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1 PANCREATITES Profª Ms AdrianaLopes FISIOLOGIA Normalmente secreta 1,5l, com pH 7,5 a 8,5 de 6 a 122 g de enzimas necessárias para digestão de CHO, proteínas e gorduras. O estímulo no início é vagal, onde é controlado por hormônios: a creatinina, pancreozimina e cck. A secretina é liberada após o contato do Hcl na mucosa duodenal, onde ativa a secreção de água e eletrólitos (bicarbonato); A pancreozimina é liberada pela mucosa do I.D. após o contato com peptonas e outros produtos do processo de digestão. Estimula a liberação de enzimas pancreáticas. A CCK: secretada na presença de gordura, proteínas As gorduras e proteínas exercem efeitos sobre a estimulação pancreática ENZIMAS PANCREÁTICAS AMINOLÍTICAS: alfa-amilase-hidrolisando o amido em monossacarídeos PROTEOLÍTICAS: tripsinogênio, quimiotripsina (quimiotripsinogênio), pró-carboxipeptidase, O tripsinogênio se transforma em tripsina no duodeno na presença de cálcio; LIPOLÍTICAS: Lípase, colesterol-esterase mais o auxilio dos sais biliares PANCREATITE É a condição resultante de processo inflamatório agudo do pâncreas. Na pancreatite aguda, o extravasamento de enzimas lipolíticas e proteolíticas dentro das glândulas que causam o edema e a autodigestão com necrose. ETIOLOGIA: 90% dos pacientes são alcoólatra, com Úlcera péptica, traumatismo, cálculo biliar (obstrução do colédoco), vírus (caxumba), hiperlipoproteinemia, tumores. SINTOMAS: Dor na parte superior do abdome e [ ] Ï de enzimas pancreáticas no sangue (lípase, amilase) urina, e liquida peritoneal, náuseas, vômitos, hipovolemia (hemorragia), Hipotensão (vômitos), comprometimento cardiovascular, icterícia, má-absorção (esteatorréia). 2 PANCREATITE NECRO-HEMORRAGICA PANCREATITE CRÔNICA Doença inflamatória crônica, progressiva, com esclerose do parênquima. Tem como exame para diagnóstico, provas funcionais como a de glicemia, gordura fecal. SINTOMAS: Perda de peso, icterícia, cistos, má absorção, diabetes, cirrose hepática, hemorragia digestiva, tuberculose pulmonar, esteatorréia Nas fases iniciais, ataques de pancreatite aguda: amilase normal QUADRO CLÍNICO Dor: 95 a 100%, em barra ou cinto (30-60%) epigástrica (60%) Náuseas com vômitos: 80%, impossibilitam a hidratação oral Sinais clínicos: distensão, redução ou ausência de ruídos, íleo paralítico, equimoses (3% casos) ascite QUADRO CLÍNICO SNC Alucinação, confusão mental, crises convulsivas: por distúrbios hemodinâmicos alterações metabólicas e hidroeletrolíticas. Diagnóstico diferencial: síndrome de abstinência alcoólica (ansiedade, tremores, diminuição cognitiva, irritabilidade e Dilirium tremens) 3 QUADRO CLÍNICO Aparelho Cardiovascular Taquicardia e hipotensão: hipovolemia Choque hipovolêmico (casos graves): Ação vasodilatadora, depressão do miocárdio QUADRO CLÍNICO Aparelho Digestivo Dor abdominal e íleo: casos leves desaparece 3- 5 dias Persistência se correlaciona com complicações locais: pseudocisto ou abscesso Icterícia: ¼ dos casos: litíase via biliar compressão por edema da cabeça do pâncreas, hepatopatia alcoólica ( mais raro) Hemorragia digestiva: Úlcera de estresse – lesão da mucosa Síndrome de Mallory-Weiss – vômitos incoercíveis Úlceras gastrointestinais Varizes gástricas: H.Porta: trombose da veia esplênica QUADRO CLÍNICO Aparelho Urinário IRA : Responsável pela maioria dos óbitos na primeira semana, juntamente com a SARA Falência Renal EXAMES LABORATORIAIS Prever o grau de comprometimento: Pulmonar, renal, hepático, infecção e hemorragia digestiva: Hemograma completo Eletrólitos,cálcio, uréia, creatinina, glicemia, proteinas totais e frações, provas de função hepática, gasometria arterial Amilase: Menos específica eleva em 70%. 4 EXAMES LABORATORIAIS Amilasemia: Falso negativos: agudização da pancreatite crônica: Hipertrigliceridemia Obs: Não há correlação entre nível alto e gravidade Amilasúria: inicia após 24 horas e persiste por 7 –10 dias Lipase: Apenas de origem pancreática Mais sensível e específica que amilase Permanece por mais tempo: 5 a 7 dias EXAMES LABORATORIAIS Cálcio: Seqüestro de Ca em áreas de necrose gordurosa, hipoalbuminemia Sinal de gravidade: < 8 mg/dl: lesão importante do pâncreas Função hepática: Distinção entre alcoólica e biliar Etiologia biliar: Alanino-aminotransferase, 3 vezes Fosfatase alcalina, 2 vezes o normal Bilirrubinas maior ou igual a 2,5mg% EXAMES LABORATORIAIS PCR Previsão da gravidade Promissor na distinção entre PA leve e grave Entre 12 a 24 horas após o inicio da necrose: Níveis > 120 mg/dl , 95% dos casos Paralelismo nem sempre linear: Todos os exames devem acompanhar o contexto clínico PROGNÓSTICO Casos leves e moderados recuperação: 5 a 7 dias Casos fulminantes: morte precoce apesar do tratamento 5 TRATAMENTO Alcool/tabagismo restrição total; Psicoterapia; Correção do distúrbio nutricional; Controlar a dor; Diabetes – insulina, hipoglicemiante oral (Diabinese, Bioglic); Administração de pancreática – diminui a má-absorção, evita a esteatorréia. Melhora com a pancreática (extrato pancreático): Redução do numero de evacuações; Redução do volume; Melhora da consistência das fezes; Ganho ou normalização do peso. Obs: Pancreática na forma de supositório (cápsulas entéricas), ou drágeas após as refeições (Hcl inativa o extrato). TRATAMENTO Sinais clínicos de gravidade: Insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas Complicações locais graves: Abcesso Necrose Pseudocistos Septicemia TRATAMENTO PA Grave: UTI SNG : desnecessária nas PA leves Dieta zero: 3-5 dias (leve); 30 - 60 dias (grave) Hidratação adequada: SF + Ringer Bloqueadores H2: reduzem a hemorragia digestiva Dopamina e ou dobutamina: choque hipovolêmico DIETOTERAPIA Uso do TCM – Absorvido diretamente; Suplementar A,D, E,K; Oferecer alimentos necessários sem que haja maiores agressões pancreáticas para que não ative as enzimas; Recuperar o E.N. e melhorar a esteatorréia (restringir gorduras-60g/dia); Volume reduzido; Estimulantes evitados Î café, chá, chocolate, condimentos 120g de proteína CHO 450g/dia. 6 DIETOTERAPIA Enteral (jejunal): mais barata, menos infecção e menos complicação nem sempre bem tolerada, limitação: íleo, vômitos e dor Contra-indicada: pseudocistos, fístulas, abcessos e ascite pancreática Parenteral: Não estimula a secreção, preparados contendo 30% de lipideos CONDUTA DIETOTERAPICA Primeira fase: Jejum v.o. dar descanso ao órgão afetado SNG – controle do vômito; Segunda fase: 24 às 48h após a crise, iniciar com dieta liquida, reintrodução da alimentação lenta e gradualmente iniciando pelos CHO, acrescentando-se proteínas após 2 dias (Prado 1999). Outros autores defendem alimentação após 72 h; Como o metabolismo esta presente oferecer no mínimo 1200 kcal/dia, reposição de sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloro. Se necessário NPP ou NPT Î DESNUTRIÇAO; Terceira fase: Hipercalórica; Normoprotéica e com 60 g de gordura por dia (hipogordurosa) fracionada em 5 a 6 ref/dia;
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