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MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS, ELETROFORESE CAPILAR E MÉTODOS GRAVIMÉTRICOS Faculdade de Minas 2 Sumário NOSSA HISTÓRIA .................................................................................................... 4 1. MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS ...................................................................... 5 1.1. A cromatografia líquida (CL) .................................................................. 5 1.1.1. Fatores que afetam a cromatografia líquida ............................................. 6 1.1.2 Tipos de cromatografia líquida .................................................................. 8 1.2 Cromatografia de adsorção .................................................................... 8 1.3 Cromatografia de partição .................................................................... 10 1.4. Cromatografia de troca iônica .............................................................. 11 1.5. Cromatografia de exclusão por tamanho (SEC) .................................. 13 1.6. Cromatografia de afinidade.................................................................. 14 1.7 Sistema de cromatografia líquida e pré-tratamento de amostra – tipos detectores em cromatografia líquida ..................................................................... 15 1.7.1 Equipamento de cromatografia líquida e pré-tratamento de amostra ..... 16 2. ELÉTROFORESE CAPILAR ............................................................................... 17 2.1 Capilares............................................................................................... 18 2.2 Detectores ............................................................................................ 18 2.3. Fluxo Eletroosmótico ........................................................................... 19 2.4 Modos de Separação ............................................................................ 20 2.4.1. Eletroforese Capilar em Solução Livre (ECSL) ...................................... 20 2.4.2. Eletroforese Capilar em Gel (ECG) ........................................................ 20 2.4.3. Eletrocromatografia Capilar Micelar (ECCM) ......................................... 21 2.4.4. Eletroforese Capilar com Focalização Isoelétrica (ECFI) ....................... 22 2.4.5. Isotacoforese Capilar (IC) ...................................................................... 22 3. MÉTODOS GRAVIMETRICOS ........................................................................... 23 3.1 Métodos de precipitação ....................................................................... 24 3.1.1. Filtração ................................................................................................. 26 3.1.2. Lavagem de precipitados ....................................................................... 26 Faculdade de Minas 3 3.1.3. Secagem e calcinação de precipitados .................................................. 27 4. REFERÊNCIAS: .................................................................................................. 29 Faculdade de Minas 4 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. Faculdade de Minas 5 1. MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS As diferentes capacidades que as substâncias possuem em aderir as superfícies de diferentes materiais sólidos, por exemplo, papel e amido, podem ser usadas também para separar misturas. Este método é a base da cromatografia - palavra originada do grego chroma e grafein - e que significa, literalmente, “a escrita das cores". Essa técnica ocorre a partir da passagem de uma mistura em duas fases: uma estacionária (fixa) e outra móvel. A imensa variedade de combinações possíveis entre ambas faz que a cromatografia tenha uma série de técnicas diferenciadas. 1.1. A cromatografia líquida (CL) O conceito de cromatografia liquida abrange uma diversidade de técnicas de separação. A cromatografia liquida em coluna clássica caracteriza-se pelo uso de colunas de vidro com diâmetros relativamente grandes, recheadas por uma substância definida por fase estacionária, finamente dividida, que tem por objetivo atrasar a passagem da substância que será identificada. A fase móvel é um líquido que vai passar - por meio da ação da gravidade e através da coluna - pela fase estacionária, e levará, por fim, até a substância que está sendo analisada. Essa técnica foi, de início, desenvolvida pelo botânico russo Mikhail Tswett, em 1903, que conduziu esse trabalho usando um aparelho que aplicava gravidade para passar uma fase móvel liquida e uma mistura de pigmentos vegetais através de uma coluna empacotada. Esse método é usado até hoje na purificação de substâncias químicas. Essa técnica pode ser realizada de várias maneiras, porém, os modernos laboratórios de análises usam um sistema de CL chamado cromatógrafo líquido que, em geral, inclui um suporte e uma fase estacionária contidos em uma coluna e, ainda, uma fase móvel líquida que é depositada na coluna por meio de uma bomba. Em aplicações de análise, um injetor aplica amostras na coluna, enquanto um detector monitora e mede os analitos à medida que saem dela. Um dispositivo de coleta também pode ser colocado após a coluna para prender os analitos que se separam. Faculdade de Minas 6 Desde aproximadamente 1969, porém, o desenvolvimento da cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) permitiu que a CL atingisse vantagens em relação a outro tipo de cromatografia, chamada de fase gasosa (CG), devido às seguintes características: • grande poder de resolução; • velocidade de separação; • monitoração contínua do efluente da coluna; • análises repetitivas e reprodutivas com a mesma coluna, automação do procedimento analítico e do tratamento dos dados. 1.1.1. Fatores que afetam a cromatografia líquida Assim como a cromatografia gasosa (CG), a liquida requer tanto uma diferença em retenção quanto uma boa eficiência para separar duas substâncias químicas. Embora as duas tenham muito em comum, há diferenças em relação aos requisitos de amostra e de analito, seus formatos e o papel da fase móvel em ambas. O primeiro requisito a ser cumprido antes de examinar uma substância química por cromatografia líquida (CL) é verificar se é possível colocá-la em um liquido que possa ser injetado na coluna. O uso de um líquido como fase móvel também permite que se realize a CL cm uma temperatura menor do que a que costuma ser usada em CG, o que torna a CL mais adequada para compostos termicamente instáveis. O segundo requisito é verificar se existe diferença de retenção entre os analitos a serem separados. Em CL, a retenção também podeser alterada mudando a fase móvel. Essa diferença se deve à maior densidade dos líquidos em relação aos gases, o que significa que a retenção de um soluto em CL dependerá da interação dos componentes da amostra tanto com a fase móvel quanto com a estacionaria. Em virtude do menor número de pratos encontrados em colunas CL, é preciso enfatizar a eficiência dessas colunas. Até a década de 1960, todas as colunas de CL tinham suportes grandes e de formato irregular que, embora úteis para separar algumas substâncias por CL, muitas vezes forneciam picos largados e separações pobres. Esse tipo de suporte tem várias nomenclaturas, e aqui vamos adotar "cromatografia líquida clássica". Na década de 1960, Faculdade de Minas 7 foram adotados suportes menores e mais eficientes que deram origem à técnica moderna de cromatografia líquida de alta eficiência. A presença de um suporte mais eficaz nesse método produz picos mais estreitos que proporcionam separações melhores e limites inferiores de detecção. Entre as desvantagens da CLAE em relação à cromatografia liquida clássica, estão o custo mais alto e a necessidade de operadores mais qualificados. As colunas de CLAE também tendem a ter menos capacidade de amostra que o método clássico. Desde o princípio do desenvolvimento da CLAE, esforços têm sido feitos para criar suportes ainda mais eficientes para o método. Suportes menores geram uma transferência de massa mais rápida, o que, por sua vez, produz alturas de prato menores, números de pratos maiores e picos mais estreitos. Um fator que limita a extensão da redução de tamanho dos suportes é o aumento correspondente de pressão necessária para passar a fase móvel através da coluna. Sistemas mais modernos de CLAE pode funcionar sob pressões de até 5.000 a 6.000 psi. Sistemas especializados para operar sob pressões ainda mais elevadas foram desenvolvidos recentemente, para operar em um método conhecido como cromatografia líquida de ultra alta pressão. Muitos tipos de partícula e formatos de suporte para aplicação em CLAE têm surgido. Todas as separações de CL vistas aqui se baseiam em "croma tomografia de coluna”, na qual o suporte se mantém dentro de um sistema fechado como um tubo, mas é possível conduzir uma separação na qual se coloca a fase estacionária em uma superfície plana para executar a "cromatografia planar". Em CL, a retenção de solutos dependerá de interações envolvendo as fases móvel e estacionária. Os termos "fase móvel fraca" e "fase móvel forte" descrevem como os solutos são mantidos em uma coluna de CL na presença de um determinado líquido. Uma fase móvel forte é um solvente ou solução pura que logo se separa de um analito retido numa coluna. Essa situação surge quando o analito favorece a permanência na fase móvel em detrimento da fase estacionaria. Uma fase móvel fraca é um liquido que se separa devagar de um analito retido. Isso ocorre quando o analito é mais solúvel na fase estacionária do que no móvel, ou quando a fase móvel promove interações eficazes do soluto com a fase estacionária. Faculdade de Minas 8 1.1.2 Tipos de cromatografia líquida Uma forma comum de agrupar as técnicas de CL é fazê-la de acordo com os mecanismos pelos quais elas separam os solutos. Isso resulta em cinco tipos principais de CL: • cromatografia de adsorção; • cromatografia de partição; • cromatografia de troca iônica; • cromatografia de exclusão por tamanho; • cromatografia de afinidade. 1.2 Cromatografia de adsorção Princípios gerais: trata-se de uma técnica cromatográfica que separa os solutos com base em sua adsorção à superfície de um suporte. Em CL, esse método também é conhecido como cromatografia liquido-sólido (CLS), o equivalente em CG e cromatografia gás-sólido. A cromatografia de adsorção utiliza o mesmo material tanto na fase estacionária quanto no suporte. Na verdade, muitos dos suportes utilizados em cromatografia líquido- sólido. O processo que leva à retenção na cromatografia de adsorção é descrito na equação a seguir, que envolve a ligação de um analito (A) à superfície de um suporte e à competição entre esse analito e n mols da fase móvel (M) pelos pontos de ligação. 𝐴 + 𝑛 𝑀 − 𝑆𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒 ⇔ 𝐴 − 𝑆𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒 + 𝑛 𝑀 Este modelo indica que a retenção de um analito em cromatografia de adsorção depende da força de ligação de A ao suporte e da área de superfície desse suporte. O índice de retenção também depende da quantidade de fase móvel que é deslocada da superfície por A, da força com que a fase móvel se liga ao suporte e da quantidade relativa dela que se desloca pelo analito. A força de uma fase móvel em cromatografia de adsorção se caracteriza por um termo conhecido como força eluotrópica (Ɛº) que mede a intensidade com que uma determinada mistura de solvente ou de líquido adsorve a superfície de um Faculdade de Minas 9 determinado suporte. Alguns exemplos de força eluotrópica são vistos para suportes de sílica e alumina. Fases estacionária e móvel: a sílica (fórmula empírica SiO2) é o suporte mais popular em cromatografia de adsorção. Visto que é polar por natureza, ela reterá mais os compostos polares. Uma fase móvel forte para a sílica também será polar. A alumina (formula empírica, Al2O3) é outro material polar usado em cromatografia de adsorção. A força eluotrópica descreve a capacidade de uma fase móvel de se ligar a determinado suporte em cromatografia de adsorção. Para qualquer suporte, líquidos que têm maior força eluotrópica representarão fases móveis fortes. Essa situação torna-se mais complicada quando se utilizam misturas líquidas, porque a força eluotrópica muda de um modo não linear quando diferentes solventes são combinados. Esse efeito na qual mesmo a adição de uma pequena quantidade de um solvente polar como isopropanol a um solvente apolar como o hexano resulta em uma grande mudança na força eluotrópica sobre a sílica. Mudar para um líquido com menor força eluotrópica em cromatografia de adsorção produzirá uma fase móvel que se liga de modo mais fraco ao suporte. O resultado é um líquido que atua como uma fase móvel fraca, porque o analito será capaz de se ligar facilmente ao suporte na presença desse líquido, levando a uma alta retenção. Se, em vez disso, uma troca é feita em uma fase móvel com força eluotrópica maior, será mais difícil para os analitos adsorverem ao suporte e haverá menos retenção do analito. Aplicações: O custo um tanto baixo e a disponibilidade generalizada tornaram suportes como a alumina e a sílica se tornaram populares como ferramentas de preparação. A sílica e a alumina separam bem as substâncias químicas presentes em um solvente orgânico, que atuará como uma fase móvel fraca para esses suportes. A cromatografia de adsorção é especialmente útil na separação de isômeros geométricos e substâncias pertencentes a uma determinada classe de substâncias. Faculdade de Minas 10 1.3 Cromatografia de partição Princípios gerais: essa é uma técnica cromatográfica na qual os solutos são separados com base em sua partição, entre uma fase móvel líquida e uma estacionária revestida em um suporte sólido. De modo geral, o suporte utilizado é de sílica, mas pode ser de outros materiais. A maioria das colunas mais modernas para esse tipo de croma tomografia utiliza fases estacionárias quimicamente ligadas ao supor te. Há duas categorias principais de cromatografia de partição a cromatografia de fase normal (NPLC) e a cromatografia de fase reversa (RPLC). A principal diferença entre ambas é a polaridade de suas fases estacionárias. A primeira e fase estacionária polar e, de modo geral, contém grupos capazes de formar ligações de hidrogênio ou de sofrer interações de dipolo. Como possui uma fase estacionária polar, ela retémcompostos polares mais fortemente. Já a de fase reversa usa uma fase estacionária apolar e oposta ou tem polaridade "revertida" em relação à fase estacionária utilizada em cromatografia de fase normal. Algumas fases estacionárias muito aplicadas em RPLC. Essas fases, em geral, contêm grupos alcanos saturados como as cadeias de C8, ou C18, que formam uma camada apolar sobre o suporte. A RPLC é, hoje, o tipo mais popular de cromatografia líquida. A principal razão disso é que a fase móvel fraca em RPLC é um solvente polar, assim como a água. A retenção de solutos na cromatografia de partição pode ser descrita pelo equilíbrio de solubilidade da equação a seguir: 𝐴𝑓𝑎𝑠𝑒 𝑚ó𝑣𝑒𝑙 𝐴𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑎↔ 𝐾𝐷 𝐾𝐷 = [𝐴] 𝑓𝑎𝑠𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑎 𝐴 𝑓𝑎𝑠𝑒 𝑚𝑜𝑣é𝑙 A constante de distribuição para o analito na fase móvel e na estacionária da coluna pode ser diretamente relacionada ao índice de retenção do soluto (k). como mostrado a seguir: 𝐾 = 𝐾𝐷(𝑉𝑆 𝑉𝑀⁄ ) Na equação acima, 𝑉𝑆, é o volume da fase estacionária na coluna, e 𝑉𝑀. o volume de morto da coluna. Essa equação mostra que índice de retenção aumenta em cromatografia Faculdade de Minas 11 de partição quando sobe a tendência desse soluto de entrar na fase estacionária (𝐾𝐷) ou aumenta o volume relativo de fase estacionária em relação à fase móvel na coluna (𝑉𝑆 𝑉𝑀⁄ , a razão de fase). Fases estacionárias e fases móveis: com frequência, a sílica serve como suporte para colunas NPLC - cromatografia fase normal - ou RPLC cromatografia fase reversa. Para colocar fases quimicamente ligadas sobre esse suporte, grupos silanóis na superfície da sílica são antes tratados com um composto organo-silício contendo a fase estacionária desejada como uma cadeia lateral. Aplicações: a cromatografia de partição é hoje o tipo mais comum de cromatografia liquida utilizado em laboratórios analíticos. A NPLC tem aplicações similares às listadas antes para a cromatografia de adsorção com sílica ou com alumina. Essas aplicações, em geral, envolvem o uso de NPLC para separar os analitos em solventes orgânicos e em substâncias químicas que contêm grupos funcionais polares. Já a RPLC é o tipo mais popular de cromatografia de partição clou líquida; primeiro, por que separa as substâncias de acordo com o nível de polaridade que possuem; segundo, porque o fato de possuir uma base móvel fraca (água) permite que amostras aquosas sejam injetadas em uma coluna de fase reversa. Esse aspecto a torna adequada para analisar amostras clínicas, ambientais e biológicas. A RPLC também é bastante utilizada pela indústria farmacêutica para separar e analisar drogas em fase de desenvolvimento em quais níveis um medicamento (e seus metabólitos) para o vírus da Aids são medidos depois que esse agente é ministrado a seres humanos e animais. 1.4. Cromatografia de troca iônica Princípios gerais: a cromatografia de troca iônica é uma técnica na qual os solutos são separados por sua adsorção a um suporte contendo cargas fixas na superfície. A troca iônica é uma técnica bastante utilizada em setores da indústria para remoção ou substituição de íons com produtos. Um purificador de água doméstico é um exemplo comum do uso de troca iônica. Esse processo também é usado cm cromatografia para Faculdade de Minas 12 separar compostos carregados, incluindo íons inorgânicos e orgânicos, aminoácidos, proteínas e ácidos nucleicos. Fases estacionárias e móveis: há dois tipos gerais de fase estacionária utilizados em cromatografia de troca iônica. O primeiro é um "trocador de cátions”, que tem um grupo com carga negativa e serve para separar íons positivos. O segundo é um "trocador de ânions”, que tem um grupo com carga positiva e serve para separar íons negativos. Os dois são usados nas cromatografias de trocas catiônica e aniônica. Na troca catiônica, a fase estacionária é a base conjugada de um ácido forte (por exemplo, ácido sulfônico) ou a base conjugada de um ácido fraco (um grupo carboxilato). Na troca aniônica, o ácido conjugado de uma base forte (como uma amina quaternária) ou de uma base fraca (como uma amina terciária) é usado como fase estacionária. Os "géis" baseados em carboidrato constituem outro tipo comum de suporte para a cromatografia de troca iônica. Esses materiais são preparados tomando-se um carboidrato que ocorre naturalmente e modificando-o quimicamente para colocar grupos funcionais iônicos em sua estrutura. Tais suportes são especial mente úteis na separação de compostos biológicos que podem ter uma ligação muito forte e indesejável com resinas de polímero orgânico, como o poliestireno. A agarose é um gel de carboidrato utilizado como suporte em cromatografia de troca iônica. Aplicações: com frequência, a troca iônica é empregada na remoção de certos tipos de íon de amostras e soluções. Por exemplo, resinas de troca iônica são muito utilizadas em sistemas de purificação de água para a produção de água deioniza da. Neste caso, suportes de troca catiônica são usados para substituir os cátions na água por H+ e suportes de troca aniônica para substituir ânions por OH-, que se combinam para formar a água. Outra aplicação da cromatografia de troca iônica é na separação e na análise direta de amostras. No entanto, no caso de suportes tradicionais de troca iônica, muitas vezes é necessário utilizar uma concentração relativamente elevada de íons concorrentes para se parar os analitos da coluna. Isso pode dificultar a detecção da separação de analitos quando esta é monitorada por um dispositivo como o detector de condutividade. Uma maneira de contornar o problema é usar um tipo especial de cromatografia de troca iônica conhecido como cromatografia iônica (CI). Nesse método, o sinal de fundo de íons Faculdade de Minas 13 concorrentes é reduzido, utilizando-se um baixo número de locais carregados para a fase estacionária, o que exige uma concentração menor de íons concorrentes para a separação dos íons da amostra. 1.5. Cromatografia de exclusão por tamanho (SEC) Princípios gerais: esta é uma técnica que separa substâncias de acordo com diferenças de tamanho. Baseia-se nas diferentes capacidades que os analitos têm de acessar a fase móvel no interior dos poros de um suporte. Enquanto os solutos se deslocam através dele, as moléculas pequenas podem entrar nos poros, ao contrário das grandes. O resultado é uma separação com base em tamanho ou massa molar. Todos os analitos separam-se em uma faixa de volume bastante estreita. Esse volume de retenção (𝑉𝑅) terá um valor entre o volume da fase móvel, que está fora de todos os poros do suporte (conhecido como "volume excluído", 𝑉𝐸), e o volume de morto real da coluna (𝑉𝑀) Como todos os solutos separam-se no volume morto ou antes dele, o indice de retenção k (que teria valores iguais a zero ou abaixo de zero) não é usado nessa técnica para descrever a separação do analito. Em vez disso, o tempo de retenção ou o volume dela são aplicados diretamente ou para calcular uma taxa conhecida como K, que é definida na equação a seguir: 𝐾𝑂 = (𝑉𝑅 − 𝑉𝐸) (𝑉𝑀 − 𝑉𝐸) Fases estacionárias e móveis: o suporte ideal na SEC - cromatografia de exclusão por tamanho - é feito de um material poroso que não interage diretamente com o soluto injetado. Suportes a base de carboidratos, como o dextran e a agarose em sua forma não derivatizada, podem ser usados para com postos biológicos e amostras aquosas, assim como um mate rial conhecido como gel de poliacrilamida. Um aspecto importante de todos os suportes é que possuem uma estrutura porosa na qual o tamanho dos poros é que determinará o tamanho dos compostos que serão separados. Aplicações: por ser uma ferramenta de preparação, a SEC é muitas vezes utilizada com amostras biológicaspara remover solutos pequenos de agentes grandes como as Faculdade de Minas 14 proteínas. Também serve para transferir analitos grandes de uma solução para outra ou remover sais de uma amostra. Em aplicações analíticas, com frequência se emprega a SEC na separação de biomoléculas e polímeros. 1.6. Cromatografia de afinidade Princípios gerais: este método é baseado em interações biologicamente relacionadas, utilizando as interações seletivas reversíveis que caracterizam a maioria dos sistemas biológicos, como, por exemplo, a ligação de uma enzima com seu substrato, de um anticorpo com um antígeno ou de um hormônio com seu receptor. As interações biológicas são usa das em cromatografia de afinidade imobilizando-se uma molécula de um par que interage em um suporte sólido e colocando-a em uma coluna A molécula imobilizada é chamada de ligante de afinidade e representa a fase estacionária na coluna. A coluna contendo o ligante imobilizado pode. então, ser utilizada como um adsorvente seletivo para a molécula complementar Colunas de afinidade são muitas vezes utilizadas em um formato "on/off" de separação, no qual a amostra é aplicada à coluna na presença de um tampão de aplicação. Por causa da natureza forte e seletiva da maioria das interações biológicas, o ligante de afinidade vai se ligar ao analito de interesse durante essa etapa, enquanto permite que a maior parte dos outros componentes da amostra passe como um pico não retido. A retenção do analito (A) em uma coluna de afinidade pode ser descrita por uma reação de complexação na qual (A) se combina com o ligante de afinidade (L) para formar o complexo (A-L) em que 𝐾𝑎 é a constante de equilibrio de associação para a formação do complexo A-L. 𝐴 + 𝐿 𝐴 − 𝐿 𝐾𝐴 = [ 𝐴 − 𝐿] [𝐴][𝐿]↔ 𝐾𝐴 Se um complexo 1:1 se forma entre A e L, o fator de retenção para A na coluna de afinidade pode ser relacionado a KA, e a quantidade de ligante de afinidade pela equação a seguir. O termo m, na equação é o total de mols dos locais de ligantes ativos na coluna, e VM o volume de morto da coluna. Essa equação aponta que o índice de retenção na cromatografia de afinidade depende tanto da força da ligação entre o analito e o ligante (K) Faculdade de Minas 15 quanto da concentração dos locais de ligação disponíveis para um analito no ligante de afinidade (mL/VM). K = KA (mL / VM) Aplicações: é utilizada como um método de purificação em grande escala para enzimas e proteínas. Esse tipo de aplicativo usa colunas que contêm agentes imobilizados capazes de se ligar seletivamente a substâncias desejadas e retê-las na presença de outros componentes da amostra. Também serve como um método para a preparação de amostras. 1.7 Sistema de cromatografia líquida e pré-tratamento de amostra – tipos detectores em cromatografia líquida Há vários tipos de detectores disponíveis para CLAE. Eles incluem tanto dispositivos gerais quanto específicos que medem índices de refração, absorbância, fluorescência, condutividade e propriedades eletroquímicas de analitos de separação. A espectrometria de massa também é aplicável tanto à detecção geral quanto à seletiva em cromatografia líquida. a) Detectores gerais: um detector de absorbância serve para monitorar muitos tipos de analito em CLAE Detectores de absorbância para cromatografia liquida usam luz na faixa do ultravioleta ou visível e incluem uma célula especial de amostra conhecida como "célula de fluxo", destinada a permitir que a fase móvel e os analitos passem pelo detector de forma continua à medida em que saem da coluna o tipo mais simples de detector de absorbância para CLAE é um de comprimento de onda fixo. O detector por índice de refração (IR) é um dos mais universais disponíveis para CLAE. Ele mede a capacidade da fase móvel e dos analitos de refratar ou dobrar a luz O índice de refração muda de acordo com a variação na composição da fase móvel, como quando os analitos se separam de uma coluna. Um terceiro detector geral para CLAE é o detector evaporativo de espalhamento de luz que pode ser usado com qualquer soluto que seja menos volátil do que a fase móvel. Faculdade de Minas 16 b) Detectores seletivos: existem vários detectores específicos que podem ser usados em CLAE. Um bom exemplo disso é o detector de fluorescência que mede a capacidade que as substâncias químicas têm de absorver e emitir luz em um conjunto específico de comprimentos de onda. Visto que esses comprimentos são característicos de determinada substância, esse método pode sinalizar que existe um fundo baixo e mostrar- se bastante especifico para o analito de interesse. A fluorescência se aplica à detecção seletiva de qualquer analito que absorva e emita luz em determinada excitação e comprimentos de onda de emissão. Ela também pode ser usada para detectar analitos que são primeiro, convertidos em um derivado fluorescente. Entre os compostos que podem ser detectados dessa forma, estão álcoois, aminas, aminoácidos e proteínas O detector de condutividade é um dispositivo que pode monitorar compostos iônicos em CLAE, medindo a capacidade que a fase móvel e seu conteúdo têm de conduzir uma corrente quando colocada em um campo elétrico. c) Cromatografia líquida acoplada à espectrografia de massa: esta técnica se assemelha à cromatografia gasosa acoplada espectrografia de massa (CG-EM), em que o uso combinado à de espectrometria de massa com CLAE torna possível tanto quantificar quanto identificar substâncias químicas com base na massa de seus íons moleculares ou fragmentados. 1.7.1 Equipamento de cromatografia líquida e pré-tratamento de amostra Uma válvula de injeção costuma ser utilizada em CLAE para introduzir uma amostra no sistema. Uma válvula usada para isso, na qual uma seringa aplica a amostra por uma abertura e para dentro de um pequeno loop de amostra O excesso dela passa por esse loop e sai pelo outro lado, caindo em um recipiente de resíduos. Quando se injeta a amostra, a posição da válvula é trocada de modo que seus três canais de fluxo interno se movam e se conecte a uma diferente serie de entradas e saídas. Essa troca coloca o circuito de amostra no caminho da fase móvel e transfere a amostra para a coluna. A válvula é depois devolvida à posição original da próxima amostra é injetada. Esse processo pode ser realizado manual ou automaticamente. Faculdade de Minas 17 2. ELÉTROFORESE CAPILAR Aplicações: A eletroforese capilar (EC) é uma técnica de várias amostras incluindo hidrocarboneto aromáticos, vitaminas hidratadas e aminoácidos solúveis em gordura, íons inorgânicos, ácidos orgânicos, catecolaminas, substâncias quirais, proteínas, peptídeos, etc. Uma função que difere entre EC e outras tecnologias está em seus recursos exclusivos de separação de macromoléculas carregadas para biotecnologia e em pesquisa biológica. Por exemplo, o Projeto Genoma Humanos, o objetivo recentemente alcançado é obtenha a sequência completa de DNA humano, para este é necessário distinguir entre diferentes polinucleotídeos, massa molar, cerca de 200 a 500 daltons (Dalton = u.m.a.) uma diferença de nucleotídeo. Instrumentação: o funcionamento de um equipamento de eletroforese capilar - EC, envolve a aplicação de alta voltagem, tipicamente 5 a 30 kV em um capilar de diâmetro reduzido gerando correntes na faixa de 10 a 100 mA. O uso do capilar apresenta várias vantagens, particularmente com respeito ao aquecimento Joule. A alta resistência do capilar permite a aplicação de um alto campo elétrico, pois gera pouco calor, além disso, o formato do capilar pode dissipar efetivamente o calor gerado. O uso de campos elétricos elevados resulta em curto tempo de análise, alta eficiência e alta resolução. Na eletroforese capilar, o capilar é preenchido comuma solução tampão, e sua extremidade é imersa em um recipiente contendo a solução tampão, e uma corrente é gerada dentro do capilar onde um campo elétrico é aplicado. Os eletrodos são feitos de materiais inertes (como a platina) e também são imersos na solução para fechar o circuito. O capilar passa por um detector, geralmente um detector espectrofotométrico de absorção ultravioleta / visível. Uma pequena quantidade de amostra é introduzida em uma extremidade do capilar. A aplicação do campo elétrico faz com que o analito se mova em direção ao eletrodo. A separação em EC é baseada na presença de um fluxo eletricamente induzido denominado fluxo eletroosmótico (FEO). O fluxo eletroforético gera um fluxo de solução dentro do capilar, que faz com que o soluto se mova para o detector. Devido ao seu sinal de carga, este fluxo pode reduzir significativamente o tempo de análise ou os íons de força para Faculdade de Minas 18 reverter sua tendência de migrar em direção ao eletrodo atraído por eles. Outros detalhes sobre o FEO serão discutidos em outro projeto posteriormente. 2.1 Capilares O capilar pode ser de vidro (para 1 > 280 nm), PTFE (macio, transparente à luz ultravioleta, mas não pode ser usado sob alta pressão) ou sílica fundida, geralmente coberta com uma camada protetora na parte externa poliamida, por ser extremamente frágil e fácil de quebrar, pode melhorar a resistência mecânica. Uma pequena parte do revestimento é removida para formar uma janela para inspeção. Em seguida, alinhe a janela com o centro óptico do detector. O capilar tem geralmente 25 a 100 cm de comprimento e 15 a 100 µm de diâmetro interno. Em instrumentos disponíveis comercialmente, os capilares são mantidos em um dispositivo denominado caixa, que facilita a inserção do instrumento e protege a delicada janela de detecção. A superfície interna do capilar pode ser modificada quimicamente por ligações covalentes com diferentes substâncias. Esses revestimentos podem ser usados para muitos fins, como reduzir a adsorção da amostra ou alterar a carga iônica na parede capilar. O controle da temperatura ao redor do capilar é muito importante para garantir uma separação repetível. O controle geralmente é feito por ar ou refrigerante, que é forçado através do cassete, encontre o capilar. 2.2 Detectores O detector mais utilizado em EC é a espectrofotometria de absorção UV / Vis, por ser quase universal, ou seja, pode ser utilizado para detectar diversos tipos de substâncias. A maioria dos instrumentos também possui detectores com matrizes de diodos disponíveis que fornecem espectros de UV / Vis para cada substância detectada. O acoplamento de EC e espectrômetro de massa é geralmente usado para fornecer informações estruturais sobre o analito. Faculdade de Minas 19 2.3. Fluxo Eletroosmótico As paredes capilares de sílica contêm grupos silanol (SiOH), que ionizam (SiO- + H +) quando em contato com soluções tampão de pH alto. Essa dissociação produz uma superfície carregada negativamente. Em seguida, uma camada de contra-íons (cátions) é formada perto da parede capilar para manter a neutralidade. Isso forma uma camada dupla e cria uma diferença de potencial muito próxima à parede, fenômeno denominado potencial zeta. O potencial zeta é basicamente determinado pela carga superficial na parede capilar (a carga depende do pH). Quando a diferença de potencial (ddp) é aplicada, esses íons de metal e suas moléculas solúveis em água relacionadas migram para o cátodo. O movimento dos íons leva ao movimento dos íons o fluxo de material para o detector pode ser considerado como condutância elétrica. Uma vez que o potencial zeta é controlado pela ionização do grupo, a concentração de FEO é altamente dependente do valor de pH do eletrólito (Ácido) silanol na parede capilar. Abaixo de pH 4, a ionização dos grupos silanol é pequena e o FEO não é significante, enquanto acima de pH 9 os silanol fica ionizado, por isso FEO é alto. A magnitude do fluxo eletroosmótico pode ser expressa em termos de velocidade ou mobilidade segundo as equações: Em que: VFEO = velocidade do FEO; ε = constante dielétrica; ξ = potencial zeta; η = viscosidade; E = potencial aplicado; µFEO = mobilidade do FEO. O potencial zeta é também dependente da força iônica da solução tampão. Um aumento da força iônica resulta na compressão da dupla camada e consequentemente uma redução do FEO. Faculdade de Minas 20 Ao longo o comprimento do tubo capilar, portanto, produz uma taxa de fluxo uniforme sem pressão. Se cortarmos no capilar, descobriremos que o contorno do FEO é plano (plug), o que tem um efeito benéfico porque não causará diretamente o alargamento do pico porque as moléculas do soluto se moverão. Velocidade muito próxima. isto é comparado com o perfil parabólico de HPLC (fluxo laminar), o EC tem uma grande vantagem, pois possui as características do fluxo sensível à pressão. Solução de fluxo laminar ele se move mais lentamente próximo à parede da coluna e mais rápido no centro, resultando em uma velocidade de movimento diferente do soluto ao longo da coluna. Portanto, quanto mais tempo o soluto passa pelo leito, mais largo o perfil do pico se tornará. 2.4 Modos de Separação Atualmente, eletroforese é um termo coletivo para uma série de técnicas de separação, envolvendo a aplicação de um campo elétrico em um capilar preenchido com uma solução tampão. 2.4.1. Eletroforese Capilar em Solução Livre (ECSL) A separação de íons é a forma mais simples de EC e é chamada de eletroforese capilar em solução livre. Muitos compostos podem ser separados rápida e facilmente por esta técnica. A separação em ECSL é baseada na diferença na mobilidade eletroforética. A diferença na mobilidade eletroforética é devido às diferentes taxas de migração das espécies de íons na coluna. Tampão, contido no capilar. O mecanismo de separação é baseado na diferença na relação massa-carga dos solutos em um determinado pH. Na ECSL, as substâncias neutras não são separadas, mas cátions e ânions podem ser separados na mesma operação. 2.4.2. Eletroforese Capilar em Gel (ECG) Devido a proporções de massa para carga semelhantes, às vezes é difícil separar moléculas grandes como o DNA por ECSL. Portanto, ECSL geralmente não é suficiente Faculdade de Minas 21 para substância. Outra opção é preencher o capilar com gel, onde o principal mecanismo de separação é baseado na diferença de tamanho dos solutos que migram pelos poros do polímero. Essa técnica é chamada de eletroforese em gel capilar. Íons menores migram mais rápido, enquanto íons maiores retêm mais tempo. Além disso, o gel também pode ser usado como meio de convecção, minimizando assim a difusão do soluto. Também evita a adsorção de solutos na parede capilar e ajuda a eliminar a eletroosmose. No entanto, o gel deve ter certas características, como estabilidade térmica e uma faixa de tamanho de poro apropriada (dependendo da massa molar do soluto da amostra) para ser um meio de eletroforese adequado. Esta tecnologia está sujeita às seguintes limitações: As substâncias neutras não migram através do gel porque o FEO é inibido. 2.4.3. Eletrocromatografia Capilar Micelar (ECCM) ECCM foi originalmente desenvolvido para a separação de compostos neutros, e não é possível usar ECSL sozinho para separação. As condições de separação envolvem o uso de eletrólitos contendo níveis relativamente altos de surfactantes, como dodecil sulfato de sódio (SDS). Acima de uma certa concentração chamada de concentração micelar crítica (CMC), as moléculas de surfactante começam a se agregar e formar micelas. A separação é baseada na partição molecular entre a fase micelar (pseudofase fixa) e o tampão aquoso. Micelles o SDS é carregado negativamentee migra para o FEO. Solventes orgânicos e reagentes biomiméticos também podem ser adicionados ao tampão para ajustar os fatores de retenção e seletividade, assim como na fase reversa do HPLC. ECCM é particularmente útil para resolver problemas solutos neutros insolúveis em água, como esteroides. Faculdade de Minas 22 2.4.4. Eletroforese Capilar com Focalização Isoelétrica (ECFI) Na focalização isoelétrica capilar, a separação é baseada no ponto isoelétrico (valor do pH, onde o número de moléculas que migram para o ânodo é igual ao número de moléculas que migram para o cátodo) da substância anfotérica. Essa tecnologia é baseada na formação de um gradiente de pH, que é obtido pelo uso de substâncias chamadas anfólitos, que geralmente são ácidos poliméricos sintéticos (por exemplo, poliaminoácidos, ácidos policarboxílicos ou ácidos polissulfônicos). A aplicação de um campo elétrico na mistura anfólita cria um gradiente de pH. Use um cátodo de alto pH (geralmente hidróxido de sódio e ânodo de pH) para manter o anfotérico no meio baixo, geralmente ácido fosfórico. As proteínas de ambos os sexos se comportarão da mesma forma e estarão concentradas em uma determinada posição determinada por seu ponto isoelétrico (PI). Nesse tipo de separação, etapas adicionais são necessárias porque os solutos não podem ser detectados no local, pois quando os solutos alcançam seu PI, eles param de se mover dentro do capilar e, portanto, não chegam à célula detectora. Esta etapa pode ser realizada de diferentes maneiras. Depois de focar, a área pode ser movida em direção ao detector no capilar por pressão, por exemplo, a pressão pode ser obtida aumentando um deles fim do capilar. Ou, depois de focar, a corrente do sistema é menor porque apenas os íons OH- e H+ contribuem para a condução. Quando o sal, como o cloreto adicionando sódio ao anólito (reservatório de ácido) ou católito, os íons cloreto irão dominar e aumentar a condutividade. De acordo com o princípio da neutralidade do elétron, os íons. O sódio pode trocar prótons no tubo, criando um gradiente desequilibrado. Isso faz com que os íons migrem em direção ao detector. 2.4.5. Isotacoforese Capilar (IC) A principal diferença entre a isotacoforese e outras técnicas na CE é que ela é realizada em um sistema tampão descontínuo. A amostra está concentrada entre dois buffers diferentes. Os íons em um buffer têm a maior mobilidade no sistema, chamado de Faculdade de Minas 23 primeira linha, e o outro íon tem a mobilidade mais baixa no sistema e é chamado de terminador. Na verdade, o reservatório tampão e o capilar do lado mais próximo do detector são preenchidos com pré-eletrólito, e o outro reservatório é preenchido com outro pare o eletrólito e injete a amostra entre eles. Quando um campo elétrico é aplicado, os componentes da amostra começam a se separar em várias regiões de acordo com sua mobilidade. Quando o estado de equilíbrio é alcançado, os componentes da amostra são divididos em áreas em contato uns com os outros porque não há eletrólito portador e todos eles se movem na mesma posição e rapidez. Nesta técnica, o eletroferograma obtido contém uma série de níveis (etapas), onde cada etapa representa uma área de analito. Ao contrário de outros modos EC, neste modo, a quantidade de amostra presente pode ser medida pela área do pico e a cromatografia, a quantificação da isotacoforese é baseada principalmente no comprimento da região, que é proporcional à quantidade de substância presente. 3. MÉTODOS GRAVIMETRICOS A análise gravimétrica ou análise gravimétrica quantitativa refere-se ao processo de isolar e pesar elementos ou compostos definidos de elementos na forma mais pura possível. O elemento ou composto é separado de uma grande amostra da substância a ser analisada. A maior parte da determinação na análise gravimétrica refere-se aos elementos ou grupos a serem determinados são compostos estáveis e puros que podem ser facilmente convertidos em uma forma adequada para pesagem. Em seguida, você pode calcular facilmente o peso do elemento ou radical com base no entendimento da fórmula molecular do composto e a massa atômica relativa dos elementos constituintes. A separação de elementos ou compostos contendo elementos pode ser realizada de várias maneiras, as mais importantes das quais são: (a) método de precipitação; (b) método de volatilização ou evolução; (c) método de eletroanálise; (d) método de extração e cromatografia. Faculdade de Minas 24 Convenientemente falando, nesta fase, apesar das deficiências, que geralmente demoram muito, a análise gravimétrica ainda está sendo usada. As vantagens proporcionadas pela análise gravimétrica são: a) Exato e preciso ao usar escalas analíticas modernas. b) É fácil controlar possíveis fontes de erros, porque filtrado pode ser produzido teste para confirmar que a precipitação está completa e a precipitação você pode verificar se há impurezas. c) Sua vantagem importante é se tornar um método absoluto, a saber envolve medição direta sem qualquer forma de calibração. d) Equipamentos relativamente baratos podem ser usados para determinar fornos de mufla e, em casos mais caros, cadinhos de platina. Duas aplicações gerais de análise gravimétrica são: a) Análise de padrões usados para verificação ou calibração tecnologia de ferramenta ou ambos. b) É necessária uma análise de alta precisão, embora a análise seja demorada o método gravimétrico limita esta aplicação a um pequeno número de determinações. 3.1 Métodos de precipitação Esses métodos são provavelmente os métodos mais importantes em análise gravimétrica, existem poucas formas de componentes a serem determinados que precipitam da solução solúvel, não há perda óbvia após filtrar o sedimento peso. Os seguintes fatores determinam o sucesso da análise de precipitação. O precipitado deve ser tão insolúvel que não haja perda significativa durante a precipitação recolher por filtração. Na prática, isso geralmente significa a quantidade restante na solução não excede balança analítica comumente usada, ou seja, 0,1 mg. As propriedades físicas do precipitado devem permitir sua separação da solução por filtração, pode ser lavado até que não haja impurezas solúveis. A condição exige que o tamanho da partícula não passe pela mídia do filtro sem afetar o tamanho da partícula (pelo menos não para reduzir) o processo de lavagem. Faculdade de Minas 25 O precipitado deve ser convertido em uma substância pura com uma composição química definida; esta conversão pode ser realizada por calcinação ou por operações químicas simples (como a evaporação em um solvente adequado). O fator 1 depende da completude da precipitação, conforme foi analisado no estudo do princípio do produto de solubilidade e sua influência, o princípio de solubilidade da precipitação, (I) sal com íons comuns, (II) sal sem íons (III) O ácido e o álcali e a (IV) temperatura. Ao longo do processo de pesquisa, presume-se que os compostos separados da solução sejam quimicamente puros. No entanto, nem sempre é esse o caso. A pureza do precipitado depende, em particular, das substâncias presentes na solução antes e depois da adição dos reagentes e das condições experimentais exatas da precipitação. Para entender a influência desses e de outros fatores, é necessário apresentar brevemente a natureza do coloide. Alguns problemas causados por sedimentos incluem condensação ou floculação de uma dispersão coloidal de sólidos finamente divididos para permitir a filtração e evitar a rotação no sedimento lavado. A precipitação é geralmente realizada em um copo de vidro refratário e, em seguida, a solução precipitante é adicionada lentamente (por exemplo, por meio de uma pipeta, bureta ou funil com torneira), e a soluçãoé agitada de forma eficaz com um diluente apropriado. A adição deve ser sempre projeção alcançada fazendo com que a solução de reagente flua pela parede do béquer ou do recipiente de precipitação. Geralmente, uma quantidade excessiva de reagente é suficiente; muito irá causar aumento da solubilidade ou contaminação dos precipitados. Depois que o sedimento assentar, você sempre deve adicionar algumas gotas do sedimento para verificar se há sedimento adicional. Geralmente, o precipitado não é filtrado imediatamente após ser formado. A maioria dos precipitados, exceto aqueles que são definitivamente coloidais (como o hidróxido de ferro (III)), precisam ser digeridos mais ou menos para completar a precipitação e fazer todas as partículas atingirem um tamanho que seja fácil de filtrar. Em alguns casos, a digestão pode ser realizada deixando o béquer em temperatura ambiente e permitindo que o precipitado entre em contato com o licor-mãe por 12 a 24 horas. Além disso, quando a temperatura aumenta, ocorre a digestão perto da temperatura de ebulição da solução. Para aquecimento, use uma placa de aquecimento Calor, banho-maria ou até mesmo fogo baixo para evitar a pulverização de líquidos. Em qualquer caso, o copo deve ser coberto Faculdade de Minas 26 com um vidro de relógio convexo baixo. Quando a solubilidade do precipitado é considerável, ele pode ter que sair a solução atingiu a temperatura ambiente antes da filtragem. 3.1.1. Filtração Esta operação é para separar o precipitado do licor mãe, e o objetivo é obter quantitativamente um precipitado livre de solução e meio de filtração. Método usado para filtrar: (1) papel de filtro; (2) placa de vidro poroso feito de vidro resistente ao calor, como vidro Pyrex (cadinho de filtro de vidro sinterizado), sílica (cadinho de filtro de silício de vidro) ou porcelana (filtro de cerâmica cadinho). A escolha do meio filtrante dependerá da natureza do sedimento (o filtro é particularmente adequado para sedimentos gelatinosos), e também devido ao alto custo. As limitações de vários meios de filtro estão listadas nas seguintes considerações. 3.1.2. Lavagem de precipitados A maioria dos precipitados são obtidos na presença de um ou mais compostos facilmente solúvel. Uma vez que esses compostos não são voláteis na temperatura em que o precipitado é finalmente seco em muitos casos, é necessário lavar o precipitado para remover as substâncias estranhas tão completamente quanto possível. O volume de líquido de lavagem necessário para remover os corpos estranhos deve ser o menor possível, pois é absolutamente insolúvel sem precipitação. Uma pequena quantidade de solução de lavagem filtrada deve ser usada para testes qualitativos para verificar a remoção de impurezas. Além disso, lavar com várias partes de líquido de lavagem e drenar completamente o líquido entre cada lavagem é mais eficaz do que lavar com uma ou duas partes de líquido ou adicionar líquido de lavagem quando ainda há solução no filtro. O líquido de lavagem ideal deve atender às seguintes condições, tanto quanto possível: 1. Não há efeito do solvente no precipitado, mas é fácil de dissolver corpo estranho. Faculdade de Minas 27 2. Não há efeito de dispersão no precipitado. 3. Não forme produtos voláteis ou insolúveis com o precipitado. 4. Volátil facilmente na temperatura de secagem da precipitação. 5. Não contém substâncias que possam interferir na saúde humana. Determinação subsequente no filtrado. Na maioria dos casos, especialmente quando os sedimentos se assentam ou se assentam rapidamente é gelatinoso e pode ser lavado por decantação. Em todos os casos, testes devem ser realizados para verificar se ele foi limpo completo, para fazer isso, colete uma pequena porção do líquido de lavagem e, em seguida, estima-se que a maioria das impurezas foram removidas e testes qualitativos foram realizados apropriado. Ao filtrar sob sucção, coloque um pequeno tubo de ensaio em o funil que suporta o cadinho do filtro. 3.1.3. Secagem e calcinação de precipitados Após o precipitado ser filtrado e lavado, ele deve ser pesado para ter uma composição constante. O método de tratamento depende da natureza. A natureza do precipitado e do meio de filtro; este tratamento inclui a secagem ou calcinação do precipitado. O termo usado depende da temperatura na qual o precipitado é aquecido. No entanto, se a temperatura definida não for inferior ou superior à temperatura definida, o precipitado será seco ou calcinado. Para nossos propósitos, se designarmos que a secagem seja realizada a menos de 250 ° C (a temperatura mais alta que é facilmente alcançada em uma estufa comum), o significado pode ser explicado de forma adequada. Secagem, controle elétrico e termostático), e calcinação a uma temperatura de 250 ° C a 1200 ° C ou mais. O precipitado a secar deve ser recolhido em papel filtro ou cadinho filtrante de vidro sinterizado ou porcelana. O precipitado a ser calcinado deve ser coletado em papel de filtro, cadinho de filtro de porcelana ou cadinho de filtro de sílica. A calcinação é feita colocando o cadinho em um recipiente especial de ignição e aquecendo-o sob combustão adequada. Caso contrário, o cadinho (na verdade, qualquer tipo de cadinho) pode ser colocado em um forno Mufa aquecido eletricamente equipado com um pirômetro e dispositivo de controle de temperatura. Faculdade de Minas 28 Deve-se levar em consideração a informação sobre a temperatura fornecida pela análise termogravimétrica, dentro da faixa de temperatura em que o precipitado pode ser aquecido para ter uma composição definida. Em alguns casos, a curva termogravimétrica é afetada pelas condições do experimento de precipitação, mesmo que a curva obtida não seja horizontal, pode ser ponderada adequadamente dentro de uma determinada faixa de temperatura. No entanto, o termograma ainda pode fornecer dados valiosos sobre a faixa de temperatura. Sob as condições de análise termogravimétrica, o precipitado tem uma composição constante; esses dados pelo menos fornecem orientação sobre a temperatura na qual o precipitado deve ser seco e aquecido para fins quantitativos, mas deve-se prestar a devida atenção às propriedades químicas gerais do modelo pesado. Embora o precipitado a ser calcinado geralmente seja coletado em um cadinho de filtro de cerâmica ou sílica, às vezes é utilizado papel de filtro, sendo necessário descrever o método a ser utilizado nesses casos. Técnica exata vai depender se o precipitado pode ser calcinado com segurança após contato com papel filtro. Deve-se lembrar que alguns precipitados, como o sulfato de bário, podem ser reduza ou modifique, entre em contato com papel de filtro ou seu papel de filtro demolir. Faculdade de Minas 29 4. REFERÊNCIAS: BRUICE, P. Química Orgânica. Volume 1, 4. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2006a. BRUICE, P. Química Orgânica. Volume 2, 4. ed. 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