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Conservação de pequenas populações e espécies Dr. Márcio Efe Importância dos estudos comportamentais na conservação estratégias de obtenção de alimento, Sistema de acasalamento interações reprodutivas entre o casal, criação da prole divisão de tarefas interações com a comunidade Comportamento territorial proteção contra predadores competição entre os indivíduos Gregários ou solitários Comportamento de dispersão Fragmentação e efeito de borda Fragmentação e efeito de borda - Quantidade de habitat - Tamanho dos fragmentos - Conectividade dos fragmentos + Isolamento entre os fragmentos + Número de fragmentos + Borda habitat/não-habitat Fragmentação e efeito de borda Perda/Fragmentação de habitats são as principais causas de extinção Fragmentação e efeito de borda Efeito de borda Altera => luz, vento - microclimas Efeito de borda Altera => umidade, riqueza de espécies Metapopulações • Conjunto de indivíduos de uma espécie, habitanto um mesmo local, num mesmo tempo. • É uma unidade panmítica: todos os indivíduos têm a mesma chance de interagir (reproduzir). • Dinâmica: sofre interferências pelas mortes e nascimentos de indivíduos da população. O que é uma população? O que é uma Metapopulação? O conceito fundamenta-se na constatação de que o espaço é fragmentado em hábitats distintos e separados, e que existem hábitats favoráveis e outros desfavoráveis à instalação de uma espécie. O que é uma Metapopulação? “Uma população formada por populações locais interativas”. Richard Levins (1969) Conjunto de populações locais isoladas espacialmente em fragmentos de habitat e unidas funcionalmente por fluxos biológicos. Manchas habitáveis e inabitadas Dinâmica populacional é independente em cada mancha Manchas maiores ou com maior número de indivíduos possuem menor probabilidade de extinção e funcionam como fonte Subpopulações discretas, distribuídas em manchas de hábitat, conectadas pelo movimento dos indivíduos As populações locais correm risco de extinção: existe uma dinâmica de extinções e recolonizações locais P= 4/10 P= 5/10 Se a taxa de recolonização = taxa de extinção, a metapopulação está em equilíbrio. Tipos de metapopulação – “Clássica” Corresponde a um conjunto de pequenas subpopulações vivendo em ambientes quase idênticos, em equilíbrio dinâmico pela seqüência de processos de colonização e extinção que se manifestam em cada subpopulação. Tipos de metapopulação – “Continente-ilha” Corresponde a uma metapopulação na qual uma área principal, com uma população numerosa, serve de fonte para hábitats periféricos, muito mais reduzidos em superfície, nos quais as populações se extinguem e se reconstituem permanentemente pela imigração, tipo continente-ilha. Tipos de metapopulação – “População em pedaços” Corresponde a um conjunto de subpopulações em interação umas com as outras, que colonizam hábitats efêmeros e de tamanho pequeno. Tipos de metapopulação – “em desequilíbrio” Corresponde à ausência de colonização entre as diversas subpopulações e a uma metapopulação em estado de não-equilíbrio. Verde escuro: manchas que permaneceram ocupadas. Verde claro= manchas recém-ocupadas. Vermelho: extinção local. As decisões muitas vezes são tomadas antes das informações sobre biologia das populações estarem disponíveis. • Organismos tais como invertebrados tem carências de informações sobre características da população. Em termos de conservação, o que necessitamos em geral saber é se: 1. A espécie focal (ameaçada de extinção, espécie sensível à fragmentação) vai persistir num determinado conjunto de fragmentos. 2. Se uma ou outra mancha de uma determinada paisagem for eliminada, o que vai acontecer com a espécie focal. 3. Existe um número mínimo de manchas para manter uma população numa paisagem fragmentada? A gestão de metapopulações envolve a gestão de um conjunto de populações interativas, tanto in situ como ex situ sob um objetivo comum de conservação. Se as áreas e as populações estão fragmentadas, o que conservar? Priorização Porque priorizar? • Diversidade não é distribuída homogeneamente pelo nosso planeta • Os recursos são limitados. • As possibilidades também. O que priorizar? Espécies prioritárias Áreas prioritárias Espécies prioritárias Chave Bandeira Indicadoras Ameaçadas Evolutivamente distintas “Evolutionarely Distinct and Globally Endangered Species” Áreas prioritárias Mapeamento da diversidade Mapeamento da ameaça Áreas prioritárias oceânicas Áreas prioritárias oceânicas Áreas prioritárias oceânicas Áreas prioritárias oceânicas Áreas prioritárias terrestres Áreas prioritárias terrestres O que priorizar então ? Análise TÉCNICA Espécies prioritárias Áreas prioritárias Estudo de caso - Brasil Centro de Endemismo PERNAMBUCO Centro de Endemismo PERNAMBUCO Centro de Endemismo PERNAMBUCO 31 blocos com mais de 1.000 ha de floresta Centro de Endemismo PERNAMBUCO Centro de Endemismo PERNAMBUCO o Centro Pernambuco possui mais de 50% de todas aves que ocorrem na floresta Atlântica brasileira; No Centro Pernambuco as áreas mais importantes correspondem aos remanescentes onde os endemismos mais ameaçados podem ser encontrados (Olmos 2005); Nesta região, é onde se encontra um dos locais (Murici, Alagoas) com a maior quantidade de espécies de aves ameaçadas de extinção nas Américas (Wege & Long 1995). Estudo de caso - Aves Murici é show Mas onde no município de Murici ? Estudo de caso - Aves Dentre os 160 táxons de aves considerados como ameaçados de extinção no Brasil, a ESEC de Murici tem registros recentes de pelo menos 34, provavelmente a maior concentração de aves ameaçadas no país (BirdLife International 2003). Mas onde na ESEC de Murici ? Estudo de caso - Aves Algumas áreas são consideradas prioritárias para a conservação das aves dentro da ESEC de Murici, como, por exemplo, a mata da Fazenda Bananeira que possui o registro de 27 espécies endêmicas e/ou ameaçadas de extinção (BirdLife International 2003). BINGO !!!
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