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A EUROPA MEDIEVAL - Aula

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A EUROPA MEDIEVAL
Alta Idade Média e Baixa Idade Média
Sociedade Medieval: homens livres (poder das armas e da Igreja) e servos (não-livres, presos à terra).
Tipos de homens: os que guerreavam, os que oravam, os que trabalhavam.
Feudalismo: sistema apoiado no Direito. Baseia-se em laços de dependência de homem para homem estabelecendo uma hierarquia.
Defesa através das armas; sobrevivência pela posse de terras.
Feudalismo: fragmentação do poder. 
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CONTRATO FEUDO-VASSÁLICO
Concessão do feudo envolta em obrigações recíprocas, a partir de formalidades e rituais.
Contrato pessoal (Suserano-Vassalo), mediante promessas recíprocas em público.
Cerimônias: Homenagem, Fé e Investidura.
Homenagem: ato de auto-entrega.
Fé: juramento de fidelidade.
Investidura: entrega do feudo (benefício) ao vassalo.
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EFEITOS DO CONTRATO FEUDO-VASSÁLICO
Deveres do senhor: obrigação de fidelidade, obrigação de proteção e de sustento (feudo).
Deveres do vassalo: fidelidade, auxilium (ajuda militar e material) e consilium (Justiça, Cúria – assembléia deliberativa).
O FIM DO CONTRATO FEUDO-VASSÁLICO
Inicialmente, era para a vida toda (aspecto religioso);
O vassalo podia devolver o feudo: a) quebra do contrato – ato ilegítimo (não cumprimento de obrigações, excomunhão da Igreja); b) rompimento unilateral do contrato (ritual do desafio);
Direito de propriedade sobre a terra é do senhor, mas o de dispor é cada dia mais limitado;
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Feudo: propriedade do senhor, mas usufruto do vassalo;
Limitação ao direito do proprietário após a doação do usufruto;
O contrato feudo-vassálico excluía a hereditariedade do usufruto do benefício;
Na prática, em geral, o filho do vassalo herdava a vassalagem;
O esposo da filha do vassalo poderia assumir essa condição;
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AS RELAÇÕES FEUDO-VASSÁLICAS E A JUSTIÇA
Senhor do feudo: mandava e fazia as regras, mas aquele tinha obrigações para com o senhor feudal;
Doação do feudo (formas): a) junto com direitos públicos (cunhar moedas, fazer justiça); b) senhor continuava a deter a jurisdição;
Com o tempo, a jurisdição passou a ser exercida com o Conselho de Vassalos; no fim da Idade Média, sobretudo nas cidades, cortes que decidiam sobre questões criminais;
OS DIREITOS DA IDADE MÉDIA
Idade Média: resquícios do império romano, germânicos e igreja católica;
Direito Medieval: direito romano, direito germânico e direito canônico (relativo à Igreja);
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DIREITO GERMÂNICO
Germânicos: eram ligados à terra, em geral, não utilizavam a escrita;
Direito oral;
Principal instituição: família;
Família: responsável juridicamente pelos filhos: erros, dívidas e vingança;
Direito basicamente consuetudinário;
Algumas tribos germânicas estabeleceram-se como reino, e algumas perceberam a necessidade de confeccionar um direito escrito (domínio);
Outros reinos optaram por manter seus costumes, a sua legislação;
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A maior parte das tribos não procura impor suas leis aos romanos;
Prevalece a idéia da “Personalidade das Leis” – cada qual leva consigo o estatuto jurídico de sua tribo de origem;
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O DIREITO CANÔNICO
Cânon – regra;
Direito da Igreja Católica;
Importantíssimo na Idade Média (razões): por ser da Igreja e escrito;
Escrito – primazia em várias partes da Europa (oralidade, analfabetos);
Caráter unitário: caráter universal da Igreja e domínio quase absoluto no campo religioso;
Direito Canônico: responsável exclusivo, por vários séculos, pelo direito privado, tanto para religiosos como para leigos (tribunais eclesiásticos resolviam casamentos, divórcios);
Direito estudado, comentado;
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Direito religioso, mas que admitia a dualidade: direito religioso x direito laico;
Fontes do Direito Canônico: ius divinum (bíblia, doutores da igreja, doutrina patrística), legislação canônica (decisões dos Concílios e escritos dos papas – decretais), costumes e princípios do Direito Romano;
Em 313, o imperador Constantino permitiu às partes submeterem-se voluntariamente ao bispo de sua região.
 Decisão episcopal igual a de julgamento laico;
Depois clérigos passaram a ter privilégio de foro (julgados por Tribunais da Igreja);
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Período Carolíngio: Igreja a única a julgar quaisquer assuntos ligados a sacramentos (casamentos, divórcio, legitimidade dos filhos, rapto, nulidade de casamento, etc);
Com fraqueza do poder real, a jurisdição eclesiástica aumentava seu poder, até sobre leigos;
Após séc. X: jurisdição da igreja sobre as universidades e as miserabiles personas (viúvas e órfãos sob proteção da igreja);
Outras pessoas podiam ser julgadas pelos Tribunais eclesiásticos nos casos de infrações contra a religião, adultério, usura, testamento, juramentos não cumpridos e família;
O processo eclesiástico era escrito, ao contrário do laico;
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Na área penal, o processo era atrelado à queixa, acusação;
Até séc. XII e XIII: uso de prova irracional; nesse modelo, recorria-se a uma divindade;
Na Idade Média, recorria-se aos ordálios;
Provas: prova de ferro em brasa, água fervente, mergulho em água fria, “prova do cadáver”;
Ordálios bilaterais: lutas com espadas;
Condenação dos órdálios pela Igreja com o IV Concílio de Latrão em 1215;
No fim da Idade Média, utilizou-se muito o processo inquisitório;
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O DIREITO ROMANO
Direito forte e complexo;
Larga aplicação do princípio da Personalidade das Leis;
Conforme o grau de romanização, predominou o Direito Romano ou o Germânico;
Direito Romano: usado diretamente ou como fonte de inspiração;
Fenômeno da recepção: um direito usado como fonte para a feitura de outro;
Na Europa Oriental: aplicado em toda a Idade Média;
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Renascimento do Direito Romano: a partir do séc. XII na Itália e após em toda a Europa;
Formação dos Estados Nacionais – direito organizado e escrito (Direito Romano, sobretudo Corpus Juris Civilis);
Direito Romano: direito erudito, ensinado nas universidades, direito supletivo às leis e costumes territoriais;
A INQUISIÇÃO
Até o séc. XIX;
Tribunal especial para julgar e condenar os hereges;
Na Idade Moderna: uso político
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O TRIBUNAL DO SANTO OFÍCIO E OS TRIBUNAIS SECULARES
Processo inquisitorial = processo comum;
Crítica Cesare Beccaria (séc. XVIII);
Sistema Acusatório – julgamento como confronto, sem noção de interesse público;
Direito de acusar: vítima ou membro da família;
Procedimento público, oral e formalista;
Julgamento como duelo – acusador e acusado, com a razão o que vencesse o embate;
Recurso aos ordálios;
Juiz – árbitro; não havia recurso; sanção patrimonial;
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Tratamento legal desigual das pessoas: penas diferenciadas, tortura para plebeus;
Processo penal sem estipulação rígida;
Advogados eram dispensáveis;
Réu devia se defender sozinho;
Confidencialidade do processo – acusações secretas;
Provas: a) vocais; b) instrumentais; c) conjecturais (presunções);
Prova testemunhal: mais usada;
Peso diverso: não bastava uma só testemunha, nem depoimentos de certas pessoas;
Testemunha mais válida e completa (I. Média e Moderna): próprio réu e sua confissão (rainha das provas);
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Única que comprovava a culpa – tortura;
Tortura: meio de prova e pena;
Os juízes eram livres para interpretar as leis confusas e obscuras;
As penas eram variadas: trabalhos forçados, exílio, degredo, desterro, e outras. A prisão só como meio processual não como pena;
Pena não física: morte civil, multas, confisco de bens;
Penas físicas: pelourinho, e outras;
Penas de morte: esquartejamento, fogo, roda, forca, decapitação;
Brutalidade no processo: penas como formas de vingança;

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