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Introdução
As técnicas cromatográficas são as mais utilizadas no mundo para quantificação de compostos orgânicos em medicamentos alimentos cosméticos fluidos biológicos saneantes dentre uma infinidade de matrizes diferentes.
Para a realização dessas análises cromatográfica líquida e gasosa, geralmente acoplada a espectrometria de massas é os mais utilizados. Cromatografia é um método físico-químico de separação dos componentes de uma mistura, no qual esses componentes são distribuídos entre duas fases, uma que permanece “estacionária” e outra “móvel” que percorre através da primeira, de tal forma que cada um dos componentes é seletivamente retido pela fase estacionária, resultando em migrações diferentes desses componentes. A cromatografia mais utilizada é a classificação pela forma física das fases, ou seja, a FE disposta na forma de uma coluna ou de um plano, e a FM podendo ser um líquido, um gás ou um fluido supercrítico.
Separação cromatográfica 
A separação cromatográfica baseia-se no mecanismo de separação dos compostos, no tipo de interação entre o analito e a fase estacionaria a separação destes podem ser:
Físicos: Adsorção ou Partição
Químicos: troca iônica e bioafinidade
Mecânicos: exclusão
Por causa da diferente polaridade dos analitos, alguns ficarão mais tempo retidos, enquanto outros serão facilmente dessorvidos e eluidos com a FM.
FE: é um sólido, geralmente constituída de alumina (óxido de alumínio) ou sílica, ambos altamente polares.
FM: é um líquido ou um gás, menos comum.
A cromatografia também pode ser classificada de acordo com a polaridade das FM e FE:
Cromatografia de fase normal: a FE é polar e a FM é relativamente apolar.
Cromatografia de fase reversa: a FE é apolar e a FM é relativamente polar.
Em decorrência disso, analitos mais polares ficarão mais tempo retidos e, por isso, fases móveis mais polares precisarão ser empregadas para deslocá-los da FE, Exemplos desse tipo de cromatografia incluem a cromatografia em coluna aberta e a cromatografia em camada delgada.
Cromatografia por partição: neste mecanismo de separação, temos uma FM líquida e uma FE também líquida, sendo que elas devem ser imiscíveis, ou seja, uma deve ser polar e a outra apolar.A diferença de solubilidade do analito nas duas fases líquidas imiscíveis é o que promove a separação. Um material sólido e inerte serve de suporte para a FE líquida, como no caso da Cromatografia em Papel, em que a celulose serve de suporte para a FE líquida que percorrerá através dela
Cromatografia por troca iônica: no processo de troca iônica, a FE é constituída de um suporte no qual são adicionados grupos ionizáveis, funcionando como trocadores aniônicos (com sítios carregados positivamente, retendo ânions) ou trocadores catiônicos (com sítios carregados negativamente, retendo cátions).
A FM também é uma solução iônica carregada de acordo com o tipo de trocador usado, e é trocada durante a separação para proporcionar uma força iônica capaz de diluir os componentes iônicos da amostra.
Proteínas, aminoácidos, aminas ou ácidos carboxílicos, por serem compostos ionizáveis, geralmente, são separados por esse tipo de cromatografia.
Cromatografia por bioafinidade: grupos com especificidade biológica (por exemplo, antígeno e substratos) são ligados a um suporte e funcionam como FE. Eles são específicos para seus componentes complementares, como anticorpos ou enzimas, deixando passar outras espécies presentes na amostra.
Para a eluição dos compostos é necessária uma alteração nas propriedades da fase móvel (como alteração no pH ou na força iônica) de forma que ocorra a modificação do grupo ligado ao suporte ou do componente retido. É uma técnica importante para o isolamento de substâncias, atingindo alto grau de pureza dos compostos isolados, como proteínas, enzimas, glicoproteínas, entre outras aplicações.
Cromatografia por exclusão: também conhecida como filtração em gel ou permeação em gel, trata-se de um processo mecânico de separação de compostos baseado na diferença de massa molecular e na conformação espacial dos compostos a serem separados. Polímeros porosos inertes são utilizados como FE, sendo que moléculas maiores não são capazes de penetrá-los eluindo mais rapidamente do que as moléculas menores.
Tempo morto (Tm): tempo para que um composto não retido seja detectado (também, serve para medir o tempo de migração da fase móvel).
Tempo de retenção ajustado (T’r): tempo que o soluto fica retido na FE. Para isso, o Tm é subtraído do Tr, ou seja, T􀀁 r =Tr −Tm . 
Fator de retenção (k): razão entre o T’r e o Tm.
Fator de separação (α): razão entre os tempos de retenção ajustados de dois picos adjacentes. Assim, mede a capacidade de separar picos consecutivos.
Resolução (Rs): mostra o quanto duas bandas (ou picos) estão distantes uma da outra em comparação às suas larguras W). Indica a capacidade do sistema de produzir picos separados,simétricos e finos, ou seja, resolvidos
Rs = 2 ( Tr 2 − Tr1 ) / (Wb1 + Wb2)
Rs deve ser maior que 1,5 ou 2,0, indicando a resolução completa de dois picos adjacentes.
Eficiência: é o parâmetro que mais precisamente define a qualidade de um sistema cromatográfico. É dado pelo númerode pratos (N) ou pela altura dos pratos (H). Essas medidas dizem respeito à largura do pico (na sua base ou ½ altura) em relação ao seu Tr. No caso de realizar a medida considerando a largura da base do pico (Wb), a fórmula utilizada é N = 16(Tr Wb)2 / .Obviamente, quanto maior o N, maior a eficiência da coluna. Esse parâmetro é muito utilizado pelos fabricantes de coluna, pois é útil na comparação entre diferentes colunas.
Alargamento de banda: é o alargamento do pico e pode ocorrer por fatores extracoluna (comprimento das conexões, por exemplo) ou por fatores da coluna, caracterizando, neste último caso, em uma perda de eficiência da coluna.
Van Deemter e seus colaboradores foram os primeiros a teorizarem sobre o assunto “alargamento de banda” em 1950, dando origem à conhecida Equação de Van Deemter.
métodos cromatográficos clássico
Os princípios básicos que regem qualquer separação cromatográfica Clássica são os métodos Cromatografia em Papel, a Cromatografia em Camada Delgada e a Cromatografia em Coluna.
A Cromatografia em Papel: é uma técnica simples, que utiliza pequena quantidade de amostra, apresenta boa capacidade de resolução e é utilizada na separação e identificação de compostos polares. Trata-se de um tipo de cromatografia por partição, como já vimos anteriormente, ou seja, tanto FM como FE são líquidas.
Os compostos menos solúveis na FE se movimentam mais rapidamente ao longo do papel, enquanto os mais solúveis na FEficar mais retidos, se movimentando mais lentamente.
Cromatografia ascendente: utilizada para análises qualitativas de compostos que apresentam cores, através da comparação entre as manchas produzidas no papel por uma amostra desconhecida e por um padrão, o papel (suporte) contendo uma pequena quantidade da amostra é colocado dentre de uma cuba contendo a FM e essa sobe por capilaridade, separando os compostos.
Quando a FM chega próxima ao fim do papel, retira-se o papel da cuba e seca-se o papel até eliminar toda a FM. Se os componentes que se desejam conhecer são coloridos, já é possível realizar a identificação através da comparação com padrões
Sua utilização na área farmacêutica está na separação e identificação de compostos polares e substâncias hidrófilas, como antibióticos hidrossolúveis e ácidos orgânicos, acompanhamento da sequência de uma reação química e o controle de qualidade de compostos radiomarcados.
Cromatografia em Camada Delgada (CCD): a separação cromatográfica é regida pelo processo da adsorção. A separação, geralmente, também se dá de forma ascendente, mas aqui a FE é uma camada delgada de um adsorvente retido em uma superfície plana.
É uma técnica muito utilizada, pois, além de ser de fácil execução e baixo custo, é muito versátil. É uma técnicautilizada em várias áreas de pesquisa, por exemplo, na separação e purificação de materiais obtidos por síntese orgânica, separação e purificação de extratos vegetais, e na separação de esteroides de urina ou sangue em laboratórios de análises clínicas.
Um exemplo da utilização da Cromatografia em Coluna, na indústria farmacêutica, é na separação e purificação de princípios ativos em larga escala. Após o processo de purificação finalizado, várias impurezas advindas da síntese ou do produto natural ficam retidas na coluna ou são eluídas antes do ativo. Essa é uma forma barata e, muitas vezes, escolhida em detrimento da partição por solventes ou destilação fracionada.
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