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PDF Trabalho final seminário - tintas - 10

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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – FATECS 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
NATÁLIA BARROS VIANNA DE OLIVEIRA – RA: 21259661 
PAULO HENRIQUE DE SOUSA PEREIRA – RA: 21259644 
RAFAEL BASTOS – RA: 21259735 
RODRIGO BARCENA – RA: 21468406 
ISABELLA KOENIGKAN VIEIRA MACHADO – RA: 21334959 
LUIZ FERNANDO BASTOS CASTILHO – RA: 21340632 
RAQUEL SOUZA – RA: 21383864 
 
 
 
TINTAS, VERNIZES, LACAS E ESMALTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASÍLIA, 2014 
NATÁLIA BARROS VIANNA DE OLIVEIRA – RA: 21259661 
PAULO HENRIQUE DE SOUSA PEREIRA – RA: 21259644 
RAFAEL BASTOS – RA: 21259735 
RODRIGO BARCENA – RA: 21468406 
ISABELLA KOENIGKAN VIEIRA MACHADO – RA: 21334959 
LUIZ FERNANDO BASTOS CASTILHO – RA: 21340632 
RAQUEL SOUZA – RA: 21383864 
 
 
 
TINTAS, VERNIZES, LACAS E ESMALTES 
 
 
 
 
Pesquisa apresentada como Conceito de 
Avaliação Parcial em Materiais de 
Construção Civil. 
 
Prof.: M.Sc. Irene Joffily. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASÍLIA, 2014 
SUMÁRIO 
1	
   INTRODUÇÃO	
  ............................................................................................................................................	
  6	
  
2	
   REVISÃO	
  BIBLIOGRÁFICA	
  .....................................................................................................................	
  7	
  2.1	
   CONSTITUÍNTES	
  BÁSICOS	
  DAS	
  TINTAS	
  .................................................................................................................	
  7	
  
2.1.1	
   Resina	
  ...................................................................................................................................................................	
  7	
  
2.1.2	
   Aditivo	
  ..................................................................................................................................................................	
  7	
  
2.1.3	
   Pigmento	
  .............................................................................................................................................................	
  8	
  
2.1.4	
   Solvente	
  .............................................................................................................................................................	
  11	
  2.2	
   PROCESSO	
  DE	
  FABRICAÇÃO	
  .................................................................................................................................	
  11	
  2.3	
   TINTAS	
  E	
  VERNIZES	
  UTILIZADOS	
  NA	
  CONSTRUÇÃO	
  CIVIL	
  ..............................................................................	
  12	
  
2.3.1	
   Classificação	
  ....................................................................................................................................................	
  12	
  
2.3.2	
   Principais	
  constituintes	
  dos	
  sistemas	
  de	
  pintura	
  ............................................................................	
  18	
  
2.3.3	
   Tipos	
  de	
  sistemas	
  de	
  pintura	
  ...................................................................................................................	
  19	
  
2.3.4	
   Principais	
  tipos	
  de	
  tintas	
  ...........................................................................................................................	
  20	
  
2.4.4.1	
   Tintas	
  látex	
  acrílicos	
  e	
  PVA	
  ...................................................................................................................	
  20	
  
2.3.5	
   Lacas	
  ...................................................................................................................................................................	
  20	
  2.4	
   SISTEMAS	
  ALQUÍDICOS	
  .........................................................................................................................................	
  23	
  
2.4.1	
   Esmalte	
  sintético	
  ...........................................................................................................................................	
  23	
  
2.4.2	
   Verniz	
  .................................................................................................................................................................	
  26	
  2.5	
   DURABILIDADE	
  ......................................................................................................................................................	
  29	
  
2.5.1	
   Variáveis	
  ambientais	
  ...................................................................................................................................	
  29	
  
2.5.1.1	
  	
   Luz	
  ..................................................................................................................................................................	
  29	
  
2.5.1.2	
  	
   Calor	
  ...............................................................................................................................................................	
  29	
  
2.5.1.3	
  	
   Umidade	
  .......................................................................................................................................................	
  29	
  
2.5.2	
   Manutenção	
  e	
  Conservação	
  ......................................................................................................................	
  29	
  2.6	
   PATOLOGIAS	
  ...........................................................................................................................................................	
  30	
  
2.6.1	
   Calcinação	
  ........................................................................................................................................................	
  30	
  
2.6.2	
   Eflorescência	
  ...................................................................................................................................................	
  30	
  
2.6.3	
   Desagregamento	
  ...........................................................................................................................................	
  31	
  
2.6.4	
   Saponificação	
  .................................................................................................................................................	
  31	
  
2.6.5	
   Manchas	
  ocasionadas	
  por	
  pingos	
  de	
  chuva	
  ......................................................................................	
  31	
  
2.6.6	
   Fissuras	
  .............................................................................................................................................................	
  32	
  
2.6.7	
   Descascamento	
  ..............................................................................................................................................	
  32	
  
2.6.8	
   Bolhas	
  ................................................................................................................................................................	
  32	
  
2.6.9	
   Bolhas	
  na	
  repintura	
  .....................................................................................................................................	
  32	
  
 
4 
 
2.6.10	
   Manchas	
  amareladas	
  ...............................................................................................................................	
  32	
  
2.6.11	
   Manchas	
  e	
  retardamento	
  de	
  secagem	
  em	
  pintura	
  ou	
  envernizamento	
  de	
  madeiras	
  ..	
  32	
  
2.6.12	
   Trincas	
  e	
  má	
  aderência	
  em	
  madeiras	
  ...............................................................................................33	
  
2.6.13	
   Escorrimento	
  ................................................................................................................................................	
  33	
  
2.6.14	
   Secagem	
  deficiente	
  ....................................................................................................................................	
  33	
  
2.6.15	
   Enrugamento	
  ...............................................................................................................................................	
  33	
  
2.6.16	
   Mofo	
  .................................................................................................................................................................	
  33	
  
3	
   MANUSEIO	
  E	
  UTILIZAÇÃO	
  ..................................................................................................................	
  35	
  3.1	
   PREPARO	
  DE	
  SUPERFÍCIES	
  ...................................................................................................................................	
  36	
  3.2	
   PRÉ	
  TRATAMENTO	
  DA	
  SUPERFÍCIE	
  PARA	
  APLICAÇÃO	
  DA	
  TINTA	
  EM	
  PÓ	
  ......................................................	
  37	
  3.3	
   PROCESSOS	
  DE	
  APLICAÇÃO	
  DA	
  TINTA	
  EM	
  PÓ	
  ....................................................................................................	
  37	
  
3.3.1	
   Leito	
  fluido	
  .......................................................................................................................................................	
  37	
  
3.3.2	
   Leito	
  fluido	
  eletrostático	
  ...........................................................................................................................	
  37	
  
3.3.3	
   Pulverização	
  eletrostática	
  ........................................................................................................................	
  38	
  3.4	
   VERNIZ	
  ....................................................................................................................................................................	
  38	
  
4	
   CONSIDERAÇÕES	
  FINAIS	
  ....................................................................................................................	
  39	
  
5	
   REFERÊNCIAS	
  BIBLIOGRÁFICAS	
  ......................................................................................................	
  40	
  
RESUMO 
 
Este trabalho propõe apontar os diferentes tipos de tinta e sua aplicação na 
construção civil, demonstrando suas utilizações adequadas nas diversas áreas de 
sua aplicabilidade. Também foram destacadas as patologias e suas correções. 
Existem normas que regularizam esse serviço, tanto em sua classificação, quanto 
aos ensaios laboratoriais, e aplicação em cada meio, como industriais, edificações 
residenciais e aeroportos. A aplicação nas variadas superfícies é diferenciada. Cada 
uma delas, necessita de tratamentos e matérias específicos para um resultado 
satisfatórios, não só para a entrega da obra, mais a longo prazo, evitando possíveis 
patologias. Conclui-se que a má determinação do tipo de tinta, traz problemas que 
exigem novos gastos, com a mão de obra e compra de materiais, além da 
insatisfação do cliente. Dessa maneira, é ressaltada a importância da escolha certa 
do material, a aplicação adequada observando as especificações do fabricante, e 
também, a utilização de mão de obra qualificada para este tipo de serviço. 
 
Palavras-Chave: Tintas. Vernizes. Lacas. Esmaltes.
 
6 
 
1 INTRODUÇÃO 
Sabe-se que o uso das tintas no mundo começou há muito tempo em todas 
as áreas. Pode-se dizer que este produto é de extrema importância nos dias de hoje 
principalmente na area da Construção Civil, uma vez que é responsável por 
praticamente todo o acabamento de um Empreendimento. 
Este trabalho terá como tema o uso de tintas, vernizes, lacas e esmaltes na 
contrução civil. Será abordado desde sua produção até o seu uso, de suas 
aplicações e características. A laca é um produto que não tem um uso tão 
recorrente, porém oferecem características importantes e que merecem ser 
avaliadas. 
Desde o começo da utilização do Verniz nas construções, o objetivo era de 
ressaltar o brilho da madeira, ao passar do tempo vendo que houve um aumento na 
vida útil da madeira, observou-se que além da estética o verniz poderia ser capaz de 
proteger o substrato contra intemperismos e desgastes naturais. Como a 
funcionalidade foi se alterando com o tempo, teve-se a necessidade de elaborar 
diversos tipos de vernizes com características diferentes que tivessem o melhor 
desempenho para um substrato especifico. 
 
 
 
7 
 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1 Constituíntes básicos das tintas 
 
2.1.1 Resina 
 
 A resina serve para aglomerar as partículas de pigmentos. Além disso, indica 
o tipo de tinta ou revestimento empregado. Um exemplo são as tintas acrílicas, 
alquídicas e epoxídicas, cada uma é determinada pelo tipo de resina. Antigamente 
as resinas eram à base de compostos naturais, vegetais, como as resinas obtidas de 
árvores. Nos dias de hoje são obtidas através das indústrias químicas e de petróleo 
por meio de reações complexas, originando polímeros que conferem às tintas, 
propriedades de resistência e durabilidade muito superior às antigas (PESSANHA, 
1991 apud PARREIRA, 2010). 
 
2.1.2 Aditivo 
 
 O aditivo é o ingrediente que, quando adicionado às tintas, proporciona 
características especiais à elas mesmas ou melhorias em suas propriedades. Auxilia 
também nas diversas fases da fabricação e confere características necessárias à 
aplicação. Existe uma variedade enorme de aditivos usados na indústria de tintas e 
vernizes, como: secantes, antisedimentantes, espessantes, antipele e 
antiespumante (PARREIRA, 2010). 
Parreira (2010) cita ainda alguns grupos de aditivos e suas respectivas 
funções no processo de produção de tintas: 
 
• Secante: Agiliza a celeridade de secagem; 
• Anti-sedimetante: Contém a sedimentação dos pigmentos; 
• Espessante: Usado para corrigir a viscosidade final; 
• Antipele: São anti-oxidantes para conter a formação de pele nas tintas; 
• Antiespumante: Elimina vazios mediante diminuição da tensão superficial. 
 
8 
 
 
2.1.3 Pigmento 
 
Os pigmentos são substâncias sólidas existentes na natureza ou produzida 
quimicamente, que absorvem, refratam e refletem os raios luminosos incidentes 
sobre ela. São três as categorias de pigmentos: inorgânicos (dióxido de titânio), 
orgânicos (azul ftalocianinas azul e verde) e de efeito (alumínio metálico) (HOUAISS; 
VILLAR, 2001 apud PARREIRA, 2010). 
 
São três as categorias básicas de pigmentos: 
 
1. Pigmentos básicos: 
 Os pigmentos básicos são aqueles que proporcionam a brancura e as cores 
das tintas. Estes componentes são também a principal fonte do poder de cobertura. 
 
- Dióxido de titânio (TiO2): 
O dióxido de titânio é o principal pigmento branco e possui as seguintes 
características: 
• Este pigmento proporciona uma melhor brancura ao dispersar a luz. 
• É um componente que proporciona brancura e poder de cobertura em tintas 
foscas e brilhantes, tanto úmidas como secas ou reumedecidas. 
 
 O uso de um extensor (ou carga) correto garante o espaçamento adequado 
das partículas de TiO2, e isto serve para evitar o acúmulo e a perda do poder de 
cobertura, especialmente em tintas foscas ou acetinadas. 
 As tintas para ambientes externos com TiO2 têm maior tendência à 
calcinação do que a maioria dos pigmentos coloridos. 
 
- Pigmento polímero esférico opaco: 
O pigmento polímero esférico opaco é o segundo pigmento branco mais usado.Este pigmento é usado em conjunto com o TiO2 para proporcionar dispersão e 
espaçamento adicionais. 
 
9 
 
• Este pigmento pode ajudar a reduzir o custo de formulação da tinta e aprimorar 
certos aspectos referentes á qualidade. 
 
2. Pigmentos coloridos: 
Os pigmentos coloridos proporcionam cor pela absorção seletiva da luz. 
Os principais tipos de pigmentos coloridos são: 
- Orgânicos: 
Incluem os de cores mais brilhantes, alguns dos quais são bastante duráveis 
no uso em ambientes externos. Temos como exemplos de pigmentos orgânicos o 
azul e o amarelo. 
 
- Inorgânicos: 
Geralmente não são tão brilhantes quanto as cores orgânicas (muitos são 
descritos como cores terrosas), são os pigmentos para ambientes externos mais 
duráveis. Os exemplos de pigmentos inorgânicos são o óxido de ferro vermelho, o 
óxido de ferro marrom e o óxido de ferro amarelo. 
Os pigmentos coloridos são combinados em dispersões líquidas chamadas 
corantes, que são adicionadas às bases de pigmentação em mixing machine 
(máquinas comandadas por computadores, usadas para se obter uma determinada 
cor) nos pontos de venda. Na fábrica, os pigmentos de cor são usados nas formas 
de pó seco ou líquido no preparo de tintas pré-embaladas. 
 
3. Pigmentos extendedores (ou "carga”): 
 Este tipo de pigmento proporciona volume a um custo relativamente pequeno, 
além de oferecerem um poder de cobertura muito menor do que TiO2 e interferirem 
em diversas características, incluindo brilho, resistência à abrasão e retenção 
exterior de cor, entre outras. 
 Algumas das cargas usadas mais freqüentemente são: 
 
- Argila: 
 
10 
 
Silicatos de alumínio (também chamados de caulim ou argila da China) são 
usados principalmente em pinturas de ambientes internos, mas também em algumas 
pinturas em ambientes externos. 
Calcinada (aquecida para remover a água e criar ligação entre as partículas e 
o ar), a argila proporciona maior poder de cobertura que a maioria das cargas em 
tintas porosas; quando a argila é delaminada é aumentada a resistência à manchas 
no caso das tintas. 
 
- Sílica e silicatos: 
Proporcionam excelente resistência à escovação e à abrasão. Muitos deles 
têm grande durabilidade em pinturas de ambientes externos. 
 
- Sílica diatomácea: 
É uma forma de sílica hídrica que consiste em antigos organismos 
unicelulares fossilizados. É usada para controlar o brilho em tintas e vernizes. 
 
- Carbonato de calico: 
Também chamado de giz, é um pigmento de uso geral, tem baixo custo e 
reduzido poder de cobertura, usado tanto em tintas para ambientes externos como 
para as tintas caracterizadas para ambientes internos. 
 
- Talco: 
Conhecido como silicato de magnésio, é uma carga de uso geral 
relativamente macio usado em tintas para ambientes externos e internos. 
- Óxido de zinco 
É um pigmento reativo muito útil por sua resistência a mofo (bolor), como 
inibidor de corrosão e bloqueador de manchas. É usado principalmente em fundos e 
em pinturas de ambientes externos. 
 
 
11 
 
 
 
2.1.4 Solvente 
 
Cita Pessanha (1991) que solvente é um líquido volátil, geralmente com baixo 
ponto de ebulição, utilizado nas tintas para dissolver e homogeneizar seus 
componentes. Dessa forma, modifica a viscosidade, melhora a aplicação na tinta e 
controla a velocidade de formação do filme para melhor otimizar as propriedades do 
mesmo. Eles são classificados em relação à sua atividade que é a capacidade de 
dissolverem uma resina específica e são classificados de acordo com o autor em: 
 
• Solvente Ativo: Maior poder de redução na tinta (ésteres e cetona); 
• Solvente Latente: Alcoóis. 
• Solvente Diluente: Usado para reduzir o custo pelo aumento de volume na 
tinta (hidrocarbonetos). 
2.2 Processo de fabricação 
Parreira (2010) diz que a boa formulação é, sem dúvida, a primeira barreira 
contra defeitos. A ordem em que os materiais são adicionados, e sua velocidade, 
além dos tipos e condições dos equipamentos e métodos de ensaio, devem estar 
claramente apontados. 
A mistura dos compostos das tintas em equipamentos de alta precisão é feita 
logo em seguida, e recebe o nome de pré-mistura. Essa mistura irá para a moagem, 
onde a pasta obtida passa pelo moinho para destruir os aglomerados de pigmentos, 
formando assim pequenas partículas (PARREIRA, 2010). 
O autor cita ainda que o produto conseguido na moagem fica armazenado em 
tanques, e será levado para os dispersores, equipamentos estes que completarão a 
formulação através da adição de aditivos que ainda forem necessários. 
 
O tingimento é a etapa onde se corrige o a tonalidade da cor da tinta 
conforme o padrão estabelecido. Após essa etapa, a tinta é inspecionada 
rigorosamente e o produto é analisado quanto à viscosidade, brilho, cobertura, cor e 
 
12 
 
secagem. Após aprovação é liberado para ser embalado e comercializado 
(PARREIRA, 2010). 
 
2.3 Tintas e vernizes utilizados na construção civil 
 
2.3.1 Classificação 
 
Freire (2006) informa que é importante conhecer bem os produtos para se 
fazer uma especificação adequada. A seguir estão listados, os principais e suas 
aplicações: 
 
-- LÁTEX PVA - (acetato de polivinila): Possui grande rendimento e durabilidade. 
Proporciona um acabamento fosco aveludado e garante um exelente desempenho 
nas repinturas. É indicada para pinturas sobre superfícies de reboco, massa corrida, 
massa acrílica, texturas, gesso, madeiras, tanto internas como externas (FREIRE, 
2010). 
Fundo: 
O Selador PVA pigmentado ou incolor – É utilizado para corrigir a absorção e 
evitar o propagação de contaminantes do substrato para o filme; 
O Fundo preparador de parede (base solvente ou base água) – Tem como função 
promover a adequação química (base e ácido), corrigir a pulverulência (agregado 
miúdo desagregrado do substrato) e a absorção. (FREIRE, 2010). 
Intermediário: 
Massa PVA (massa corrida) – Nivela a superfície, tornando-a 
suficientementelisa. É adequada somente ao uso interno. Em ambientes externos, 
está sujeita à solubilização na presença de água, acarreta o desprendimento do 
substrato. (FREIRE, 2010). 
Acabamento: 
Tinta PVA - É utilizado no acabamento do sistema de pintura. 
Especiais: 
 
13 
 
Regulador de brilho - Aumenta o brilho da tinta e sua lavabilidade. Deve ser 
usado somente em ambientes internos já sua exposição à forte incidência de raios 
solares, comum nos ambientes externos, causa seu amarelamento. (FREIRE, 2010). 
 
-- ACRÍLICA: A Tinta Acrílica é indicada para superfícies de alvenaria interna e 
externa. Possui acabamentos como semibrilho e fosco. 
 Este tipo de tinta pode produzir texturas que são obtidas através de 
instrumentos específicos como rolos, vassouras, espátulas e outros, para cada tipo 
de acabamento especifico. (FREIRE, 2010). 
 Fundo: 
Fundo preparador de parede (base solvente ou base água) – É aplicado para 
corrigir a alcalinidade, a pulverulência (evita a perda de areia da argamassa) e a 
absorção do substrato; 
 Selador acrílico – É aplicado para corrigir a alcalinidade e absorção do 
substrato. 
Intermediário: 
Massa acrílica – É aplicada para nivelar a superfície, tornando-a 
suficientemente lisa. É adequada ao uso interno e externo. (FREIRE, 2010). 
Acabamento: 
Tinta acrílica 100% - É aplicada para promover o acabamento do sistema de 
pintura. Apresenta maior durabilidade, flexibilidade e resistência a agentes 
provenientes de intempéries. Indicada para uso interno e especialmente externo. 
(FREIRE, 2010). 
Tinta acrílica modificada (a resina é produto composto de resina acrílica 
associada a uma ou mais resinas) – É aplicada para promover o acabamento do 
sistema de pintura, sendoindicada para uso interno e especialmente externo. 
(FREIRE, 2010). 
Especiais: 
Verniz acrílico/solvente água – É aplicado para aumentar o brilho da tinta e a 
lavabilidade. Pode ser utilizado no interior e no exterior, não apresentando 
problemas de amarelamento quando exposto a raios solares; (FREIRE, 2010). 
 
14 
 
Tinta texturizada – É aplicada para dar à superfície um acabamento texturizado 
e corrigir imperfeições do substrato. (FREIRE, 2010). 
 
-- ESMALTES / ÓLEOS: Os Esmaltes e óleos são indicados para uso externo e 
interno.Com acabamentos que variam do brilhante, acetinado ao fosco. 
 A tinta a óleo apresenta boa elasticidade quando aplicada em ambientes 
externos, sujeitos à ação de raios solares, mas, esta sujeita a modificações em sua 
aparência. Já a tinta esmalte, por apresentar boa resistência à ação de raios solares, 
pode ser usada tanto em ambientes internos quanto externos, sem alteração da 
aparência. (FREIRE, 2010). 
Fundo: 
Fundo branco ou fundo sintético – É aplicado para corrigir a alcalinidade e absorção. 
Intermediário: 
Massa óleo ou massa sintética – É aplicada para nivelar a superfície, tornando-
a suficientemente lisa. 
Acabamento: 
Tinta óleo – É aplicada para promover o acabamento do sistema de pintura; 
Tinta esmalte sintético – É aplicada para promover o acabamento do sistema 
de pintura. 
-- VERNIZES: Os Vernizes são aplicados em ambientes externos e internos de 
madeira. Disponível nos acabamentos brilhante e fosco e nos padrões Mogno, 
Imbuia, Cedro e Cerejeira e muitas vezes podem possuir filtro solar. 
 Os Vernizes com solventes alifáticos apresentam desempenho superior aos 
vernizes com solvente aromáticos, devido à sua maior durabilidade e resistência a 
agentes externos, que são os raios solares, chuvas. (FREIRE, 2010). 
Fundo: 
Verniz sintético plástico – É aplicado para impedir que a ação de resinas 
provenientes de madeiras tropicais atuem sobre o filme da tinta. Indicado para 
madeiras resinosas; 
 Preservativos ou fungicidas – São vernizes aplicados para proteção de 
ataques de microrganismos, cupins e traças. 
Intermediário: 
 
15 
 
Como todos os niveladores de superfície, formam um filme opaco, torna-se 
impróprio seu uso, visto que os vernizes são tintas transparentes e permitem a 
visualização do substrato. (FREIRE, 2010). 
Acabamento: 
 Verniz poliuretano com filtro solar mono componente fosco e solvente alifático 
– É aplicado como acabamento do sistema de pintura, em superfícies externas e 
internas; 
Verniz poliuretano sem filtro solar mono componente fosco e solvente alifático 
– É aplicado como acabamento do sistema de pintura em superfícies internas; 
Verniz poliuretano com filtro solar mono componente brilhante e solvente 
alifático – É aplicado como acabamento do sistema de pintura, em superfícies 
externas e internas; 
Verniz poliuretano sem filtro solar mono componente brilhante e solvente 
alifático – É aplicado como acabamento do sistema de pintura em superfícies 
internas; 
 Verniz poliuretano com f’ltro solar mono componente fosco e solvente 
aromático – É aplicado como acabamento do sistema de pintura, em superfícies 
externas e internas; (FREIRE, 2010). 
Verniz poliuretano sem filtro solar mono componente fosco e solvente aromático – É 
aplicado como acabamento do sistema de pintura em superfícies internas; 
Verniz poliuretano com filtro solar mono componente brilhante e solvente aromatic é 
aplicado como acabamento do sistema de pintura. (FREIRE, 2010). 
Verniz poliuretano sem filtro solar mono componente brilhante e solvente 
aromático – É aplicado como acabamento do sistema de pintura em superfícies 
internas; 
Verniz poliuretano com filtro solar bi-componente – alifático e aromático – É 
aplicado em ambientes moderadamente agressivos; (FREIRE, 2010). 
Verniz poliuretano sem filtro solar bi-componente – alifático e aromático – É 
aplicado em ambientes moderadamente agressivos. O verniz fosco, sem filtro solar, 
deverá ser aplicado somente em ambientes internos. 
 
16 
 
Vernizes de coloração (Verniz sintético especial / brilhante ou acetinado) - 
São aplicados como acabamento do sistema de pintura para coloração de madeiras 
em geral. (FREIRE, 2010). 
 
-- FUNDOS: Os fundos uniformizam a absorção e aumentam a coesão das 
superfícies porosas externas e internas, como: 
 Reboco fraco, concreto novo, pinturas descascadas, paredes caiadas, gesso 
e cimento-amianto. 
Fundos especiais: 
Fundos aderentes 
 São indicados para promover a aderência entre o substrato e o filme de tinta 
a ser aplicado sobre ele. As superfícies metálicas não ferrosas são as mais 
indicadas para a utilização destes fundos. Cada superfície deverá ter seu fundo 
aderente especificado, em função da composição e tratamento da liga. Os principais 
fundos aderentes são: fundos para galvanizados (alquídico), metal primer (alquídico 
modificado), shop primer e wash primer (vinílicos). (FREIRE, 2010). 
Fundos anticorrosivos 
 São utilizados para inibir a ocorrência de oxidação em superfícies metálicas. 
Os principais anticorrosivos são: zarcão (uretânico), primer cromato de zinco 
(fenólico), metal primer (alquídico modificado). (FREIRE, 2010). 
Fundos para tintas alquídicas e óleos / fundo branco 
 São utilizados para promover o isolamento e aderência do filme alquídico 
sobre o substrato. 
Fundo para correção química 
 É aplicado para equilibrar quimicamente os substratos com as tintas. Evita 
problemas de alcalinidade. 
Fundo preservativo 
 É aplicado em madeiras em geral, sendo indicado para conservação contra 
ataques de bactérias, fungos, cupins e traças. (FREIRE, 2010). 
 
-- TINTAS ESPECIAIS E OU DIFERENCIADAS: No uso de tintas especiais e 
ou diferenciadas deverão ser atendidas com veemência as especificações do 
 
17 
 
fabricante. Estas tintas são indicadas po Freire (2010) para superfícies porosas 
conferindo-lhe uma completa repelência à água. 
Pintura impermeabilizante; Tinta de silicone; Pintura de piso; Tinta acrílica lisa. 
 Indicada para uso interno ou externo como acabamento de piso em concreto 
ou cimentado com textura lisa. 
Tinta acrílica rugosa: 
Indicada para uso interno ou externo como acabamento de piso em concreto 
ou cimentado com textura rugosa. 
Tinta epóxi dispersa em água: 
 Indicada para uso interno ou externo em áreas sujeitas a solicitações médias 
(cozinhas, laboratórios). 
Tinta epóxi dispersa em solvente: 
Indicada para áreas de solicitações fortes, possuindo boa resistência à 
abrasão e ao ataque químico (oficinas, almoxarifados, garagens, laboratórios). 
Tinta epóxi com adição de silica: 
 Indicada para demarcação de faixas de segurança, em ambientes internos. 
Tinta poliuretano alifático alto desempenho: 
 Indicada para uso interno ou externo, onde é requerida elevada resistência à 
abrasão e ao ataque químico. 
Tinta para demarcação de tráfego a base de borracha clorada: 
 Indicada para uso interno ou externo, especialmente para pintura de faixas de 
demarcação viária em todos os tipos de pavimentos (concreto, asfalto) possuindo 
alta resistência. 
Tinta para demarcação de tráfego de base alquídica: 
 Indicada para uso interno ou externo para pinturas de faixas de demarcação 
viária, em todos os tipos de pavimentos (concreto, asfalto) possuindo média 
resistência. 
Pintura para metais e madeira: 
 Algumas tintas permitem seu uso como fundo e acabamento, 
simultaneamente, tais como: 
- Tinta grafite / alquídico – Indicada para uso interno e externo em estruturas 
metálicas sendo aplicada diretamente sobre o metal; 
 
18 
 
- Tinta betuminosa – Indicada para proteção de superfíciesmetálicas e madeiras 
contra a corrosão, possuindo grande flexibilidade; 
- Tinta alquídica com pigmentos anticorrossivos – Possuindo ação anticorrosiva, 
indicada para superfícies de aço e de ferro. 
- Tinta alumínica a base de óleo resinoso fenólico – Indicada para uso em estruturas 
metálicas proporcionando acabamento aluminizado. 
- Pintura para alvenarias e argamassas. 
Tinta epóxi base solvente: 
Indicada para uso interno ou externo, com alta resistência a solicitação. 
Apresenta calcinação baixa, ao ser exposta à raios solares. 
Tinta epóxi base d’água: 
Indicada para uso interno ou externo com alta resistência a solicitação. 
Pintura antipichação 
Tinta de alto desempenho para proteção de superfícies contra pichações 
É aplicada como acabamento de superfícies externas, sendo resistente às 
pichações. 
Verniz de alto desempenho para proteção de superfícies contra pichações: 
É aplicado em superfícies de concreto e pedras para proteção contra 
pichações. 
 
2.3.2 Principais constituintes dos sistemas de pintura 
 
De acordo com Loh (2010), a pintura não pode ser entendida apenas como a 
tinta de acabamento. Ela é composta pelos seguintes camadas: fundo, líquidos 
preparadores de parede, massas e por fim a tinta de acabamento. 
 
2.3.2.1 Fundo 
 
O fundo é o primeiro material a ser aplicado sobre a superfície e funciona 
como ponte entre o substrato e a tinta de acabamento. Em superfícies de alvenaria, 
a utilização do produto reduz e uniformiza a absorção de argamassa. Nas 
 
19 
 
superfícies metálicas é, chamado de primer, e em sua composição são acrescidos 
pigmentos anticorrosivos os quais inibem a corrosão da superfície metálica. (LOH, 
2010). 
 
2.3.2.2 Fundo preparador de paredes 
 
É responsável por promover a coesão de partículas soltas no substrato. 
Dessa forma, é recomendada a aplicação sobre superfícies não muito firmes e sem 
coesão. (LOH, 2010). 
 
2.3.2.3 Massa 
 
Produto pastoso, com elevado terror de cargas, que tem como função 
principal, corrigir possíveis irregularidades da superfície já selada. Esse produto 
necessita ser aplicado em camadas bem finas para que não apareçam fissuras ou 
reentrâncias. (LOH, 2010). 
 
 
2.3.2.4 Tinta de acabamento 
 
É a parte visível do sistema de pintura, onde a tonalidade tem grande 
importância. (LOH, 2010). 
 
2.3.3 Tipos de sistemas de pintura 
 
Existe uma grande variedade de sistemas de pintura no mercado. É 
necessário um estudo mais aprofundado do projeto e local do empreendimento para 
poder escolher o sistema que melhor se adeque ao caso. 
 
 
20 
 
2.3.4 Principais tipos de tintas 
 
2.4.4.1 Tintas látex acrílicos e PVA 
 
As tintas látex são comercializadas com qualidades econômica, standard e 
premium, com três tipos de acabamentos: o semibrilho, acetinado e o fosco, 
indicados para aplicação sobre superfícies internas e externas de alvenaria à base 
de cimento e cal (argamassa), concreto, bloco de concreto, cimento amianto, gesso, 
cerâmica não vitrificada. As superfícies de gesso e artefatos de gesso são lisas, 
absorventes e pulverulentas, exigindo aplicação de fundo preparador. Sendo assim, 
só devem ser pintados com tinta látex acabamentos foscos, após aplicação de fundo 
preparador. 
O acabamento fosco é mais indicado para fins decorativos do que para 
proteção, e o acabamento semibrilho por sua vez é mais indicado para proteção. O 
acabamento semibrilho apresenta menor permeabilidade à umidade e a gases. A 
tinta de acabamento semibrilho é aquela de baixo PVC, isto é menor teor de 
pigmentos, resultando em pintura com menor poder de cobertura seca (menor 
capacidade de esconder as imperfeições). 
 
2.3.5 Lacas 
 
Segundo o Atelier Morito Ebine, a goma-laca é um produto que se assemelha 
muito com o verniz, feita com uma resina obtida a partir da secreção de um inseto 
microscópico. Seu processo de produção consiste em retirar essas resinas deixadas 
na árvore pelo inseto, limpá-la para retirada das impurezas, depois deve-se esmagar 
e peneirar tal material para obter uma laca de espessura fina. Após esse processo, 
deve-se derreter essa semente laca que foi formada, prensá-la e assim será obtida a 
goma-laca. 
 
 
21 
 
Figura 1 – Goma-laca. 
 
Fonte: Website Fratermusic. 
 
 
2.3.5.1 Propriedades 
 
Segundo Freire (2006), este material possui diversas propriedades a serem 
observadas, dentre as quais é interessante citar: 
- Durabilidade: Esse material possui alta durabilidade ( se usada corretamente sua 
durabilidade pode ultrapassar a dos vernizes). 
- Elasticidade e flexibilidade: Sua elasticidade e flexibilidade também são boas, 
evitando que o material se danifique depois de seco. 
- Resistência a água: A goma-laca possui baixa resistência à água. 
- Resistência ao calor: A goma-laca não possui resistência ao calor. 
- Brilho: Oferece brilho “na medida”, preservando as características da madeira, os 
veios e as camadas. 
- Não é resistente a substâncias alcalinas. 
A goma-laca também permite periodicamente reparar os possíveis arranhões 
e os desgastes através de uma nova camada. 
 
2.3.5.2 Função 
 
A goma-laca é utilizado em marcenarias e não é muito usada no Brasil. Este 
produto é aplicado em móveis, artesanatos, compensados, acabamentos em peças 
de madeiras (exemplo: portas) e é usado também para melhoramento do aspecto da 
 
22 
 
madeira. Esse material não pode ser utilizado em áreas externas ou em móveis que 
serão alocados na mesma, por não possuir resistência à água (Atelier Morito Ebine). 
 
2.3.5.3 Modo de aplicação 
 
Para utilizá-la, deve-se primeiramente preparar a superfície a ser aplicada. A 
superfície deve estar lixada, livre de impurezas e também seca. No preparo do 
produto, deve-se diluir a goma no álcool (absoluto 99%) na proporção de 100 
gramas por litro de álcool. Essa mistura deve repousar por aproximadamente 1 dia e 
meio para curtir. Chegando o dia da aplicação, é necessário misturar mais uma vez 
o produto para garantir uma homogeneidade e enfim aplicá-lo. A aplicação deve ser 
feita através de um pincel ou boneca de pano. É importante dar um intervalo de 1 
hora entre a aplicação de uma camada e outra e nao ultrapassar o número de 4 
camadas (BAUER, 2002). 
 
Figura 2 - Aplicação de goma-laca com pincel. 
 
Fonte: Website Fazfacil. 
 
23 
 
2.4 Sistemas alquídicos 
 
 
2.4.1 Esmalte sintético 
 
Esmaltes sintéticos segundo Isaia (2010) são recomendados para superfícies 
internas e externas, metálicas, madeira, alvenaria a base de argamassa (cimento e 
cal), concreto. 
Apresentam boa resistência em ambientes não agressivos e também ao 
mofo. Seu uso não é recomendado para superfícies próximo a orla marítima, com 
excesso de umidade, industrial corrosivo e em substratos expostos. Se aplicado em 
alvenarias recém executadas requer o uso de fundo resistente à alcalinidade. Não é 
resistente a produtos químicos, a umidade excessiva nem a proliferação de 
microrganismos. Tem secagem lenta não permitindo a aplicação da segunda demão 
no mesmo dia. Como apresenta base de solventes, a sua resistência a alcalinidade 
é menor que os a base de água. Sua formula consiste na combinação de resina 
alquídica, solventes, secantes, pigmentos, cargas minerais, antiespumante, antipele, 
dispersante e antisedimetante. (Isaia, 2010) 
Acabamento fosco é indicado para ambientes internos, com finalidade de 
decoração. Já o brilhante é usado para proteção da superfície. 
 
Figura 3 – Aplicação de esmalte. 
 
Fonte: MUNIZ, 2012. 
 
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Os alquídicos de base água, são recomendados a para utilização em metais. 
O mecanismo de secagem ocorre pela evaporação da água seguida de oxidação. 
Os solventes como o xileno ou Hras mineral foram substituídos pela água. 
Comparado com a tinta látex, a secagem é mais lenta, não recomendado 
então a aplicação da segunda mão no mesmo dia, tendo que haver um tempo em 
torno de 10 horas. A película formada por esse material são menos permeáveis e 
menos porosas do que as base de água. 
Esse material como todos os outros tem que haver um descarte correto, o 
recipiente que continha esmalte a base de solvente deve ser levado a cooperativas 
de reciclagem de metal os tambores de 50, 100 e 200 litros. Embalagens menores 
devem ser encaminhadas para siderúrgicas de metal como sucata de aço. Os 
solventes de limpeza deverá ser aproveitado através da destilação em empresas 
habilitadas em recuperação desse material 
As superfícies pintadas com esmalte, tem um prazo de duração sem 
manutenção em média de 5 anos. Mas quando o trabalho não é bem executado,de 
acordo com Bernes, 2012 pode haver problemas como o enrugamento onde a 
camada de esmalte é espessa pelo numero excessivo de demãos ou quando 
aplicado a segunda, terceira demão sem que a anterior tenha secado. Esse é um 
caso que também acontece quando submetido a secagem em sol quente. 
 
Figura 4 – Enrugamento. 
 
Fonte: BERNES, 2012. 
 
Outro patologia que pode aparecer é a saponificação. Esta manifesta-se pelo 
aparecimento de manchas no local aonde foi pintado pelo retardamento indefinido 
de secagem da tinta á base resinas alquidicas. A superfície ficando sempre 
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25 
 
pegajosa, em alguns casos chegando a escorrer óleo. Para evitar que isto ocorra, a 
superfície tem sempre que está bem seca (BERNES, 2012). 
 
FIgura 5 – Saponificação. 
 
Fonte: BERNES, 2012. 
 
Temos também as crateras que são causadas pela presença de óleo, graxa ou água 
na superfície. Ocorre também quando a tinta é diluída em produtos não indicados. 
 
Figura 6 – Crateras. 
 
Fonte: BERNES, 2012. 
 
 
 
26 
 
2.4.2 Verniz 
 
Figura 7 – Verniz. 
 
Fonte: <http://blog.casashow.com.br/wp-
content/uploads/2013/04/verniz590x397.jpg>. 
 
Segundo o site Brasil Escola, Indústria de tintas e vernizes: Verniz é uma 
película protetora, decorativa, e sem pigmento. Sendo composto por solutos (resina 
e aditivo) e veículos (solventes e/ou óleos), podendo ser sintéticos ou naturais. Mas 
existe o verniz derivado do petróleo como poliuretano e epóxi. Geralmente são 
aplicados em ambientes externos e internos de madeiras, ressaltando a madeira 
para fosca ou brilhosa. Mas também pode ser utilizado em outros substratos para 
ressaltar-los, como por exemplo, tijolos de uma casa para melhorar o acabamento 
deixando em um tom mais profundo, destacando a cor do concreto e pode ser 
utilizado também na última camada de tinta para proteger a pintura e deixar com um 
melhor acabadamento. A grande maioria dos vernizes possui filtro solar para 
proteger os substratos dos raios solares e proporcionar uma maior durabilidade. 
 
2.4.2.1 Composição 
 
De acordo com o site Brasil Escola, a composição dos vernizes é dada por: 
Resinas: é o componente responsável pela formação das películas, podendo 
ser sintéticas ou naturais. É ela também a responsável pelas propriedades físicas do 
verniz e por fornecer o brilho a ele. 
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Solventes: Parte liquida do verniz (compostos orgânicos ou agua), que assim 
como o óleo, vai ser responsável pela formação da película. É responsável pela 
viscosidade e pela secagem. 
Óleo secativos: É utilizado com a mesma finalidade do solvente, porém ele 
pode ser usado para um processo de formação diferente da película. Ao se utilizar 
solvente, a formação da película se dá através de propriedades físicas e ao se 
utilizar óleo, a formação da película se dá através de propriedades químicas. 
Aditivos: São composições químicas que são adicionados ao verniz com a finalidade 
de agregar alguma característica especifica. Melhorar a resistência, melhorar a 
durabilidade, melhorar a flexibilidade, entre outros exemplos que os aditivos podem 
melhorar. 
 
2.4.2.2 Tipos 
 
Os tipos de verniz variam de acordo com a composição química. Ela é 
fundamental na classificação e diferenciação dos vernizes. Baseado nos 
componentes do verniz é que se obtêm os tipos e suas finalidades. De acordo com 
Freire (2006), os tipos de vernizes são: 
 
- Verniz sintético plástico: Este verniz é usado para impedir que as ações de 
algumas resinas de madeiras atuem sobre o filme da tinta. 
- Preservativos ou Fungicidas: São vernizes aplicados no substrato para proteger de 
ataques de microrganismos, cupins e traças. 
- Verniz Poliuretano ele é derivado do petróleo, um produto que é rígido e resistente 
à abrasão, ou seja, um verniz muito mais resistente que seus concorrentes. Existem 
varias derivações desse tipo de verniz. 
- Vernizes de coloração (Verniz sintético especial / brilhante ou acetinado): São 
aplicados como acabamento do sistema de pintura para coloração de madeiras em 
geral. 
Dentre esses citados, os dois primeiros são para aplicação direta no 
substrato, com finalidades mais protetoras, já os outros dois últimos são para 
revestimento e acabamento. Ainda baseado no autor, no caso do verniz não é 
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necessario aplicar um produto entre o de fundo e o de acabamento, esse produto 
intermediario torna-se desnecessario quando o material aplicado é o verniz. 
 Segundo o site Sparlack, devemos ter as seguintes preocupações para obter 
uma excelente qualidade do verniz, que seriam a forma de aplicar, a escolha do 
produto ideal para onde vai ser aplicado e quais são as suas especificações. Por 
tanto, a vida útil do substrato vai depender muito da qualidade que o verniz se 
encontra, pelo motivo que se uma peça está com pequenas fissuras na película de 
verniz vai facilitar a entrada de água no substrato causando um craqueamento e 
descascamento. Ao aplicarmos o verniz na peça, devemos nos preocupar muito nas 
dobras e cantos das peças. Pois esses pontos costumam causar fissura na película. 
 
2.4.2.3 Forma de se obter a película protetora 
 
Segundo publicação feita no site Scribd, por Armando Zumpi, existem várias 
formas de se obter a película protetora, e as mais relevantes são: 
- Evaporação dos solventes: Depois de ser aplicada sobre uma superfície, os 
solventes se evaporam, deixando sobre a superfície uma película sólida, adesiva e 
contínua. 
- Por oxidação: Neste processo ocorre também a evaporação, porem além dele 
ocorre a reação da resina com o oxigênio, esta combinação é responsável pela 
formação da película. 
- Polimerização à temperatura ambiente: para que ocorra esse processo, os vernizes 
deverão conter pelo menos a resina e o agente de cura. Esse processo ocorre com 
a reação química dos componentes. 
 
 
29 
 
2.5 Durabilidade 
 
2.5.1 Variáveis ambientais 
 
2.5.1.1 Luz 
 
A radiação solar, principalmente a ultravioleta, é o principal responsável pela 
iniciação do processo de degradação, em materiais de base orgânica, segundo Loh 
(2010). O material torna-se frágil, quebradiço, há alteração na tonalidade, 
denominadas fotodegradação. (FREIRE, 2006). 
 Alem disso, é importante para ensaios de exposição ao envelhecimento, o 
conhecimento da distribuição dos comprimentos de ondae suas intesidades. 
(FREIRE, 2006). 
 
2.5.1.2 Calor 
 
A temperatura também possui grande importância na deterioração. Nesse 
caso, é muito importante o monitoramento da temperatura superficial dos materiais 
nos ensaios de intemperismo. (FREIRE, 2006). 
 
2.5.1.3 Umidade 
 
A presença agua liquida ou vapor, comprometem a durabilidade do produto, 
ja que favorecem a ocorrência de degradação química e física. (FREIRE, 2006). 
 
2.5.2 Manutenção e Conservação 
 
Cunha (2011) defende que a durabilidade de um produto pode ser entendida 
como a capacidade deste de manter suas propriedades ao longo do tempo sob 
condições normais de uso. Ela está associada à vida útil, ou seja, o período de 
tempo durante o qual suas propriedades permanecem dentro de limites cabíveis e 
 
30 
 
esperados. Quando as transformações dos materiais se tornam irreversíveis, o 
material encontra-se em um processo de degradação. 
 A velocidade de degradação de um produto deve ser controlada por 
operações normais de conservação (preventiva) que podem ser feitos pelos próprios 
usuários, de modo repetitivo e cíclico durante toda vida útil do produto. À medida 
que as patologias ficam mais sérias, é necessário não apenas manter como 
recuperar o desempenho perdido. Este processo requer procedimentos técnicos, 
operacionais e administrativos de manutenção (corretiva) (CUNHA, 2011). 
 Ainda em concordância com o autor, para as superfícies com argamassa, 
existem diversas estratégias de aumentar sua durabilidade sendo a pintura/textura, 
uma delas (sistema de proteção por barreira). 
 De acordo com Jerônimo Neto (2007), para habitações britânicas e 
brasileiras, o custo de manutenção de pinturas externas do primeiro é de 17% e do 
segundo de 39,47%. (JERÔNIMO NETO, 2007 apud CUNHA, 2011). 
 
2.6 Patologias 
 
2.6.1 Calcinação 
 
Desagregamento do filme que começa a se transformar em pó. Como reparo, 
é recomendado efetuar a selagem com produtos com finalidade de evitar tal 
problema. (LOH, 2010). 
 
2.6.2 Eflorescência 
 
São manchas esbranquiçadas que aparecem sobre a tinta, causada pela 
aplicação dessa sobre reboco mal curado, com altas concentrações de sais. (LOH, 
2010). 
 
 
31 
 
2.6.3 Desagregamento 
 
A pintura se esfarela, destacando-se da superfície juntamente com partes do 
reboco. Pode-se corrigir o defeito, deve selar. (LOH, 2010). 
 
Figura 8 – Exemplo de desagregamento. 
 
Fonte: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/materias/imagens/00120_02.jpg> 
 
 
2.6.4 Saponificação 
 
Provocado pela alcalinidade das paredes, a saponificação causa manchas, 
com posterior amolecimento ou descascamento do filme, que promove a destruição 
das tintas PVA ou o retardamento da secagem das tintas sintéticas, em virtude do 
produto ter sido passado em superfícies possivelmente não curadas. (LOH, 2010). 
 
2.6.5 Manchas ocasionadas por pingos de chuva 
 
Normalmente são encontradas em locais onde a tinta látex recebe pingos 
isolados, principalmente de chuva, antes que a tinta estivesse completamente seca. 
(LOH, 2010). 
 
 
32 
 
2.6.6 Fissuras 
 
Frequentemente, ocorrem pêro excesso de aglomerante nos rebocos, tempo 
insuficiente de carbonatação da cal ou camadas grossas de reboco. (LOH, 2010). 
 
2.6.7 Descascamento 
 
Causado pela diluição incorreta da tinta ou preparo incorreto da superfície 
caiada. (LOH, 2010). 
 
2.6.8 Bolhas 
 
Ocorre em ambiente inadequado para aplicação de massa PVA ou por 
infiltração de água. (LOH, 2010). 
 
2.6.9 Bolhas na repintura 
 
É o fenômeno que a nova tinta amolece a camada de tinta antiga causando 
dilatação. (LOH, 2010). 
 
2.6.10 Manchas amareladas 
 
Originadas pelo acumulo de gordura, óleo ou alcatrão sobre a película de 
tinta. (LOH, 2010). 
 
2.6.11 Manchas e retardamento de secagem em pintura ou envernizamento de 
madeiras 
 
Causada pela migração das resinas naturais da madeira. O problema pode 
ser resolvida selando a madeira com selador apropriado. (LOH, 2010). 
 
 
33 
 
2.6.12 Trincas e má aderência em madeiras 
 
Ocasionada pelo uso inadequado de massa PVA. Recomenda-se remover a 
massa PVA aplicada e utilizar somente massa a óleo. (LOH, 2010). 
 
2.6.13 Escorrimento 
 
Surge a partir da diluição insuficiente da tinta, má aplicação e utilização de 
solvente rápido. (LOH, 2010). 
 
2.6.14 Secagem deficiente 
 
Motivada pelo preparo da superfície incorreto, não eliminado previamente 
contaminastes como óleos, gorduras, veras. Além disso, a aplicação em superfícies 
altamente alcalinas, ambientes úmidos ou com baixas temperaturas. (LOH, 2010). 
 
2.6.15 Enrugamento 
 
Ocasionado pela aplicação de camada muito grossa de tinta, secagem sob 
luz solar ou repintura sobre primeira demão ainda não seca o necessário. (LOH, 
2010). 
 
2.6.16 Mofo 
 
É gerado em ambientes excessivamente úmidos, quentes, com pouca ou sem 
ventilação e circulação de ar, ou pouco iluminado. Para o reparo desse problema, é 
necessário limpar a superfície com solução de água sanitária diluída em água 
potável 1:1 em água potável, e em seguida repintar a superfície. (LOH, 2010). 
 
 
 
34 
 
Figura 9 – Exemplo de Mofo. 
 
Fonte: <http://ibape-sc.com.br/wp-content/uploads/1-Apresenta%C3%A7%C3%A3o-
Patologia-da-Pintura-Constru%C3%A7%C3%A3o-Civil.pdf> 
 
 
 
35 
 
3 MANUSEIO E UTILIZAÇÃO 
Ao abrir uma embalagem de tinta, ela não deve apresentar elevada 
sedimentação, coagulação, empedramento, formação de película superior, odor 
desagradável ou sinais de corrosão. Antes da aplicação, os produtos devem ser 
homogeneizados através da agitação manual e/ou com mexedores chatos com 
movimentos de baixo para cima. (PINI, 2010 apud CUNHA, 2011). 
A homogeneização é de fundamental importância, pois as tintas são 
constituídas de produtos em suspensão que se sedimentam formando duas fases 
diferentes. Uma parte líquida superior com o veículo (solvente, resina e aditivos 
líquidos) e outra inferior, a sedimentação, (pigmento sedimentado, cargas e aditivos 
sólidos). Os pigmentos das tintas são partículas muito pequenas, da ordem de 0,1 a 
1,0 micrometros, mas possuem massa e acabam se depositando no fundo da lata. É 
necessário misturar muito bem a tinta, com cuidado, para que todo material 
depositado no fundo incorpore à ela (GERDAU, 2003 apud CUNHA, 2011). 
Explica ainda o autor que quando a tinta está estocada por muito tempo há 
uma certa dificuldade de dispersar os pigmentos na tinta. Neste caso, os 
procedimentos seguintes deverão ser seguidos: 
1º - Abrir a lata e verificar com uma espátula se há presença de sedimentação. Se 
houver, deve-se transferir a parte líquida para uma segunda lata limpa. 
2º - Mexer a sedimentação com espátula na lata e retornar lentamente a parte 
líquida que está separada na outra lata. 
3º - Continuar o processo de mistura da sedimentação na lata até que toda a parte 
líquida que estava na outra lata seja reincorporada e bem homogeneizada. 
4º - Deve-se aguardar de 10 à 15 minutos após o momento da mistura. 
 
Momentos antes da execução, é importante considerar as condições ideais 
para aplicação informadas a seguir por Cunha (2011, p. 63), de modo a evitar o 
comprometimento do desempenho da pintura: 
 
• Temperatura do produto: a temperatura do produto a ser aplicado deverá estar entre 
16°C a 30°C podendo ser medida por um termômetro comum. 
 
36 
 
• Temperatura do ambiente e umidade: a temperatura ambiente deve estar entre 10°C 
a 35°C com umidade relativa do ar entre 30% e 80% para evitar condensação. 
• Temperatura da superfície: a temperatura da superfíciedeve estar entre 10°C a 
35°C. No Brasil, a mão de obra utiliza-se como prática corrente umedecer o 
substrato a fim de amenizar a temperatura da superfície. Porém, no caso de 
tintas/texturas, esta prática pode comprometer a aderência devendo ser aplicado em 
superfícies secas com temperatura ambiente adequada. 
• Ar e vento: evitar de pintar na presença de neblina e ventos fortes com partículas 
atmosféricas em suspensão, independente da demão. 
• Fatores sazonais: programar a pintura em estações amenas evitando chuvas e sol 
forte. A incidência direta do sol acarreta na rápida evaporação do solvente sendo 
prejudicial para a formação da película. 
• Poluição atmosférica: em ambientes poluídos a limpeza deve ser cuidadosa e o 
intervalo entre as demãos deve ser o menor possível, afim de não prender sujeiras 
na superfície molhada. 
• Iluminação: caso a iluminação natural seja insuficiente, utilizar iluminação artificial de 
preferência com lâmpadas halógenas em feixes de luz paralelo à superfície, de 
modo a acentuar os defeitos e levar à correção. 
 
 Quando os produtos não são corretamente aplicados, suas características 
desempenho ficam prejudicados. (GERDAU, 2003; NBR13245, 1995) 
 
3.1 Preparo de superfícies 
 
Freire (2006) explica que todos os substratos deverão ser preparados 
adequadamente para que se possa garantir o sucesso do sistema de pintura. Este 
procedimento é de máxima importância e, se descartado, causará graves patologias 
no revestimento de pintura em períodos curtos após a aplicação. 
De acordo com Freire (2006, p. 39), se o resultado final de um sistema de 
pintura é o produto direto do adequado preparo da superfície, é importante observar: 
 
• A superfície deverá estar firme, curada, limpa, seca, isenta de poeira, óleo, gordura, 
sabão, mofo, ceras e ou graxa. As Graxas, óleos e agentes desmoldantes, deverão 
ser removidos com solução de água e detergente neutro; 
• Todas as e ou partes soltas ou mal aderidas devem ser eliminadas através de 
raspagem ou escavação da superfície; 
• Todas as fissuras e imperfeições profundas das paredes devem ser corrigidas com 
massa acrílica em superfícies externas ou internas ou com massa PVA em 
superfícies internas; 
• Paredes mofadas devem ser raspadas e a seguir lavadas com uma solução de água 
e água sanitária (1:1) e a seguir lavadas e enxaguadas com água potável; 
• No caso de repintura sobre superfícies brilhantes, o brilho deve ser eliminado com 
uma lixa fina. 
 
Complementa o autor que, além dos cuidados citados acima, a importância 
de se observar cuidados específicos para cada tipo e situação de superfície a ser 
pintada é de substancial importância. 
 
37 
 
 
3.2 Pré tratamento da superfície para aplicação da tinta em pó 
 
Segundo Parreira (2010), para maximizar a performance de uma tinta em pó, 
é importante que a superfície a receber o produto seja corretamente limpa. Esta 
etapa de aplicação tem a finalidade, como nos sistemas convencionais, de eliminar 
da superfície: sujeiras, ferrugens, óleos e graxas, a fim de permitir a aderência da 
tinta sobre a superfície. 
 
3.3 Processos de aplicação da tinta em pó 
 
O autor informa que existem três processos para a aplicação das tintas em pó 
que são básicos. O processo em leito fluido, o processo em leito fluido eletrostático e 
a pulverização eletrostática. A seguir serão descritos brevemente os três processos. 
 
3.3.1 Leito fluido 
 
O ar, seco e filtrado, é insuflado, com determinada vazão, por uma placa 
porosa onde está a tinta em pó. O pó forma uma nuvem, e o objeto a ser pintado é 
previamente aquecido a uma temperatura superior à da fusão do pó. O pó em 
contato com a peça se funde e adere bem à superfície. A peça sofre um leve 
movimento vibratório durante a aplicação para garantir uma uniformidade da pintura. 
Este processo é adequado para a aplicação de revestimentos termoplásticos 
(FAZENDA; FONTES, 2005 apud PARREIRA, 2010). 
 
3.3.2 Leito fluido eletrostático 
 
Este processo é muito similar ao processo de leito fluido eletrostático. A 
diferença é que a peça não precisa ser aquecida antes da aplicação; o objeto é 
ligado à terra, pois as partículas da tinta foram carregadas eletrostaticamente pelo 
gerador e assim elas aderem à superfície da peça (PARREIRA, 2010). 
 
38 
 
 
3.3.3 Pulverização eletrostática 
 
A pulverização eletrostática é o processo de aplicação mais usado atualmente 
por ser o mais eficiente (PARREIRA, 2010). 
Diz o autor que o pó com um perfil granulométrico pré-definido, é transportado 
por uma corrente de ar até o revólver eletrostático, que tem seus eletrodos 
conectados a um gerador de alta voltagem (30 a 100 KV) e assim o pó adquire a 
carga eletrostática de polaridade geralmente negativa. 
Ainda em concordância pelo fato do objeto a ser pintado estar ligado à terra, 
ele apresenta polaridade positiva e potencial zero. As partículas da tinta carregadas 
negativamente são atraídas para a peça recobrindo sua superfície. A peça é 
encaminhada para uma estufa onde é formado o filme. 
A quantidade de overspray na cabine de pintura é pequena e pode ser recuperada 
misturando-a no alimentador com pó novo (Fazenda e Fontes, 2005). 
 
3.4 Verniz 
 
De acordo com Freire (2006), os substratos deverão ser preparados 
adequadamente a fim de garantir o sucesso do sistema de pintura. O preparo da 
superficie é de máxima importância, e sua má execução causará graves patologias 
no revestimento de pintura em períodos curtos após a aplicação. 
 Ainda em consonância com o autor, antes de começar a aplicação deve-se 
primeiramente deixar a superfície firme, curada, limpa, seca, isenta de poeira, óleo, 
gordura, sabão, mofo, ceras e ou graxa. Deve-se eliminar por raspagem, escavação 
ou lixação todas as partes soltas ou mal aderidas. Depois da peça estar pronta para 
a aplicação do produto, deve-se passar um verniz para fundo para dar aderência e 
proteção. Após a secagem, deve-se aplicar outro verniz para dar o acabamento, 
caso seja necessario varias demãos, é recomendado que deixe cada demão secar 
antes de aplicar a outra. No caso de repintura sobre superfícies brilhantes, o brilho 
deve ser eliminado com uma lixa fina. 
 
39 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Após a realização das pesquisas a respeito do Verniz, foi verificado que ele 
vem sendo utilizado cada vez mais em outros tipos de substratos como concreto, 
tijolos e tintas para uma maior proteção. Porém continua sendo muito mais utilizado 
em madeiras desde estruturas a produtos de artesanatos. 
 Foi certificado que a forma de aplicação é um dos fatores mais importantes 
para a qualidade do produto final, ou seja, uma película uniforme e que preencha 
toda a superficie não deixando nenhuma região sem pelicula, garantindo assim a 
durabilidade do revestimento. 
A Goma-laca é um produto durável, apesar de não ser resistente à água. Sua 
aplicação na madeira confere uma textura natural, onde os desenhos dos veios da 
madeira se tornam mais visíveis. Esse produto também permite periodicamente 
reparar os possíveis arranhões e os desgastes através de uma nova camada, com o 
mínimo de alterações nas características da madeira. Portanto, ele deveria ser mais 
utilizado em nosso país, visto que apresenta muitos benefícios. 
 De maneira geral, foi possível comprovar que seguir as especificações do 
fabricante de acordo com o tempo de aplicação, número de camadas e dissolução 
do material, são fundamentais para se tirar o máximo de proveito do produto, além 
da utilização do material ideal para cada superfície e ambiente. 
 
40 
 
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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edificações não industriais — Preparação de superfície 
 
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desempenho de tintas para edificações não industriais – Determinação da 
resistência de tintas, vernizes e complementos ao crescimento de fungos em placas 
de Petri sem lixiviação 
 
____. NBR 14942:2012 Versão Corrigida:2013 Tintas para construção civil — 
Método para avaliação de desempenho de tintas para edificações não industriais — 
Determinação do poder de cobertura de tinta seca 
 
____. NBR 14942:2012 Errata 1:2013 Tintas para construção civil — Método para 
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Determinação do poder de cobertura de tinta seca 
 
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cores claras 
 
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desempenho de tintas para edificações não industriais - Determinação do tempo de 
secagem de tintas e vernizes por medida instrumental 
 
____. NBR 15313:2013 Tintas para construção civil — Procedimento básico para 
lavagem, preparo e esterilização de materiais utilizados em análises microbiológicas 
 
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desempenho de tintas para edificações não industriais - Resistência à radiação 
UV/condensação de água por ensaio acelerado 
 
____. NBR 15458:2007 Tintas para construção civil - Método para avaliação de 
desempenho de tintas para edificações não industriais - Avaliação microbiológica de 
tintas, vernizes, complementos, matérias-primas e instalações 
 
 
41 
 
____. NBR 15987:2011 Tintas para construção civil — Método para avaliação de 
desempenho de tintas para edificações não industriais — Determinação da 
resistência de tintas, vernizes e complementos ao crescimento de fungos em placas 
de Petri com lixiviação 
 
____. NBR 16211:2013 Versão Corrigida:2013 Tintas para construção civil — Verniz 
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edificações não industriais 
 
____. NBR 16211:2013 Errata 1:2013 Tintas para construção civil — Verniz brilhante 
à base de solvente para uso interior — Requisitos de desempenho de tintas para 
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Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Curso de 
Graduação em Engenharia Química. Produção de Tintas em Pó. Autor: Rodrigo 
Ribeiro Parreira. Uberlândia - MG (2010)

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