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ESPIROMETRIA
A espirometria (do latim spirare = respirar + metrum = medida) é a medida do ar que entra e sai dos pulmões. Pode ser realizada durante respiração lenta ou durante manobras expiratórias forçadas.
A espirometria com esforço expiratório é utilizada para a mensuração dos volumes e capacidades. Já a espirometria sem esforço expiratório, os volumes são relacionados ao tempo expiratório, determinando-se os fluxos aéreos. 
A espirometria é um teste que auxilia na prevenção e permite o diagnóstico e a quantificação dos distúrbios ventilatórios.
É um exame que exige a compreensão e colaboração do paciente, equipamentos exatos e emprego de técnicas padronizadas. 
O paciente deve estar sentado, com clipe nasal, respirando tranquilamente através de um circuito conectado ao espirômetro. Após diversas respirações o individuo realiza uma inspiração máxima até o nível da CPT e em seguida realiza uma expiração forçada, gerando a capacidade vital forçada (CVF). 
Parâmetros a serem mensurados:
1) Capacidade Vital Forçada (CVF): volume total de ar expelido durante a manobra;
2) Volume Expiratório Forçado no 1º segundo (VEF1): volume expirado no primeiro segundo da CVF; (seus valores são expressos em valores absolutos e em porcentagem da CVF – CURVA VOLUME-TEMPO).
3) Fluxo Expiratório Forçado (FEF): representa a relação entre o volume expirado e o tempo gasto na sua expiração (CURVA FLUXO-VOLUME – medidas de taxas de fluxo expiratório a 75, 50 e 25% da capacidade vital);
3.1) FEF 25-75% ou fluxo médio expiratório forçado: representa o fluxo entre 25 e 75% da curva da CVF ;
3.2) FEF 75-85% e FEF 75-90%: representam os fluxos da fase final da curva expiratória forçada;
4) VEF1/CV e VEF1/CVF: Índice de Tiffeno – é a relação clássica para o diagnóstico de obstrução;
5) Ventilação voluntária máxima (VVM): é o máximo do volume de gás que pode ser mobilizado pelos pulmões durante um minuto, pelo esforço voluntário do paciente;
6) Pico de fluxo expiratório (PFE): representa o máximo de volume expirado num determinado tempo; é obtido expirando-se com toda força o ar dos pulmões a partir da CV; 
OBS: a conjunção dos dados obtidos a partir das curvas volume-tempo e fluxo-volume permitem diagnosticar se o individuo tem uma espirometria normal ou apresenta algum grau de insuficiência pulmonar ventilatória, do tipo obstrutiva, restritiva ou mista. 
	- Tipo obstrutiva: DPOC e asma
	Apresenta fluxos diminuídos em relação ao volume pulmonar e é verificado por meio da relação VEF1/CVF, sendo considerado valor normal quando se obtém 70% do previsto.
	Tempo médio normal da expiração: 6 a 9 segundos;
	Tempo expiratório no DPOC: é prolongado, podendo alcançar mais de 15 segundos.
	- Tipo restritiva: fibrose cística 
	A relação VEF1/CVF tem valor normal, com diminuição do valor absoluto da CV, CVF e VEF1.
	O tempo expiratório total é reduzido.
	Parâmetros
	Tipo de distúrbio ventilatório
	
	Obstrutivo
	Restritivo
	CVF
	Normal ou 
	 
	VEF1
	 
	 
	VEF1/CVF
	 
	Normal 
	FEF25-75%
	 
	Normal ou 
	Os valores normais desses parâmetros variam dependendo da altura, do peso e da idade do indivíduo. Devido a essas variações, são utilizadas equações de regressão para predizer a variação dos valores normais. 
		
	O grau de acometimento da função pulmonar é baseado na redução dos índices espirométricos em relação aos valores previstos para a população.
	Classificação dos distúrbios ventilatórios segundo a gravidade
	GRAU
	VEF1
	CVF
	VEF1/CVF
	
	(% do previsto)
	(% do previsto)
	(% do previsto)
	Leve
Moderado
Grave
	60%
41 – 59%
≤ 40%
	60%
51 – 59%
≤ 50%
	60%
41 – 59%
≤ 40%
Valores previstos
Masculino
Idade de 25-78 anos
CVF = estatura x 0,059 – idade x 0,0229 – 4,569
Limite inferior = previsto – 0,864
VEF1 = estatura x 0,0473 – idade x 0,0281 – 3,145
Limite inferior = P – 0,79
Feminino
 Idade de 20-76 anos
CVF = estatura. 0,0433 – idade. 0,0164 – 2,967
Limite inferior = previsto – 0,556
VEF1 = estatura. 0,0338 – idade. 0,0210 – 1,782
Limite inferior = previsto – 0,433

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