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AGLOMERANTES Professora Margareth da Silva Magalhães Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ Faculdade de Engenharia - FEN Departamento de Construção Civil e Transportes – DCCT AGLOMERANTES DEFINIÇÃO Aglomerante é o material ativo, ligante, cuja principal função é formar uma pasta que promove a união entre grãos do agregado. São utilizados na obtenção de pastas, natas, argamassas e concretos. Pastas e natas são misturas de aglomerantes com água. São pouco usadas devido aos efeitos secundários causados pela retração. Podem ser utilizadas nos rejuntamentos de azulejos e ladrilhos. AGLOMERANTES DEFINIÇÃO Natas são pastas preparadas com excesso de água. As natas de cal são utilizadas em pintura, e as de cimento são usadas sobre argamassas para obtenção de superfícies lisas. AGLOMERANTES CLASSIFICAÇÃO Aglomerante hidráulico obtido pela moagem de clínquer Portland ao qual se adiciona, durante a operação, a quantidade necessária de uma ou mais formas de sulfato de cálcio. Durante a moagem é permitido adicionar materiais pozolânicos, escórias granuladas de alto-forno e/ou materiais carbonáticos” (NBR5732) Clínquer: Material obtido pela cozedura até a fusão incipiente de uma mistura calcário-argilosa. CIMENTO PORTLAND Óxido Cimento 01 Cimento 02 S 21,1 21,1 A 6,2 4,2 F 2,9 4,9 C 65,0 65,0 S 2,0 2,0 Outros 2,8 2,8 Composição química CIMENTO PORTLAND Para a fabricação do Clínquer Portland, o material de partida deve conter, em sua composição química: CaO, SiO2, Al2O3 e Fe2O3 Do calcário(carbonatode cálcio–CaCO3 -calcita), através de queima, extrai-se a cal (CaO) e joga-se CO2 na atmosfera: CaCO3 -> CaO+ CO2 Da argila extraem-se os óxidos SiO2, Al2O3 e Fe2O3 e através de uma mistura balanceada de todos estes componentes elabora-se o clínquer. Gesso: produto de adição final, com o fim de regular o tempo de pega por ocasião da reação de hidratação. Gipsita (CaSO4.2H2O) – mais utilizada; Hemidrato ou bassanita(CaSO4.0,5H2O) e anidrita (CaSO4). CIMENTO PORTLAND Componentes do Cimento Portland CIMENTO PORTLAND Produção do Clíquer CIMENTO PORTLAND Materiais corretivos utilizados para melhorar a qualidade do clínquer. CIMENTO PORTLAND Fabricação do Cimento Portland MATERIAIS CORRETIVOS CIMENTO PORTLAND Fabricação do Clínquer - Reações Químicas no Forno - sinterização calcário, calcita, carbonato de cálcio CIMENTO PORTLAND Composição de um cimento Portland (genérico) Outros compostos : Na2O, K2O, MgO, TiO2, MnsO3. Siglas normalmente utilizadas para os componentes químicos: CIMENTO PORTLAND Fabricação do Clínquer - Reações Químicas no Forno - sinterização calcário, calcita, carbonato de cálcio CIMENTO PORTLAND Fabricação do Clínquer - Reações Químicas no Forno - sinterização calcário, calcita, carbonato de cálcio CIMENTO PORTLAND Fabricação do Clínquer - Reações Químicas no Forno - sinterização calcário, calcita, carbonato de cálcio CIMENTO PORTLAND Fabricação do Clínquer - Reações Químicas no Forno - sinterização calcário, calcita, carbonato de cálcio CIMENTO PORTLAND Fabricação do Clínquer - Reações Químicas no Forno - sinterização calcário, calcita, carbonato de cálcio CIMENTO PORTLAND CIMENTO PORTLAND Reações Químicas no Forno A composição química da farinha é fundamentalmente caracterizada por três parâmetros ou módulos químicos denominados de: Fator de Saturação de Cal (FSC): FSC = (100xCaO) / (2,8xSiO2 + 1,20xAl2O3 + 0,65xFe2O3) Módulo de Sílica (MS): Módulo de Alumina (MA): CIMENTO PORTLAND Fator de Saturação de Cal (FSC): FSC = (100xCaO) / (2,8xSiO2 + 1,20xAl2O3 + 0,65xFe2O3) Afeta as condições de queima para desenvolver a clínquerização; Afeta o consumo de energia; Valor ótimo: entre 88 e 98%. CIMENTO PORTLAND Consequências do fator de Saturação de Cal (FSC): Alto FS Baixo FS Queima mais difícil e, portanto, com maior consumo de combustível; Resulta em clínquer mais fácil de queimar Tende a formar clínquer mal queimado com maior teor de CaO livre; Facilita a formação de colagens no forno podendo formar anéis e bolas Exige maior grau de finura da farinha para auxiliar na reação de descarbonatação e clínquerização; Não exige que a finura da farinha seja muito elevada Com a CaO livre controlada, produz clínquer com elevado teor de C3S em detrimento do C2S; Resulta em clínquer com maior conteúdo de C2S e menor C3S Resulta em maior carga térmica no forno; Resulta em menor carga térmica no forno Resulta em altas resistências do cimento principalmente nas idades iniciais; Desenvolvimento de resistências mais lentas nas primeiras idades Produz cimento com calor de hidratação mais elevado; Produz cimento com menor calor de hidratação Resulta em clínquer mais fácil de moer. Resulta em clínquer menos reativo e de difícil moabilidade CIMENTO PORTLAND CIMENTO PORTLAND Módulo de Sílica (MS): O MS exprime uma correlação entre os componentes de elevada atividade hidráulica e a fase líquida; Valor ótimo: entre 2,4 e 3,7. CIMENTO PORTLAND Consequências do módulo de sílica (MS): Alto MS Baixo MS Origina clínqueres com elevados teores de C3S e C2S quando conjugados com o FSC alto em detrimento da fase líquida (C3A e C4AF) dificultando a nodulação Origina clínqueres com maior porcentagem de fase líquida facilitando a nodulação e clínquerização Exige maior consumo de combustível e, portanto, maior carga térmica no forno Resulta em aumento de fase líquida e menor consumo de combustível Proporciona a formação de clínquer pulverulento; Forma colagem de baixo ponto de fusão e, portanto, de baixa consistência Dificulta a formação de colagem Quando demasiadamente baixa, favorece a formação de bolas e clínquer fundido de alta dureza Quando demasiadamente alto, deteriora a colagem existente afetando o revestimento refratário. Deteriora o revestimento refratário devido à infiltração da colagem no mesmo CIMENTO PORTLAND Módulo de Alumina (MA): MA influencia principalmente o processo de queima atuando na velocidade de reação entre calcário e sílica; Valor ótimo: entre 1,4 e 1,6. CIMENTO PORTLAND Consequências do módulo de alumina (MA): Alto MA Baixo MA Reduz a quantidade de fase líquida tornando a queima mais difícil Resulta em fase líquida mais fluída Resulta em cimento de alto calor de hidratação Resulta em cimentos com baixo calor de hidratação Aumenta a proporção de C3A e reduz a de C4AF Favorece a formação de bolas de clínquer fundido Aumenta a viscosidade da fase líquida a temperaturas constantes Deteriora o revestimento refratário devido à infiltração da colagem no mesmo Quando demasiadamente alto dificulta a formação de colagem e a nodulação clínquer Resulta em clínquer com granulação elevada quando não há sílica livre na farinha; CIMENTO PORTLAND Química do Cimento Portland CIMENTO PORTLAND Química do Cimento Portland – Composição de Bogue Para A/F > 0,64 %C3S = 4,071C − 7,600S − 6,718A − 1,430F − 2,850SO3 %C2S = 2,867S − 0,7544C3S %C3A = 2,650A − 1,692F %C4AF = 3,043F Para A/F< 0,64 – ASTM C150 CIMENTO PORTLAND Química do Cimento Portland CIMENTO PORTLAND Compostos principais no cimento portland Silicato tricálcico (alita): C3S Silicato bicálcico (belita): C2S Aluminato tricálcico:C3A Ferroaluminato tetracálcico: C4AF CIMENTO PORTLAND Compostos principais no cimento portland Silicato tricálcico (alita): C3S Silicato bicálcico (belita): C2S Aluminato tricálcico:C3A Ferroaluminato tetracálcico: C4AF Responsável pela resistência nas primeira idades (1 a 28 dias) CIMENTO PORTLAND Compostos principais no cimento portland Silicato tricálcico (alita): C3S Silicato bicálcico (belita): C2S Aluminato tricálcico:C3A Ferroaluminato tetracálcico: C4AF Responsável pela resistência em idades superiores a 28 dias Responsável pela resistência nas primeira idades (1 a 28 dias) CIMENTO PORTLAND Compostos principais no cimento portland Silicato tricálcico (alita): C3S Silicato bicálcico (belita): C2S Aluminato tricálcico:C3A Ferroaluminato tetracálcico: C4AF Responsável pela resistência em idades superiores a 28 dias -Elemento mais reativo do Clínquer; -Responsável pela pega rápida; -Atua como um fundente, reduzindo a temperatura de queima; -Facilita a combinação da cal e sílica. -Reage com o sulfato criando um efeito expansivo Responsável pela resistência nas primeira idades (1 a 28 dias) CIMENTO PORTLAND Compostos principais no cimento portland Silicato tricálcico (alita): C3S Silicato bicálcico (belita): C2S Aluminato tricálcico:C3A Ferroaluminato tetracálcico: C4AF Responsável pela resistência em idades superiores a 28 dias -Elemento mais reativo do Clínquer; -Responsável pela pega rápida; -Atua como um fundente, reduzindo a temperatura de queima; -Facilita a combinação da cal e sílica. -Reage com o sulfato criando um efeito expansivo Responsável pela resistência nas primeira idades (1 a 28 dias) - Atua como um fundente - Responsável pela resistência química do cimento, em especial ao ataque de sulfatos às estruturas de concreto CIMENTO PORTLAND Outros compostos: Alcalis: Na2O e K2O Periclásio: MgO cristalino CaO cristalino TiO2, MnsO3. -Reação álcali-agregado: desintegração do concreto (participam da reação apenas os álcalis que não ficam fixos na estrutura cristalina dos CSH ou nos próprios agregados) - Influência na velocidade de desenvolvimento da resistência do concreto -A hidratação do periclásio para hidóxido de magnésio é uma reação lenta e expansiva que, sob certas condições, pode causar degradação (fissuração e expansão) em produtos a base de cimento - O periclásio formado em altas temperaturas de fusão no forno é muito menos reativo que o CaO cristalino formado sob as mesmas condições de temperatura CIMENTO PORTLAND Finura do cimento CIMENTO PORTLAND CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO PORTLAND Difração de Raios –X: Utilizada para a identificação das fases constituintes do clínquer. Microscopia Ótica e Eletrônica de Varredura: Observação morfológica das amostras. Ensaio de Lixiviação: Visa simular as condições de exposição do cimento ao meio ambiente. Ensaio de solubilização: Visa complementar o ensaio de lixiviação, se o resíduo é inerte ou não. Ensaio de Resistência à Compressão: Controle de qualidade fundamental do produto. Limites mínimos de resistência à compressão exigidos: 3,7 e 28 dias. CIMENTO PORTLAND Tempos de início e final de pega CIMENTO PORTLAND Tempos de início e final de pega CIMENTO PORTLAND Tempos de início e final de pega CIMENTO PORTLAND Tempos de início e final de pega CIMENTO PORTLAND Tempos de início e final de pega NBR 16606 (2017) - Cimento Portland - Determinação da pasta de consistência normal NBR 16607 (2017) - Cimento Portland — Determinação dos tempos de pega (aparelho de Vicat) 6 +/- 2 mm CIMENTO PORTLAND NBR 16606 (2017) - Cimento Portland - Determinação da pasta de consistência normal CIMENTO PORTLAND NBR 16606 (2017) - Cimento Portland - Determinação da pasta de consistência normal CIMENTO PORTLAND Tempos de início e final de pega CIMENTO PORTLAND Massa específica e unitária NBR 16605 (2017) - Cimento Portland e outros materiais em pó — Determinação da massa específica: estabelece o método para determinação da massa específica de cimento Portland e outros materiais em pó, por meio do frasco volumétrico de Le Chatelier. CIMENTO PORTLAND Superfície específica CIMENTO PORTLAND Superfície específica