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ED 4 – Seleção Natural A.M. Solé-Cava Seleção Natural – um exercício com PopG Vamos usar o mesmo programa que no ED passado: PopG. De uma maneira geral, a terminologia usada nesse programa é de chamar os alelos de A, B, C, etc., com frequências p, q, r, etc. As populações que vamos simular são diplóides, e as genótipos produzidos portanto serão AA, AB, BB, AC, etc. O valor adaptativo é chamado de “Fitness”. 1) Seleção autossômica com dois alelos Abra a aba de PopG Settings (usando “run”, que nem no outro ED). Inicialmente, para a deriva não atrapalhar muito, vamos trabalhar com o máximo que o programa permite de N (10.000). Vamos começar com uma frequência de A = 0,1 que faremos que seja dominante sobre a (ou seja, valor adaptativo de AA = ao de Aa). Rode 50 populações independentes, por 500 gerações. a) Simulação 1 – O alelo ‘A’ tem um valor adaptativo (nas condições escolhidas) maior que o do alelo ‘a’. Digamos, por exemplo, que indivíduos aa tem 10% a menos de chance de sobreviver que os A_. Para isso, vamos colocar 1, 1 e 0.90 para os valores adaptativos dos genótipos AA, Aa e aa. Note que a inclinação das curvas diminui, quando a frequência de A fica próxima de 1. Por quê? Quantas das 50 populações fixaram o alelo A? mais ou menos em que geração as frequências ficaram maiores que 0,9? rode de novo a mesma simulação. Quantas fixaram o alelo A? o que aconteceu? Repita agora a simulação, apenas mudando o valor adaptativo de aa para 0.8. O que mudou? Faça de novo e veja se muda o número de pops que fixam o A após 50 gerações. Repita agora, mudando o valor adaptativo de aa para 0,7 (ou seja, 30% dos indivíduos aa morrem antes de se reproduzirem). Mais ou menos em que geração as frequências ficaram maiores que 0,9? Quantas fixaram o A após 50 gerações? b) Simulação 2 – agora alelo ‘A’ dá um valor adaptativo menor que o alelo ‘a’ (como se fosse um dominante deletério). Vamos usar os mesmos valores adaptativos que na situação anterior, ou seja, AA=0.9, Aa=0.9, e aa=1. Mude a frequência inicial de A para 0,9. Quantas populações perderam o A? Por que esse valor é diferente do exercício anterior? c) Simulação 3 – dominância incompleta, e o valor adaptativo do heterozigoto é a média dos valores adaptativos dos dois homozigotos. Vamos usar os valores de AA=1, Aa=0.95 e aa=0.90 e vamos começar com frequência de A = 0,5. O que você observa? Qual a maior diferença deste caso e dos outros 2? d) Simulação 4 – seleção balanceada (também chamado de “sobredominância”). Nesse caso o heterozigoto tem vantagem sobre os outros. Vamos usar AA=0.95, Aa=1, aa=0.95. Comece com freq. de A =0,5. O quê aconteceu desta vez? Por que as frequências se comportaram dessa maneira? Repita agora, começando com A=0,1. O que aconteceu? Repita com A=0.9. E agora? Será que sempre irá para um ponto de equilíbrio em 0.5? vamos experimentar com AA=0.95, Aa=1 e aa=0.7. Comece com fA=0.9 e com fA=0.1. O que ocorre? Por que o ponto de equilíbrio, neste caso, é maior do que quando AA e aa tinham o mesmo valor adaptativo? e) Simulação 5 – seleção disruptiva. Neste caso, o valor adaptativo do heterozigoto é menor do que dos homozigotos. Vamos usar AA=1, Aa=0.95 e aa=1. Comece com fA = 0.3. Como foi o comportamento das populações? Agora comece com fA = 0.7. O que acontece? E se começar com fA=0.5, o que acontece? Você notou que em todas as simulações a linha azul (=determinista) seguia as outras linhas? Por que neste caso (e somente neste!) a linha azul não seguiu? Essa é uma boa pergunta para pensar direitinho... 2) Deriva x Seleção: a grande batalha! Repita a simulação 1, mas desta vez com tamanho populacional menor (N=100). O alelo A é vantajoso e a seleção deveria sempre leva-lo a aumentar (use fA=0.1). Teve algum caso em que o alelo A, apesar disso, se perdeu na população? Nessa luta, que foi mais forte, a seleção ou a deriva? Repita agora, com N=20 (população ameaçada de extinção!). Repita umas 3 vezes cada simulação (basta usar a opção “Restart” no menu). O que você observa? Quem ganha, a seleção ou a deriva?
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