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direito tributario para fgv volume 6

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Rodada #6 
Direito Tributário 
 
Professor Ricardo Wermelinger 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assuntos da Rodada 
Conceito e Classificação dos Tributos. Competência Tributária. Limitações 
Constitucionais ao Poder de Tributar. Princípios Constitucionais Tributários. 
Imunidades. Obrigação Tributária Principal e Acessória. Fato Gerador da 
Obrigação Tributária. Sujeição Ativa e Passiva. Solidariedade. Capacidade 
Tributária. Domicílio Tributário. Responsabilidade Tributária. Conceito. 
Responsabilidade dos Sucessores. Responsabilidade de Terceiros. 
Responsabilidade por Infrações. Crédito Tributário. Conceito. Constituição 
do Crédito Tributário. Lançamento. Modalidades de Lançamento. 
Hipóteses de alteração do lançamento. Suspensão da Exigibilidade do 
Crédito Tributário. Modalidades. Extinção do Crédito Tributário. 
Modalidades. Pagamento Indevido. Exclusão do Crédito Tributário. 
Modalidades. Garantias e Privilégios do Crédito Tributário. Tributos de 
Competência da União. Tributos de Competência dos Estados. Tributos de 
Competência dos Municípios. Simples Nacional. Administração Tributária. 
Fiscalização. Dívida Ativa. Certidões Negativas. Legislação Tributária. 
Constituição. Emendas à Constituição. Leis Complementares. Leis Ordinárias. 
Leis Delegadas.Medidas Provisórias. Tratados Internacionais. Decretos. 
Resoluções. Decretos Legislativos Convênios Normas Complementares. Código 
Tributário Nacional – CTN. Vigência da Legislação Tributária. Aplicação da 
Legislação Tributária. Interpretação e Integração da Legislação Tributária. 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
2 
 
 
 
Recados importantes! 
 A reprodução indevida, não autorizada, deste material ou de qualquer 
parte dele sujeitará o infrator a multa de até 3 mil vezes o valor do curso, 
à apreensão das cópias ilegais, à responsabilidade reparatória civil e 
persecução criminal, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 
9.610/98. 
 Você poderá fazer mais questões destes assuntos no teste semanal, 
liberado ao final da rodada. 
 Tente cumprir as metas na ordem que determinamos. É fundamental para 
o perfeito aproveitamento do treinamento. 
 Qualquer problema com a meta, envie uma mensagem para o WhatsApp 
oficial da Turma Elite (35) 9106 5456. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
3 
a. Teoria em Tópicos 
1 CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
1. Nós já vimos o surgimento da obrigação tributária com o fato gerador. Essa 
obrigação, entretanto, ainda é vaga, etérea. Quando eu assino um contrato 
de compra e venda de um imóvel, por exemplo, nesse instante ocorre o fato 
gerador do imposto de transmissão, porém, quanto é esse imposto? Qual o 
prazo para pagar? 
2. Essa é a diferença entre obrigação e crédito. Obrigação é etérea, algo como 
“Renato deve pagar o imposto de transmissão pelo imóvel que comprou de 
Marcelo”. Crédito é algo assim: “Renato deve R$ 857,48 para o fisco 
municipal a título de ITBI (imposto de transmissão de bens imóveis 
intervivos) devendo ser pago até o dia 29/12/17, referente à compra do 
imóvel X, junto a Marcelo, que ocorreu pelo valor Y”. 
3. Bom, essa obrigação, etérea, surge com o fato gerador. E o crédito, surge 
como? Como essa obrigação vira crédito? 
4. Existe um procedimento administrativo muuuuuuito famoso no direito 
tributário, chamado LANÇAMENTO. Agora aquela frase para decorar: 
5. O lançamento declara a existência da obrigação e constitui o crédito 
tributário. 
6. Em outras palavras, quando o Fisco pega pra apurar um fato, ele identifica 
“olha, isso que ocorreu aqui foi fato gerador de um tributo, temos que 
cobrar”. Daí o “declarar a existência da obrigação”. Apenas se reconhece que 
a obrigação já existe. 
7. O crédito, por outro lado, nasce no lançamento, somente a partir daí ele 
ganha liquidez e certeza. Liquidez = saber o valor exato. Certeza = saber 
que efetivamente é devido. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
4 
8. Existem dois dispositivos no CTN sobre crédito tributário para estudarmos 
agora: 
CTN 140 As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua 
extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele 
atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação 
tributária que lhe deu origem. 
CTN 141 O crédito tributário regularmente constituído somente se 
modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou 
excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem 
ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma 
da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias. 
9. Em relação ao 140, a ideia é a seguinte: ocorreu um fato gerador, a 
obrigação surgiu, mas na hora de fazer o lançamento, ocorreu um erro do 
Fisco. Esse lançamento foi irregular, e o crédito tributário que surgiu com ele 
deve ser anulado. Com o que está nesse 140, o Fisco pode fazer um novo 
lançamento, sem o erro original, para constituir novo crédito tributário a 
partir da mesma obrigação. 
10. Já o 141 é mole: tudo sobre crédito tributário deve estar previsto em lei. 
Uma vez que se constitua um crédito, “a parada é séria”. Pra deixar de 
cobrar, parcelar, perdoar uma parte, dar mais prazo, ou seja lá o que for, 
apenas com previsão no próprio CTN. Senão responde o funcionário do Fisco 
que autorizou. 
11. Pra decorar: O crédito tributário regularmente constituído somente 
se modifica ou extingue nos casos previstos no CTN. 
12. Agora vamos estudar o lançamento? Pra quem lembra da definição de 
tributo, a “atividade administrativa plenamente vinculada” de cobrança dos 
tributos começa com o lançamento: 
CTN 142 Compete privativamente à autoridade administrativa 
constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o 
procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do 
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
5 
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o 
sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade 
cabível. (grifos do professor) 
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é 
vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. 
13. Compete privativamente, nas provas costuma cair com outros termos 
aqui para confundir (exclusivamente, por exemplo). 
14. Propor a aplicação da penalidade: caso o contribuinte tenha deixado de 
cumprir alguma obrigação até o momento, no lançamento já se cobra a 
multa logo. 
15. Exemplo: o Fisco identifica que eu recebi um dinheiro em ações judiciais, 
mas não declarei no imposto de renda quando tinha que fazê-lo. O fisco irá 
lançar o imposto de renda devido e a penalidade por eu não ter declarado 
essa renda. E aí entra uma frase super importante para nosso concurso: 
16. A obrigação acessória converte-se em obrigação principal pelo seu 
mero descumprimento. 
17. Essa frase não é linda tecnicamente não, mas está assim no CTN, e cai 
assim. O que quer dizer de verdade? Apenas que, caso alguém descumpra 
uma obrigação de fazer, terá uma obrigação de pagar (multa). Na verdade, 
não existiria uma conversão, mas uma consequência. É igual dizer que 
passar num sinal vermelho converte-se em multa. Esquisito, né? Enfim, vale 
como está no código, porque as bancas cobram literalmente. 
18. Bom, prosseguindo: 
CTN 144 O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato 
gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que 
posteriormente modificada ou revogada. 
19. Lembram do princípio da irretroatividade das normas? Olha ele se 
manifestando aqui.O momento em que nasce o tributo é no seu fato 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
6 
gerador, ainda que o Fisco demore para apurar e cobrar. Logo, para cada 
tributo a ser cobrado, é preciso levar em conta a lei da época do fato 
gerador. Afinal, as pessoas agem pensando nas leis que estão em vigor, se 
depois que a pessoa agir (realizar um ato tributável) vier uma lei nova e 
disser que aquele ato pagará o dobro do tributo, é o maior vacilo. 
20. A única coisa que vale é o seguinte: caso a alteração legal tenha sido 
apenas para aumentar os poderes de fiscalização e cobrança do Fisco, lhe 
dar mais instrumentos e tal, sem alterar o tributo em si, pode-se aplicar a lei 
nova para lançamento de tributos cujos fatos geradores foram lá atrás, 
menos para indicar um novo responsável tributário. 
21. Imagina uma lei: a partir de agora o Fisco pode invadir as lojas a 
qualquer momento e contar o dinheiro no caixa, para ver se está batendo 
com o balanço. E, se o contribuinte não pagar seu tributo, o Fisco pode 
cobrar da mãe dele. 
22. Fora o absurdo e inconstitucionalidade de uma lei assim, a invasão das 
lojas poderia ocorrer em relação a fatos geradores antigos (afinal, é uma 
ampliação dos poderes de fiscalização), porém, a cobrança da mãe não, pois 
aí temos um novo responsável. 
23. Pelo mesmo raciocínio, se o valor do tributo estiver em moeda estrangeira 
(uma operação de importação, por exemplo), na hora de lançar devemos 
usar a cotação do dia do fato gerador. Imagina o sujeito importar uma 
máquina com câmbio a R$ 2,70 e, anos depois, no dia do lançamento, o 
dólar já está R$4,50. Imagina o impacto no tributo. 
24. Não sei por que, mas cai muito esse lance do câmbio. 
25. Agora outro ponto que cai muito: 
CTN 145 O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo 
só pode ser alterado em virtude de: 
I - impugnação do sujeito passivo; 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
7 
II - recurso de ofício; 
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos 
previstos no artigo 149. 
26. A impugnação é uma espécie de defesa administrativa. O sujeito passivo 
reclama do que está sendo cobrado, para minorar ou excluir a cobrança. Se 
a autoridade administrativa percebe que o contribuinte tem razão, modifica o 
lançamento, ou até o anula. 
27. Já o recurso de ofício é o outro nome de algo que é mais bem chamado de 
“reexame necessário”. Existem casos que, pela sua importância, quando o 
Fisco decide uma impugnação a favor do contribuinte, o próprio Fisco remete 
o processo para uma instância superior, para reanálise. Tipo: Na lei estaria 
mais ou menos assim: se da análise de uma impugnação resultar anulação 
de lançamento acima de R$ X, os autos serão remetidos à instância superior 
para reexame. 
28. Essa iniciativa de ofício é outra coisa. Ocorre quando a própria autoridade 
que fez o lançamento original percebe que tem um erro, e refaz. Diferente 
do recurso, em que é uma instância superior que revê o ato: 
I - quando a lei assim o determine; 
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no 
prazo e na forma da legislação tributária; 
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado 
declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo 
e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento 
formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou 
não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade; 
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a 
qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de 
declaração obrigatória; 
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa 
legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o 
artigo seguinte; 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
8 
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de 
terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de 
penalidade pecuniária; 
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em 
benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação; 
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não 
provado por ocasião do lançamento anterior; 
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu 
fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, 
pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial. 
29. Basicamente tudo se resume a: quando o Fisco não sabia/sabia errado 
alguma informação relativa ao tributo, seja por omissão, erro ou má 
intenção de quem deveria informar. 
30. Não acho que valha decorar esses casos, apenas entender a ideia. 
2 MODALIDADES DE LANÇAMENTO 
31. São três as modalidades de lançamento: 
32. Lançamento por Declaração. Nesse lançamento o contribuinte informa 
ao fisco os fatos tributáveis ocorridos, devendo o fisco, com base em tais 
fatos, lançar o tributo correspondente. 
33. Lançamento por Homologação. Nessa modalidade o contribuinte faz 
tudo sozinho: declara ao fisco os fatos tributáveis, calcula o tributo devido e 
paga. Cabe ao fisco, depois, verificar se está tudo certo. Também é chamado 
de autolançamento. 
34. Lançamento de ofício. É aquele feito 100% por iniciativa do fisco. 
Ocorre nos casos em que o fisco não depende de prestação de nenhuma 
informação por parte dos contribuintes, ou então quando as informações 
prestadas em alguma das modalidades acima não for precisa. Nessa segunda 
hipótese, o lançamento de ofício é complementar ao lançamento por 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
9 
declaração ou homologação. Também ocorre quando não é declarada 
informação alguma, e o fisco descobre. 
35. Nosso cérebro trabalha com base em comparações, por isso tracei as 
linhas gerais das três modalidades primeiro, para agora começar a esmiuçá-
las. 
36. Pra começar, o imposto de renda que declaramos todo ano é uma espécie 
de lançamento por.... homologação! Apesar de preenchermos uma 
declaração, nós mesmos calculamos quanto temos a pagar (ou receber) – 
ainda que seja o programa da Receita que faz isso, tecnicamente ele só está 
ajudando o contribuinte. Essa declaração fica esperando ser processada; 
esse processamento é a homologação. Caso o contribuinte preste informação 
errada ou estranha, não ocorre a homologação, sendo o contribuinte 
intimado a comprovar suas declarações (malha fina). Se o contribuinte não 
consegue comprová-las, ocorre o lançamento de ofício suplementar. 
37. Lançamento por declaração de verdade é aquele em que o contribuinte 
apenas declara ao fisco “realizei o ato X”, e fica esperando que o tributo lhe 
seja cobrado. No imposto de renda e demais casos de lançamento por 
homologação, o contribuinte já vai pagando o que calculou que deve, 
cabendo ao fisco, na hora em que conseguir, analisar o lançamento e ver se 
está tudo certo. 
38. O fisco possui 5 anos para homologar o lançamento – se não o fizer, 
considera-se homologado tacitamente. A lei específica de cada tributo pode 
estabelecer prazo diferente. 
39. Passados esses 5 anos, só pode haver revisão do lançamento se ficar 
comprovado dolo, fraude ou simulação. 
40. Existe uma posição jurisprudencial sobre o lançamento por homologação 
que é bastante cobrada em provas: 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
10 
41. Em tributos sujeitos a lançamento por homologação, caso o contribuinte 
declare a ocorrência do fato gerador, calcule o tributo a ser cobrado, mas 
não o pague no prazo legal, o fisco não precisa realizar nenhuma 
espécie de lançamento suplementar, nem emitir nenhuma notificação, 
nem nada - o tributo já está lançado, e já pode ser cobrado. 
42. Vamos ao artigodo lançamento por homologação: 
CTN 150 O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos 
tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de 
antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade 
administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, 
tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, 
expressamente a homologa. 
43. Já a declaração possui a seguinte redação legal: 
CTN 147 O lançamento é efetuado com base na declaração do 
sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da 
legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações 
sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. 
§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, 
quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante 
comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o 
lançamento. 
44. Esse parágrafo 1º costuma ser cobrado. O contribuinte só pode alterar 
sua declaração antes da notificação do lançamento (e só por erro), do 
mesmo jeito que o fisco só pode modificar o lançamento, caso tal notificação 
já tenha sido realizada, em casos específicos previstos no CTN. 
45. Ou seja, a notificação é o momento em que o lançamento se 
aperfeiçoa. É o momento em que o ato administrativo de lançamento se 
considera efetivamente realizado. O lançamento não ocorre quando o Fiscal 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
11 
assina o lançamento, mas sim quando esse documento assinado é entregue 
ao contribuinte. De regra, os atos administrativos que interferem 
diretamente em direitos dos administrados somente se consideram 
finalizados com a notificação destes. 
46. Bom, vimos o lançamento por homologação e por declaração. Uma parte 
um pouco confusa vem agora. 
47. O lançamento por declaração ou homologação, a rigor, é aquele realizado 
estritamente dentro do que foi informado pelo contribuinte. Ou seja: se o 
contribuinte informou que importou R$ 10 mil em mercadorias, o lançamento 
do tributo relativo à importação de mercadorias no total de R$ 10 mil é um 
lançamento por declaração ou homologação, conforme o caso. 
48. Porém, se o fisco descobrir que o contribuinte, na verdade, importou R$ 
12 mil reais em mercadorias, a diferença é lançada de ofício. O lançamento 
de tributos sobre R$ 10 mil é por declaração/homologação, o lançamento 
sobre os R$ 2 mil restantes é chamado de lançamento suplementar de ofício. 
49. As hipóteses desse lançamento suplementar foram previstas no artigo 
149 do CTN. infelizmente, é comum que sejam cobradas literalmente, então 
vamos transcrevê-las: 
I - quando a lei assim o determine; 
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no 
prazo e na forma da legislação tributária; 
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado 
declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no 
prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de 
esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se 
a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela 
autoridade; 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
12 
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a 
qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de 
declaração obrigatória; 
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa 
legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o 
artigo seguinte; 
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de 
terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de 
penalidade pecuniária; 
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em 
benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação; 
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não 
provado por ocasião do lançamento anterior; 
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu 
fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, 
pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial. 
50. Além disso, em relação aos valores de bens, direitos, serviços ou atos 
jurídicos, existe uma previsão específica de arbitramento, caso a declaração 
prestada “não mereça fé”: 
CTN 148 Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em 
consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos 
jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, 
arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não 
mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os 
documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro 
legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação 
contraditória, administrativa ou judicial. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
13 
51. Infelizmente, não tem muito a fazer para clarear essas hipóteses não, é 
ler, reler, e se acostumar com o texto legal mesmo. A maioria tem a ver com 
erro ou dolo do contribuinte, essa é uma regra geral que já ajuda. 
 
3 SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
52. Vamos começar agora as causas de suspensão do crédito tributário. Ou, 
sendo preciosista, suspensão da sua exigibilidade. Suspensão da 
exigibilidade é o seguinte: O crédito existe, porém, não pode ser cobrado. O 
fisco não pode tentar compelir o devedor a pagar. 
53. Moratória: A moratória é um “devo, não nego, pago quando puder” 
concedida pelo Estado aos contribuintes, em caráter geral ou individual. 
Deve ser concedida por lei, por um prazo determinado. É uma liberalidade do 
Estado, não gera direito adquirido para o contribuinte – pode ser revogada a 
qualquer momento, mediante edição de nova lei. Existem uma série de 
regrinhas sobre moratória no CTN, porém, nunca vejo isso caindo, então 
basta saber que a moratória, geral ou individual, suspende a exigibilidade do 
crédito tributário. 
54. Depósito do montante integral do tributo: Essa previsão está um 
pouco em desuso. Antigamente, para aceitar recursos contra o indeferimento 
de impugnações ao lançamento, o fisco podia exigir o depósito do valor 
integral. Desde 2009 existe uma súmula vinculante do STF proibindo tal 
exigência, ou seja, o contribuinte pode discutir o mérito da cobrança sem o 
depósito do tributo. 
55. Reclamações e Recursos, nos termos das leis reguladoras do 
processo tributário administrativo: Sempre achei curiosa essa previsão: 
se as reclamações e recursos são causas de suspensão, porque o depósito do 
montante integral foi previsto separadamente? Alguém deposita o valor do 
tributo por algum motivo, que não o discutir? Enfim, enquanto o tributo 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
14 
estiver sendo discutido administrativamente, não pode o fisco exigir seu 
pagamento. 
56. Concessão de medida liminar em mandado de segurança ou 
medida liminar e tutela antecipada em outras espécies de ação 
judicial: Não precisa nem haver essa previsão: se a justiça determinou a 
suspensão do crédito, quem é a administração fazendária para fazer 
diferente? 
57. Parcelamento: Claro, não é. Se o contribuinte negociou um 
parcelamento com o fisco e está pagando regularmente as parcelas, não 
pode a Fazenda exigir, de uma hora pra outra, o pagamento integral do 
montante devido. 
58. Essas causas de suspensão não afetam as obrigações acessórias, 
que ainda devem ser regularmente cumpridas. 
 
4 EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
59. Vistas as causas de suspensão, temos agora as causas de extinção. É 
uma lista grande. Cai na decoreba. Porém, dá pra traçar uma linha em 
comum a elas: 
Tudo que de uma forma ou de outra signifique pagamento 
Decisões judiciais ou administrativas 
Negociação e perdão (transação e remissão) 
60.Na verdade, na verdade, o importante mesmo é saber diferenciar 
suspensão, extinção e exclusão. E isso é mole, pois só existem duas 
modalidades de exclusão: 
Isenção (de tributos) 
Anistia (de penalidades) 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
15 
61. Então ficamos assim: Existem várias causas em que o crédito fica 
suspenso, mas não some. Um dia poderá ser cobrado de novo. Existem 
causas de exclusão, que são só duas, que vocês têm que decorar. Pra elas é 
como se o tributo nunca tivesse existido. E existe o resto, em que se 
reconhece que o tributo existiu, mas sumiu, seja porque foi pago, negociado, 
perdoado, prescrito ou o que for. 
62. Essas são as causas de extinção, com pequenos comentários meus entre 
parênteses, em itálico: 
I - o pagamento (nada a acrescentar) 
II - a compensação (o contribuinte tinha um dinheiro Y a receber do Fisco, 
então colocou na sua declaração que deixa de pagar o tributo X para 
compensá-lo com o dinheiro Y que tinha a receber) 
III - a transação (negociação entre credor e devedor) 
IV – remissão (mero perdão) 
V - a prescrição e a decadência (perda do direito de o Fisco cobrar porque 
passou muito tempo desde o fato gerador, basicamente) 
VI - a conversão de depósito em renda (quando se discute na justiça um 
tributo, o juiz costuma pedir para o contribuinte deixar seu valor 
depositado. Caso o contribuinte perca a ação, esse valor é convertido em 
renda do Fisco, ou seja, vai para o Estado) 
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento (naqueles 
tributos em que o contribuinte calcula sozinho quanto teria que pagar e 
paga, cabendo ao Fisco, depois, fazer uma espécie de lançamento que é 
apenas conferência, homologação, daquilo que o contribuinte já fez 
sozinho) 
VIII - a consignação em pagamento (se por algum motivo a pessoa não 
consegue pagar direto pro fisco, entra com uma ação na justiça para 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
16 
pagar. Normalmente isso acontece quando o credor, independente de ser 
no direito tributário, discorda do valor ou forma de pagamento que o 
devedor quer, e se nega a receber) 
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na 
órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória 
(decisão em que se entendeu que o tributo não é devido, claro) 
X - a decisão judicial passada em julgado (decisão em que se entendeu 
que o tributo não é devido, claro) 
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições 
estabelecidas em lei (novidade, que ainda não é aplicada por falta de 
regulamentação. O devedor dá para o Fisco um imóvel, a fim de quitar 
seus tributos devidos. Apenas imóvel, hein). 
 
5 GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
63. As garantias se referem à forma de cobrança do crédito tributário – que 
bens podem ser usados para garantir seu pagamento. Já os privilégios têm 
relação com a ordem de preferência em relação a outras dívidas contraídas 
pelo sujeito passivo, especialmente em caso de insolvência (quando seu 
patrimônio não será capaz de pagar todas as dívidas que possui). 
64. Pra começar, TODOS os bens e as rendas do devedor, mesmo aqueles 
bens gravados com ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou 
impenhorabilidade, respondem pela dívida tributária, exceto aqueles bens e 
rendas que a lei considere absolutamente impenhoráveis. 
65. Ônus reais são restrições sobre as coisas (res = coisa. Respública = a 
coisa pública) para garantir alguma outra dívida, como uma hipoteca, 
penhora, alienação fiduciária. 
66. Aqui vemos o artigo que mais cai, sobre esse tema: 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
17 
CTN 185 Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou 
rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda 
Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem 
sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total 
pagamento da dívida inscrita. 
67. Ou seja, uma vez que o crédito tributário esteja inscrito em dívida ativa, o 
sujeito passivo só pode alienar ou onerar seus bens (por exemplo, pegar um 
empréstimo e oferecer a casa como garantia, em hipoteca) se tiver 
patrimônio livre suficiente para quitar a dívida tributária. Caso contrário, se 
configura a chamada fraude contra credores. 
68. Pra fechar as disposições gerais: o devedor que seja intimado em 
processo de execução fiscal e não pagar, nem apresentar bens para penhora 
(leilão), terá seu patrimônio declarado indisponível. Para isso, o juiz do 
processo mandará ofício (preferencialmente eletrônico) para registros de 
imóveis, Banco Central e CVM (supervisora do mercado de capitais). 
Atualmente existe uma plataforma de comunicação entre o judiciário e o 
Banco Central em que o juiz praticamente penhora a conta bancária do 
devedor online, chamado BACEN-JUD. 
Preferências 
69. A preferência de determinado crédito é a ordem em que ele é cobrado, 
considerando uma situação em que o devedor não tem condição de pagar 
pra todo mundo. 
70. No Brasil os créditos que possuem preferência universal são os 
trabalhistas: em qualquer tipo de processo de falência, liquidação, 
concordata ou qualquer outra figura do tipo, os créditos trabalhistas são 
pagos primeiro. Afinal, salário é verba para garantir o sustento das pessoas, 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
18 
e trabalhar sem receber é inadmissível. Incluem-se os créditos de 
indenização por acidente de trabalho. 
71. Essa preferência “universal” possui limites, mas não são matéria para 
nossa aula. 
72. Os créditos tributários, de maneira geral, preferem a qualquer outro, 
salvo esses trabalhistas. Essa expressão, “preferem a”, indica que possuem 
preferência, ou seja, são pagos primeiro. 
73. No processo de falência, porém, temos a seguinte disposição: 
CTN 186 PU Na falência: I – o crédito tributário não prefere aos créditos 
extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da 
lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem 
gravado 
74. Créditos extraconcursais são aqueles que não concorrem com os demais, 
tendo preferência. Os créditos trabalhistas, por exemplo, são considerados 
extraconcursais. Outras hipóteses estarão previstas em leis específicas. 
75. A multa tributária, por sua vez, prefere apenas aos créditos subordinados. 
Créditos subordinados são os últimos a serem pagos, normalmente são 
devidos a quem tinha alguma relação com o devedor. Os acionistas de uma 
S.A., por exemplo, possuem esse tipo de crédito, pois são donos da empresa 
– natural que se pague todo mundo antes de ver se sobra algum dinheiro 
pra eles. 
CTN 187 A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de 
credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, 
inventário ou arrolamento. 
76. O fisco não precisa se habilitar em processo de falência. Basta que o juiz 
da execução fiscal mande um ofício para o juiz da falência pedindo para que 
seja reservado um montante para pagamento dos tributos devidos. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
19 
77. Os créditos tributários referentes a fatos geradores ocorridos durante o 
processo de falência ou inventário são extraconcursais, preferindo a todos os 
outros. Não pode uma empresa em falência, que continua operando, contrair 
novas dívidas tributárias – deve pagar no ato os tributos que forem sendo 
gerados. Se sua atividade não gera caixa suficiente para isso, é hora de 
parar de operar. 
78. Pra fechar: os processos de falência ou inventário somentepodem ser 
encerrados com apresentação, ao respectivo juízo, de prova de quitação de 
todos os tributos devidos. 
79. A recuperação judicial somente pode ser concedida nos mesmos termos, 
sendo possível, aí, que existam tributos pendentes de pagamento, mas com 
exigibilidade suspensa (parcelados ou em discussão judicial, por exemplo). 
80. Somente podem participar de licitações quem estiver com os tributos em 
dia (quitados ou suspensos) em relação à respectiva Fazenda, ou a todas, 
conforme a lei de cada ente da Federação. No plano federal se exige 
quitação de tributos federais, estaduais e municipais, mas é possível que um 
estado ou município exija quitação apenas de seus próprios tributos, ou os 
seus e os estaduais ou federais, apenas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
20 
b. Mapas mentais 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
21 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
22 
c. Revisão 1 
 
QUESTÃO 01 – CONSULPLAN – AUD CANTAGALO – 2013 
O Código Tributário Nacional determina que o crédito tributário decorre da 
obrigação tributária principal e tem a mesma natureza desta. Em relação ao 
crédito tributário, é correto afirmar que 
a) não caberá lançamento de ofício diante da comprovação de fraude em sede 
de procedimento anterior. 
b) extingue-se o crédito tributário quando ocorre dação em pagamento em bens 
móveis e imóveis, na forma da lei. 
c) o crédito tributário é a determinação qualitativa do tributo, e só poderá ser 
modificado ou extinto nos casos previstos em lei. 
d) as circunstâncias que modificam os efeitos do crédito tributário afetam 
diretamente a obrigação tributária que lhe deu origem. 
e) o lançamento é o ato que constitui o crédito tributário, praticado, 
privativamente, pela respectiva autoridade administrativa. 
 
QUESTÃO 02 – CONSULPLAN – ANA TRIB CASCAVEL – 2014 
O Código Tributário Nacional, que dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e 
institui normas gerais de direito tributário aplicáveis a União, Estados e 
Municípios, trata sobre as causas que suspendem a exigibilidade do crédito 
tributário. São causas que suspendem a exigibilidade do crédito tributário, 
EXCETO: 
a) Moratória. 
b) Parcelamento. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
23 
c) Depósito do seu montante integral. 
d) Pagamento, como forma de compensação. 
e) Concessão de medida liminar em mandado de segurança. 
 
QUESTÃO 03 – CONSULPLAN – ADV TERRACAP – 2014 ADAPTADA 
Sobre obrigação tributária, analise as afirmativas. 
I. A obrigação tributária é principal ou acessória. A obrigação acessória, pelo 
simples fato da sua inobservância, converte‐se em obrigação principal 
relativamente à penalidade pecuniária. 
II. A definição do fato gerador é interpretada, levando‐se em consideração a 
validade jurídica dos atos praticados pelos contribuintes, bem como a natureza 
do seu objeto e seus efeitos. 
Estão corretas apenas as afirmativas 
a) I e II. 
b) I 
c) II 
d) nenhuma 
 
QUESTÃO 04 – CONSULPLAN – TJ MG – 2015 
Segundo o Código Tributário Nacional, é causa de suspensão de exigibilidade do 
crédito tributário 
a) o parcelamento. 
b) a consignação em pagamento. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
24 
c) a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas 
em lei. 
d) a transação autorizada por lei, nas condições que estabeleça, aos sujeitos 
ativos e passivos da obrigação tributária, mediante concessões mútuas. 
 
QUESTÃO 05 – CONSULPLAN – AUD CANTAGALO – 2013 
Sobre a obrigação tributária que, de acordo com o Código Tributário Nacional, 
pode ser principal ou acessória, é INCORRETO afirmar que 
a) por inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à 
penalidade pecuniária. 
b) consideram-se obrigações acessórias a escrituração de livros contábeis e a 
emissão de notas fiscais 
c) a obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador e tem como 
objeto o pagamento do tributo ou penalidade pecuniária. 
d) a obrigação acessória decorre da legislação penal e tem por objeto 
prestações somente positivas em atendimento ao interesse da arrecadação. 
e) as obrigações acessórias são as prestações de fazer ou não fazer 
determinados atos em cumprimento do interesse do exercício fiscalizatório do 
Estado. 
 
QUESTÃO 06 – CONSULPLAN – ADV CREA RJ– 2011 
Para o direito tributário brasileiro, a extinção do crédito tributário é qualquer 
ato jurídico ou fato jurídico que faça desaparecer a obrigação respectiva 
existente na relação instituída entre sujeito passivo e sujeito ativo na 
Constituição do Crédito. São modalidades de extinção do crédito tributário, 
EXCETO: 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
25 
a) Prescrição. 
b) Caducidade da dívida. 
c) Decisão administrativa favorável ao sujeito passivo de caráter irreformável. 
d) Conversão do depósito em renda. 
e) Compensação. 
 
QUESTÃO 07 – CONSULPLAN – TJ MG– 2015 
Sobre a obrigação tributária, está correta a assertiva: 
a) Os fatos geradores das obrigações tributárias – principais ou acessórias – 
devem estar previstos em lei. 
b) Caso a autoridade administrativa constate a existência de atos ou negócios 
jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador 
do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, ela 
pode desconsiderar tais atos, desde que observados os procedimentos previstos 
em lei ordinária. 
c) Os juros, correção monetária e multa de um determinado tributo são 
considerados obrigações acessórias a serem pagas pelo contribuinte. 
d) Na hipótese de isenção de pagamento da obrigação principal, o sujeito 
passivo fica liberado do cumprimento da obrigação acessória relacionada àquele 
tributo ou penalidade pecuniária. 
 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
26 
d. Revisão 2 
 
QUESTÃO 08 – CONSULPLAN – ADV COFEN – 2011 
Extinguem o crédito tributário, EXCETO: 
a) A anistia. 
b) A compensação. 
c) A transação. 
d) O pagamento. 
e) A remissão. 
 
QUESTÃO 09 – CONSULPLAN – ANA TRIB CASCAVEL – 2014 
O crédito tributário corresponde ao direito do Estado de exigir o objeto da 
obrigação tributária principal do sujeito passivo. Sobre a constituição do crédito 
tributário, assinale a afirmativa que se encontra em DESCONFORMIDADE com o 
disposto no CTN. 
a) A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena 
de responsabilidade funcional. 
b) O procedimento da autoridade administrativa é o de verificar, em primeiro 
lugar, se houve a hipótese de incidência tributária. 
c) O lançamento é um ato de concretização da lei tributária efetuado pela 
autoridade administrativa competente para arrecadar e fiscalizar o tributo. 
d) O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo não poderá ser 
alterado em virtude de impugnação do sujeito passivo ou recurso de ofício. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
27 
e) O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e 
rege-se pela lei vigente no momento, ainda que posteriormente modificada ou 
revogada. 
 
QUESTÃO 10 – CONSULPLAN – TJ MG – 2015 
 
Quanto ao crédito tributário e às correspondentes hipóteses de suspensão e 
extinção, é correta a assertiva: 
a) O crédito tributário pode ter sua exigibilidade suspensa, entre outras 
hipóteses, mediante concessão de moratória, parcelamento ou transação. 
b) O parcelamento tributário pode ser instituído e disciplinado por meio de ato 
infralegal da Fazenda Pública. 
c) O crédito tributário pode ser extinto pormeio de dação em pagamento de 
bens imóveis, desde que observadas a forma e as condições estabelecidas em 
lei. 
d) Quando o pagamento é realizado em cotas periódicas, a quitação da última 
parcela gera a presunção relativa do pagamento das parcelas anteriores. 
 
QUESTÃO 11 – CONSULPLAN – TJ MG – 2015 
É correto afirmar que o lançamento, disciplinado pelo Código Tributário Nacional 
a) não é ato privativo da autoridade administrativa e pode, portanto, ser 
delegado ao contribuinte. 
b) é um procedimento administrativo facultativo. 
c) é um procedimento administrativo discricionário. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
28 
d) é um procedimento administrativo por meio do qual a autoridade fiscal pode 
aplicar penalidade. 
 
QUESTÃO 12 – CONSULPLAN – TJ MG – 2015 
São causas de extinção do crédito tributário previstos no Código Tributário 
Nacional, EXCETO: 
a) Compensação. 
b) Depósito do seu montante integral. 
c) Remissão. 
d) Conversão do depósito em renda. 
 
QUESTÃO 13 – CONSULPLAN – TJ MG – 2015 
A respeito do lançamento do crédito tributário disposto no Código Tributário 
Nacional, assinale a alternativa INCORRETA: 
a) Tem a finalidade de calcular o montante do tributo devido, identificar o 
sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 
b) Tem a finalidade de verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação 
correspondente. 
c) Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja 
expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em 
moeda nacional ao câmbio do dia do ato de lançamento. 
d) É atividade vinculada e obrigatória da autoridade administrativa tributante. 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
29 
QUESTÃO 14 – CONSULPLAN – TJ MG – 2015 
Considerando estrutura e disposições do Código Tributário Nacional, avalie as 
afirmações a seguir: 
I. O depósito do seu montante integral, a concessão de medida liminar em 
Mandado de Segurança e o parcelamento são previstos como causas de 
suspensão do crédito tributário. 
II. A isenção é extensiva às taxas, salvo disposição em lei em contrário. 
III. A anistia e isenção são tratadas como hipóteses de exclusão do crédito 
tributário. 
IV. A compensação, moratória e remissão são dispostas como causas de 
extinção do crédito tributário. 
É correto apenas o que se afirma em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) III e IV. 
d) II e IV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
30 
e. Revisão 3 
 
QUESTÃO 15 – CONSULPLAN – TJ MG – 2015 
Segundo disposições do Código Tributário Nacional, são situações que 
autorizam a autoridade administrativa, de ofício, a efetivação e revisão do 
lançamento, EXCETO: 
a) Quando se comprove omissão do sujeito passivo ou de terceiro legalmente 
obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária. 
b) Quando se alterar a interpretação jurídica dada à norma tributária. 
c) Quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião 
do lançamento anterior. 
d) Quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na 
forma da legislação tributária. 
 
QUESTÃO 16 – CONSULPLAN – CM QUEIMADOS – 2015 
Todas as alternativas abaixo referem-se a causas de extinção do crédito 
tributário, EXCETO: 
a) compensação 
b) remissão 
c) prescrição 
d) isenção 
e) a conversão de depósito em renda 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
31 
QUESTÃO 17 – CONSULPLAN – TJ MG – 2016 
Segundo disposições do Código Tributário Nacional sobre o Lançamento, é 
INCORRETO afirmar: 
a) Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito 
tributário pelo lançamento, sendo esta atividade vinculada e obrigatória, sob 
pena de responsabilidade funcional. 
b) Não havendo lei em contrário, quando o valor tributário estiver expresso em 
moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional 
ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador. 
c) Em regra, o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da 
obrigação tributária e rege-se pela lei em vigor na data do lançamento, ainda 
que tal lei tenha modificado a lei então vigente na data da ocorrência do fato 
gerador. 
d) O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser alterado 
por iniciativa de ofício da autoridade administrativa. 
 
QUESTÃO 18 – FCC – AFTM SP – 2007 
De conformidade com a sistemática do Código Tributário Nacional, o crédito 
tributário é constituído 
a) pelo fato gerador da obrigação tributária principal. 
b) pela obrigação tributária principal. 
c) por lei ordinária. 
d) por lei complementar. 
e) pelo lançamento. 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
32 
QUESTÃO 19 – FCC – AFTM SP – 2007 
O crédito tributário regularmente constituído, somente se modifica 
a) ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos 
previstos no CTN. 
b) nos casos previstos na legislação tributária, e se extingue ou tem sua 
exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos no CTN. 
c) ou extingue, nos casos previstos na legislação tributária, e tem sua 
exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos no CTN. 
d) ou extingue, nos casos previstos no CTN, e tem sua exigibilidade suspensa 
ou excluída, nos casos previstos na legislação tributária. 
e) ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos 
previstos na legislação tributária. 
 
QUESTÃO 20 – FCC – TCM GO – 2015 
A constituição do crédito tributário é fundamental para que se possa exigir o 
seu pagamento pelo sujeito passivo. De acordo com o Código Tributário 
Nacional, a constituição do crédito tributário 
a) deve ser feita a partir do momento do surgimento da obrigação tributária, 
sob pena de ocorrer a prescrição do direito de a Fazenda Pública promover seu 
lançamento. 
b) é de competência exclusiva das autoridades administrativa e judicial. 
c) é feita por meio do lançamento, em relação ao tributo, mas, em relação à 
penalidade pecuniária por inobservância de obrigação acessória, não o é. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
33 
d) é feita por meio de uma das quatro formas de lançamento previstas no CTN: 
lançamento de ofício, lançamento contábil, lançamento por homologação e 
lançamento por declaração. 
e) é procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato gerador da 
obrigação, identifica o contribuinte e o responsável, calcula o montante do 
tributo devido e determina a matéria tributável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
34 
f. Normas 
 
CODIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL (113 a 115; 118; 139 a 151; 
156; 175; 183 a 193 ) 
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. 
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o 
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o 
crédito dela decorrente. 
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as 
prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou 
da fiscalização dos tributos. 
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em 
obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. 
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como 
necessária e suficiente à sua ocorrência. 
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da 
legislação aplicável, impõe a prática ou a abstençãode ato que não configure 
obrigação principal. 
 
Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: 
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, 
responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus 
efeitos; 
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
35 
Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma 
natureza desta. 
 Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou 
seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua 
exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem. 
 Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou 
extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta 
Lei, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade 
funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias. 
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito 
tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo 
tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, 
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o 
sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 
 Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e 
obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. 
Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja 
expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda 
nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação. 
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da 
obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou 
revogada. 
 § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato 
gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de 
fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, 
ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, 
para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
36 
 § 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos 
certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o 
fato gerador se considera ocorrido. 
 Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser 
alterado em virtude de: 
I - impugnação do sujeito passivo; 
II - recurso de ofício; 
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 
149. 
 Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de decisão 
administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade 
administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação 
a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua 
introdução. 
SEÇÃO II 
Modalidades de Lançamento 
 Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou 
de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à 
autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua 
efetivação. 
§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a 
reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que 
se funde, e antes de notificado o lançamento. 
 
§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados 
de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
37 
Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o 
valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade 
lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que 
sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, 
ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente 
obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, 
administrativa ou judicial. 
 Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade 
administrativa nos seguintes casos: 
 I - quando a lei assim o determine; 
 II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na 
forma da legislação tributária; 
 III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração 
nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação 
tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, 
recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela 
autoridade; 
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento 
definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória; 
 V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente 
obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte; 
 VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro 
legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária; 
 VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, 
agiu com dolo, fraude ou simulação; 
 VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião 
do lançamento anterior; 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
38 
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta 
funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato 
ou formalidade especial. 
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto 
o direito da Fazenda Pública. 
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja 
legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio 
exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida 
autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, 
expressamente a homologa. 
§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o 
crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento. 
§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à 
homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção 
total ou parcial do crédito. 
§ 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na 
apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, 
ou sua graduação. 
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da 
ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se 
tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente 
extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. 
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: 
I - moratória; 
II - o depósito do seu montante integral; 
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo 
tributário administrativo; 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
39 
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. 
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de 
açãojudicial; (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) 
VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das 
obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja 
suspenso, ou dela conseqüentes. 
 
Art. 156. Extinguem o crédito tributário: 
I - o pagamento; 
II - a compensação; 
III - a transação; 
IV - remissão; 
V - a prescrição e a decadência; 
VI - a conversão de depósito em renda; 
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do 
disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; 
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; 
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita 
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; 
X - a decisão judicial passada em julgado. 
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas 
em lei. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
40 
Art. 175. Excluem o crédito tributário: 
I - a isenção; 
II - a anistia. 
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das 
obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja 
excluído, ou dela conseqüente. 
CAPÍTULO VI 
Garantias e Privilégios do Crédito Tributário 
SEÇÃO I 
Disposições Gerais 
 Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito 
tributário não exclui outras que sejam expressamente previstas em lei, em função 
da natureza ou das características do tributo a que se refiram. 
 Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não 
altera a natureza deste nem a da obrigação tributária a que corresponda. 
 Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que 
sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade 
dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu 
espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de 
inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus 
ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare 
absolutamente impenhoráveis. 
 Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, 
ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por 
crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.(Redação dada pela Lcp 
nº 118, de 2005) 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
41 
 Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem 
sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da 
dívida inscrita. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) 
 Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não 
pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens 
penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, 
comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e 
entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao 
registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do 
mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a 
ordem judicial. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
 § 1o A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor 
total exigível, devendo o juiz determinar o imediato levantamento da 
indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite. (Incluído pela Lcp 
nº 118, de 2005) 
 § 2o Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata o 
caput deste artigo enviarão imediatamente ao juízo a relação discriminada dos bens 
e direitos cuja indisponibilidade houverem promovido. (Incluído pela Lcp nº 118, de 
2005) 
SEÇÃO II 
Preferências 
 Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua 
natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da 
legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. (Redação dada pela Lcp nº 118, 
de 2005) 
 Parágrafo único. Na falência: (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
42 
 I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às 
importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos 
créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado; (Incluído pela Lcp nº 
118, de 2005) 
 II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos 
créditos decorrentes da legislação do trabalho; e (Incluído pela Lcp nº 118, de 
2005) [150 salários mínimos] 
 III – a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. (Incluído 
pela Lcp nº 118, de 2005) 
 Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de 
credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou 
arrolamento. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) 
 Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas 
jurídicas de direito público, na seguinte ordem: 
 I - União; 
 II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata; 
 III - Municípios, conjuntamente e pró rata. 
 Art. 188. São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos 
geradores ocorridos no curso do processo de falência. (Redação dada pela Lcp nº 
118, de 2005) 
 § 1º Contestado o crédito tributário, o juiz remeterá as partes ao processo 
competente, mandando reservar bens suficientes à extinção total do crédito e seus 
acrescidos, se a massa não puder efetuar a garantia da instância por outra forma, 
ouvido, quanto à natureza e valor dos bens reservados, o representante da 
Fazenda Pública interessada. 
 § 2º O disposto neste artigo aplica-se aos processos de concordata. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
43 
 Art. 189. São pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em 
inventário ou arrolamento, ou a outros encargos do monte, os créditos tributários 
vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no decurso 
do processo de inventário ou arrolamento. 
 Parágrafo único. Contestado o crédito tributário, proceder-se-á na forma do 
disposto no § 1º do artigo anterior. 
 Art. 190. São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos 
tributários vencidos ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado 
em liquidação judicial ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação. 
 Art. 191. A extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de 
todos os tributos. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) 
 Art. 191-A. A concessão de recuperação judicial depende da apresentação da 
prova de quitação de todos os tributos, observado o disposto nos arts. 151, 205 e 
206 desta Lei. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
 Art. 192. Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será 
proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, 
ou às suas rendas. 
 Art. 193. Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum 
departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, 
ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em 
concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitaçãode todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em 
cujo exercício contrata ou concorre. 
 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
44 
g. Gabarito 
 
1 2 3 4 5 
E D B A D 
6 7 8 9 10 
B B A D C 
11 12 13 14 15 
D B C B B 
16 17 18 19 20 
D C E A E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
45 
h. Breves comentários às questões: 
 
QUESTÃO 01 – CONSULPLAN – AUD CANTAGALO – 2013 
O Código Tributário Nacional determina que o crédito tributário decorre da 
obrigação tributária principal e tem a mesma natureza desta. Em relação ao 
crédito tributário, é correto afirmar que 
a) não caberá lançamento de ofício diante da comprovação de fraude em sede 
de procedimento anterior. 
b) extingue-se o crédito tributário quando ocorre dação em pagamento em bens 
móveis e imóveis, na forma da lei. 
c) o crédito tributário é a determinação qualitativa do tributo, e só poderá ser 
modificado ou extinto nos casos previstos em lei. 
d) as circunstâncias que modificam os efeitos do crédito tributário afetam 
diretamente a obrigação tributária que lhe deu origem. 
e) o lançamento é o ato que constitui o crédito tributário, praticado, 
privativamente, pela respectiva autoridade administrativa. 
COMENTÁRIO 
a) caberá sim 
b) apenas imóveis 
c) quantitativa 
d) não afetam 
Opção E correta. 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
46 
QUESTÃO 02 – CONSULPLAN – ANA TRIB CASCAVEL – 2014 
O Código Tributário Nacional, que dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e 
institui normas gerais de direito tributário aplicáveis a União, Estados e 
Municípios, trata sobre as causas que suspendem a exigibilidade do crédito 
tributário. São causas que suspendem a exigibilidade do crédito tributário, 
EXCETO: 
a) Moratória. 
b) Parcelamento. 
c) Depósito do seu montante integral. 
d) Pagamento, como forma de compensação. 
e) Concessão de medida liminar em mandado de segurança. 
COMENTÁRIO 
O pagamento, seja direto, seja por compensação, é causa de extinção, não de 
suspensão. Aliás, mesmo para extinção tinha que estar ao contrário: a 
compensação, como forma de pagamento. 
Opção D correta. 
 
QUESTÃO 03 – CONSULPLAN – ADV TERRACAP – 2014 ADAPTADA 
Sobre obrigação tributária, analise as afirmativas. 
I. A obrigação tributária é principal ou acessória. A obrigação acessória, pelo 
simples fato da sua inobservância, converte‐se em obrigação principal 
relativamente à penalidade pecuniária. 
II. A definição do fato gerador é interpretada, levando‐se em consideração a 
validade jurídica dos atos praticados pelos contribuintes, bem como a natureza 
do seu objeto e seus efeitos. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
47 
Estão corretas apenas as afirmativas 
a) I e II. 
b) I 
c) II 
d) nenhuma 
COMENTÁRIO 
I – perfeito 
II – levando-se em consideração não, ao contrário, abstraindo-se. 
Opção B correta. 
 
QUESTÃO 04 – CONSULPLAN – TJ MG – 2015 
Segundo o Código Tributário Nacional, é causa de suspensão de exigibilidade do 
crédito tributário 
a) o parcelamento. 
b) a consignação em pagamento. 
c) a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas 
em lei. 
d) a transação autorizada por lei, nas condições que estabeleça, aos sujeitos 
ativos e passivos da obrigação tributária, mediante concessões mútuas. 
COMENTÁRIO 
As demais opções se referem a causas de extinção. 
Opção A correta. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
48 
QUESTÃO 05 – CONSULPLAN – AUD CANTAGALO – 2013 
Sobre a obrigação tributária que, de acordo com o Código Tributário Nacional, 
pode ser principal ou acessória, é INCORRETO afirmar que 
a) por inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à 
penalidade pecuniária. 
b) consideram-se obrigações acessórias a escrituração de livros contábeis e a 
emissão de notas fiscais 
c) a obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador e tem como 
objeto o pagamento do tributo ou penalidade pecuniária. 
d) a obrigação acessória decorre da legislação penal e tem por objeto 
prestações somente positivas em atendimento ao interesse da arrecadação. 
e) as obrigações acessórias são as prestações de fazer ou não fazer 
determinados atos em cumprimento do interesse do exercício fiscalizatório do 
Estado. 
COMENTÁRIO 
Versão correta da letra D: As obrigações acessórias decorrem da legislação 
tributária e têm por objeto prestações positivas e negativas, fazer e não fazer, 
em atendimento ao interesse da arrecadação. 
Opção D correta. 
 
QUESTÃO 06 – CONSULPLAN – ADV CREA RJ– 2011 
Para o direito tributário brasileiro, a extinção do crédito tributário é qualquer 
ato jurídico ou fato jurídico que faça desaparecer a obrigação respectiva 
existente na relação instituída entre sujeito passivo e sujeito ativo na 
Constituição do Crédito. São modalidades de extinção do crédito tributário, 
EXCETO: 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
49 
a) Prescrição. 
b) Caducidade da dívida. 
c) Decisão administrativa favorável ao sujeito passivo de caráter irreformável. 
d) Conversão do depósito em renda. 
e) Compensação. 
COMENTÁRIO 
Caducidade da dívida é algo que não vimos. No CTN existe prescrição e 
decadência, mas caducidade é um fenômeno jurídico que não se aplica ao 
crédito tributário. 
Opção B correta. 
 
QUESTÃO 07 – CONSULPLAN – TJ MG– 2015 
Sobre a obrigação tributária, está correta a assertiva: 
a) Os fatos geradores das obrigações tributárias – principais ou acessórias – 
devem estar previstos em lei. 
b) Caso a autoridade administrativa constate a existência de atos ou negócios 
jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador 
do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, ela 
pode desconsiderar tais atos, desde que observados os procedimentos previstos 
em lei ordinária. 
c) Os juros, correção monetária e multa de um determinado tributo são 
considerados obrigações acessórias a serem pagas pelo contribuinte. 
d) Na hipótese de isenção de pagamento da obrigação principal, o sujeito 
passivo fica liberado do cumprimento da obrigação acessória relacionada àquele 
tributo ou penalidade pecuniária. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
50 
COMENTÁRIO 
a) Essa letra A pode estar certa ou errada, conforme a banca, dependendo do 
enfoque que ela dá ao caráter inovador dessas normas infralegais, ou se a 
banca entende que é mera regulamentação de obrigações que já foram criadas 
na própria lei. A consulplan entendeu nessa questão que os regulamentos 
infralegais podem criar obrigações acessórias (porque deu essa letra A como 
errada), e não vi nenhuma outra questão com entendimento diverso, logo, 
levem esse raciocínio para a prova. 
Opção B correta. 
 
QUESTÃO 08 – CONSULPLAN – ADV COFEN – 2011 
Extinguem o crédito tributário, EXCETO: 
a) A anistia. 
b) A compensação. 
c) A transação. 
d) O pagamento. 
e) A remissão. 
COMENTÁRIO 
Anistia é causa de exclusão, junto com a isenção. 
Opção A correta. 
 
QUESTÃO 09 – CONSULPLAN – ANA TRIB CASCAVEL – 2014 
O crédito tributário corresponde ao direito do Estado de exigir o objeto da 
obrigação tributária principal do sujeito passivo. Sobre a constituição do crédito 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
51 
tributário, assinale a afirmativa que se encontra em DESCONFORMIDADE com o 
disposto no CTN. 
a) A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena 
de responsabilidade funcional. 
b) O procedimentoda autoridade administrativa é o de verificar, em primeiro 
lugar, se houve a hipótese de incidência tributária. 
c) O lançamento é um ato de concretização da lei tributária efetuado pela 
autoridade administrativa competente para arrecadar e fiscalizar o tributo. 
d) O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo não poderá ser 
alterado em virtude de impugnação do sujeito passivo ou recurso de ofício. 
e) O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e 
rege-se pela lei vigente no momento, ainda que posteriormente modificada ou 
revogada. 
COMENTÁRIO 
Impugnação do sujeito passivo e recurso de ofício são duas das 3 causas de 
alteração do lançamento regularmente notificado (a terceira é a iniciativa de 
ofício). 
Opção D correta. 
 
QUESTÃO 10 – CONSULPLAN – TJ MG – 2015 
Quanto ao crédito tributário e às correspondentes hipóteses de suspensão e 
extinção, é correta a assertiva: 
a) O crédito tributário pode ter sua exigibilidade suspensa, entre outras 
hipóteses, mediante concessão de moratória, parcelamento ou transação. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
52 
b) O parcelamento tributário pode ser instituído e disciplinado por meio de ato 
infralegal da Fazenda Pública. 
c) O crédito tributário pode ser extinto por meio de dação em pagamento de 
bens imóveis, desde que observadas a forma e as condições estabelecidas em 
lei. 
d) Quando o pagamento é realizado em cotas periódicas, a quitação da última 
parcela gera a presunção relativa do pagamento das parcelas anteriores. 
COMENTÁRIO 
a) transação é causa de extinção 
b) apenas por força de lei, como todas as causas de suspensão, extinção e 
exclusão. 
d) a Consulplan tem mania de falar disso. Não aparece em lugar nenhum do 
mundo tributário. Vale o que cada um de nós recebe nos seus boletos 
cotidianos: o pagamento desse boleto não quita débitos anteriores 
Opção C correta. 
 
QUESTÃO 11 – CONSULPLAN – TJ MG – 2015 
É correto afirmar que o lançamento, disciplinado pelo Código Tributário Nacional 
a) não é ato privativo da autoridade administrativa e pode, portanto, ser 
delegado ao contribuinte. 
b) é um procedimento administrativo facultativo. 
c) é um procedimento administrativo discricionário. 
d) é um procedimento administrativo por meio do qual a autoridade fiscal pode 
aplicar penalidade. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
53 
COMENTÁRIO 
a) ao contribuinte? Que piadista... bom, e não pode ser delegado a ninguém 
b) e c) obrigatório e vinculado 
d) conforme vimos no artigo 142, a penalidade já é lançada junto com o tributo. 
Opção D correta. 
 
QUESTÃO 12 – CONSULPLAN – TJ MG – 2015 
São causas de extinção do crédito tributário previstos no Código Tributário 
Nacional, EXCETO: 
a) Compensação. 
b) Depósito do seu montante integral. 
c) Remissão. 
d) Conversão do depósito em renda. 
COMENTÁRIO 
Depósito do montante é causa de suspensão. Um dia esse depósito tem que ser 
devolvido pro contribuinte ou passado pro Fisco. 
Opção B correta. 
 
QUESTÃO 13 – CONSULPLAN – TJ MG – 2015 
A respeito do lançamento do crédito tributário disposto no Código Tributário 
Nacional, assinale a alternativa INCORRETA: 
a) Tem a finalidade de calcular o montante do tributo devido, identificar o 
sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
54 
b) Tem a finalidade de verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação 
correspondente. 
c) Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja 
expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em 
moeda nacional ao câmbio do dia do ato de lançamento. 
d) É atividade vinculada e obrigatória da autoridade administrativa tributante. 
COMENTÁRIO 
O câmbio do dia do fato gerador, não do lançamento. 
Opção C correta. 
 
QUESTÃO 14 – CONSULPLAN – TJ MG – 2015 
Considerando estrutura e disposições do Código Tributário Nacional, avalie as 
afirmações a seguir: 
I. O depósito do seu montante integral, a concessão de medida liminar em 
Mandado de Segurança e o parcelamento são previstos como causas de 
suspensão do crédito tributário. 
II. A isenção é extensiva às taxas, salvo disposição em lei em contrário. 
III. A anistia e isenção são tratadas como hipóteses de exclusão do crédito 
tributário. 
IV. A compensação, moratória e remissão são dispostas como causas de 
extinção do crédito tributário. 
É correto apenas o que se afirma em 
a) I e II. 
b) I e III. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
55 
c) III e IV. 
d) II e IV. 
COMENTÁRIO 
I – perfeito 
II – nada é extensivo em direito tributário, é preciso que qualquer “favor” 
tributário ao contribuinte seja previsto especificamente na lei, direitinho. 
III – perfeito, são as duas únicas hipóteses 
IV – moratória é suspensão: devo, não nego, pago quando puder. 
Opção B correta. 
 
QUESTÃO 15 – CONSULPLAN – TJ MG – 2015 
Segundo disposições do Código Tributário Nacional, são situações que 
autorizam a autoridade administrativa, de ofício, a efetivação e revisão do 
lançamento, EXCETO: 
a) Quando se comprove omissão do sujeito passivo ou de terceiro legalmente 
obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária. 
b) Quando se alterar a interpretação jurídica dada à norma tributária. 
c) Quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião 
do lançamento anterior. 
d) Quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na 
forma da legislação tributária. 
COMENTÁRIO 
As opções corretas são cópias literais do CTN. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
56 
A interpretação jurídica não pode provocar a revisão do lançamento, apenas 
aquelas hipóteses listadas, que estudamos. 
Opção B correta. 
 
QUESTÃO 16 – CONSULPLAN – CM QUEIMADOS – 2015 
Todas as alternativas abaixo referem-se a causas de extinção do crédito 
tributário, EXCETO: 
a) compensação 
b) remissão 
c) prescrição 
d) isenção 
e) a conversão de depósito em renda 
COMENTÁRIO 
Isenção é causa de exclusão, junto com a anistia. 
Opção D correta. 
 
QUESTÃO 17 – CONSULPLAN – TJ MG – 2016 
Segundo disposições do Código Tributário Nacional sobre o Lançamento, é 
INCORRETO afirmar: 
a) Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito 
tributário pelo lançamento, sendo esta atividade vinculada e obrigatória, sob 
pena de responsabilidade funcional. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
57 
b) Não havendo lei em contrário, quando o valor tributário estiver expresso em 
moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional 
ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador. 
c) Em regra, o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da 
obrigação tributária e rege-se pela lei em vigor na data do lançamento, ainda 
que tal lei tenha modificado a lei então vigente na data da ocorrência do fato 
gerador. 
d) O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser alterado 
por iniciativa de ofício da autoridade administrativa. 
COMENTÁRIO 
O erro está em “lei em vigor na data do LANÇAMENTO”. É na data do fato 
gerador. 
Opção C correta. 
 
QUESTÃO 18 – FCC – AFTM SP – 2007 
De conformidade com a sistemática do Código Tributário Nacional, o crédito 
tributário é constituído 
a) pelo fato gerador da obrigação tributária principal. 
b) pela obrigação tributária principal. 
c) por lei ordinária. 
d) por lei complementar. 
e) pelo lançamento. 
COMENTÁRIO 
O lançamento declara a obrigação e constitui o crédito. 
 
DIREITO

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