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Este documento é autorizado para o uso de revisão de educador só por Oscar Javier Celis Ariza, universidade de Estacio de Sa até março de 2016. A cópia ou a nomeação são uma infração de direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 O Lado Negativo do Crescimento: Soluções para os Grandes Problemas Ambientais da Ásia Quatro componentes importantes da base de recursos naturais da Ásia estão em declínio substancial enquanto a população e a renda per capita cresce. Stephen Howes e Paul Wyrwoll HOJE, A MAIOR PARTE DOS DIRETORES COMERCIAIS RECONHECEM que crescimento econômico a longo prazo exige não somente um acúmulo de capital físico, tecnologia e trabalho, mas também a preservação da base de capital natural do mundo. Enquanto outros fatores da produção podem ser substituídos e são muitas vezes substituíveis, os serviços de ecossistema providos por vias marítimas, florestas e terra fértil são basicamente recursos finitos. Por essa razão, acadêmicos e políticos estão cada vez mais preocupados com procedimentos contábeis que incluam medições de capital ambiental. Infelizmente, como a Comissão de Crescimento e Desenvolvimento — presidida pelo prêmio Nobel Michael Spence e importantes estrategistas econômicos de países em desenvolvimento — recentemente declarou: É apenas um exagero leve dizer que a maior parte dos países em desenvolvimento decide crescer e preocupar-se com o meio- ambiente depois. Esse é um erro caro. Os pobres são os que mais sofrem como todos os tipos de poluição. Seguir as normas ambientais desde o início serve aos interesses tanto de igualdade quanto de crescimento. Não há uma mensagem mais importante para a central econômica do mundo, a região asiática. Essas economias crescentes são bem sucedidas quando julgadas por seu rápido crescimento, mas menos quando os danos ambientais são contabilizados. Por conseguinte, elas agora se defrontam com a perspectiva de redução na oferta de capital ambiental para apoiar as crescentes demandas de uma população maior, mais rica e urbanizada. Se continuar dessa forma, tal trajetória não sustentável impedirá progressivamente futuros desenvolvimentos. Neste artigo delinearemos quatro das principais áreas em que a Ásia deve concentrar-se, e sugerir algumas estratégias para solucionar estes grandes problemas. Problemas da Ásia até 2030 Agrupamos os principais problemas ambientais que a Ásia enfrenta em quatro categorias: gestão da água, desflorestamento e degradação da terra, poluição do ar, e alterações climáticas. Ecossistemas e recursos marítimos, biodiversidade, gestão de resíduos e outros problemas são também importantes, mas, em nossa análise, estas quatro rotmanmagazine.ca/25 Este documento é autorizado para o uso de revisão de educador só por Oscar Javier Celis Ariza, universidade de Estacio de Sa até março de 2016. A cópia ou a nomeação são uma infração de direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 Se permitido para continuar, esta trajetória não sustentável impedirá progressivamente o futuro desenvolvimento. áreas apresentam os desafios mais urgentes ao desenvolvimento asiático nas próximas duas décadas. Examinaremos uma de cada vez. GESTÃO DA ÁGUA. Água doce não é apenas essencial para a produção agrícola e industrial, é um requisito básico para a vida humana, assim como para a de outros organismos e processos biológicos. Os recursos aquáticos geralmente têm múltiplos usos e usuários, e a gestão inadequada de uso competitivo frequentemente facilita sua exploração não sustentável e degradação. A depleção e a contaminação destes recursos geram grandes custos econômicos, não somente aumentando o custo de obter um insumo direto de produção, mas também pelo dano de impactos a sistemas ambientais e à saúde humana. Consequentemente, a gestão da água é examinada não só como um problema ambiental, mas como um grande desafio ao desenvolvimento econômico, em particular nas maiores economias da Ásia. A extração excessiva de lençóis freáticos, a poluição por dejetos humanos e pela indústria, uma infraestrutura ruim e construção de represas estão entre os fatores que mais contribuem para a degradação das fontes de água doce da região. Problemas do lado da oferta como estes passam por modelos de precipitação alterada devido a mudanças climáticas, em particular com respeito ao enfraquecimento das monções indianas e do leste asiático. Nas três próximas décadas, o aumento do degelo glacial durante a estação seca provavelmente inverterá e transformará os principais rios que vêm do Himalaia — como o Bramaputra, Ganges e Yangtze — em rios sazonais. No lado da demanda, as projeções das Nações Unidas até 2030 estimam que a população da Ásia — atualmente 46 por cento da população total do mundo — cresça mais 462 milhões. Os aumentos em uso agrícola, industrial e urbano colocarão uma pressão ainda maior sobre a oferta em queda em todas estas economias. A gravidade deste desafio é acentuada pela estimativa de que até 2030, mantidas as atuais políticas de gestão, a demanda de água exceda o fornecimento na China e na Índia em 25 por cento e 50 por cento, respectivamente. Embora o acesso a uma oferta segura e limpa de recursos de água doce seja um desafio comum na Ásia até 2030, a natureza do problema variará: a maior demanda pode desempenhar papel mais profundo em cidades grandes e crescentes como Xangai; em outras, preocupações com a oferta, como precipitações reduzidas na estação seca ou fontes de água poluídas podem dominar. 26/Rotman Management Winter 2015 Na maior parte dos cenários, alguma combinação entre demanda e fatores de fornecimento estará presente. Consequentemente, usamos o termo ‘gestão da água’ para abranger uma ampla mistura de problemas relacionados à água inclusive: eficiência do uso de água; degradação de recursos aquáticos por poluição ou uso excessivo; alocação entre usos concorrentes, como agricultura, água potável, ecossistemas naturais, e indústria; controle de inundações; coordenação entre usuários a nível local, nacional, e internacional; tratamento de água servida; e armazenamento de água. As implicações da degradação de recursos aquáticos na Ásia são substanciais. Posto que aproximadamente 70 por cento de água é atualmente usada na agricultura, a falta de água acabará com a segurança alimentar e com a renda de agricultores rurais. Doenças associadas à contaminação da água reduzirão a produtividade no trabalho e levarão a despesas de saúde. Se a oferta continuar a deteriorar enquanto a demanda cresce, os custos para obter água usável, como criação de poços, aumentarão de forma correspondente. Sem uma gestão aprimorada da poluição, a expansão do uso de água industrial — em particular na China — pode diminuir a disponibilidade para o consumo humano e outros usos. Além disso, um conflito pelo acesso a este recurso cada vez mais escasso pode surgir entre os estados ou dentro dos estados. Por exemplo, planos para várias represas chinesas no Rio Tsangpo-Bramaputra a montante da fronteira com a índia são percebidos como uma grande ameaça à estabilidade das relações bilaterais entre os dois países. DESFLORESTAMENTO E DEGRADAÇÃO DA TERRA. O desflorestamento comum e a degradação de terra são exemplos altamente visíveis do uso não sustentável de recursos naturais na Ásia, e estes problemas estão intrinsecamente ligados. Práticas de não sustentáveis remoções de árvores, como corte completo, causam erosão e salinidade do solo, assim como perturbação da rede de lençóis freáticos. Em terra firme, o desflorestamento facilita a transformaçãode áreas férteis em terra estéril, um processo conhecido como 'desertificação'. Depois que a terra é suficientemente degradada, pode ser impossível construir florestas novamente, ou até o uso agrícola que muitas vezes causa o desflorestamento em primeiro lugar. Desflorestamento e degradação de terra ao longo de toda a Ásia é causado por fatores que incluem a demanda de produtos de madeira e óleo de palma, agricultura intensiva e crescimento urbano. Uma legislação ruim e, em alguns casos, a corrupção, comumente permitiu práticas não sustentáveis. Contudo, fica cada Este documento é autorizado apenas para uso para revisão do educador por Oscar Javier Celis Ariza, Universidade Estacio de Sá até Março de 2016. Cópia ou postagem é uma infração de copyright. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 vez mais aparente em toda a região que os custos econômicos duradouros do uso não sustentável da terra em última análise sobrepõem os ganhos mais imediatos. Depois de suficientemente degradados, os ecossistemas de terreno arborizados exigem muito tempo e grande despesa para se recuperarem, efetivamente eliminando futuras fontes de madeira e causando outros problemas que restringem a produtividade da base de recursos naturais. O cultivo não sustentável de terra agrícola está levando cada vez mais à falta de produtividade do solo, menor produção e, em algumas áreas, insegurança alimentar. A nível regional, a situação sobre o desflorestamento está melhorando claramente, em grande parte graças aos esforços conjuntos de florestamento e proteção florestal na China, e em menor extensão, na Índia e no Vietnam. A China agora tem a maior área de florestas plantadas no mundo e o governo ainda está aumentando seu nível de ambição nesta área. Ainda, estas tendências estão de acordo com as da Indonésia, Malásia, Myanmar e Camboja, onde o desflorestamento continua em escala maciça. De fato, parece que uma melhor legislação em outros locais da Ásia, em particular China, está contribuindo para que o desflorestamento continue em outros países da ASEAN. Por exemplo, a expansão de plantações de óleo de palma é um fator importante para o desflorestamento na Indonésia e na Malásia, e estes dois países sozinhos produzem mais de 85 por cento de exportações globais de óleo de palma. A China e a Índia contam por 45 por cento das importações globais. Limites à expansão de terra agrícola nesses dois países estão 'exportando', até certo ponto, antigos problemas de desflorestamento. Tendências semelhantes no comércio asiático de madeira também emergiram de análises recentes. De particular preocupação é o avanço da desertificação no norte, que, embora movido principalmente por mudanças climáticas e processos geomorfológicos, foi diretamente agravado por atividades humanas e ameaça o sustento de mais de 200 milhões de pessoas. POLUIÇÃO DO AR. A poluição do ar comumente excede níveis seguros nas cidades da Ásia em desenvolvimento, minando a produtividade e o rendimento da força de trabalho e cobrando um pesado custo econômico. Um estudo recente estima que em 2005, a perda de prosperidade anual associada à poluição do ar na China chegou a US$ 151 bilhões. A pobreza faz com que mais de dois bilhões de pessoas na Ásia em desenvolvimento usem combustíveis sólidos (inclusive biomassa e carvão) para cozinhar e se aquecer. Por conseguinte, particulados, monóxido de carbono e outras substâncias volantes prejudiciais danificam os pulmões dos cidadãos, causando várias doenças, inclusive câncer. Globalmente, estima-se que 65 por cento da mortalidade por poluição urbana do ar ocorre na Ásia. Entretanto, a população urbana na China, Índia e ASEAN deve aumentar 50 por cento até 2030. A rápida urbanização e uma crescente classe média causam uma explosão na propriedade de veículos motores, que deve causar um aumento de veículos nas estradas de China de 130 para 413 milhões até 2035, e um aumento correspondente de 64 para 372 milhões na Índia. Maiores rendas também aumentarão a demanda de mercadorias ao consumidor para bens de consumo com muito gasto de energia, como ar condicionados, e quando produção industrial e energética ocorrer próximo a cidades, a potencial poluição destas fontes aumentará correspondentemente. O transporte aéreo de poluentes urbanos também causa problemas no campo. Por exemplo, chuva ácida originada de emissões de bióxido de enxofre em cidades degrada terras agrícolas no campo, assim como contaminam lençóis freáticos, e problemas de poluição do ar em uma cidade podem ser causados por atividades em outras. Os principais incidentes de poluição do ar em Hong Kong nas duas últimas décadas coincidiram com ventos setentrionais que transportaram poluentes das principais áreas industriais em terra firme. Outras atividades ou eventos fora das cidades, como incêndios florestais, podem aumentar os problemas urbanos. A um nível regional, a poluição do ar de cidades misturou-se com a de outras fontes (inclusive poluição interna do ar) para formar ‘nuvens marrons’ atmosféricas sobre a Ásia. essa combinações de aerossóis e carbono parcialmente queimado (ou negro) afetam o clima regional e global, a produção da colheita e a saúde. O impacto desproporcional deste problema em mulheres e crianças impede a participação de mulheres na força de trabalho, e limita as perspectivas das crianças. ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS. A Ásia está altamente vulnerável aos efeitos de alterações climáticas. Com uma grande população em áreas baixas e costeiras, insegurança de água comum, e aproximadamente dois terços das pessoas mais pobres do mundo, a região provavelmente sofrerá grande prejuízo no futuro. Temperaturas máximas crescentes e modelos de precipitação já estão afetando a agricultura e a segurança alimentar, e o efeito destas alterações aumentará até 2030. Por exemplo, prevê-se que os rendimentos de colheitas importantes diminuirão em partes da Ásia em 2,5 a 10 por cento na década de 2020. Maior intensidade rotmanmagazine.ca / 27 Este documento é autorizado apenas para uso para revisão do educador por Oscar Javier Celis Ariza, Universidade Estacio de Sá até Março de 2016. Cópia ou postagem é uma infração de copyright. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 de eventos meteorológicos extremos, incidência de inundação e doença tropical, e declínio de ecossistemas marítimos também preocupam para o futuro próximo. As alterações climáticas servirão para piorar os efeitos negativos de outros problemas ambientais da Ásia, mas estes problemas também contribuem para alterações climáticas. O desflorestamento e as emissões de carbono negro na Ásia são fatores importantes para o aquecimento global, tanto por sua contribuição como também porque sua mitigação pode ser uma opção de baixo custo com benefícios de curto prazo. Fica claro que o processo de aumentar o padrão de vida em toda a Ásia não pode seguir a trajetória com muito carbono definida pelas economias de alta renda de hoje. Mudar para caminho de 'crescimento verde’ reduzirá o impacto dos grandes obstáculos em potencial que resultam de alterações climáticas, como falta de água e insegurança alimentar, refugiados ambientais e conflitos, entre outros. Solução para estes Problemas Problemas graves obstinadamente desafiam soluções simplistas. Uma abordagem mais útil é sugerir um conjunto de objetivos de políticas que podem servir como plataforma para tratar destes problemas, tanto a nível regional como a nível local. Seguem-se sete áreas de foco cujo compromisso estratégico facilitará a gestão de problemas ambientais de Ásia até 2030 e além. 1. COBENEFÍCIOS E CONEXÃO ENTRE PROBLEMAS Uma das principaiscaracterísticas de problemas graves é que eles são de fato compostos por, e relacionados a, muitos outros problemas. Isso apresenta complexidade, mas também oportunidade. As conexões entre problemas ambientais da Ásia, assim como ao desenvolvimento e outros problemas, significam que é possível que uma só medida trate de mais de um resultado negativo, ou alcance benefícios conjuntos. Tal cenário tem algumas vantagens importantes: o valor monetário em termos de bem-estar e benefícios econômicos de uma finança dedicada a soluções tentadas será provavelmente maior; mesmo se um objetivo não for alcançado satisfatoriamente por uma solução com múltiplos objetivos, o outro provavelmente será; e o financiamento e os recursos disponíveis para um problema podem ser usados para tratar o outro quando os meios são menos prevalecentes. Políticos regionais devem, portanto, desviar um pouco dos recursos para identificar onde oportunidades com benefícios conjuntos podem existir e como elas 28/Rotman Management Winter 2015 Podem ser melhor exploradas. As oportunidades para realizar cobenefícios são mais conspícuas quando alterações climáticas estão envolvidas. Por exemplo, • Futuras providências para Redução de Emissões de Desflorestamento e Degradação de Florestas (REDD) podem permitir que os governos de Singapura e da Malásia evitem os impactos do THP sobre a saúde em seus países; • A distribuição de fornos aprimorados nos interesses de mitigação de alterações climáticas também tratam dos impactos de saúde de poluição do ar interna em comunidades de baixa renda; e • A reforma do setor energético e uma mudança na tecnologia renovável podem ser buscados no interesse conjunto de segurança energética, crescimento econômico sustentável e mitigação de alterações climáticas. Um foco nos benefícios conjuntos de mitigação de alterações climáticas deve ser um foco principal da política climática na Ásia e países em desenvolvimento em geral. Até 2030, a arquitetura internacional provavelmente apresentará muitas outras oportunidades semelhantes ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e REDD. Estes devem ser abraçados pelos governos de economias emergentes da Ásia, mesmo onde há custos francos, como imposição de supervisão externa ou reforma estrutural. Fora alterações climáticas, um problema fundamental para políticos da Ásia até 2030 é que problemas ambientais são também problemas de desenvolvimento e crescimento econômico, e como tal, a sustentabilidade ambiental não é um fim em si mesma, mas um importante determinante para futura prosperidade. A passagem da China em direção a uma maior proteção do meio ambiente reflete o aspecto econômico negativo da mentalidade 'desenvolvimento primeiro/meio-ambiente depois’, mesmo após apenas uma década, aproximadamente, da expansão principal. Outras economias na região têm a oportunidade de evitar sofrer esta correção. É por isso que problemas, como poluição da água e do ar, degradação da terra agrícola, desflorestamento e assim por diante são problemas econômicos antes de tudo. Então, por definição, seu tratamento produz situações ‘ganhar-ganhar’. 2. PROCESSOS DE GESTÃO DE BAIXO PARA CIMA Muitos problemas ambientais da Ásia envolvem grupos difusos cujas ações são difíceis de controlar com uma legislação Este documento é autorizado apenas para uso para revisão do educador por Oscar Javier Celis Ariza, Universidade Estacio de Sá até Março de 2016. Cópia ou postagem é uma infração de copyright. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 Até 2030, a demanda de água excederá o fornecimento na China e na Índia em 25 por cento e 50 por cento, respectivamente. centralizada geral. Além disso, a natureza de um problema ambiental será provavelmente diferente em vários locais no mesmo país, ou até em comunidades vizinhas. Por conseguinte, sem a participação de partes interessadas a nível local na sua formulação, as soluções tentadas não serão eficazes, especialmente quando a estrutura para incentivar a mudança de comportamento não é tratada. Quando possível, a participação de partes interessadas no processo de tomada de decisão e na gestão adaptável deve ser encorajada. As partes interessadas terão geralmente uma melhor ideia de como os problemas e suas soluções funcionam e os afetam. Mesmo quando estratégias em larga escala são requeridas, o design de medidas centralizadas deve dar uma ênfase pesada a informações de processos consultivos 'inferiores'. Por exemplo: • Os estímulos financeiros a curto prazo de comunidades a serem envolvidos na perfilagem precisam ser superados para alcançar uma interrupção duradoura do desflorestamento na Indonésia; • A gestão aprimorada de lençóis freáticos na Índia rural exigiria alguma forma de cooperação entre os usuários do lençol freático, possivelmente através de gestão de comunidades; e • Habitações rurais provavelmente não adotarão fornos melhorados a menos que eles pensem ser alternativas viáveis e aprimoradas aos métodos tradicionais. O impacto de represas em comunidades ribeirinhas no Mekong, a gestão de lençóis freáticos na Índia, e a escolha de atividades de florestamento nas regiões áridas da China são problemas que terão resultados ambientais aprimorados pelo compromisso direto das partes locais interessadas. 3. PESQUISA CIENTÍFICA O processo de priorizar certas medidas a partir de uma solução infinita definida deve ser informado pelas melhores informações possíveis, portanto suporte atual de pesquisa científica facilitará a gestão adaptável enquanto os problemas se desenvolvem e soluções são procuradas. Por exemplo, um determinante crítico dos impactos de prosperidade das represas do Mekong será a efetividade das escadas de peixe para espécies migratórias. Sem pesquisa prévia sobre este problema, decisões informadas são impossíveis. Do mesmo modo, uma avaliação científica antes do estabelecimento de plantações em larga escala nas zonas áridas do norte da China evitaria os impactos negativos na hidrologia do solo que ocorreram desde então. Conexões maiores entre instituições de pesquisa na Ásia apoiarão a disseminação de conhecimento sobre problemas relacionados. 4. PLANEJAMENTO O planejamento proativo, ao invés de reativo, será crucial para a gestão eficaz. Políticas que tratam apenas o estado atual de um problema ambiental serão provavelmente ineficazes se e quando o problema se expandir. Por exemplo, medidas tratando de poluição do ar nas principais cidades devem levar em conta a expansão urbana e uma população mais rica no futuro e, consequentemente, crescente demanda de veículos. Fazer planejamentos para a crescente demanda de água também será crucial nas duas próximas décadas. A importância de planejar é especialmente significativa para alterações climáticas. Medidas tomadas para uma economia de baixo carbono na Ásia até 2030 terão grande influência nas extensões futuras de alterações climáticas globais. Medidas de curto prazo, como reforma de cálculo de preço de energia, reduzirão o nível da reestruturação requerido depois que estas economias tornaram-se muito maiores. Além disso, as alterações climáticas tornarão a segurança da água um desafio muito maior no futuro, em particular na Índia e na China. Planejar tais eventos com antecedência e tratar esses problemas antes que eles piorem evitarão o escalamento de impactos negativos. 5. CÁLCULO DE PREÇO A maior parte dos problemas ambientais são exemplos de 'falha do mercado’, pelo qual os custos ambientais são pouco representados no preço de mercadorias, serviços e acesso a recursos. O aumento de preços para refletir estes custos levará invariavelmente a uma menor 'demanda' para degradação ambiental.Exemplos de grandes discrepâncias entre preços, ou custos privados, e os custos sociais abundam em toda a Ásia. Em nossos estudos de caso, a conexão estava especialmente clara no caso da excessiva degradação de lençol freático na Índia, e da mitigação de alterações climáticas na China. De fato, quando se trata de energia e água, os preços muitas vezes não conseguem refletir os custos econômicos, quem dirá os ambientais. Naturalmente, um dos motivos de por que os problemas ambientais da Ásia são graves é precisamente porque as reformas de preço necessárias para resolvê-los são difíceis de implementar. A reforma de cálculo de preços de energia, por exemplo, pode ser uma das reformas mais sensíveis que um governo pode tentar rotmanmagazine.ca / 29 Este documento é autorizado apenas para uso para revisão do educador por Oscar Javier Celis Ariza, Universidade Estacio de Sá até Março de 2016. Cópia ou postagem é uma infração de copyright. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 A maior parte dos problemas ambientais são exemplos de 'falha de mercado’, onde os custos ambientais estão pouco representados no preço de mercadorias e serviços. empreender. No entanto, se alguém estiver procurando soluções, as oportunidades de retificar importantes discrepâncias entre custos privados e sociais devem ser tomadas. 6. SOLUÇÕES PARA CORRUPÇÃO Um principal determinante de uma legislação ambiental eficaz é, naturalmente, a qualidade do regulador. A corrupção permanece um generalizado estorvo a uma melhor proteção do meio- ambiente. Seja uma sanção em alto nível de grilagem em florestas, estatísticas ambientais fraudadas, ou subornos a funcionários locais para a não aplicação de leis nacionais, a corrupção evolvendo funcionários públicos facilita o uso de recursos não sustentáveis ao longo da Ásia. A corrupção é um problema grave por si só, mas dar atenção a este problema fortalecerá a efetividade de todas as outras estratégias de gestão delineadas acima. Objetivos importantes incluem estabelecer reguladores independentes, cooperação com um setor de ONG irrestrito, maior transparência, e democratização institucional em todos os níveis. 7. GESTÃO COOPERATIVA Os mecanismos de gestão cooperativa serão importantes para evitar qualquer conflito sobre o uso de recursos compartilhados, em particular entre estados. Fóruns como a Comissão do Rio Mekong e outros na região devem servir como local de reunião importante para que os estados compartilhem informações e negociem. A criação de instituições compartilhadas ou acordos antes da materialização completa de problemas políticos em potencial — como a hidrologia em mudança dos rios que nascem no Tibete e no Himalaia — ajudará uma gestão adaptável e mutuamente benéfica. A nível de comunidade, a gestão cooperativa de um recurso compartilhado, como lençóis freáticos, pode ajudar a criar características de 'bem público' em que usuários individuais não têm nenhum interesse próprio em perseguir pessoalmente modelos de uso sustentáveis. Um componente importante da gestão cooperativa será uma função central para instituições regionais. Os pesquisadores acentuaram a importância de que 'instituições de fronteiras’ tratam de problemas graves. Tais instituições atuam como um conduto entre provedores de conhecimento (ex: pesquisadores científicos) e usuários do conhecimento (ex: políticos, gerentes de recurso, e o público). No Banco de Desenvolvimento Asiático (ADB), a região já tem uma instituição principal que cumpre esta função. Enquanto os 30/Rotman Management Winter 2015 problemas ambientais da Ásia crescem, o ADB deve estender as suas atividades para tratar, com as estratégias de gestão aqui delineadas. Instituições políticas e econômicas, como ASEAN e APEC terão de incorporar cada vez mais problemas ambientais dentro de sua agenda — não somente em palavras, mas em ações que refletem a significância destes problemas para crescimento regional e estabilidade. Concluindo Uma Ásia próspera, desenvolvida e segura precisa de água, ar limpo, florestas, e terra arável. Sob as tendências atuais, os componentes da base de recursos aqui discutidos estão sob ameaça de declinarem substancialmente enquanto população e a renda per capita crescem. A segurança alimentar, a saúde humana, e a cooperação regional devem enfraquecer se os recursos naturais não forem protegidos. Soluções prescritivas e simplistas não serão eficazes, e podem trazer problemas piores. O melhor que se pode articular é um grupo de princípios que possam ser úteis para vários destes problemas. As sete estratégias prescritas certamente não são uma lista exaustiva, e sua importância relativa variará. Mas uma coisa é certa: o nível em que ações preventivas tenham prioridade sobre reações forçadas determinará o ônus da degradação ambiental no desenvolvimento econômico asiático até 2030.. Stephen Howes e Paul Wyrwoll são diretor e pesquisador, respectivamente, no Centro de Política de Desenvolvimento, Faculdade de Crawford, Universidade Nacional Australiana. O documento do qual este artigo foi extraído foi preparado para o estudo do Asian Development Bank/Asian Development Bank Institute, “The Role of Key Emerging Economies — ASEAN, the People Republic of China, and India — for a Balanced, Resilient and Sustainable Asia”.