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DA AÇÃO PENAL, DENÚNCIA, QUIEXA-CRIME, REPRESENTAÇÃO, DECADÊNCIA, PERDÃO DO OFENDIDO, EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE E PRESCRIÇÃO.

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DA AÇÃO PENAL, DENÚNCIA, QUIEXA-CRIME,
REPRESENTAÇÃO, DECADÊNCIA, PERDÃO DO OFENDIDO, EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE E PRESCRIÇÃO.
Trabalho apresentado como exigência parcial para conclusão da disciplina de Direito Penal II do Curso de Graduação em Direito das Faculdades Alves Faria, sob a orientação do Prof. Anderson Brasil.
GOIÂNIA
15
NOVEMBRO DE 2013
 Sumário
INTRODUÇÃO 
1. AÇÃO PENAL
1.1CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA
1.2 PRINCÍPIOS APLICADOS
1.3 CLASSIFICAÇÃO 
2. DENÚNCIA 
2.1 QUEIXA-CRIME 
2.2 REPRESENTAÇÃO 
3. DECADÊNCIA 
4. PERDÃO DO OFENDIDO 
5. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
5.1CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE 
5.2 MORTE DO AGENTE 
5.3 ANISTIA 
5.4 INDULTO E GRAÇA 
5.5ABOLITIO CRIMINIS 
5.6 RENÚNCIA AO DIREITO DE QUEIXA 
5.7 PERDÃO DO OFENDIDO
5.8 PEREMPÇÃO 
5.9 PERDÃO DO AGENTE 
5.10 CASAMENTO DO AGENTE COM A VÍTIMA E CASAMENTO DA VÍTIMA COM TERCEIRO 
5.11 PERDÃO JUDICIAL 
5.12 DECADÊNCIA 
5.13 PRESCRIÇÃO
6. PRESCRIÇÃO
6.1 CONCEITO
6.2 ESPÉCIES
CONCLUSÃO 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
INTRODUÇÃO
Neste trabalho, será abordado sobre a ação penal, sua natureza jurídica, princípios aplicados, e sua classificação, sobre a denúncia: queixa crime e representação, sobre a decadência, perdão do ofendido, a extinção da punibilidade, e a prescrição.
1 AÇÃO PENAL
1. 1 CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA
     O conceito nas palavras de Fernando Capez é o direito de pedir ao Estado-Juiz a aplicação do direito penal objetivo a um caso concreto. É também o direto publico subjetivo do Estado-Administração, único titular do poder-dever de punir, de pleitear ao Estado-Juiz a aplicação do direito penal objetivo, com a consequente satisfação da pretensão punitiva.
 Portanto, se pode abstrair que a ação penal é um direito autônomo, o qual não se deve confundir com o direito material que irá se deduzir em juízo; é um direito abstrato, uma vez que independe do resultado do final do processo; é um direito subjetivo, pois o titular pode exigir do Estado-Juiz a prestação jurisdicional e ainda um direito público, pois se dirige contra o Estado e em face do réu.
A natureza jurídica vem a ser a sua localização no sistema de direito a que pertence esse instituto, é o enquadramento dentro da ordem jurídica vigente.
     A doutrina é cediça em afirmar que a natureza jurídica da ação penal é de norma processual. Portanto, tendo o processo, como finalidade principal, a satisfação de uma pretensão, esta somente pode ser exercida através da ação, que, por sua vez, independe da existência do direito material violado ou ameaçado de violação. Assim, sua natureza processual é patente.
1.2 PRINCÍPIOS APLICADOS
O CPP disciplina o procedimento da ação penal, e esta se orienta pelos seguintes princípios:
PRINCÍPIO DA TITULARIDADE - É um princípio atrelado à ação penal pública incondicionada, em que a titularidade do direito de punir é do Ministério Público. Ressalte-se a exceção prevista no artigo 29 do CPP e no artigo 100, §3°, do Código Penal, ao admitir a ação penal privada subsidiária da pública, em caso de inércia do órgão ministerial.
PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE - Estando diante de uma infração penal, o promotor de Justiça deverá exercer suas atribuições constitucionais e oferecer a denúncia, sob pena de crime de prevaricação.
PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO OU PERSUASÃO RACIONAL - O magistrado formará sua convicção pela livre apreciação das provas, tendo liberdade em sua valoração, conforme sua consciência. Contudo, é evidente que ele está vinculado às provas produzidas nos autos pelas partes ou determinadas de oficio, na busca da verdade real.
PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE - Está prevista na ação penal privada e na pública condicionada à representação. Portanto, é faculdade do ofendido o direito de prosseguir ou não com referida ação. Cabe ressaltar que este princípio não está presente na ação penal pública incondicionada, em razão da indisponibilidade da ação penal (art. 42, CPP).
PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE - O processo contra um ofensor obriga os demais; a renúncia ao direito de queixa em relação a um dos ofensores estende-se a todos; o perdão do querelante dado a um dos ofensores aproveita aos demais (arts. 48, 49 e 51, CPP); o querelante não poderá optar, entre os ofensores, quais deles processarão.
PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ - O juiz que presidiu a instrução está vinculado a prolatar a sentença. Esse princípio não está consagrado no CPP, somente se fazendo presente no processo civil, uma vez que o juiz, ao presidir a audiência de instrução, estará vinculado a proferir a sentença.
PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE OU CONVENIÊNCIA - Compete ao titular do direito a faculdade de propor ou não a ação penal, de acordo com sua conveniência.
PRINCÍPIO DA INTRANSCEDÊNCIA - A ação penal é limitada à pessoa do ofensor (réu ou querelado), não atingindo seus familiares.
PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS - Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa (art. 566, CPP).
PRINCÍPIO DA VERDADE REAL - O juiz, de oficio, pode determinar qualquer diligência a fim de descobrir a verdade real dos fatos que são objetos da ação penal.
1.4 CLASSIFICAÇÃO
A ação penal será pública quando o titular do direito de ação for o próprio Estado que visa à tutela dos interesses sociais e a manutenção da ordem pública. Neste caso, cabe ao Ministério Público promover a ação independentemente da vontade de outrem (ação penal exclusivamente pública). De acordo com o art. 100, do Código Penal: "A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido". Porém, há hipóteses em que o Ministério Público depende da manifestação da vontade do ofendido ou de seu representante legal para exercer a sua atividade jurisdicional, então, a ação penal será pública condicionada, conforme disposição do art. 100, §1º do CP: "A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça".
Há ainda a ação penal privada que será promovida apenas pelo ofendido ou por seu representante legal, de acordo com a oportunidade e conveniência que entender cabíveis, já que a infração atinge imediata e profundamente o interesse da vítima, que pode optar em preservar a sua intimidade e não propor a ação. Entretanto, na ação penal pública incondicionada a infração atinge imediatamente a ordem social, cabendo exclusivamente ao Ministério Público promover a ação, ao passo que, quando a ação penal for condicionada dependerá o órgão jurisdicional da manifestação da vontade do ofendido que foi atingido imediatamente pela infração para a propositura da ação.
2. DENÚNCIA
2.1 QUEIXA-CRIME
É a peça inicial da ação, que são os crimes cometidos em que o ofendido deve promover a ação, e corresponde a denúncia do promotor nas ações privadas.
2.2 REPRESENTAÇÃO
	Refere-se aos crimes de ação pública condicionada, ou seja, o Ministério Público só pode oferecer a denúncia se o ofendido pedir para ele fazer. Precisa haver a conjugação das vontades para a persecução penal. O fato de ter havido representação criminal ou mesmo a requisição do Ministro da Justiça não é imposto ao Ministério Público o obrigatório oferecimento da denúncia, uma vez que ele pode e deve avaliar is fatos que foram levados ao seu conhecimento, sendo que no final, vai emitir sua opinião do delito, que pode ser no oferecimento da denúncia, como pedindo pelo arquivamento do inquérito policial ou das peças da informação. 
 
3. DECADÊNCIA
Sob um aspecto amplo, decadência significa a perda de um direito potestativo, pelo decurso de um prazo fixado em lei ou convencionado entre as partes. No Direito Penal, em seu sentido mais estrito, decadência traduzo perecimento do direito da ação penal de exercício privado, ou do direito de representação nos casos de ação penal pública de exercício condicionado, pelo decurso do prazo de seis meses (artigo 103, do Código Penal).
É também o decurso do prazo sem que o titular da queixa ou representação exerça tais direitos. É causa extintiva da punibilidade (art. 107, do Código Penal inciso IV).
A decadência penal esta bem normatizada no nosso código penal tendo o legislador bem usado à palavra para o direito de ações privadas impetradas antes das cobranças punitivas do estado, a decadência penal é causa de extinção de punibilidade.  .
4. PERDÃO DO OFENDIDO
É a manifestação de vontade, expressa ou tácita, do ofendido ou de seu representante legal, no sentido de desistir da ação penal privada já iniciada, ou seja, é a desistência manifestada após o oferecimento da queixa.
Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao prosseguimento da ação.
5. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
5. 1 CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE
Em nosso ordenamento jurídico, somente o Estado é detentor do direito de impor sanções aos indivíduos que cometem crimes (jus puniendi).
Todavia, em algumas situações o Estado perde o direito de iniciar ou prosseguir com a persecução penal, estas situações são caracterizadas pelas causas de extinção da punibilidade. O artigo 107 do Código Penal Brasileiro enumera de forma exemplificativa as possíveis causas de extinção da punibilidade. Esta poderá  se dar pela morte do agente criminoso, por Abolitio Criminis, pela Decadência, pela Perempção, pela Prescrição, pela Renúncia, pelo Perdão do ofendido, pelo Perdão judicial, pela Retratação do agente, pelo Casamento da vítima com o agente, por Anistia, Graça ou Indulto.
5.2 MORTE DO AGENTE
A extinção pela morte do agente se dá pela impossibilidade de punir o criminoso em função de sua morte. O juiz, em posse da certidão de óbito decretará a extinção da punibilidade.
Ocorre em alguns casos de o agente forjar a própria morte e emitir certidão falsa para de livrar da condenação. O juiz após decretar a extinção da punibilidade, faz com que o processo transite em julgado. Com a emissão do documento falso, não se poderá destituir a coisa julgada através de Revisão Criminal, pois esta só pode ser realizada se a sentença for condenatória, em sentenças absolutórias ou declaratórias não há a possibilidade de Revisão Criminal. Desta forma, conforme a jurisprudência o agente não responderá pelo crime cuja punibilidade foi extinta, mas somente pelo crime de falsidade.
5.3 ANISTIA 
Decorre de lei penal de efeito que retira as consequências de alguns crimes já praticados, que provoca o esquecimento jurídico. Apresenta as espécies especiais, para crimes políticos. Comum, para crimes não políticos. Própria, antes do trânsito em julgado e impróprio, após o trânsito em julgado. Geral ou plena menciona apenas os fatos, e atinge a todos os que cometeram. Parcial ou restrita menciona os fatos, só que exige o preenchimento de alguns requisitos. Incondicionada, não precisa de nenhum ato como condição. Condicionada, exige a prática de algum ato como condição. A competência é exclusiva da União e privativa do Congresso Nacional, que só pode ser concedida por lei federal. Não pode ser revogada, uma vez concedida. Retira todos os efeitos penais, principais e secundários, mas não os extrapenais. O tráfico de drogas, os crimes hediondos, tráfico ilícito de entorpecentes, o terrorismo, e a tortura, não recebem anistia.
5.4 INDULTO E GRAÇA
A graça constitui caso de indulgência do Estado que leva à extinção da punibilidade. Apenas extingue, contudo, a pena, e não o crime. Daí persistirem os efeitos deste, de modo que o condenado que a recebe não retorna à condição de primário. Dirige-se a um indivíduo determinado, condenado irrecorrivelmente não tem em mira, portanto, um fato, mas um indivíduo.
O Indulto resulta da concessão pelo Presidente da República ou por seus delegatórios do perdão de determinado crime à determinada categoria ou grupo de pessoas.
5.5 ABOLITIO CRIMINIS
	Sempre que uma lei posterior que beneficie o réu de algum modo entrar em vigor, a anterior retroage aos fatos ocorridos anteriormente (CF, art. 5º, XL), tornando assim extinta a punibilidade. Se o processo estiver em andamento, será o juiz de primeira instância que declarará a extinta a punibilidade (art. 61 do CPP), se já tiver transitado em julgado, será o juiz da execução (art. 66 da Lei de Execução Penal, do art. 13 da Lei de Introdução ao CPP, da Súmula 611 do STF, e em obediência ao princípio do duplo grau de jurisdição).
5.6 RENÚNCIA AO DIREITO DE QUEIXA
Ocorre quando a vítima abre mão de seu direito de oferecer a queixa crime (Nos crimes da Ação Penal de Iniciativa Privada), antes do recebimento da mesma, independente da anuência do agente.
5.7 PERDÃO DO OFENDIDO
	Quando o ofendido (vítima) perdoa o agente criminoso pela ofensa praticada contra ele, extingue-se o prosseguimento da ação penal se esta for de Iniciativa Privada. O perdão oferecido a um dos agentes estender-se-á aos demais. No caso de várias vítimas, o perdão oferecido por um deles, não prejudicará o direito dos demais continuarem a ação.
5.8 PEREMPÇÃO
 Perempção corresponde à sanção de perda do direito de prosseguir com a ação imposta ao autor da Ação Penal de iniciativa Privada pelo abandono ou inércia na movimentação do processo por trinta dias, pela morte do querelante (quando não houver habilitação dos herdeiros em sessenta dias), pelo não comparecimento sem justificativa aos atos processuais, pela não ratificação do pedido de condenação nas alegações finais ou pela extinção da pessoa jurídica (quando esta for vítima de crimes) sem sucessor.
5.9 PERDÃO DO AGENTE
	É o ofensor retirar o que disse. A lei permite nos crimes contra a honra, mas somente nos casos de calúnia e difamação, não sendo admitida nos casos de injúria (art. 143, do CP), e se o agente declara a verdade (art. 342 § 2º, do CP). Se for crime contra a honra, só poderá ocorrer até a sentença de primeiro grau do processo criminal instaurado. No caso de falso testemunho, só será admitida até a sentença de primeira instância do processo em que seu deu o falso, ou, na hipótese de ter ocorrido em procedimento do júri popular, até o veredicto dos jurados. A comunicabilidade depende das circunstâncias: a retratação que trata o art.143 é pessoal, onde não se comunica aos demais ofensores, e a do art. 342 § 3º é comunicável.
5.10 CASAMENTO DO AGENTE COM A VÍTIMA E CASAMENTO DA VÍTIMA COM TERCEIRO
	Estão previstas nos incisos VII e VIII do art. 107, mas foram revogadas pela Lei n. 11.106/2005. Pois se baseavam em critérios de política criminal. E na época em que o CP foi editado, sob o ponto de vista social, era muito mais vantajoso para a vítima, casar com quem lhe causou mal, reparando assim o erro cometido, sendo assim a persecução penal contra o seu ofensor, cessada. E o prosseguimento com a insistência do prosseguimento com a ação penal muitas vezes não beneficiava a vítima, pois isso não apaga o mal que foi causado a ela. Por isso na época, o legislador teve por opção, aceitar o casamento da vítima com seu ofensor. Mas com a revogação do art. 107, inciso VII e VII do CP, não há como se falar em extinção da punibilidade nos crimes nele alcançados. Tratando-se de lei que não pode retroagir para prejudicar o réu. Podendo assim aquele que cometeu esse crime, antes da Lei n. 11.106, de 2005, entrar em vigor, caso vier a se casar com a vítima após a sua vigência, poderá se utilizar da causa extintiva de punibilidade prevista no inciso VII do. 107, do CP que foi revogado.
5.11 PERDÃO JUDICIAL
	O Perdão judicial consiste no perdão concedido pelo Estado ao réu, deixando o juiz de aplicar a pena, embora este reconheça a prática da infração penal. Esta modalidade de extinção da punibilidade só pode ser aplicada em hipóteses expressamente previstas em lei (Artigos107, IX e 120 do Código Penal).
5.12 DECADÊNCIA
É a perda do direito de promover a ação penal exclusiva privada e privada subsidiária da pública e do direito de manifestação da vontade de que o ofensor seja processado, em face da inércia do ofendido ou de seu representante legal. Não atinge diretamente o direito de punir, pertencente somente ao Estado, e não ao ofendido, extingue somente o direito de promover a ação ou de oferecer a representação. Para apresentar a queixa ou representação, o ofendido ou seu representante legal, terá o prazo de seis meses, se não ocorrerá à decadência. (arts. 38, do CPP, e 103, do CP). O prazo decadencial cessa na data do oferecimento da queixa e não na data do seu recebimento. Conta-se incluído o dia do começo, não importando em face de domingo, feriado e férias, de acordo com o art. 10 do CP. A titularidade do direito da queixa ou da representação: ofendido menor de 18 anos, pertence ao seu representante legal, ofendido maior de 18 anos, somente ele tem o direito de queixa ou representação. A decadência no crime continuado, só incide sobre cada crime, e no habitual, começa a partir do último ato. O prazo decadencial não é interrompido pelo inquérito policial, ou pedido de explicações em juízo.
5.13 PRESCRIÇÃO
	É o não exercício do Estado, do interesse de aplicar a pena, ou do interesse de executá-la, durante certo tempo. Só ocorre depois de transitada em julgado a sentença final, ou seja, sentença condenatória. Possui natureza jurídica de instituto de Direito Penal, estando apontada como causa de extinção da punibilidade (art. 107 V, do CP). Possui os seguintes fundamentos: inconveniência da aplicação da pena muito tempo após a prática da infração penal, e combate à ineficiência: o Estado deve ter prazos determinados para agir. Somente não ocorrerá a prescrição nos crimes de racismo, que estão definidos na Lei n. 7.716/89 (CF, ART. 5º, XLII), ações de grupos armados civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático, definidas na Lei n. 7.170/83, a nova Lei de Segurança Nacional (CF, art. 5º, XLIV). A Constituição considera a regra da prescritibilidade como direito individual do agente, sendo assim, todo acusado tem direito à prescrição do crime ou contravenção penal praticada. O Estado apresenta as espécies: de punir, e de executar a punição do delinquente. 
6. PRESCRIÇÃO
6.1 CONCEITO
	Prescrição é a perda do poder-dever de punir do Estado pelo não exercício da pretensão punitiva ou da pretensão executória durante certo tempo.
6.2 ESPÉCIES
Existem duas espécies de prescrição penal reguladas em nossa legislação:
 A prescrição da pretensão punitiva o corre antes de transitar em julgado a sentença final da ação. Regula-se pelo art. 109 do CP, o qual se enquadram inclusive as subespécies de prescrição: prescrição retroativa e prescrição intercorrente ou superveniente. 
Prescrição da pretensão executória esta modalidade a prescrição tem seu prazo em curso após o transito em julgado da sentença final.
 
CONCLUSÃO
	Foram abordadas neste trabalho algumas matérias que o Direito Penal abrange, como por exemplo, ação penal, seus efeitos, sua classificação, princípios aplicados, entre outros assuntos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/100/Acao-penal
http://www.recantodasletras.com.br/textosjuridicos/758948
http://direitoexlegepraticapenal.blogspot.com.br/2011/09/denuncia-e-queixa-crime.html
http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=9330
Fernando Capez: curso de direito penal. Parte geral volume 01
http://penalemresumo.blogspot.com.br/2010/06/art-105-perdao-do-ofendido.html
http://www.infoescola.com/direito/causas-de-extincao-da-punibilidade/
http://paolaporto.blogspot.com.br/2005/10/prescrio-penal.html
Cezar Roberto Bittencourt, tratado de Direito Penal parte geral 1 - 16° edição.

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