproveitar
a vida” – equilibrar todas estas exigências
Os conflitos mais comuns nas várias etapas do casamento
Casal com filhos adolescentes
Espera-se que idealmente, o casal tenha
atingido a maturidade emocional para fazer
um balanço de suas vidas, redirecionando-a
nos sentidos almejados.
Com os filhos mais independentes, o casal precisa
buscar uma renovação na relação conjugal, já que
dispõe de mais tempo para as atividades criativas e
de lazer (CORDIOLI,2008).
1 dos adultos ( menos autonomia emocional) –
identificado com um dos filhos- e este encontre-se
envolvido nos problemas do casal e apresente
sintomas (fracasso escolar, transtorno de conduta,
uso de drogas).
Filhos mais independentes, o casal precisa
buscar uma renovação na relação conjugal, já
que dispõe de mais tempo para as atividades
criativas e de lazer (CORDIOLI,2008).
Os conflitos mais comuns nas várias etapas do casamento
Saída dos filhos de casa
Filhos de 30 anos ainda morando com os pais (continuam seus estudos/ainda não ganham o
suficiente para se sustentar).
Consultório -ajudando-os ou simplesmente postergando o momento no qual os filhos vão ter
que sair e assumir suas vidas por completo.
Os conflitos mais comuns nas várias etapas do casamento
Ninho vazio
Casal precisa se reacostumar a viver só com o outro.
A morte dos avós também pertence a esta fase.
Com o aumento da expectativa de vida, esta etapa está se tornando a mais longa do
casamento.
Também nesta fase tem a “crise da aposentadoria” (cuidados dos netos/perda de prestigio)
social.
O que é a terapia de casal?
 A terapia de casal é um tipo de intervenção psicoterapêutica.
 Visa ajudar os casais a identificar padrões de comportamento que causam sofrimento e a
encontrar alternativas para um relacionamento mais saudável.
O que faz um terapeuta de casal?
 Não é um juiz.
 Estabelece uma relação de ajuda com o casal, com ambos os parceiros, proporcionado um espaço 
seguro para a expressão de emoções e de necessidades individuais e conjugais.
Quais os objetivos da terapia de casal?
 Promover aquilo que funciona bem no casal.
 Interromper formas de se relacionar ou de reação que não funcionam, especialmente na resolução
de conflitos.
 Ajudar os parceiros a experimentar novos papéis e desafios.
 Facilitar a comunicação e expressão de sentimentos.
 Ajudar a refletir acerca da distância e dependência no casal.
Terapia de Casal: indicações
Terapia de casal- um novo ajuste, com o crescimento emocional de ambos.
•Quando o casal está em crise aguda, com envolvimento dos filhos no conflito.
•Quando existe muita tensão e se manifestam conflitos repetitivos na relação.
•Um dos cônjuges tem psicopatologia severa, independente da interação do casal.
Terapia de Casal: indicações
•Incapacidade de 1 dos cônjuges - controlar a agressividade, tolerar a ansiedade
gerada pelos conflitos que se manifestam na terapia de casal.
•Terapia de família - dificuldades da criança estão relacionadas aos conflitos mal
resolvidos dos pais.
Terapia de Casal: contra indicações
Quando há infidelidade, homoafetiva, atuações ou outro segredo que não se pode ou não quer se
compartilhar.
•Quando um paciente tem traços fortes paranóides e não tolera a postura de neutralidade do
terapeuta.
•1 parceiro está agudamente frágil, sente-se ameaçado pela terapia conjunta. Se durante a
Correntes teóricas
 Enfoque psicanalítico: diversificados tipos de conflitos que procedem do inconsciente dos indivíduos
e dos grupos.
 Enfoque Sistêmico: funcionamento do casal e ou família, sob o enfoquede sistema, trabalham em um
nível mais próximo do consciente e voltam-se a interação entre todos os integrantes da família, com
uma determinada ocupação de lugares e de papeis, por parte de cada, de sorte que cada um influencia
e é influenciado pelos demais.
Prática Clínica
 Terapeuta reconhecer o tipo de Colusão (co-ludere) brincar – conflitos não superados 
nas etapas do desenvolvimento, manifesto no desempenho de papeis/ parece diferente, 
mas são polos contrários de uma mesmice).
 Cada um do casal – 1) buscar no outro uma complementação do que falta em si próprio; 
2) Depositar no outro tudo aquilo que não tolera em si – as vezes se organizam 
simbioticamente.
 Restabelecer a comunicação – uma forma menos beligerante de se 
comunicar/capacidade de escuta/Pseudocomunicação – monólogos paralelos (provar e 
impor sua tese ao outro)
 Radicalização dos papeis e das posições - escudam na família de origem e atacam a do 
outro)/Regressivo (filhos/dependentes)/progressivos (pai)
Prática Clínica
 A compreensão analítica da dinâmica do casal – interpretações em torno da 
inter-relações e não em um dos membros individualmente.
 Preocupação com os filhos frente a separação – trabalhar a comunicação do 
casal com eles/Intervenções no que se refere aos filhos como objetos/pombos-
correios, ou forçam a se meter diretamente na briga do casal.
 Luto pela separação - adiar o divorcio/ eterna briga pela partilha de bens
 Trabalhar com o casal – limites dos sogros
 Casal com características perversas – ataque ao analista, manipulações.
Prática Clínica
 Clima de controle emocional é condição preliminar para que o tratamento possa
evoluir bem - falem só por meio do terapeuta, sem se dirigir ao outro, ou
combinando que cada um vai ter um tempo para falar sem ser interrompido.
 Entrevistar cônjuges separadamente
 Negociar alguns pontos de urgência, responsáveis por parte das queixas
recíprocas.
 Crise e em um grau de sofrimento, sendo que uma pequena melhora no início do
tratamento é necessária e imediatamente sentida como grande ajuda e motivação
essencial para continuar investindo na relação.
 O papel do terapeuta como mediador e clarificador das comunicações é
fundamental.
Prática Clínica
 Com os novos progressos e com o clima psicológico mais tranquilo - examinar as
raízes históricas mais profundas da disfunção do casal.
 Expectativas exageradas do casamento/ entender que se não enriquecerem sua
vida social e seu lazer, vão continuar sobrecarregando um ao outro afetivamente.
 Procura-se passar do momento inicial em que cada um quer mudar o outro para
insht do que cada um precisa mudar dentro de si.
 Na fase intermediária estimula-se principalmente a expressão dos sentimentos,
que estão muito associados à capacidade do casal melhorar sua relação.
 Na fase final, o terapeuta começa a trabalhar preventivamente, ficando menos
ativo e mais reflexivo - casais a pensar o que querem para o futuro (ex. quanto
guardar para o futuro, em oposição a usufruir no presente e se não estão dando
atenção demais para os filhos e deixando de lado o casal).
TERAPIA FAMILIAR
Disciplina: Psicologia Clínica e Modalidades de Intervenção
Profa Arina Lebrego
Família: Por que tratar a família?
 O que acontece com um membro da família afeta a todos os demais.
 O que ocorre com a família influencia todos os membros.
 Pensar a família como unidade.
Família: Por que tratar a família?
 O terapeuta de família dá atenção à estrutura familiar (como ela
se constitui, se organiza e se mantém) e aos seus processos
(como ela se adapta e evolui ao longo do tempo) simultaneamente.
 É um sistema vivo em evolução, organizado de forma complexa,
cujo todo é mais do que a simples soma de suas partes (é mais do
que a soma de seus membros).
Terapia Familiar: Breve histórico
 Surgiu após a 2ª Guerra Mundial, em um contexto de crise, com
as pessoas ainda chocadas com a destruição recente.
 Neste período as ciências humanas preocuparam-se em
aprofundar os conhecimentos sobre as relações entre o indivíduo e
o contexto.
 A terapia familiar se desenvolveu nos EUA, na década de 1950.
 Ackerman, psicanalista de Nova Iorque cunhou o termo “terapia 
de família” para uso na psiquiatria infantil.
Escolas de Terapia Familiar
 Ackerman introduziu a ideia de trabalhar com a família nuclear,
utilizando métodos psicodinâmicos, com ênfase nos mecanismos de
defesa grupais e na teoria das relações de objeto.
 Bowen desenvolveu a escola trigeracional de terapia familiar, com a
abordagem dos conflitos transgeracionais: diferenciação, triangulação e
rupturas.
 Witeker e Satir foram expoentes da escola existencial, que enfatiza o
trabalho intenso com as emoções e vivências no aqui e agora da família
e do terapeuta.
Escolas de Terapia Familiar
 Salvador Minuchin criou a terapia familiar estrutural/sistêmica que enfatiza as
questões organizacionais da família na gênese e na resolução dos problemas.
 Em Palo Alto (Califórnia) desenvolveu-se a escola comunicacional, na qual o
trabalho concentra-se nas comunicações interpessoais verbais e não-verbais
incongruentes que se estabelecem na tentativa infrutífera de resolver o sintoma.
 Haley originário deste grupo criou a escola de Terapia familiar estratégica em que
as intervenções terapêuticas criativas tendem a reestruturar o funcionamento familiar
estabelecido ao redor do sintoma.
Escolas de Terapia Familiar
 Escola comportamental (Paterson, Margolin) - problemas
podem ser mantidos ou estimulados pelas atitudes da família.
 Psicoeducacional de caráter informativo, envolvendo o manejo
de doenças crônicas, redução do estresse e manejo de crises.
 Terapia familiar com enfoque cognitivo-comportamental.
Escolas de Terapia Familiar
 A partir da década de 80, tornou-se mais nítida a tentativa
de síntese e integração de teorias e técnicas, coincidindo
com a introdução da terapia familiar no Brasil.
 Ganhou destaque o trabalho com instituições e
comunidades com um enfoque sistêmico.
Famílias e seu funcionamento
 Igualdade de poder entre os cônjuges
 Ampla expressão de ideias e afetos
 Incentivo à autonomia pessoal com respeito às necessidades do outro
 Percepção e respeito pela interdependência entre os membros da
família
 História familiar compartilhada
 Capacidade de usar adequadamente o humor
 Envolvimento com outros grupos e movimentos sociais
MUDANÇAS AO LONGO DO CICLO VITAL DA 
FAMÍLIA
As fases do ciclo vital da família são: individuação do adulto,
casamento, nascimento do 1º filho, família com filhos pequenos,
família com filhos adolescentes e o chamado “ninho vazio”.
 As diversas fases exigem acomodação e mudança de cada
membro e da família como um todo, sempre mantendo a
estabilidade do grupo.
DIAGNÓSTICO DA ESTRUTURA E DINÂMICA 
FAMILIAR
O objetivo da 1ª consulta: 1) estabelecer uma boa relação;
2) fazer uma HD do problema que uma vez compartilhada
com a família, permite combinar um plano terapêutico, 3)
encaminhamento para a avaliação por outros especialistas.
 O diagnóstico: 1)Processo dinâmico. 2)Precisa ser refeito
ao longo do tratamento à medida que a família e os
indivíduos vão mudando.
Avaliação e Diagnóstico
 No 1º encontro deve-se procurar estabelecer um clima de
confiança que permita às pessoas envolvidas revelar suas
preocupações e mostrar suas forças peculiares de interagir.
Frequentemente, aquilo que era considerado um problema
individual passa a ser percebido como algo que está
influenciando a todos.
A busca do tratamento 
 A procura de atendimento costuma ocorrer por meio de um
membro da família,que se diz necessitando de tratamento ou que
busca ajuda para um familiar identificado como o que tem o
problema pelo grupo.
A organização do 1º encontro terapêutico dependerá da avaliação
inicial da situação.
Quando o paciente identificado é uma criança, é de praxe convidar
todos os que moram na casa, mas se é um jovem adulto, pode ser
mais aconselhável iniciar o processo vendo-o só.
 Segredos, dificilmente surgem em uma 1ª consulta e é
bom que assim seja, assim que o terapeuta possa
construir em conjunto com a família a melhor forma de
abordá-los.
Segredos como adoção, maus-tratos e casos extra-
conjugais podem exigir entrevistas diagnósticas
individuais concomitantes.
Avaliação e Diagnóstico
Avaliação e Diagnóstico: aspectos importantes
•Nível sócio-econômico
•Características étnico-culturais da família.
•Crise vital/situacional
•Sintomas são bloqueios ao desenvolvimento, tendo em vista a
crise existencial que a família vive.
•Estrutura e a organização familiar
•Os adultos conseguem liderar a família?
•Quais são as alianças e os estilos de funcionamento?
Avaliação e Diagnóstico: aspectos importantes
•Como está sua capacidade de comunicar-se, resolver problemas e 
expressar afeto?
•Pode-se encontrar uma função de proteção familiar para o sintoma?
•Quais os nexos entre o comportamento disfuncional e a história familiar 
trigerencional?
•Há evidências de algum membro estar apresentando transtorno mental?
•A família tem motivação para o tratamento?
Tratamento
Ênfase na busca e na mobilização dos aspectos saudáveis do grupo.
 Trabalha-se procurando que apareça na sessão, os problemas interacionais
sentidos e relatados pela família (MINUCHIN, 1982).
Para trabalhar problemas intergeracionais mais estruturados, situações que
se repetem inconscientemente comportamentos herdados de gerações
anteriores, frequentemente trabalha-se incluindo os avós em algumas
sessões. (ANDOLFI;ANGELO,1989).
O terapeuta procura criar um clima de empatia e confiança.
Dentro desta atmosfera deve desenvolver-se o complexo processo
terapêutico, que tem como objetivo criar condições para os membros da
família sentirem-se plenamente parte do sistema familiar e ao mesmo
tempo promover a individuação de cada um deles.
Busca-se proporcionar novas experiências relacionais
Novas formas de perceber e resolver os problemas de modo a ampliar o
repertório de respostas das famílias.
Tratamento
Buscam compreender as QP - conforme o ponto de vista de cada integrante da
família, identificando os objetivos comuns, clareando e resolvendo conflitos
para estabelecer novas regras de relacionamento.
Procurar fazer emergir na sessão informações e interações relacionadas com a
queixa trazida pela família.
 Quando necessário, utilizam interpretações para vincular o que veem no
presente com experiências passadas do núcleo familiar ou dos avós (e às vezes
de gerações anteriores).
Nas famílias gravemente disfuncionais há desconhecimento ou distorção da
história familiar.
Tratamento
Essas técnicas requerem a participação conjunta dos membros da família,
especialmente do subsistema do casal. Às vezes incluem-se avós, pais e
netos na mesma sessão, procurando trabalhar as afinidades e os conflitos
entre várias gerações.
Pode também ser necessária a presença de outros familiares e de pessoas
importantes para a família, configurando o que se chama de terapia de rede
social (SLUZKI,1987).
Tratamento
Tratamento
O terapeuta observa os padrões interacionais da família que ao discutir seus
problemas permite a intervenção quando se identificam as sequência
interacionais disfuncionais.
Na intervenção se mostra a família os pontos disfuncionais, bloqueia-se sua
continuação e estimula-se que encontrem formas alternativas de interagir.
Uma das intervenções mais frequentes é a delimitação de fronteiras
pessoais e entre os subsistemas. Quando não há espaço para a reflexão
individual ou o diálogo, porque todos falam simultaneamente.
Tratamento
Deve também delimitar espaços especiais para assuntos do casal, ou para
assuntos dos irmãos, que podem ser resolvidos sem a participação dos pais.
No trabalho com crianças pequenas utilizam-se brinquedos para criar
possibilidades de interação entre os pais e filhos. O terapeuta utiliza seus
conhecimentos de ludoterapia e desenvolvimento infantil para ajudar os pais
a compreender a linguagem metafórica da criança.
A criação de experiências prazerosas, brincando com os filhos, já é
suficiente para transmitir aos pais a noção de que eles são mais saudáveis do
que imaginavam e que têm mais recursos e competências do que pensavam.
Tratamento
 Também se incluem técnicas mais diretivas como apoio, psicoeducação e a
orientação da família nos seus sentidos mais amplos e conhecidos. São técnicas
psicoeducacionais muito úteis para famílias com doença física ou mental
crônica.
O terapeuta familiar é ativo na busca de técnicas que permitem apresentar
novas experiências à família, que em geral procura tratamento quando já
esgotou suas próprias alternativas de mudança e está temporariamente
paralisada no seu desenvolvimento.
CARACTERÍSTICAS DA PSICOTERAPIA FAMILIAR
A psicoterapia do grupo familiar: 1 hora/ semanal/sempre que possível com a
participação de todos os membros da família.
É frequente também dividir-se o tempo das sessões para poder trabalhar com
subsistemas diferentes: os pais, os irmãos ou um indivíduo.
Os problemas podem ser solucionados dentro da terapia familiar, mas às vezes
é necessário continuar a terapia com o indivíduo, com o casal, ou indicar
tratamento de grupo.
INDICAÇÕES DA TERAPIA FAMILIAR
•Quando é solicitado terapia familiar
•Doença física ou mental grave em adultos, gerando um alto grau de
disfunção familiar(Esquizofrenia, TOC, TAB, Transtorno do Pânico,
dependência a drogas ou ao álcool, transtornos alimentares, etc).
•O problema atual envolve dois ou mais membros da família.
•A família enfrenta uma crise de transição que pode levá-la à ruptura
(mudanças de papéis).
CONTRA-INDICAÇÕES DA TERAPIA FAMILIAR
•A família nega que estejam ocorrendo problemas familiares.
•Um dos membros da família é muito paranoico, psicótico, agressivo ou
agitado.
•Em situações em que membros importantes da família não poderão estar
presentes.
•Crenças religiosas ou culturais muito fortes impedem intervenções externas
na família.
•Existem problemas individuais que necessitam, previamente, de outros
tratamentos.
Referências
FERREIRA, L. A terapia de casal. https://pt.slideshare.net/luanacunhaferreira/terapia-de-casal-30192287
ZIMERMAN, David E. Manual de técnica psicanalítica [recurso eletrônico] : uma re-visão / David E. 
Zimerman. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2008.
REALE, D. Práticas Psicoterápicas. Edtora Manoel, 2002

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