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AULA 12 - PCA (Programa de Conservação Auditiva)

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PCA (Programa de Conservação Auditiva)
Matéria: Programa de Controle e Monitoramento
Professora: Anelise Anunziato Garcia
INTRODUÇÃO
Um dos órgãos do corpo humano mais agredido no trabalho é a audição. 
Por não poder ser visto, o ruído muitas vezes é ignorado como risco causador de danos. 
Ditado: “As pessoas só dão valor á algo quando o perdem”.
Muitos trabalhadores têm perdido a audição gradativamente e o pior é que muitos deles até tem os EPI à sua disposição, mas, preferem não usá-lo. Não acreditam no risco, não acreditam na possibilidade de perder a audição.
O QUE É PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
Ele traz benefício a quem é portador de perda auditiva ou não. 
Objetivo: prevenir as perdas auditivas, e até estabilizar as perdas já acentuadas em decorrência da exposição ocupacional ao ruído. 
QUEM ELABORA O PCA?
 A NR 7 diz:
– 3.3. O exame audiométrico será executado por profissional habilitado, ou seja, médico ou fonoaudiólogo, conforme resoluções dos respectivos conselhos federais profissionais. 
A Ordem de Serviço 608 do INSS é a diretriz brasileira mais profunda que existente sobre o PCA (Programa de Conservação Auditiva) e sobre o PAIR (Perda Auditiva Induzida Pelo Ruído).
NA PRÁTICA
O médico ou fonoaudiólogo exerce papel importante no PCA. É ele que tem contato direto com o trabalhador. E através dos exames próprios como audiometria avalia o nível de audição de cada trabalhador.
Com o passar do tempo e com a realização de exames audiométricos periódicos o fonoaudiólogo consegue determinar se o trabalhador ou o grupo de trabalhadores está tendo alguma alteração na audição.
Fonoaudiólogo juntamente com a equipe de segurança do trabalho (SESMT, CIPA, etc) determinarão as medidas preventivas e corretivas necessárias.
As medidas necessárias para a correção de problemas variam de acordo com o problema, exemplo: 
Vale lembrar que nosso corpo perde audição gradativamente ao longo dos anos, isso é normal. O problema é quando a perda natural é aumentada devido à exposição ao ruído ocupacional. 
Exame audiométrico – Cuidados a serem observados
Para avaliar se a exposição ao ruído trouxe danos ao trabalhador da empresa, é estabelecida a necessidade da realização das audiometrias e até exames complementares definidos pelo médico do trabalho.
 No entanto, em função das características do exame audiométrico, resultados alterados podem ocorrer mesmo sem o trabalhador ter perda auditiva.
 Isto ocorre por diversos motivos que devem ser observados:
Algumas empresas não utilizam a cabine acústica ou mesmo utilizando, para facilitar a análise, realizam as avaliações na própria empresa, em locais onde o barulho externo acaba interferindo na avaliação do trabalhador;
Caso o trabalhador esteja gripado, há a possibilidade de resultados alterados;
Caso o trabalhador não tenha tido o descanso acústico de 14 horas, os valores não serão 100% confiáveis;
O exame depende muito da atenção do avaliador e do avaliado;
Nem sempre o avaliador realiza a meatoscopia, ou seja, visualiza o canal auditivo para verificar problemas, como por exemplo, “rolha de cera”;
Algumas empresas não se preocupam em solicitar o certificado de calibração do audiômetro. 
IMPORTANTE: O exame de audiometria não substitui em hipótese alguma a necessidade do uso de EPIs. Se o ambiente foi analisado e constatado nível de ruído elevado, a implantação de EPCs e o uso de EPIs é fundamental para evitar a perda auditiva. 
Em função de todas estas variáveis acabamos tendo casos de perda auditiva sem que o trabalhador tenha realmente o problema. 
É interessante verificar junto ao médico do trabalho a necessidade de refazer os exames, principalmente nos resultados que dessem alterados pela primeira vez para podermos confirmar o problema.
PARCERIAS
O setor de segurança do trabalho deve andar junto com o médico ou fonoaudiólogo na busca por sanar os problemas encontrados e as perdas auditivas decorrentes do trabalho. 
O trabalho em parceria é a fórmula para ter forças unificadas em busca das soluções necessárias. 
Importante: Todos os exames médicos oferecidos pela empresa aos funcionários devem estar listados no PCMSO.
Exemplos de trabalho em parceria na luta contra os males causados pelo ruído ocupacional. 
PERIODICIDADE DA AUDIOMETRIA NO PCA
Nr-7 diz:
3.4.1. O exame audiométrico será realizado, no mínimo, no momento da admissão, no 6º (sexto) mês após a mesma, anualmente a partir de então, e na demissão.
3.4.1.1. No momento da demissão, do mesmo modo como previsto para a avaliação clínica no item 7.4.3.5 da NR -7, poderá ser aceito o resultado de um exame audiométrico realizado até:
a) 135 (cento e trinta e cinco) dias retroativos em relação à data do exame médico demissional de trabalhador de empresa classificada em grau de risco 1 ou 2;
b) 90 (noventa) dias retroativos em relação à data do exame médico demissional de trabalhador de empresa classificada em grau de risco 3 ou 4 .
VANTAGENS
A grande vantagem do PCA é agir com foco direcionado ao problema. Assim a chance de sucesso na implantação das medidas corretivas e preventivas é altíssima.
 E o comprometimento da equipe responsável precisa ser o máximo.
Tal como o PPRA o PCA precisa ter ações que alterem a exposição aos riscos na medida do possível. De nada adianta ter uma visão clara do problema, se não houver ação, não é mesmo?
BENEFÍCIO À EMPRESA
Benefício direto: aumento da produtividade do empregado, pela redução do estresse e fadiga, relacionados à exposição ao ruído. 
Diminuição do índice de acidentes na empresa: ganhos monetários diretos e indiretos. 
Manutenção da imagem da empresa: prática de políticas que dizem respeito à saúde e segurança dos funcionários.
BENEFÍCIO À EMPRESA
Versatilidade dos empregados: aumento das possibilidades de mobilidade de função, reduzindo gastos extras devidos a novas contratações e treinamentos. 
Redução da rotatividade de pessoal: melhoria do relacionamento entre os funcionários.
 Redução de gastos: prevenção de perdas de dinheiro por possíveis pagamentos de indenizações.
BENEFÍCIO AO TRABALHADOR
Melhoria da qualidade de vida: a perda auditiva afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, que é essencial para viver bem em sociedade. 
Redução dos impactos no organismo: menor nervosismo, estresse, doenças cardiovasculares e outros males ocasionados pela exposição excessiva ao ruído. 
Melhoria no trabalho: habilidade em dar e receber orientações, utilizar o telefone, ouvir sinais de alerta e sons de máquinas, aumento das chances de mobilidade de função dentro da empresa. 
Disponibilidade para o mercado: a perda auditiva diminui o potencial do indivíduo em conseguir um novo emprego.
CABE À EMPRESA QUANTO AO EPI
adquirir o adequado ao risco de cada atividade; 
exigir seu uso;
fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; 
substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; 
responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
CABE AO TRABALHADOR QUANTO AO EPI
usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; 
responsabilizar-se pela guarda e conservação; 
comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; 
cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 
PASSOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PCA
Documento Base:
O Documento-base será a parte inicial do Programa de Conservação Auditiva. Ele irá agrupar todas as informações e deve conter a política da empresa referente à proteção auditiva em particular e à saúde do trabalhador no geral; 
deve definir as responsabilidades de cada pessoa envolvida no PCA;
 deve enumerar os procedimentos escritos que são partes do PCA (Monitoramento da exposição, testes audiométricos, seleção dos protetores auditivos, uso, higienização,guarda e manutenção, treinamentos dos envolvidos);
 deve ser avaliado e conter um plano de ação para implementação ou melhorias no sistema.
Os procedimentos abaixo estão baseados nos requerimentos apresentados pela OSHA (Occupational Safety and Health Administration) nos USA para a elaboração de um PCA e no que está estabelecido no documento da FUDACENTRO – Programa de Proteção Respiratória – Recomendações para Seleção, Manutenção e Uso de Equipamentos de Proteção Respiratória, como as etapas mínimas que também poderiam ser aplicadas em um Programa de Conservação Auditiva:
Avaliação da exposição (OSHA e FUNDACENTRO); 
Seleção dos Protetores Auditivos (OSHA e FUNDACENTRO); 
Distribuição de protetores auditivos (FUNDACENTRO); 
Limpeza, higienização, armazenamento e manutenção (FUNDACENTRO);
 Treinamento (OSHA e FUNDACENTRO); 
Monitoramento do uso (FUNDACENTRO); 
Exame médico – Audiometrias (OSHA e FUNDACENTRO);
Avaliação da Exposição
Todas as áreas de trabalho onde haja presença de ruído e trabalhadores expostos devem ser avaliadas com métodos apropriados de análise quantitativa.
Elabore um procedimento escrito que defina claramente como é feito o monitoramento de risco na empresa
Utilizando-se de técnicas e instrumentos de acuidade e precisão reconhecidos como próprios para o tipo de avaliação que se deseja executar
Seleção dos Protetores Auditivos
considerar os fatores relativos às características pessoais do trabalhador e das atividades por ele realizadas. 
O procedimento deve contemplar:
 a escolha do melhor protetor auditivo, 
tipo de ambiente onde será utilizado o protetor,
outros contaminantes presentes
necessidade de compatibilidade com uso de outros EPI’s
conforto proporcionado ao usuário, vedação no canal auditivo, tipo de trabalho executado, entre outros
Distribuição dos Protetores Auditivos
Deve ser definida uma planilha de controle de distribuição de protetores auditivos, contendo informações mínimas, tais como:
Nome do usuário, 
Situação de risco/exposição, 
Data das retiradas,
Modelo utilizado,
Parte substituída,
 Motivo da substituição, 
Comentários...
Limpeza, higienização, armazenamento e manutenção
Este documento deve mencionar como e por quem será realizada a manutenção dos equipamentos. 
Cada tipo ou modelo de Protetor Auditivo exige diferentes níveis de manutenção, limpeza e higienização. 
Estes procedimentos de manutenção muitas vezes constam na embalagem dos produtos ou são disponibilizados através de bulas ou dados técnicos fornecidos pelo fabricante do Equipamento de Proteção Individual (EPI). 
Treinamento
Todos os trabalhadores de áreas ou atividades que requerem o uso de protetores auditivos deverão ser instruídos sobre suas responsabilidades no PCA.
 Eles devem ser treinados sobre a necessidade, uso, limitações e cuidados com os protetores. 
O conteúdo específico do treinamento deverá ser provido por instrutor habilitado e com formação mínima de Técnico de Segurança do Trabalho. 
Treinamento deve ser realizado a cada 12 meses.
Exame médico – Audiometrias 
Outro papel fundamental do médico/fonoaudiólogo é o de permitir ou restringir o uso de um determinado Equipamento de Proteção. 
Ele deve informar se o trabalhador está apto ou não ao uso do Equipamento. 
O objetivo é assegurar que o trabalhador se encontra física e psicologicamente habilitado a executar suas atividades e utilizar o Protetor Auditivo.
ATIVIDADE
Um Programa de Conservação Auditiva – PCA eficaz
Necessita da realização de um tratamento acústico em todas as fontes sonoras, para ser validado.
Deve ser um Programa global, abrangendo todos os setores da empresa, dispensando assim, a quantificação da exposição ao ruído.
Tem como premissa básica a substituição do maquinário por outro menos ruidoso.
Pode ser realizado com a manutenção de máquinas e equipamentos (por meio de ajustes e lubrificação) e por medidas administrativas com a redução da dose diária de exposição ao ruído.
Deve desconsiderar a proteção individual com o uso de protetores auditivos, ficando exclusivamente na proteção coletiva.

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