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7 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE BIOFÍSICA E FISIOLOGIA DISCIPLINA: FISIOLOGIA PROFESSOR: Prof. Dr. Acácio Salvador Véras e Silva RELATÓRIO DE ESPIROMETRIA JADSON TEGLASTSON MOURA PASSOS TERESINA - PI MAIO/ 2021 JADSON TEGLASTSON MOURA PASSOS Relatório de espirometria apresentado à disciplina Fisiologia, no curso de Nutrição, na Universidade Federal do Piauí. Prof. Dr. Acácio Salvador Véras e Silva TERESINA – PI MAIO/ 2021 Sumário 1 INTRODUÇÃO: 3 2 MATERIAIS E MÉTODOS: 4 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO: 5 4 CONCLUSÃO: 10 REFERÊNCIAS 11 1 INTRODUÇÃO: A ventilação pulmonar pode ser estudada por meio do registro do movimento do volume de ar para dentro e para fora dos pulmões, o método chamado espirometria. Consiste em cilindro contrabalançando por peso. O interior do cilindro está cheio com gás respiratório, geralmente ar ou oxigênio; tubo conecta a boca com a câmara de gás. Quando se respira para dentro e para fora da câmara, o cilindro sobe e desce, e o registro apropriado é feito em forma de papel que se move. (GUYTON, 2011) Com a espirometria, basicamente são medidos alguns dos volumes pulmonares, particularmente a capacidade vital, e os fluxos aéreos. Atualmente, utilizam-se equipamentos computadorizados, que fornecem, além dos valores numéricos das variáveis mensuradas, gráficos das curvas volume -tempo e fluxo-volume. A curva volume -tempo auxilia principalmente, na interpretação de que o tempo de expiração foi adequado. A curva fluxa- volume, além de também auxiliar na verificação da boa técnica do exame, é útil na sua interpretação: tipo de distúrbio – obstrutivo, restritivo, ou misto, e presença ou não d e obstrução fixa ou variável das vias aéreas. (SILVA et al, 2005) Além desses volumes pulmonares, usam-se várias capacidades pulmonares, cada uma delas inclui dois ou mais volumes pulmonares: Capacidade inspiratória (Vr+VRI), Capacidade funcional residual (VRE+VR), e capacidade pulmonar total (CV+VR). (CONSTANZO, 2007) Como o volume residual não pode ser medido pela espirometria, as capacidades pulmonares que incluem tal volume não pode ser medidas por esse método. Das capacidades pulmonares não mensuradas pela espirometria, a CFR (Volume que permanece nos pulmões após a expiração normal) é a de mais interesse, pois é o volume de repouso ou de equilíbrio dos pulmões. (CONSTANZO, 2007). O objetivo da prática foi demonstrar o processo de medição dos volumes e capacidades respiratórios no sentido de facilitar o entendimento de sua importância funcional. presenta a onda p, o complexo qrs e a onda t. o complexo qrs frequentemente (não sempre) 2 MATERIAIS E MÉTODOS: O procedimento vai ser realizado determinando o Peso em Kg e a Altura em cm de um aluno e medir seus volumes e capacidades pulmonares. primeiro a) Medida da ventilação tranquila 1. O aluno deverá adaptar à boca o tubo conectado ao turbinômetro. 2. Respirar tranquilamente durante pelo menos 3 ciclos respiratórios para registro e, em seguida, fazer uma expiração máxima seguida de uma inspiração máxima, ou seja, expirar até o nível expiratório máximo inspirando em seguida até o nível inspiratório máximo. 3. Solicitar que o aluno faça 03 minutos de atividade física leve (03 voltas caminhando rápido em torno do SG-8) e repetir o item-2 (esta determinação pode ser feita após item b) b) Medida da ventilação forçada 1. Solicitar que o(a) aluno(a) faça alguns ciclos de respiração tranquila, e então faça nova inspiração forçada máxima seguida de uma expiração forçada máxima (Capacidade Vital Forçada, CVf). Significa ir do nível inspiratório máximo ao nível expiratório máximo com a maior rapidez possível. c) Utilizando os gráficos obtidos (espirograma), identificar, conceituar e colocar os valores dos seguintes volumes e capacidades: · Volume Corrente (VC) · Volume de Reserva Inspiratória (VRI) · Volume de Reserva Expiratória (VRE) · Capacidade Inspiratória (CI) · Capacidade Expiratória (CE) · Capacidade Vital (CV) · Volume Residual (VR) 1 · Capacidade Pulmonar Total (CPT) · Ventilação Pulmonar ou Volume Minuto Pulmonar (VP) · Ventilação Alveolar (VA) 2 · Índice de Tiffeneau (IT) 3 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO: Abaixo constam os resultados do aluno da prática: Nome: Mickael Sousa – Sexo: MASCULINO – Data de Nascimento: 02/05/1997 Altura: 174cm - Peso: 80Kg - Área corporal: 1,948m2 VOLUMES RESPIRATÓRIOS NO REPOUSO E NO EXERCÍCIO Parâmetro Predito Repouso % Exercício % VC (l) 4.55 4.35 96 3.98 88 IC (l) 3.03 3.16 104 3.16 104 FRC (l) 2.67 TLC (l) 5.70 VR (l) 1.16 ERV (l) 1.52 1.19 78 3.82 252 IRV (l) 2.76 TV (l) 0.40 1.15 Rr (c/min) 15.42 33.70 Ti (s) 1.40 0.96 Ttot (s) 3.89 1.78 Ti/Ttot (%) 36.1 53.9 ( Tempo (s) ) FLUXOS EXPIRATÓRIOS FORÇADOS – ÍNDICE DE TIFFENEAU Parâmetro predito Expiratório Máximo % FVC (l) 3.72 4.03 108 FEV1 (l) 3.26 4.03 123 FEV1% 87.6 100.0 114 Tif% (%) 71.8 92.6 128 PEF (l/s) 7.04 9.31 132 MEF75 (l/s) 6.77 9.15 135 MEF50 (l/s) 4.86 6.82 140 MEF25 (l/s) 2.59 3.33 128 É possível listar quatro volumes que, quando somados, são iguais ao volume máximo que os pulmões podem expandir. O volume corrente é o volume de ar inspirado ou expirado, em cada respiração normal. O volume de reserva inspiratório é o volume extra de ar que pode ser inspirado, além do volume corrente normal, quando se inspira com força total. O volume de reserva expiratório é o máximo volume extra de ar que pode ser expirado na expiração forçada, após o final de expiração corrente normal. E o volume residual que é o volume de ar que fica nos pulmões, após a expiração mais forçada. (GUYTON, 2011) Baseado nos padrões da espirometria observados em diferentes formas de funcionamento pulmonar, podemos dividir esses padrões em: Normal, Distúrbio ventilatório restritivo, Distúrbio ventilatório obstrutivo, Distúrbio ventilatório obstrutivo com CVF reduzida, Distúrbio ventilatório misto ou combinado, Distúrbio ventilatório inespecífico. No padrão Normal de espirometria, existem os seguintes valores preditos normais: capacidade vital forçada (CVF) maior que 80%, volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) maior que 80%, f luxo expiratório forçado 25% -75%(FEF25%-75%) maior que 5 0%. No VEF1 tem-se diferentes padrões para cada faixa etária: maior que 80% em crianças e adultos jovens, maior que 75% em indivíduos acima de 45 anos, maior que 70% em indivíduos acima de 65 anos. Para o padrão de distúrbio ventilatório restritivo (DVR) os valores preditos são os seguintes: CVF diminuída; VEF1 normal ou diminuído; %VEF1 normal; FEF25%-75% normal, e caracteriza redução de volumes pulmonares. Para o padrão de distúrbio ventilatório obstrutivo (DVO) é predito que se observe: VEF1 diminuído; CVF normal ou baixa; %VEF1 diminuído; FEF2 5 -75% diminuído; caracterizando redução de fluxos aéreos expiratórios No padrão d e distúrbio ventilatório obstrutivo com CVF reduzida observa -se: CVF reduzida (diferença entre os valores percentuais previstos para CVF e VEF maior ou igual a 25%), por exemplo CVF 62 % e VEF1 30%; CVF reduzida por provável hiper insuflação; aprisionamento aéreo eleva muito o volume residual (VR) No padrão espirométrico de distúrbio ventilatório misto o u combinado tem -se: V EF1 reduzido; CVF reduzida maior ou igual a 12 %; como exemplo de determinação desse padrão temos asma associada a obesidade; Para o padrão de distúrbio ventilatório inespecífico observa -se: padrão pseudo restritivo e CVF nl pós-bd. Esse padrão pode ser observado em bronquiectasias (fechamento completo de vias aéreas periféricas). 4 CONCLUSÃO: É possível concluir que o objetivodo experimento foi atingido, visto que processo pode ser observado e entendido, ressaltando sua importância. Porém de a cordo com outros parâmetros de normalidade com o modelo espirométrico, conclui-se que o aluno -cobaia está dentro dos padrões normais no exame espirométrico demonstrado nos processos de medição dos volumes e capacidades respiratórias REFERÊNCIAS COSTANZO, Linda S. Fisiologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2011. SILVA, L. C.C; RUBIN, A. S.; SILVA, L .M.C; FERNANDES, J. C. Espirometria na prática. Revista AMRIGS, Porto Alegre, 49 (3): 183 -194, jul.-set. 2005
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