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Plano de Aula: O Estado e suas perspectivas contemporâneas (3ª parte) CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0216 Título O Estado e suas perspectivas contemporâneas (3ª parte) Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 16 Tema O Estado e suas perspectivas contemporâneas Objetivos O aluno deverá ser capaz de: 1 - analisar a situação do ente estatal em um contexto de forte globalização; 2 - compreender as repercussões causadas pelas fragmentações quantitativa e qualitativa do Estado nacional. Estrutura do Conteúdo Nesta última aula será apresentada com base nos conteúdos estabelecidos no Capítulo 10 (mais precisamente os subitens 10.3.4 e 10.3.5), Unidade IV, do Livro Didático de Ciência Política. Pela última vez (nesta disciplina, porque a dica é para todo o Curso!) lembramos da importância da leitura prévia do conteúdo que será ministrado pelo professor em sala de aula. Este não é, lembramos, um procedimento adotado pela disciplina de Ciência Política, mas sim um procedimento adotado pelo Curso de Direito. No semestre que vem, não perca o bom hábito de continuar a ler o conteúdo das aulas antes que ela venha a ser apresentada em sala de aula! Tópicos A globalização e a possível relativização da soberania - A repercussão da globalização na reconfiguração da estrutura e do papel do Estado nacional pode ser considerada, inequivocamente, uma extensão e um acelerador do processo contínuo de transnacionalização. É nesse sentido que parece estarmos diante de uma possível erosão das competências tradicionais do Estado soberano, tendendo este, progressivamente, a ter de abrir mão de algumas de suas mais tradicionais competências de regulação e jurisdição já que não se mostra mais capaz de, por si só, resolver ou apresentar resposta perante as diversas solicitações e exigências que a ele são dirigidas, seja ao nível do desenvolvimento e do bem-estar, da segurança e da estabilidade ou mesmo do ambiente, da justiça e dos direitos humanos. Porém, ao delegar a outras entidades competências anteriormente suas, os Estados nacionais podem ter de reconhecer nas outras esferas uma hierarquia superior à sua, o que coloca em xeque sua própria soberania. A fragmentações quantitativa e qualitativa do Estado - A fragmentação quantitativa com o reconhecimento de inúmeros novos países no Pós-Guerra, levando o número de Estados a triplicar, por si só nada significaria, se na maior parte deles as crises já não mais repercutissem no seu processo de organização interna. Porém, tão preocupante quanto este tema é aquele que vem surgindo no cenário contemporâneo e que vislumbra a formação de um outro tipo de cidadania (incentivada pelas demandas multiculturais), que compartilha lealdades e que se vê vinculada não apenas ao direito produzido pelo Estado nacional, mas também àquele produzido por outros entes. Isto porque, por trás do direito a ser diferente, do respeito pelos direitos culturais e pelos laços transnacionais, pode estar surgindo um regime legal, estabelecido por, até mesmo, fontes extraestatais que, ao estabelecer a quebra do monopólio estatal, compartilhando competência de produção normativa, contribui fortemente para a relativização da soberania estatal e dos vínculos Estado/cidadão. Aplicação Prática Teórica FIGURA 1 FIGURA 2 Nesta Aula 16 foram analisados alguns temas ligados à fragmentação quantitativa e qualitativa da soberania estatal em tempos de intensa globalização. No que se refere aos cartoons acima, pergunta-se: a) Na figura 1, qual a relação que a ilustração sugere haver entre globalização e relativização da soberania? b) No que se refere à Figura 2, é possível afirmar que a mesma representa um bom exemplo ideia de fragmentação da soberania estatal? Justifique.
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