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ESTUDO DIREITOS HUMANOS TOPZERA

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universalidade, a indivisibilidade e a interdependência
A universalidade dos Direitos Humanos se radica na unidade normativa da dignidade humana construída pela moralidade democrática. A máxima que diz que todos os humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos é mais do que formal. É conteúdo concreto que reconhece em cada pessoa, na diferença e na diversidade que lhe são constitutivas, um sujeito de direitos. A base da ideia de sujeito de direitos está na dignidade intrínseca de cada ser humano, como inviolabilidade do corpo, como carência e como possibilidades múltiplas de realização histórica. Neste sentido, a ideia do necessário respeito à diversidade encontra base na sua aceitação universal. O encontro dos distintos, dos diversos, no diálogo construtivo é possível na base da universalidade desta possibilidade, cuja condição fundamental é o reconhecimento da dignidade de cada pessoa.
A indivisibilidade dos direitos aponta para a necessidade de superação das leituras geracionais dos direitos humanos. Todos os direitos humanos: os civis e políticos; os econômicos, sociais e culturais e; os de solidariedade, entre outros, constituem, juntos, um todo indivisível. A necessidade do compromisso primeiro do Estado e complementar da sociedade civil no sentido de sua garantia efetiva vale para todos os direitos. Dessa forma, o conjunto dos direitos humanos constitui um todo que exige a construção de instrumentos e mecanismos concretos e adequados à efetivação de cada direito como direito humano e de todos os direitos humanos como realização da dignidade da pessoa humana.
A interdependência dos direitos complementa as duas noções anteriores e informa que a realização de um direito implica na realização dos demais. Ou seja, não há como realizar direitos civis e políticos sem que os direitos econômicos, sociais e culturais também sejam realizados.
CONCEITUAL, PROCEDIMENTAL e ATITUDINAL
CONCEITUAL: compreende a temática dos Direitos Humanos e dos mecanismos existentes para a sua proteção, desencadeando atividades para a promoção, defesa e reparação das violações aos Direitos Humanos
PROCEDIMENTAL: abrange a prática dos Direitos Humanos na vida cotidiano-profissional.
ATITUDINAL: corresponde à internalização de valores e atitudes de respeito e valorização aos Direitos Humanos.
EIXO 1: EDUCAÇÃO
EIXO 2 GRUPOS VULNERÁVEIS, MINORIAS E VÍTIMAS
EIXO 3 POLÍTICA INTERNA
EIXO 4 INTEGRAÇÃO COM ÓRGÃOS E ENTIDADES
* Três princípios fundamentais é que se baseiam a atividade dos policiais sob o aspecto ético e legal:
1) o respeito e a obediência às leis;
2) o respeito pela dignidade humana; 
3) o respeito e a proteção dos Direitos Humanos.
TORTURA
Ato de constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental, com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; em razão de discriminação racial ou religiosa. Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo
CIDADANIA
É o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos na Constituição de um país. A cidadania também pode ser definida como a condição do cidadão, indivíduo que vive de acordo com um conjunto de estatutos pertencentes a uma comunidade politicamente e socialmente articulada.
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA
Toda e qualquer pessoa no ato de sua captura, detenção ou prisão tem direitos que lhe assistem e devem ser respeitados. Dentre eles, a presunção de inocência, que é um direito garantido pelo inciso LVII, do art. 5º, da CF/88: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. A culpa ou inocência pode ser determinada somente por tribunal constituído de forma apropriada, após processo conduzido adequadamente, em que o acusado tenha todas as garantias necessárias à defesa. O direito de ser presumida inocente, até ser considerada culpada, é fundamental para assegurar à pessoa um julgamento justo.
O cidadão capturado terá seus direitos e garantias preservados pelo policial.
A audiência de custódia é o instrumento processual que determina que todo preso em flagrante deve ser levado à presença da autoridade judicial, no prazo de 24 horas, para que esta avalie a legalidade e necessidade de manutenção da prisão.
“Toda pessoa presa, detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra autoridade autorizada por lei a exercer funções judiciais e tem o direito de ser julgada em prazo razoável ou de ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo. Sua liberdade pode ser condicionada a garantias que assegurem o seu comparecimento em juízo.”
Não bastassem as determinações em tratados internacionais e a imperiosa necessidade de reforço do compromisso do Brasil na proteção dos Direitos Humanos, há outros motivos que ratificam a realização das audiências de custódia (também chamadas de audiências de apresentação). Dentre eles, podemos citar o combate à superlotação carcerária (uma vez que possibilita à autoridade judiciária a apreciação de pronto da legalidade da prisão).
Contudo, o tema não é livre de críticas e polêmicas. De acordo com a Resolução 213/2015, o prazo para apresentação do preso em juízo é de 24 horas, mas há casos, de crimes de extrema complexidade em que a própria lavratura do auto de prisão em flagrante percorrerá período superior a este prazo.
DETENÇÃO, CAPTURA E PRISÃO POR AVERIGUAÇÃO
Privação de liberdade: é a definição mais ampla da violação da liberdade de ir e vir. Esta inclui a retenção de menores, de pessoas mentalmente doentes, de viciados em drogas ou em álcool e de desocupados. A privação se estende a situações em que esta é causada tanto por pessoas comuns quanto por agentes públicos.
Captura: Ação policial consistente em privar uma pessoa de sua liberdade de locomoção, em virtude de suspeição da prática de delito, ou por ato de uma autoridade judiciária competente (mandado de prisão).
Pessoa detida: Pessoa privada de sua liberdade, exceto no caso de condenação por um delito.
Pessoa presa: Qualquer pessoa privada de sua liberdade como resultado da condenação por um delito.
MANIFESTAÇÃO COM OBSTRUÇÃO PARCIAL DE VIAS
GRUPO VULNERÁVEIS
CRIANÇA
A criança acusada de ato infracional deverá ser encaminhada à presença do Conselho Tutelar ou Juiz da Infância e da Juventude. Se efetivamente praticou ato infracional, ser-lhe-á aplicada medida especial de proteção como: orientação, apoio e acompanhamento temporário, frequência obrigatória a ensino fundamental, requisição de tratamento médico e psicológico, entre outras medidas.
ADOLESCENTE
Adolescente em caso de flagrância de ato infracional será levado à autoridade policial especializada. Os adolescentes não são igualados a réus ou indiciados nem são condenados a nenhuma pena (reclusão e detenção), como ocorre com os maiores de dezoito anos. Recebem medidas socioeducativas, sem caráter de apenação. É ilegal a apreensão do adolescente para averiguação. Fica apreendido, e não preso. A apreensão somente ocorrerá, quando for em flagrância ou por ordem judicial, e, em qualquer das hipóteses, esta apreensão será comunicada, de imediato, ao juiz competente, bem como à família do adolescente.
O adolescente que cometer ato infracional estará sujeito às seguintes medidas socioeducativas: advertência, liberdade assistida, obrigação de reparação do dano, prestação de serviços à comunidade, internação em estabelecimento especial, entre outras.
b) Recomendações aos Policiais Militares:
 - comunicar, imediatamente, aos pais ou representante legal sobre a apreensão da criança ou adolescente; 
- manter a atenção às situações que possam implicar em risco à integridade física ou mental da criança ou do adolescente;
 - não conduzircrianças e adolescentes em compartimento fechado da viatura. Contudo, em casos extremos, em que o adolescente apresentar séria ameaça à integridade física dos policiais militares, devido a sua compleição física avantajada, com atitudes violentas em resistência à ação policial, e com histórico de atos infracionais violentos, poderá ser admitido o uso de algema e condução em compartimento fechado de veículo policial, visando até mesmo a segurança do adolescente. No REDS, deverá ser constado e justificado esse procedimento; 
- nunca divulgar sem a autorização devida, por qualquer meio de comunicação, o BO/REDS relativo à criança ou ao adolescente a que se atribua ato infracional; 
- evitar a exposição da imagem do conduzido conforme previsto nos Arts. 17 e 18 do ECA; 
- a busca pessoal será realizada, com segurança, procurando sempre reduzir os constrangimentos, respeitando-se os princípios e as orientações gerais contidas no ECA.
Nos atos praticados por criança será encaminhada ao Conselho Tutelar do Município onde se verificou o ato infracional a quem será dirigido o Registro de Eventos de Defesa Social/ Boletim de Ocorrência (REDS/BO). Nos atos praticados por adolescente fará a apreensão em fragrante e o informará dos seus direitos conduzindo o mesmo à presença da autoridade de polícia judiciária, à qual dirigirá o REDS/BO. Ao se verificar a ocorrência do ato infracional, o adolescente receberá “Voz de apreensão em flagrante”. Quanto à criança, não há esse procedimento, devendo apenas ser encaminhada, imediatamente, ao Órgão Competente.

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