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direito tributario para fgv volume 7

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Rodada #7 
Direito Tributário 
 
Professor Ricardo Wermelinger 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assuntos da Rodada 
Conceito e Classificação dos Tributos. Competência Tributária. Limitações 
Constitucionais ao Poder de Tributar. Princípios Constitucionais Tributários. 
Imunidades. Obrigação Tributária Principal e Acessória. Fato Gerador da 
Obrigação Tributária. Sujeição Ativa e Passiva. Solidariedade. Capacidade 
Tributária. Domicílio Tributário. Responsabilidade Tributária. Conceito. 
Responsabilidade dos Sucessores. Responsabilidade de Terceiros. 
Responsabilidade por Infrações. Crédito Tributário. Conceito. Constituição do 
Crédito Tributário. Lançamento. Modalidades de Lançamento. Hipóteses de 
alteração do lançamento. Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário. 
Modalidades. Extinção do Crédito Tributário. Modalidades. Pagamento Indevido. 
Exclusão do Crédito Tributário. Modalidades. Garantias e Privilégios do Crédito 
Tributário. Tributos de Competência da União. Tributos de Competência 
dos Estados. Tributos de Competência dos Municípios. Simples 
Nacional. Administração Tributária. Fiscalização. Dívida Ativa. Certidões 
Negativas. Legislação Tributária. Constituição. Emendas à Constituição. Leis 
Complementares. Leis Ordinárias. Leis Delegadas.Medidas Provisórias. Tratados 
Internacionais. Decretos. Resoluções. Decretos Legislativos Convênios Normas 
Complementares. Código Tributário Nacional – CTN. Vigência da Legislação 
Tributária. Aplicação da Legislação Tributária. Interpretação e Integração da 
Legislação Tributária. 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
2 
a. Teoria 
 
1. A aula de hoje está gigante, eu sei. É a listagem de todos os impostos, 
não tem jeito. Porém, trouxe tudão assim junto porque cai pouco, iremos ver 
de maneira bem objetiva, quase superficial. Prepare-se pra ler mais rápido 
do que as outras aulas, é perfeitamente possível. Além disso, tem muita 
transcrição de lei que é só pra passar os olhos. Foque no negrito, Não será 
tão ruim assim. Sabem que procuro escrever fácil pra vocês. E no meio tem 
umas 2 páginas que pode pular, se estiver com pressa, eu mostro na hora. 
2. Começaremos agora os impostos em espécie, aprender as regras de cada 
um dos impostos da união, dos estados e dos municípios. Antes de falar de 
cada um, trago pra vocês uma classificação que ainda não tínhamos visto, e 
que será aplicada em todos: função fiscal e extrafiscal dos tributos. 
3. A função fiscal é arrecadar, para custear a máquina pública. Nada mais 
simples. Já a função extrafiscal se refere à capacidade de induzir o 
comportamento do contribuinte por meio da tributação, seja por meio de 
mais ou menos tributação. Impostos reduzidos sobre produtos ecológicos, 
ou, ao contrário, impostos mais altos para produtos poluentes, por exemplo. 
O caso mais emblemático que temos é o cigarro, que paga tributos 
altíssimos para tentar fazer as pessoas fumarem menos. Além desse, o IPI 
na importação também é muito relevante, usado pelo governo para manter o 
equilíbrio da balança comercial e proteger a indústria nacional, onerando os 
importados. 
4. As pessoas costumam falar que determinado tributo “é fiscal” ou “é 
extrafiscal”, mas na verdade todos os tributos acabam exercendo as duas 
funções, só que com mais ênfase em uma ou outra. O IPI Importação não 
visa arrecadar, mas acaba arrecadando. O imposto de renda, por outro lado, 
é basicamente fiscal, mas na hora de agendar uma consulta médica que está 
parecendo muito cara, a pessoa pensa que parte daquilo voltará na 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
3 
declaração do ano que vem e decide gastar. Talvez sem o desconto no IR 
essa consulta não acontecesse. 
5. IMPOSTOS DA UNIÃO 
6. Imposto sobre produtos industrializados – IPI 
7. O IPI é considerado extrafiscal, apesar de ser uma das principais fontes de 
receita federal. 
8. O IPI é uma exceção ao princípio da legalidade. Exceção em termos, 
porque a lei precisa fixar as alíquotas mínimas e máximas do imposto. 
Dentro desse intervalo legal, o poder executivo pode fixar a alíquota exata. A 
rigor isso ocorre por decreto do Presidente, mas não é obrigatório. 
9. Além dessa exceção, o IPI também não precisa respeitar a anterioridade 
do exercício financeiro, que aparece muito como “anterioridade anual” nas 
provas. Porém, deve respeitar a noventena. 
10. Vamos ao seu fato gerador, conforme está no CTN: 
CTN 46 O imposto, de competência da União, sobre produtos 
industrializados tem como fato gerador: 
I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência 
estrangeira; 
II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo 
único do artigo 51 [estabelecimentos industriais ou equiparados]; 
III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e 
levado a leilão. 
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se 
industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer 
operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o 
aperfeiçoe para o consumo. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
4 
11. O que precisamos gravar disso? Bem, cai nas provas a decoreba desse 
artigo, trocando palavras ou invertendo os incisos, como “a sua 
arrematação, quando de procedência estrangeira”. Além disso, reparem no 
parágrafo único: só incide IPI se houver alguma modificação no produto, se 
for uma mera revenda, não cabe esse imposto. Ok, não dá pra deduzir isso 
desse parágrafo único, mas no regulamento do IPI a regulamentação deixou 
isso claro, então às vezes usam esse entendimento mesmo que citando só o 
CTN. 
12. O IPI deve respeitar os seguintes princípios: 
13. SELETIVIDADE: O imposto deve ser maior ou menor conforme a 
essencialidade do produto. Produtos supérfluos recebem uma alíquota maior, 
ao passo que os essenciais, uma alíquota menor. 
14. NÃO-CUMULATIVIDADE: O imposto que é pago em uma etapa da 
cadeia de produção é descontado na etapa seguinte. Ou seja, só se tributa o 
valor agregado. Vamos fingir que a alíquota é fixa em 10%. Uma matéria 
prima é vendia por 100, pagando 10 de IPI. O comprador pega, modifica, e 
revende por 130. Ele teria que pagar 13 de IPI, mas como pode descontar o 
que já foi pago, recolhe só 3. O novo comprador pega, modifica novamente, 
e revende por 180. Teria que pagar 18, mas como já foram pagos 10, depois 
3, ele só tem que pagar mais 5. “O imposto é não-cumulativo, dispondo a 
lei de forma que o montante devido resulte da diferença a maior, em 
determinado período, entre o imposto referente aos produtos saídos do 
estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele entrados”. 
15. IMUNIDADE NA EXPORTAÇÃO: Existe uma máxima em economia 
segundo a qual “não se exporta tributo”. Não sou nenhum expert no 
assunto, longe disso, mas fato é que produtos que serão exportados não 
pagam IPI. Pra eles, fica apenas o imposto de exportação, com sua função 
extrafiscal de incentivar ou inibir a venda daquele produto ao exterior. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
5 
16. IMPACTO REDUZIDO NA COMPRA DE BENS DE CAPITAL: Esse 
assunto depende de regulamentação em lei ordinária. Bens de capital, só pra 
lembrar, são os bens usados para gerar riquezas. Maquinário industrial em 
geral, tratores, colheitadeiras, teares mecânicos, etc. 
17. A base de cálculo tem uns detalhes pra gente ver: 
CTN 47 A base de cálculo do imposto é: 
I - no caso do inciso I do artigo anterior [importação], o preço 
normal, como definido no inciso II do artigo 20, acrescido do 
montante: 
a) do imposto sobre a importação; 
b) das taxas exigidas para entrada do produto no País; 
c) dos encargos cambiais efetivamentepagos pelo importador ou 
dele exigíveis; 
II - no caso do inciso II [saída de estabelecimento] do artigo 
anterior: 
a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria; 
b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço 
corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da 
praça do remetente; 
III - no caso do inciso III do artigo anterior [leilão], o preço da 
arrematação. 
18. Bom, vamos lá. Na importação, vários fatores afetam o preço do produto. 
O governo, com frequência, mexe nesses fatores justamente pra encarecer 
um produto. Além disso, temos a variação do câmbio, que também pode 
favorecer ou prejudicar a operação, conforme o importador a desenhou 
(existem várias formas de fazer câmbio na importação, umas seguras, 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
6 
outras arriscadas). Fato é que todos esses custos devem entrar na base de 
cálculo do IPI. Se o governo aumentou o imposto de importação, isso vai 
influenciar tanto no pagamento desse imposto quanto na base de cálculo do 
IPI da importação. Em resumo: TUDO que se gastou pra trazer o produto até 
ali entra na conta do IPI. 
19. Quanto ao II, que é o IPI “normal”, claro que a regra é o IPI incidir sobre 
o valor da venda. Porém para o caso de esse valor ter sido “esquecido” pelo 
contribuinte, não registrado de alguma forma, vale o chamado preço 
normal”. Aqui tem uma pegadinha que cai muito nas provas. Estamos 
falando de estabelecimento industrial, certo? Coisa grande e tal... vale o 
preço no mercado atacadista. Já vi várias questões colocando “varejista” pra 
tornar errada a frase. 
20. Bom, se o fato gerador ocorre na importação, industrialização ou 
arrematação, os contribuintes do IPI são o importador, o industrial ou o 
arrematante, conforme o caso. 
21. Imposto de Importação e Exportação – II e IE 
22. Esses impostos são figuras espelhadas: tudo que vale para um na entrada 
de mercadorias vale para o outro na sua saída. 
23. A principal finalidade de ambos é extrafiscal. Regular a balança 
comercial e garantir competitividade À indústria são muito mais relevantes 
do que a simples arrecadação. 
24. Esses impostos são exceções ao princípio da legalidade. Igual ao IPI, 
temos a lei determinando alíquotas máximas e mínimas, e o poder executivo 
fixando em um ponto nesse intervalo. Aqui é poder executivo mesmo, existe 
uma delegação de competência para que as alíquotas sejam fixadas não por 
decreto, mas por ato da Câmara de Comércio Exterior do governo federal. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
7 
25. O II e IE não precisam respeitar nenhuma anterioridade. É o 
dinamismo no mercado internacional, tem coisas que não podem esperar 90 
dias. 
26. O fato gerador: 
CTN 19 O imposto, de competência da União, sobre a importação de 
produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no 
território nacional. 
CTN 23 O imposto, de competência da União, sobre a exportação, 
para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem 
como fato gerador a saída destes do território nacional. 
27. Pra não ter que ficar um fiscal da Receita em alto mar conferindo em que 
momento os navios chegam em águas territoriais, ou saem, definiu-se que 
essa entrada/saída é considerada como a data do registro da Declaração de 
Importação, se for esse o caso, ou então a data do Registro de Exportação 
(ou guia de exportação). Isso é detalhe, não se preocupem muito. 
28. Quanto à base de cálculo, temos: 
CTN 20 A base de cálculo do imposto [de importação] é: 
I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada 
pela lei tributária; 
II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o 
produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em 
uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no 
porto ou lugar de entrada do produto no País; 
III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado 
a leilão, o preço da arrematação. 
CTN 24 A base de cálculo do imposto [de exportação]é: 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
8 
I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada 
pela lei tributária; 
II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o 
produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em 
uma venda em condições de livre concorrência. 
29. Reparem que, diferente do IPI, nesses impostos não se usa o valor da 
operação, famoso “valor da nota fiscal”. Não interessa por quanto os 
produtos foram importados ou exportados, vale o preço médio, preço normal 
no mercado, chamado de valor aduaneiro, conforme um mega tabelão da 
Receita Federal, feito com base num acordo internacional de que o Brasil faz 
parte, o GATT. Isso pra evitar fraudes, subfaturamento, essas coisas. 
30. Alíquota específica, só relembrando: X reais por garrafa de vinho. Alíquota 
ad valorem seria assim: X por cento sobre o valor da garrafa de vinho. 
31. O contribuinte é o importador ou exportador, ou quem a ele se 
equiparar, na forma da lei. 
32. Imposto Sobre Operações De Crédito, Câmbio e Seguro, Ou 
Relativas A Títulos Ou Valores Mobiliários – IOF 
33. Também um imposto em que a função extrafiscal é mais relevante. 
Vocês acompanharam nos últimos anos o aumento dele em operações no 
exterior, pra reduzir os gastos dos turistas lá fora quando o dólar estava 
barato. A evasão de divisas estava preocupante para o governo, era muita 
grana saindo do país. 
34. É exceção à legalidade e às duas anterioridades. Igual o II e IE. O 
mercado financeiro é muito dinâmico, não se pode esperar 90 dias pelo 
impacto de uma decisão. Em relação à alíquota, mesma coisa dos demais, a 
lei dá o intervalo, o executivo fixa o ponto. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
9 
35. O estudo do fato gerador é chatinho por trazer detalhes de operações 
financeiras, com as quais nem sempre estamos acostumados. Não precisa 
decorar, vejo cair muito pouco, basta pegar a ideia de cada um: 
CTN 63 O imposto, de competência da União, sobre operações de 
crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e 
valores mobiliários tem como fato gerador: 
I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega 
total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da 
obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado; 
II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega 
de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a 
represente, ou sua colocação à disposição do interessado em 
montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou 
posta à disposição por este; 
III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão 
da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, 
na forma da lei aplicável; 
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a 
emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da 
lei aplicável. 
36. Temos, basicamente, apenas uma definição no tempo relativa a cada uma 
das operações tributáveis. O mais importante é fixar quais são elas, 
decorando o nome completo do imposto. 
37. Para a base de cálculo, basta saber que é o montante da operação. 
38. E o contribuinte foi reservado para lei ordinária. O CTN apenas fala que 
precisa ser uma das partes da operação, mas a lei pode determinar se será a 
instituição financeira ou o cliente. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
10 
39. Imposto sobre a Renda - IR 
40. Finalmente chegamos a um imposto com função fiscal. 
41. O imposto de renda deve respeitar a legalidade, com alíquota fixada em 
lei mesmo, sentido estrito. Ele precisa respeitar a anterioridadedo exercício 
financeiro também. Porém, é exceção à noventena. Vejam: como as 
declarações do IR começam em 1º de março, se não houvesse essa exceção 
qualquer lei tratando dele teria que ser editada até novembro, e é muito 
comum que IR, IPVA e IPTU sejam objeto de atenção do governo justamente 
em dezembro, para que tenham seus valores atualizados. 
42. Existem três características que a Constituição atribuiu ao IR: 
GENERALIDADE: Todas as pessoas físicas e jurídicas são abrangidas. 
UNIVERSALIDADE: Todos os tipos de rendimento são abrangidos. 
PROGRESSIVIDADE: quanto maior a base de cálculo, maior a alíquota. 
43. Um pequeno detalhe: tem banca que inverte os conceitos de generalidade 
e universalidade. Como não há definição na lei, eles podem fazer isso... um 
saco... Nesses casos, é preciso recorrer a outros fatores pra solucionar a 
questão. 
44. Especialmente quanto à progressividade, a questão é a seguinte: claro 
que quem ganha mais pagará mais imposto, pois tem uma base de cálculo 
maior. Porém, proporcionalmente, estaria pagando a mesma alíquota dos 
mais pobres. A progressividade faz com que a alíquota suba junto com essa 
base, fazendo com que realmente as faixas superiores de renda paguem 
mais impostos. 
45. Fato gerador: 
CTN 43 O imposto, de competência da União, sobre a renda e 
proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição 
da disponibilidade econômica ou jurídica: 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
11 
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou 
da combinação de ambos; 
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os 
acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. 
§ 1º A incidência do imposto independe da denominação da receita 
ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade 
da fonte, da origem e da forma de percepção. 
46. Aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica é uma expressão 
bonita pra dizer que a pessoa recebeu algo. A distinção de renda e proventos 
é irrelevante, mas, de curiosidade, renda é fruto do trabalho ou do capital, 
proventos são os outros, loteria, herança, doações, etc. 
47. A base de cálculo é o “montante, real, arbitrado ou presumido, da renda 
ou dos proventos tributáveis”. Sem detalhar muito, montante real é quanto 
comprovadamente se recebeu. Montante arbitrado se usa quando a pessoa 
declara uma coisa e o Fiscal verifica que aquilo está errado. Nesse caso, com 
base no que conseguiu descobrir, o Fiscal arbitra (determina) um outro 
valor. Já o presumido é uma ferramenta para facilitar a declaração pelas 
empresas menores. Funciona mais ou menos assim: em vez de ter que 
apurar detalhadamente qual foi o lucro (que é a “renda” da pessoa jurídica), 
ela apenas declara o faturamento (algo muito mais fácil de apurar, só ver 
quanto entrou no caixa) e, a partir daí, presume-se que seu lucro foi de x% 
desse faturamento. 
48. O contribuinte, por óbvio, é a pessoa que aufere a renda. A lei pode 
instituir, para a fonte pagadora, a obrigação acessória de recolher o tributo 
aos cofres públicos (famoso recolhimento na fonte), mas o contribuinte não 
deixa de ser o titular da renda. Assim, o fato de seu empregador descontar o 
IR do salário que irá te pagar não o torna contribuinte. O contribuinte 
continua sendo você. Ele pode ser, no máximo, responsável tributário. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
12 
49. Imposto Territorial Rural - ITR 
50. Esse aqui tem uns poucos pontos que caem, então é fácil resumir pra 
vocês. Pra começar, sempre foi um tributo essencialmente fiscal, até 2003, 
quando recebeu importante função fiscal. Já veremos. 
51. Ele é um imposto sobre a chamada “terra nua”. O valor das benfeitorias, 
fazendas, construções, moinhos, etc e tal não entra. Apenas o valor do 
terreno sofre tributação. Se usa a expressão “posse por natureza” pra se 
referir a isso. Falando em posse, como a propriedade rural no Brasil é uma 
bagunça, o contribuinte é quem está ocupando a terra, não precisa 
demonstrar quem é o proprietário. 
52. Ele é progressivo no tempo, com vistas a desestimular a manutenção 
de propriedades improdutivas. Isso foi incluído na CF pela EC 42/03. É 
necessário, naturalmente, que haja regulamentação na lei. A tendência é 
que quanto mais tempo uma propriedade passe sem uso produtivo, maior se 
torne a alíquota. Da mesma forma, quanto menor a área da propriedade 
efetivamente utilizada, maior a alíquota. 
53. As pequenas glebas rurais, exploradas por família que não possua 
outro imóvel, são imunes ao ITR. Isso também foi incluído em 2003. 
54. Os municípios podem optar por fiscalizar e cobrar o imposto, desde 
que isso não implique em renúncia de receita (precisam cobrar tudo o que 
está na lei). Caso façam isso, ficam com 100% do produto da arrecadação. 
Caso prefiram não fazê-lo, ficam com 50%. 
55. O imposto incide sobre os imóveis fora da zona urbana do município. 
Cada município possui uma lei delimitando sua zona urbana. Porém, caso um 
imóvel localizado dentro da zona urbana seja destinado a atividade 
agrícola ou pecuária, ele passa a se submeter ao ITR, e não mais ao IPTU. 
56. Sua base de cálculo é o valor fundiário. Esse é o valor da chamada 
“terra nua”, sem contar as benfeitorias. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
13 
57. IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DF 
58. O ICMS é um imposto de finalidade fiscal, sendo a maior fonte de 
receita direta dos estados. Claro que a tal guerra fiscal se refere justamente 
à função extrafiscal do ICMS, pois os Estados procuram conceder isenções 
àquelas empresas que gerarão muita riqueza e empregos, mas o mais 
importante nesse imposto ainda é arrecadar. 
59. Assim como o IPI, é um imposto que incide sobre várias das etapas da 
cadeia de produção. Por esse motivo, é chamado de imposto plurifásico. 
Teremos uma exceção a essa regra mais à frente. O mecanismo de 
compensação de créditos é igual ao do IPI, pois também é um imposto não-
cumulativo. 
60. Porém, os créditos anteriores na cadeia de produção são zerados 
por uma etapa isenta. Ou seja, se na penúltima etapa da produção o 
contribuinte for isento do ICMS, quando o produto chegar na última etapa 
não gerará crédito algum para esse novo contribuinte, ainda que nas etapas 
iniciais (antes de chegar na penúltima) tenha havido tributação. Uma etapa 
isenta, ou imune, interrompe a cadeia de creditamento, que deve recomeçar 
do zero na etapa seguinte. 
61. As mercadorias destinadas à exportação são imunes ao ICMS. 
Nesse caso, o crédito que o contribuinte recebeu referente a todas as etapas 
anteriores dessa mercadoria pode ser usado para compensar o ICMS devido 
por outras mercadorias, destinadas ao mercado interno. 
62. O ICMS pode ser seletivo. Eu disse pode. O IPI precisa ser seletivo. 
Para o ICMS, isso é uma opção. Existem 53756395 questões cobrando isso 
nos sites especializados, aproximadamente, rs. 
63. O fato gerador, conforme previsto na CF: 
CF 155 Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos 
sobre - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
14 
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal 
e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se 
iniciem no exterior; 
64. E na LC 87/96 (o ICMS não está no CTN) (não se preocupem em ficar 
decorando): 
LC 87 2° O imposto incide sobre: 
I - operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o 
fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e 
estabelecimentos similares; 
II - prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal, por qualquervia, de pessoas, bens, mercadorias ou 
valores; 
III - prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer 
meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a 
retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de 
qualquer natureza; 
IV - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não 
compreendidos na competência tributária dos Municípios; 
V - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos 
ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, quando 
a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência 
do imposto estadual. 
§ 1º O imposto incide também: 
I - sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, por pessoa 
física ou jurídica, ainda quando se tratar de bem destinado a 
consumo ou ativo permanente do estabelecimento; 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
15 
I – sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, 
por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte 
habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade; 
II - sobre o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha 
iniciado no exterior; 
III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de 
petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos 
dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à 
comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações 
interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado 
o adquirente. 
65. Acho sempre importante dar uma olhadinha na letra da lei, em 
dispositivos que costumam cair em transcrição literal. Porém, deixa eu 
adiantar pra vocês o que costuma cair de verdade: energia elétrica 
residencial (incide ICMS), as telecomunicações (também incide) e o 
transporte interestadual e intermunicipal (idem). Intermunicipal, não 
intramunicipal, que é de competência municipal, via ISS. 
66. Alguns pontos de discórdia foram pacificados pelos Tribunais. Vamos dar 
uma olhada. Se tiver achado a aula gigante, estiver muito apertado(a) nas 
suas metas, enrolado de tempo, ou se quer apostar numa melhor relação 
custo/benefício do estudo, pode pular para o parágrafo 74. Pra quem está 
bem para aprofundar um pouquinho, segue o jogo. 
67. A operação que se está tributando é operação mercantil. Venda de 
mercadorias para obtenção de lucro. Assim, se uma empresa resolver 
renovar seu parque industrial, vendendo máquinas antigas para substituir 
por novas, não incide o ICMS. Da mesma forma uma empresa que não seja 
do ramo imobiliário vendendo um de seus imóveis. No comodato 
(empréstimo) também não incide. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
16 
68. E na mera transferência de mercadorias entre filiais da mesma empresa, 
também não incide. Afinal, não está acontecendo uma venda de uma filial 
para outra. 
69. Como exceção a esse caráter mercantil, temos a pessoa que importa uma 
mercadoria sem caráter habitual, ou seja, sem intenção de fazer negócios 
com ela, explorar comércio. O caso do Ali Express: quem compra roupa na 
china deve pagar ICMS (ainda que em alguns lugares o Fisco dê mole e não 
cobre). Isso tem caído bastante porque foi uma alteração mais ou menos 
recente, via Emenda. 
70. Energia elétrica, telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e 
minerais são sujeitos ao ICMS e, se for o caso, ao II ou ao IE, não incidindo 
nenhum outro imposto (IPI, por exemplo). É um caso de imunidade a todos 
os impostos, fora esses três. 
71. Além disso, as operações interestaduais com petróleo, 
combustíveis/lubrificantes e energia elétrica são imunes ao ICMS. Ele é 
devido apenas nos estados de origem, nas etapas seguintes da produção. Se 
fosse diferente, pensem no Rio: iria arrecadar um volume absurdo de ICMS 
interestadual referente a todo petróleo que sai daqui para outros estados, e 
as refinarias localizadas no Brasil todo teriam imensos créditos de ICMS a 
descontar quando revendessem o produto refinado. Para evitar esse 
desequilíbrio, o petróleo não paga ICMS interestadual, não gerando essa 
receita toda para o Rio e nem crédito para as refinarias. Quando as refinarias 
vendem o produto refinado, recolhem ICMS interno no seu estado, e assim 
sucessivamente as distribuidoras e postos de combustíveis. 
72. Complementando isso, temos o artigo 155, §2º, XII, h, da CF: 
XII - cabe à lei complementar: h) definir os combustíveis e 
lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, 
qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
17 
o disposto no inciso X, b (imunidade sobre as operações que 
destinem a outros estados combustíveis e lubrificantes); 
73. Uma LC, então, falará sobre tais combustíveis em que a tributação será 
monofásica. Ou seja, não importa por quantos distribuidores o produto 
passe, o ICMS será devido uma única vez. E quando será devido? Onde? No 
local do consumo final. Acaba que, por fim, essa regra trouxe efeitos 
semelhantes aos da regra da imunidade do ICMS interestadual: evitou que 
os estados produtores ficassem com todo o ICMS. 
74. Reparem que primeiro falamos de uma regra geral para “petróleo, 
combustíveis e energia elétrica”. Depois, uma regra sobre combustíveis e 
lubrificantes específicos que serão tratados em lei complementar. Essa lei 
complementar pode trazer, por exemplo, querosene de aviação e óleo diesel, 
fazendo com que sobre esses a tributação seja monofásica, e deixar a 
gasolina comum para a primeira regra (imunidade do ICMS interestadual). 
75. As alíquotas interestaduais são fixadas por Resolução do Senado Federal. 
76. Por fim: a CF reservou para lei complementar uma série de aspectos do 
ICMS. Todos relativos a conflitos entre estados. 
77. As isenções e outros benefícios fiscais somente podem ser concedidos 
mediante convênio entre os estados, o famoso CONFAZ. 
78. Ah! O ICMS é lançado por homologação. 
79. ITCMD – Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação 
80. Esse imposto se aplica a transferências de bens móveis ou imóveis por 
motivo de falecimento ou doação. Desde logo fica marcado: a transferência 
de bens onerosa entre vivos é de competência municipal. É um tributo fiscal, 
sem dúvida. 
81. Quando alguma operação tributável ocorre dentro dos limites do ente 
tributante é mole. Complicadas são as operações interestaduais. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
18 
82. Em se tratando de bens imóveis, compete ao estado da situação do bem, 
não importando se é transmissão por morte ou doação. 
83. No que se refere aos bens móveis, títulos e créditos, sendo causa mortis, 
o imposto cabe ao estado onde se processar o inventário ou arrolamento. No 
caso de doação, compete ao estado onde tiver domicílio o doador. 
84. Para piorar, agora temos operações internacionais. A CF diz que o imposto 
terá competência para sua instituição regulada por lei complementar se o 
doador tiver domicilio ou residência no exterior, ou se o de cujus possuía 
bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no 
exterior. Ou seja, em vez de apenas criar-se o imposto por lei ordinária, é 
preciso uma lei complementar para dizer de quem será a competência 
tributária, e quais as suas limitações para exercê-la. 
85. A base de cálculo é o valor venal do bem transmitido. 
86. A alíquota máxima do imposto será fixada por Resolução do Senado. 
87. O contribuinte será fixado em lei ordinária, podendo ser qualquer uma das 
(duas) partes da operação: quem transmite ou quem recebe. Isso, claro, na 
doação, pois na transmissão por morte não resta escolha a não ser o 
destinatário do bem. 
88. O lançamentoé por declaração. O contribuinte informa a transmissão 
realizada e o Fisco lança o tributo com base nesse dado. 
89. IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores 
90. O IPVA ainda não teve suas regras gerais fixadas em lei complementar. 
Cada estado, portanto, está exercendo sua competência tributária plena, 
editando normas gerais, até que a União edite a tal LC. 
91. É um imposto com finalidade fiscal. 
92. A alteração na base de cálculo não precisa respeitar a noventena. 
Algo natural, pois como o fato gerador se considera ocorrido em 1º de 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
19 
janeiro, tal atualização (atualização da tabela de valores dos veículos) 
refletiria melhor a realidade ao ser feita o mais próximo possível dessa data. 
Já o aumento de alíquota deve respeitar os 90 dias. 
93. Falando em alíquotas, o Senado fixará alíquotas mínimas (para evitar 
guerra fiscal), e é possível estabelecer alíquotas diferentes em razão do tipo 
(passeio ou utilitário) e da utilização (particular ou comercial) do veículo. 
94. Seu lançamento é de ofício. Só esperar que o boleto chega na sua casa. 
95. Ah, sim: não incide sobre embarcações ou aeronaves. 
96. IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS 
97. IPTU – Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana 
98. O IPTU é eminentemente fiscal, porém, pode ter alíquota progressiva no 
tempo em caso de imóvel sem uso, o que se constitui em desestímulo 
extrafiscal à manutenção desse tipo de situação. 
99. Assim como o IPVA, a majoração da base de cálculo não precisa respeitar 
a noventena. 
100. O fato gerador: 
101. CTN 32 O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade 
predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio 
útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como 
definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. 
102. Sem mistério, correto? 
103. E a base de cálculo: 
104. CTN 33 A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel. 
105. Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o 
valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
20 
imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou 
comodidade. 
106. Gente: aformoseamento! Repita rápido, 3 vezes seguidas: 
aformoseamento, aformoseamento, aformoseamento. Até digitar 3 vezes 
seguidas foi difícil. 
107. Significa que os móveis e quadros (que tornarão sua casa mais formosa) 
não integram a base de cálculo. 
108. O contribuinte é o proprietário ou possuidor em animus definitivo. Ou 
seja, com a intenção de ser dono. Apesar de, na prática, vermos os 
locatários pagando carnê de IPTU, o contribuinte é o proprietário. 
109. O lançamento é de ofício, havendo inclusive jurisprudência segundo a 
qual a notificação se dá com o envio do carnê para o próprio imóvel, não 
importando se o proprietário o recebeu de fato ou não. 
110. Agora o que mais cai: progressividade. 
111. O IPTU sempre foi progressivo no tempo. Isso está lá no 182 da 
Constituição: se o imóvel for subutilizado, o IPTU vai subindo. Porém, com a 
EC 29/00, ele passou também a ser progressivo em razão do valor do imóvel 
(progressividade tradicional, igual ao IR), e ter alíquotas diferentes pela 
localização e uso do imóvel. 
112. ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis 
113. Possui finalidade fiscal, sendo devido no município onde se encontra o 
imóvel. 
114. O ITBI não incide em um caso específico que dá pano pra manga: Caso 
um imóvel seja transmitido de um sócio para uma empresa, para realizar o 
capital, não incide ITBI. 
115. Da mesma forma, transmissões de imóveis decorrentes de fusão, 
incorporação, cisão ou extinção das pessoas jurídicas também não incidem 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
21 
no ITBI, a não ser que o adquirente dos imóveis seja uma imobiliária ou 
incorporadora, ou seja, se a compra de imóveis for parte do seu negócio. 
116. A base de cálculo é o valor venal do imóvel. Repare que não é o valor 
pelo qual ele foi efetivamente vendido – se fosse assim, constaria o “valor da 
operação” na lei. É valor venal para evitar sonegação por meio do registro de 
venda em valor inferior ao real, com pagamento “por fora”. 
117. Agora uma coisa que cai muito: ITBI NÃO pode ser progressivo! Não 
interessa o valor do imóvel, a alíquota tem que ser a mesma para todos os 
imóveis do município. 
118. O contribuinte pode ser livremente fixado em lei, claro, dentre as partes 
da operação. 
119. O lançamento é igual ao do ITCMD: por declaração. 
120. ISS – Imposto sobre Serviços de qualquer Natureza 
121. É um tributo fiscal, se aplicando aos serviços não tributáveis pelo ICMS, 
conforme definição de lei complementar. Existe uma situação interessante: 
serviços que envolvem fornecimento de mercadorias, e constam da LC do 
ISS como suscetíveis de tributação pelos dois impostos. 
122. A LC, no caso, é a 116. Ela desce aos detalhes do fato gerador, listando 
taxativamente os serviços tributáveis, e ainda exemplificando 
desdobramentos de tais serviços, para tentar não dar margem a dúvidas. 
123. A alíquota máxima e mínima, bem como a exclusão da incidência sobre 
serviços para exportação e a forma e condições como benefícios fiscais serão 
concedidos ou revogados são assunto também para lei complementar. 
124. Atualmente, temos alíquota máxima fixada em 5% pela LC 116, mas o 
valor mínimo que se usa é o dos ADCT, de 2%. 
125. De regra, o tributo é devido no local onde estiver situado o 
estabelecimento do prestador de serviço. Existem exceções, quando o ISS é 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
22 
pago no local onde se executa o serviço. Nas provas o que costuma cair é 
isso, sem cobrar as espécies de exceção. 
126. A base de cálculo é o valor do serviço, e o contribuinte é o prestador. 
127. Seu lançamento, tal qual o ICMS, é por homologação. 
128. O Simples foi criado para dar cumprimento ao “tratamento diferenciado e 
favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte”, previsto 
na Constituição nos seguintes termos: 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre: 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as 
microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes 
especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das 
contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a 
que se refere o art. 239. 
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também 
poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e 
contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
observado que: 
I - será opcional para o contribuinte; 
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas 
por Estado; 
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da 
parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será 
imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
23 
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser 
compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de 
contribuintes. 
129. A Os tributos citados na alínea d) são: ICMS, contribuição previdenciária 
do empregador e contribuição para o PIS/PASEP. 
130. X Ocorre que, apesar da menção explícita a esses tributos em relação ao 
“tratamento diferenciado e favorecido”, no parágrafo único foi falado da 
instituição de um regime único de arrecadação para impostose contribuições 
das três esferas de governo, ou seja, para quase todos os tributos possíveis 
(não seria tarefa fácil inserir taxas no Simples, convenhamos). 
131. Assim sendo, por meio da criação da LC 123/2006, foi instituído o regime 
único de arrecadação. É de arrecadação, não de tributação! Ou seja, não é a 
existência de um tributo único, mas sim da arrecadação única de vários 
tributos. 
132. Beleza até aqui? 
133. Agora, uma informação histórica, que acredito que não caia mais em 
concursos, mas, vai que... 
134. Antes da Lei Complementar 126/06, existia o Simples Federal e vários 
Simples Estaduais. Com a edição dessa lei, todos eles deixaram de vigorar, 
havendo atualmente apenas o Simples Nacional. Isso ocorreu por expressa 
menção no artigo 94 dos ADCT: 
Art. 94. Os regimes especiais de tributação para microempresas e 
empresas de pequeno porte próprios da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios cessarão a partir da entrada em vigor do regime 
previsto no art. 146, III, d, da Constituição. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
24 
135. Isso ocorreu porque cada Estado e Município, além da União, estava 
criando seu próprio Simples, com regras próprias, e o que devia facilitar 
estava dificultando as pequenas empresas. 
136. Diante dessa confusão, em 2003 editaram a emenda à constituição que 
inseriu o artigo 146 III d) no corpo do texto e o artigo 94 nos ADCT. Em 
2006, veio a lei complementar unificadora. 
137. A matéria é bastante complexa para contadores e empresários – se vocês 
pegarem a letra da lei para ler, certamente terão dificuldade. Do ponto de 
vista dos concursos, por outro lado, é muito pouco cobrada e, quando 
cobram, pedem aquilo que é mais Simples! Desculpem o trocadilho, rs. 
138. Falando sério, as questões sobre Simples costumam ser bastante 
conceituais e/ou literais. Antes de chegar na LC 123, eu focaria nos artigos 
da CF que transcrevi acima – só de sabê-los bem o candidato tem grandes 
chances de acertar a parte de Simples na prova. 
139. Agora que você acabou de relê-los, vamos à LC. 
 
Definição de ME e EPP 
140. A primeira coisa a estudar é a definição de microempresa e empresa de 
pequeno porte. Antes de estuda-la, quero combinar uma coisa com vocês. 
Para eu não ter que ficar toda hora escrevendo “microempresa e empresa de 
pequeno porte”, irei usar a expressão “pequena empresa”. Sempre que eu 
falar em pequena empresa, estarei falando de ambas, ME e EPP. Será um 
gênero com duas espécies. Se a lei em algum momento diferenciar ME de 
EPP, irei deixar isso claro para vocês, não se preocupem. 
141. A lei optou por usar um critério único e objetivo para a definição de 
pequena empresa: a receita bruta. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
25 
Art. 3º § 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput 
deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas operações de 
conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas 
operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os 
descontos incondicionais concedidos. 
142. Esse é o tipo do artigo que cai literalmente nas provas, então é bom 
decorá-lo. 
143. Conta própria e conta alheia: não interessa em nome de quem se faz a 
operação, se da própria empresa ou de outrem. Não precisam tentar se 
aprofundar nisso não, basta saber que são tanto operações em conta própria 
como em conta de terceiros. 
144. Vendas canceladas: se houve real cancelamento da venda, com 
devolução do valor inicialmente pago, não entra na conta. 
145. Descontos incondicionais concedidos: são os descontos concedidos a 
todos os clientes independente de condição. Não precisa ser cliente 
fidelidade premium, nem comprar acima da quantidade X, nem levar junto o 
produto Y – se o desconto é irrestrito, vale como receita bruta apenas o 
valor efetivamente recebido. 
146. Um exemplo, para clarear. Uma empresa tem uma promoção de um por 
R$10, cinco por R$ 48. Aqui temos um desconto condicional: na compra de 
cinco unidades, ganham-se R$ 2 de desconto. O valor da “receita bruta” 
dessa venda será R$50, em vez de R$48. 
147. Por outro lado, uma outra empresa, de roupas, precisa acabar com o 
estoque das roupas de verão para lançar a coleção de outono. Ela chega e 
coloca todos os produtos da coleção antiga com 30% de desconto. Aqui sim 
temos um desconto incondicional, pois qualquer pessoa que compre 
qualquer um daqueles produtos terá o desconto, independente de 
quantidade. A receita bruta será igual a 70% do valor original. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
26 
148. Esse tipo de desconto incondicional é praticamente um novo preço. 
Contabilmente, porém, é importante a empresa registrar quanto era o preço 
original e quanto foi o desconto, para apurar seu lucro corretamente e ter 
informações sobre quanto de desconto pode dar sem tomar prejuízo. Enfim, 
coisa pra quem mexe com isso, não se preocupem. Só quis falar um pouco 
mais do tema porque na primeira vez que vi esse desconto incondicional 
fiquei confuso – imagino que isso possa ter ocorrido com algum de vocês. 
149. Bom, sabendo o que é receita bruta, vamos à definição: 
150. Microempresa: receita bruta anual de até R$ 360 mil. 
151. Empresa de Pequeno Porte: receita bruta anual de R$ 360.000,01 até R$ 
3,6 milhões (três milhões e seiscentos mil). 
152. Se as atividades da empresa se iniciarem no meio do próprio ano-
calendário (de janeiro a dezembro), os valores serão proporcionais ao 
número de meses (inclusive as frações de meses) em que a ME ou EPP 
houver exercido a atividade (LC 123 art. 3º § 2º). 
153. O ponto mais relevante aqui, creio eu, se refere ao desenquadramento da 
pequena empresa. São dois cenários possíveis, cada um com duas hipóteses. 
 Primeiro ano-calendário de vida da empresa – extrapolou acima de 20% 
do limite: excluída do Simples retroativamente desde o início de suas 
atividades. 
 Primeiro ano-calendário de vida da empresa – extrapolou abaixo de 20% 
do limite: excluída do Simples a partir do mês subsequente, sem efeitos 
retroativos. 
 A partir do segundo ano-calendário de vida – extrapolou acima de 20% 
do limite: excluída do Simples a partir do mês subsequente. 
 A partir do segundo ano-calendário de vida – extrapolou abaixo de 20% 
do limite: excluída do Simples a partir do próximo ano-calendário. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
27 
154. Lembrando que ano-calendário é o ano civil. Uma empresa criada em 
setembro, portanto, terá seu primeiro ano-calendário de vida de setembro a 
dezembro, e a partir de janeiro entrará em seu segundo ano-calendário. 
155. Outra informação: para as EPP, são dois limites: R$3,6milhões para 
vendas internas e mais R$3,6 milhões para exportações. 
156. Além dos limites, existem também restrições ao tipo de empresa que 
pode ser considerada pequena: 
 Sociedade empresária 
 Sociedade simples 
 Empresa individual de responsabilidade limitada 
 Empresário 
157. Esses são os termos da LC123. Dúvidas, favor tirar com o professor de 
direito societário, rs. 
 
Vedações à opção pelo Simples 
158. Antes de falar das vedações, é importante explicar que a LC 123 trata de 
dois temas: tratamento jurídico diferenciado é um deles, regime único 
de arrecadação é outro. O regime único é um dos elementos do tratamento 
jurídico diferenciado. Vejam: 
Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao 
tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e 
empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere: 
I - à apuração e recolhimentodos impostos e contribuições da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de 
arrecadação, inclusive obrigações acessórias; 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
28 
II - ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive 
obrigações acessórias; 
III - ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas 
aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao 
associativismo e às regras de inclusão. 
IV - ao cadastro nacional único de contribuintes a que se refere o inciso IV 
do parágrafo único do art. 146, in fine, da Constituição Federal. 
159. Existem empresas que não podem se submeter a ao tratamento jurídico 
diferenciado. Outras, podem se submeter a tal tratamento, mas não ao 
regime único de arrecadação (elas gozam apenas dos benefícios listados nos 
incisos II ao IV). Vamos chamar o primeiro caso de vedação plena. O 
segundo, de vedação parcial. Quem sofre a vedação plena? A pessoa 
jurídica: 
 
 de cujo capital participe outra pessoa jurídica; 
 que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica 
com sede no exterior; 
 de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou 
seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos 
termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o 
limite; 
 cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de 
outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita 
bruta global ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00; 
 cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica 
com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite; 
 constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
29 
 que participe do capital de outra pessoa jurídica; 
 que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de 
desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e 
investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de 
títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, 
de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; 
 resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de 
desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) 
anos-calendário anteriores; 
 constituída sob a forma de sociedade por ações. 
 cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do 
serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade. 
160. E a vedação parcial? A pessoa jurídica: 
 que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de 
assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de 
contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), 
compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de 
prestação de serviços (factoring); 
 que tenha sócio domiciliado no exterior; 
 de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, 
federal, estadual ou municipal; 
 que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis. 
 que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com 
as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não 
esteja suspensa; 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
30 
 que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de 
passageiros, exceto quando na modalidade fluvial ou quando possuir 
características de transporte urbano ou metropolitano ou realizar-se sob 
fretamento contínuo em área metropolitana para o transporte de estudantes ou 
trabalhadores; 
 que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia 
elétrica; 
 que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e 
motocicletas; 
 que exerça atividade de importação de combustíveis; 
 que exerça atividade de produção ou venda no atacado de: cigarros, 
cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, 
explosivos e detonantes, bebidas alcoólicas e refrigerantes, inclusive cervejas 
sem álcool; 
 que realize cessão ou locação de mão-de-obra; 
 que realize atividade de consultoria; 
161. Existem mais casos na Lei, porém, trouxe aqui os que parecem ser os 
principais. Não tem muito o que explicar, é decoreba mesmo. Felizmente, 
não tem caído muito. 
 
Exclusão do Simples 
162. A empresa pode ser excluída do Simples por opção ou obrigatoriamente. 
As exclusões obrigatórias, além dos casos de extrapolação dos limites de 
receita bruta que vimos, ocorrem nos seguintes casos: 
 for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não 
justificada de exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas, 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
31 
bem como pelo não fornecimento de informações sobre bens, movimentação 
financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas 
demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força pública; 
 for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de 
acesso ao estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde 
desenvolvam suas atividades ou se encontrem bens de sua propriedade; 
 a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas; 
 tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto nesta Lei 
Complementar; 
 comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho; 
 houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação 
da movimentação financeira, inclusive bancária; 
 for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas 
supera em 20% o valor de ingressos de recursos no mesmo período, 
excluído o ano de início de atividade; 
 for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de 
mercadorias para comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses 
justificadas de aumento de estoque, for superior a 80% dos ingressos de 
recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade; 
 houver descumprimento reiterado da obrigação contida no inciso I do caput 
do art. 26 (emitir nota fiscal); 
 omitir de forma reiterada da folha de pagamento da empresa ou de 
documento de informações previsto pela legislação previdenciária, 
trabalhista ou tributária, segurado empregado, trabalhador avulso ou 
contribuinte individual que lhe preste serviço. 
 
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32 
163. A transcrição dessas hipóteses é importante não só para as estudarmos 
propriamente, mas também para ficar bem claro que as pequenas empresas 
possuem uma série de obrigações acessórias, ou seja, apenas do regime 
único ser Simples, não é totalmente isento de “burocracia”. 
 
Regime Único de Tributação 
164. A opção por esse regime permite que as pequenas empresas se utilizem 
de um documento único de arrecadação denominado Documento de 
Arrecadação do Simples Nacional – DAS. 
165. Infelizmente, para os empresários, não são todos os tributos que estão 
incluídos no Simples. E, para os concurseiros, isso é até pior, pois a lei tem 
boa lista de tributos, e ela costuma ser cobrada. 
 IRPJ; 
 IPI 
 CSLL; 
 COFINS 
 PIS/Pasep 
 Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a Seguridade Social 
 ICMS; 
 ISS 
166. A lei traz uma série de regrinhas e exceções cujo custo/benefício do 
estudo eu acho que não compensa,fora. As questões que vi sobre o tema 
apenas cobravam a lista mesmo. 
167. A exceção que quero trazer para vocês é a seguinte: nas importações e 
no regime de substituição temporária não se aplica a arrecadação única. Isso 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
33 
está espalhado ao longo do artigo 13, mas guardando assim acho que está 
de bom tamanho. 
168. Quanto aos créditos tributário decorrentes do princípio da não 
cumulatividade de certos impostos, a regra é: empresas do Simples não 
ganham nem concedem tais créditos. 
169. Porém... se uma empresa não optante do Simples adquire mercadorias de 
empresa do Simples, a adquirente pode registrar crédito correspondente ao 
valor incidente de ICMS sobre a aquisição. 
170. Vejam a lógica: se as empresas do Simples não pudessem gerar esses 
créditos para as grandes empresas, as grandes empresas prefeririam 
comprar seus insumos de outras grandes empresas, para fazer jus aos 
créditos. 
171. Reparem: essa exceção é apenas para o ICMS. O IPI segue a regra geral 
de não gerar crédito. 
172. Mais uma vez, temos algumas regrinhas e exceções aqui, que não vale 
trazer. Estão no artigo 23. 
 
Obrigações acessórias 
173. A primeira obrigação acessória está no artigo 25 da lei: apresentar 
anualmente à Secretaria da Receita Federal do Brasil declaração única e 
simplificada de informações socioeconômicas e fiscais. 
174. Essa declaração serve como confissão de dívida. Ou seja, se a pequena 
empresa faz a declaração dizendo que deve R$ 30.000 de tributos, mas não 
os recolhe via DAS, o crédito já está constituído. É como no lançamento por 
homologação tradicional: a confissão de dívida pelo contribuinte supre a 
necessidade de qualquer medida administrativa por parte do Fisco, pelo 
menos em relação ao valor declarado. Se o Fisco acha que está havendo 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
34 
sonegação, pode lançar de ofício valores acima daqueles reconhecidos pelo 
contribuinte, mas aí temos um novo lançamento. 
175. Além disso, as pequenas empresas devem emitir nota fiscal de todas as 
suas operações, manter livro-caixa em que escriturará toda sua 
movimentação financeira e bancária, bem como guardar todos os 
documentos relativos aos tributos apurados, durante seu prazo decadencial e 
prescricional. 
176. As empresas optantes pelo Simples poderão, opcionalmente, adotar 
contabilidade simplificada para os registros e controles das operações 
realizadas, conforme regulamentação do Comitê Gestor. Comitê Gestor? Já 
veremos isso. 
177. As pequenas empresas ficam sujeitas a outras obrigações acessórias a ser 
estabelecidas pelo Comitê Gestor, com características nacionalmente 
uniformes, vedado o estabelecimento de regras unilaterais pelas unidades 
políticas partícipes do sistema. 
 
Responsabilidade dos sócios 
178. Aqui temos um tema que, apesar de não ser comum de cair em prova, 
tem cara de prova, jeito de prova... me surpreende as bancas o deixarem de 
lado. A responsabilidade tributária é algo que estudamos a partir das regras 
do CTN. 
179. Temos a responsabilidade de terceiros, responsabilidade por infrações... 
No caso das empresas do Simples, as regras são diferentes. 
180. O sócio de uma pequena empresa pode solicitar a baixa nos registros dos 
órgãos públicos federais como estaduais e municipais, a qualquer tempo, 
mesmo que não tenha pago os débitos tributários. Ocorre que: A solicitação 
de baixa do empresário ou da pessoa jurídica importa responsabilidade 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
35 
solidária dos empresários, dos titulares, dos sócios e dos administradores no 
período da ocorrência dos respectivos fatos geradores. 
181. Em síntese: a empresa pode ser baixada sem quitação dos tributos. 
Porém, se isso ocorrer, os sócios e administradores respondem 
solidariamente pelos tributos devidos à época em que eram da empresa. 
182. Reparem que, diferentemente da regra geral, essa responsabilidade não 
demanda que os sócios tenham agido em infração a lei ou excesso de 
poderes – é automática. Basta que a pessoa tenha sido sócia ou 
administradora no dia do fago gerador do tributo. 
 
Execução fiscal 
183. Informação pontual: apesar de o Simples tratar de tributos federais, 
estaduais e municipais, convencionou-se que o processo de execução fiscal a 
ser lavrado para cobrança das empresas optantes pelo Simples será da 
União, representada pela Procuradoria da Fazenda Nacional. 
184. Cabe a estados e municípios dar suporte à PGFN, nos termos 
determinados pelo Comitê Gestor. E o que é esse Comitê, afinal? 
 
Gestão do Simples 
185. A LC 123 criou três tipos de gestores do Simples Nacional: 
• Comitê Gestor do Simples Nacional – CGSN; 
• Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte; 
• Comitê para Gestão da Rede Nacional para Simplificação do Registro e da 
Legalização de Empresas e Negócios. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
36 
186. O CGSN fica vinculado ao Ministério da Fazenda, tendo por competência 
regulamentar a opção, exclusão, tributação, fiscalização, arrecadação, 
cobrança, dívida ativa e outros itens relativos ao regime de tributação do 
Simples Nacional. 
187. O Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte 
tem por finalidade orientar e assessorar a formulação e coordenação da 
política nacional de desenvolvimento das microempresas e empresas de 
pequeno porte, bem como acompanhar e avaliar a sua implantação. 
188. Compete ao Comitê para Gestão da Rede Nacional para Simplificação do 
Registro e da Legalização de Empresas e Negócios regulamentar a inscrição, 
cadastro, abertura, alvará, arquivamento, licenças, permissão, autorização, 
registros e demais itens relativos à abertura, legalização e funcionamento de 
empresários e de pessoas jurídicas de qualquer porte, atividade econômica 
ou composição societária. 
189. Para fechar: o Simples conta com um programinha que calcula os valores 
devidos pelas empresas, chamado Programa Gerador do Documento de 
Arrecadação do Simples Nacional - Declaratório (PGDAS-D). Tipo o programa 
da declaração de ajuste anual do IR que todos nós usamos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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37 
 
b. Mapas mentais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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c. Revisão 1 
 
QUESTÃO 01 – CONSULPLAN – TJ MG – 2016 
Em análise de aspectos dos fatos geradores e contribuintes de impostos, NÃO é 
correto afirmar: 
a) O imposto sobre a propriedade territorial rural tem como fato gerador a 
propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido 
na lei civil, localizado fora da zona urbana do Município. 
b) O fato gerador do imposto de exportação é a saída, do território nacional, do 
produto nacional ou nacionalizado, ainda que não esteja indicado em lista 
aprovada pelo Poder Executivo. 
c) O contribuinte do imposto de exportação é o exportador ou quem a lei a ele 
equiparar. 
d) O imposto sobre a propriedade territorial rural tem como contribuinte o 
proprietário do imóvel a ser tributado, o titular de seudomínio, ou o seu 
possuidor a qualquer título. 
 
QUESTÃO 02 – ESAF – AFRFB – 2003 
Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F 
as falsas; em seguida, marque a opção correta. 
( ) A base de cálculo do imposto sobre a importação de produtos estrangeiros, 
quando a alíquota seja específica, é o preço normal que o produto, ou seu 
similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de 
livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no 
País. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
43 
( ) É facultado ao Poder Executivo, nas condições e nos limites estabelecidos 
em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto sobre a 
importação de produtos estrangeiros. 
( ) A posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizado fora da 
zona urbana do Município, não constitui fato gerador do imposto sobre 
propriedade territorial rural. 
a) F, V, F 
b) F, F, V 
c) F, F, F 
d) V, F, V 
e) V, V, F 
 
QUESTÃO 03 – CEPERJ – APO RJ – 2012 
Não pode ser considerado imposto federal no Brasil: 
a) imposto de importação 
b) imposto de exportação 
c) imposto de renda 
d) imposto sobre produtos industrializados 
e) imposto sobre circulação de mercadorias e serviços 
 
QUESTÃO 04 – CESPE – JF TRF5 – 2011 
Com relação aos impostos federais, assinale a opção correta. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
44 
a) A imunidade tributária conferida aos partidos políticos, às entidades sindicais 
dos trabalhadores e às instituições de educação e de assistência social, sem fins 
lucrativos, não abrange o imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, 
ou as relativas a títulos ou valores mobiliários. 
b) A base de cálculo do imposto sobre a exportação corresponde, quando a 
alíquota for específica, ao preço normal que o produto ou seu similar alcançaria, 
ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência. 
c) Considera-se contribuinte do imposto de renda o titular de disponibilidade 
econômica ou jurídica, podendo a lei atribuir essa condição ao possuidor, a 
qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis. 
d) O imposto sobre produtos industrializados, que pode ser seletivo, em razão 
da essencialidade do produto, deve ser não cumulativo e incidir sobre produtos 
industrializados destinados ao exterior. 
 
QUESTÃO 05 – FCC – PROC JUD RECIFE – 2003 
Considere as seguintes afirmações: 
I. O imposto sobre importação de produtos estrangeiros será seletivo, em 
função da essencialidade do produto. 
II. O imposto sobre produtos industrializados será não-cumulativo, 
compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado 
nas anteriores. 
III. O imposto sobre propriedade territorial rural terá suas alíquotas fixadas de 
modo a desestimular a manutenção de propriedades cuja exploração, ainda que 
produtiva, implique devastação da natureza. 
IV. O imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza será informado 
pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
45 
Quanto aos princípios constitucionais aplicáveis aos impostos de competência 
da União, SOMENTE está correto o que se afirma em 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
 
QUESTÃO 06 – FCC – SEFAZ MA – 2016 
A Constituição Federal atribui competência aos Estados para instituir o ITCD. De 
acordo com o texto constitucional, esse imposto terá 
a) competência para sua instituição regulada por lei complementar, se o 
donatário residir ou tiver domicílio em Estado diverso daquele em que estiver 
domiciliado o doador. 
b) competência para sua instituição regulada por lei complementar, se o doador 
tiver domicilio no exterior. 
c) suas alíquotas máximas fixadas por lei complementar. 
d) competência para sua instituição regulada por lei complementar, se o de 
cujus possuía bens imóveis em Estado federado diverso daquele que foi o do 
seu último domicílio. 
e) suas alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal. 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
46 
QUESTÃO 07 – FCC – SEFAZ MA – 2016 
A Constituição Federal atribui competência ao Estado para instituir o ICMS. De 
acordo com o texto constitucional, esse imposto 
a) não incidirá sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, 
vedada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas 
operações e prestações anteriores. 
b) será não-cumulativo, exceto quando se tratar de mercadorias e serviços 
sujeitos ao regime de substituição tributária, com retenção antecipada do 
imposto. 
c) não incidirá sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, 
inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, energia 
elétrica e álcool carburante. 
d) não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do IPI, sempre que 
a mercadoria seja considerada essencial tanto pela legislação do IPI, como pela 
legislação do ICMS. 
e) incidirá sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem 
fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos 
Municípios. 
 
QUESTÃO 08 – FCC – SEFAZ MA – 2016 
A Constituição Federal determina que algumas matérias atinentes ao ICMS 
sejam disciplinadas por meio de resolução do Senado Federal. De acordo com 
as regras constitucionais, é facultado a essa Casa Legislativa, por meio de 
resolução, 
a) estabelecer as alíquotas mínimas do imposto nas operações internas. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
47 
b) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma 
única vez, qualquer que seja a sua finalidade. 
c) disciplinar o regime de compensação do imposto. 
d) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro 
Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias. 
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e 
outros produtos além daqueles já mencionados no texto constitucional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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48 
d. Revisão 2 
QUESTÃO 09 – FCC – SEFAZ SP – 2006 
Em relação ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), é 
correto afirmar que 
a) será seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e relevância dos 
serviços, de acordo com critérios estabelecidos pelo Poder Executivo, através de 
decreto ou portaria. 
b) cabe à resolução do Congresso Nacional regular a forma como, mediante 
deliberação dos Estados e Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios 
fiscais serão concedidos e revogados. 
c) não incidirá sobre operações com ouro comercializado no território nacional, 
em barra ou em jóias, e nas prestações de serviços de comunicação de 
qualquer natureza. 
d) a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação, 
não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações 
ou prestações seguintes e acarretará a anulação do crédito relativo às 
operações anteriores. 
e) incidirá sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive 
lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica. 
 
QUESTÃO 10 – FCC – SEFAZ SP – 2009 
Uma empresa de produtos de luxo sediada em São Paulo adquire mercadoria de 
importadora situada no Estado de Santa Catarina. Considerando 
hipoteticamente que a alíquota do ICMS no Estado de Santa Catarina para este 
tipo de mercadoria é de 25% e que no Estado de São Paulo éde 18%, a 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
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empresa sediada em São Paulo se credita de ICMS incidente sobre este tipo de 
operação amparada especificamente no princípio constitucional da 
a) seletividade, em razão da essencialidade do produto. 
b) legalidade, porque deve haver previsão expressa em lei autorizando este 
mecanismo contábil de crédito-débito. 
c) isonomia, que assegura mesmo tratamento tributário para contribuintes que 
estejam numa mesma situação, independentemente do lugar da ocorrência do 
fato gerador. 
d) vedação ao confisco, impedindo a bitributação sobre uma mercadoria. 
e) não-cumulatividade, na qual é assegurada a dedução correspondente aos 
montantes cobrados nas operações anteriores. 
 
QUESTÃO 11 – COM EXAM TJ RS – JUIZ ESTADUAL – 2009 
À luz das disposições em vigor da Constituição Federal, com relação ao imposto 
sobre a propriedade predial e territorial urbana, é correto afirmar que 
a) só é admitida sua progressividade fiscal. 
b) só é admitida sua progressividade extrafiscal. 
c) são admitidas tanto a sua progressividade fiscal quanto a extrafiscal. 
d) é admitida sua progressividade, não se lhe aplicando, em consequência, a 
proibição de utilizar tributo com efeito de confisco. 
e) não pode ser progressivo, por se tratar de imposto real. 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
50 
QUESTÃO 12 – FGV – PROC NITERÓI – 2014 
Lei Complementar federal introduz, em relação ao Imposto sobre Serviços de 
Qualquer Natureza (ISS), as seguintes alterações, prevendo que deverão ser 
observadas pelos Municípios, necessariamente: 
 I. fixa a alíquota mínima do tributo; 
 II. exclui da incidência do tributo a exportação de serviços para o exterior; e 
 III. fixa a data de recolhimento do tributo. 
 Assinale: 
a) se somente a inovação I for válida. 
b) se somente a inovação II for válida. 
c) se somente a inovação III for válida. 
d) se somente as inovações I e II forem válidas. 
e) se somente as inovações I e III forem válidas. 
 
QUESTÃO 13 – CESGRANRIO – TRANSPETRO – 2012 
Por prestação de serviços pode-se entender a transferência onerosa de um bem 
imaterial, estando tal transferência sujeita à incidência do imposto sobre 
serviços de qualquer natureza – ISS. 
Com relação ao assunto, são contribuintes do ISS os prestadores de serviços, 
somente, pessoas 
a) físicas 
b) jurídicas 
c) jurídicas exclusivamente com fins lucrativos 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
51 
d) físicas e pessoas jurídicas com estabelecimentos fixos 
e) físicas e pessoas jurídicas com ou sem estabelecimento fixo 
 
QUESTÃO 14 – ESAF – AFRFB – 2005 
Sobre o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), 
previsto no artigo 156, I, da Constituição Federal, de competência dos 
municípios, é incorreto afirmar que 
a) terá alíquotas progressivas em razão do valor do imóvel. 
b) poderá ter alíquotas diferentes de acordo com a localização do imóvel. 
c) poderá ter alíquotas diferentes de acordo com o uso do imóvel. 
d) poderá ter suas alíquotas progressivas no tempo, no caso de solo urbano não 
edificado, subutilizado ou não utilizado. 
e) terá como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel 
localizado em zona urbana. 
 
QUESTÃO 15 – ESAF – PGFN – 2006 
Acerca do Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana − IPTU é 
correto afirmar que: 
a) o posseiro não pode ser considerado contribuinte. 
b) suas alíquotas podem ser progressivas apenas em função do grau de 
utilização do imóvel. 
c) a base de cálculo é o valor real do imóvel. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
52 
d) o STF entendeu inconstitucional lei municipal que tenha estabelecido, antes 
da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas, salvo se destinadas 
a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana. 
e) lei municipal não pode, para efeito da cobrança do tributo, considerar 
urbanas áreas com urbanização ainda incompleta. 
 
QUESTÃO 16 – ESAF – PGFN - 2012 
A Constituição Federal permitiu o tratamento tributário diferenciado e 
favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte. 
Assim, editou-se a Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006. De 
acordo com esta lei, analise o item a seguir: 
No caso de início de atividade no próprio anocalendário, o limite (valor máximo 
no caso de microempresa; valores mínimo e máximo no caso de empresa de 
pequeno porte) será proporcional ao número de meses em que a microempresa 
ou a empresa de pequeno porte houver exercido atividade, inclusive as frações 
de meses. 
 
QUESTÃO 17 – ESAF – PFN – 2012 
A Constituição Federal permitiu o tratamento tributário diferenciado e 
favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte. 
Assim, editou-se a Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006. De 
acordo com esta lei, analise o item a seguir: 
O enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte, bem 
como o seu desenquadramento, não implicarão alteração, denúncia ou qualquer 
restrição em relação a contratos por elas anteriormente firmados. 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
53 
e. Revisão 3 
QUESTÃO 18 – ESAF – AFRFB – 2003 
Em relação ao Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições 
das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES), instituído pela 
Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, marque a resposta correta. 
a) As atividades de arrecadação, cobrança e tributação das contribuições pagas 
de conformidade com o SIMPLES competem ao Instituto Nacional do Seguro 
Social (INSS), quanto às contribuições para a seguridade social por ele 
administradas. 
b) A inscrição de pessoa jurídica no SIMPLES implica pagamento mensal 
unificado dos seguintes impostos e contribuições, entre outros: Imposto de 
Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 
(CSLL), Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS), 
Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). 
c) Aplicam-se aos impostos e contribuições devidos pela microempresa e pela 
empresa de pequeno porte, inscritas no SIMPLES, as normas relativas aos juros 
e às multas de mora e de ofício previstas para o imposto sobre produtos 
industrializados. 
d) As pessoas jurídicas, enquadradas na condição de microempresa ou de 
empresa de pequeno porte, que se dediquem exclusivamente às atividades de 
centros de formação de condutores de veículos automotores de transporte 
terrestre de passageiros e de carga, agências lotéricas e agências terceirizadas 
de correios têm permissão legal para optar pela inscrição no SIMPLES. 
e) Em regra, é vedada a inclusão, no SIMPLES, do Imposto sobre Operações 
Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Serviços de Transporte 
Interestadual e Intermunicipal (ICMS) e do Imposto sobre Serviços de Qualquer 
Natureza (ISS), devidos por microempresa e empresa de pequeno porte. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
54 
QUESTÃO 19 – ESAF – PREF RJ – 2010 
A Constituição Federal prevê o tratamento diferenciado e favorecido para micro-
empresas e para as empresas de pequeno porte, abrangendo determinados 
tributos federais, e podendo ainda se estender a impostos e contribuições da 
União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. 
Este regime, consoante a Constituição, obedecerá às seguintes regras, exceto: 
a) será opcional para o contribuinte. 
b) não poderá ter condições de enquadramento diferenciadas por estado. 
c) terá seu recolhimento unificado e centralizado. 
d) a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos

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