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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA – UNIVERSO TRABALHO DE DIREITO PENAL ll AÇÃO PENAL E EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE BELO HORIZONTE 2020 Anderson Rodrigo do Nascimento Patrocínio – 600741269 Isabela C. Martins de Almeida – 600620224 TRABALHO DE DIREITO PENAL ll AÇÃO PENAL E EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE Professora: Liciane Traverso BELO HORIZONTE 2020 AÇÃO PENAL CONCEITO A ação penal consiste no direito de provocar o Estado na sua função jurisdicional para a aplicação do direito penal objetivo em um caso concreto. É também o direito do Estado, único titular do "jus puniendi", de satisfazer a sua pretensão punitiva. A ação penal é um direito autônomo do autor de satisfazer sua pretensão; é também um direito abstrato, já que independe do resultado final do processo; direito subjetivo porque o titular do direito pode exigir do Estado-Juiz a prestação de sua função jurisdicional; e direito público, pois a prestação jurisdicional a ser invocada é de natureza pública. CARACTERÍSTICAS Em relação às características do direito de ação, há uma comunhão entre as características do direito de ação no direito processual civil e no direito processual penal. São características da ação no Direito Processual Penal: Direito subjetivo: a prestação de fazer justiça é de competência do Estado e o titular do direito subjetivo pode exigir dele a prestação jurisdicional. Direito abstrato: o titular do direito tem a faculdade de provocar o poder Público, através dos órgãos judiciários, isso é decorrente da autonomia do direito de ação em relação ao direito material. Não importa se aquilo que está sendo alegado é verdadeiro ou não, pois independente disso o Estado deverá manifestar-se contra ou a favor do titular da pretensão punitiva. Direito autônomo: para que o direito de ação seja exercido não é imprescindível que tenha sido transgredido um direito material. Isso se explica quando houve o exercício da ação penal, mas inexistiu o direito que a ação tinha por fim tornar efetivo. Logo, ele independe da existência do direito subjetivo material que é o direito de punir. Direito Público: o direito de ação é um Direito Público visto que serve para provocar o Estado através dos órgãos jurisdicionais, pois esta é uma função eminentemente pública e de relevante interesse social. CLASSIFICAÇÕES A ação penal será pública quando o titular do direito de ação for o próprio Estado que visa à tutela dos interesses sociais e a manutenção da ordem pública. Neste caso, cabe ao Ministério Público promover a ação independentemente da vontade de outrem (ação penal exclusivamente pública). De acordo com o art. 100, do Código Penal: "A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido". Porém, há hipóteses em que o Ministério Público depende da manifestação da vontade do ofendido ou de seu representante legal para exercer a sua atividade jurisdicional, então, a ação penal será pública condicionada, conforme disposição do art. 100, §1º do CP: "A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça". Há ainda a ação penal privada que será promovida apenas pelo ofendido ou por seu representante legal, de acordo com a oportunidade e conveniência que entender cabíveis, já que a infração atinge imediata e profundamente o interesse da vítima, que pode optar em preservar a sua intimidade e não propor a ação. Entretanto, na ação penal pública incondicionada a infração atinge imediatamente a ordem social, cabendo exclusivamente ao Ministério Público promover a ação, ao passo que, quando a ação penal for condicionada dependerá o órgão jurisdicional da manifestação da vontade do ofendido que foi atingido imediatamente pela infração para a propositura da ação. CONDIÇÕES O direito de ação só poderá ser exercido se preenchidas as condições para tal, que são: Possibilidade jurídica do pedido: a pretensão do autor da ação deve versar sobre providência admitida pelo direito objetivo. Sendo assim, é indispensável para a propositura da ação que a causa de pedir constitua fato típico (previsto no ordenamento jurídico como crime). Interesse de agir: a viabilidade da ação penal está também condicionada à sua necessidade - que refere-se ao processo, meio fundamental para obtenção da pretensão e imposição da pena (quando houver extinção da punibilidade, por exemplo, não há mais necessidade da ação); utilidade - é inerente à eficácia da prestação jurisdicional, que não estará presente no caso da prescrição retroativa, por exemplo (tal entendimento não é totalmente pacífico); e adequação entre o pedido e o processo penal condenatório. Legitimação para agir: a ação penal só poderá ser iniciada se proposta pela parte que tenha o direito de punir. Assim, na ação penal exclusivamente pública, por exemplo, somente o Ministério Público pode ocupar o pólo ativo da demanda. Além disso, somente deve figurar no pólo passivo o provável autor da infração penal (suspeito). Sendo assim, na ação privada o ofendido possui legitimação extraordinária, posto que possui apenas o direito de acusar o suspeito, e não de puni-lo. Assim, recebida a denúncia ou queixa, deve o juiz analisar se presentes tais condições já que, na falta de algum destes requisitos, deverá declarar a inépcia da peça, rejeitando-a. A carência da ação pode ser declarada a qualquer momento do processo, podendo gerar, inclusive, a nulidade absoluta do mesmo (art. 564, do Código de Processo Penal). Frisa-se que no processo penal há também condições específicas da ação, que são aquelas já mencionadas anteriormente: representação do ofendido ou requisição do Ministro da Justiça; entrada do agente em território nacional; autorização do Legislativo para a instauração de processo contra o Presidente e Governadores por crimes comuns; trânsito em julgado de sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento, no crime de induzimento a erro essencial ou ocultamento do impedimento. PRINCÍPIOS Obrigatoriedade: a propositura da ação penal, uma vez preenchidos os requisitos legais, é obrigatória. Não pode, portanto, o Ministério Público recusar-se a dar início à ação. Nos casos em que requerer o arquivamento do inquérito policial, por exemplo, deverá justificar sua opção, que poderá ser negada pelo juiz (art. 28 do CPP). Comete crime de prevaricação o Promotor de Justiça que deixar de oferecer denúncia para satisfazer interesse ou sentimento pessoal (artigo 319 do CP). Ressalta-se que há possibilidade de transação oferecida pelo Ministério Público ao infrator nas hipóteses de crimes de menor potencial ofensivo (art. 98, I da CF - há, portanto, mitigação do princípio). Indisponibilidade: Uma vez iniciada a ação penal, não pode o Ministério Público dela desistir (art. 42 do CPP). Exceção: tal princípio não é cabível nos casos de crime de menor potencial ofensivo, em que o Ministério Público pode propor a suspensão condicional da pena (art. 89 da Lei nº 9.099/95). Oficialidade: a persecução deve ser realizada e fiscalizada pelos órgãos oficiais, que são públicos, tendo em vista que a pretensão punitiva só pode ser satisfeita mediante o devido processo legal. Sendo assim, compete apenas ao órgão do Ministério Público o exercício da ação penal. Porém, a investigação, por exemplo, fica a cargo da autoridade policial. Além disso, a ação privada subsidiária da pública é exceção a tal princípio. Autoritariedade: somente as autoridades públicas são responsáveis pela persecução penal (relacionado ao princípio da oficialidade). Oficiosidade: os encarregados devem agir de ofício para dar andamento da ação penal, salvo no caso de ação penal pública condicionada. Indivisibilidade: a ação penal deve abranger todos aqueles que cometeram a ação penal, sem exceção. Assim, não pode o Ministério Público escolher contra qual suspeito vai intentar a ação, posto que todos suspeitos deverão figurar no pólo passivo conjuntamente. O mesmo acontece na ação penal privada, de acordo com o art. 48 do CPP: "A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade". Intranscendência: a ação penal será promovida somente contra a pessoa a quem se imputa a prática da infração, não podendo englobar o responsável por eventual indenização, por exemplo, como acontece em ordenamentos jurídicos de outros países. Suficiência da ação penal: mesmo que haja ação pendente na esfera cível, sobre o reconhecimento da existência da infração penal, pode o juiz criminal dar prosseguimento a ação, já que esta é suficiente para resolver questão prejudicial não ligada ao estado de pessoas (art. 93 do CPP). O início da ação penal pública dá-se pelo oferecimento da denúncia no prazo de cinco dias para réu preso, e de quinze dias para réu solto, contados da data em que o Ministério Público receber os autos do inquérito policial (art. 46 do CPP). Ademais, deve a denúncia conter a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas (art. 41 do CPP). ESPECIES A divisão é subjetiva, em função da qualidade do sujeito que detém a sua titularidade. De acordo com esse critério, as ações são classificadas em ação penal de iniciativa pública e ação penal de iniciativa privada. A primeira subdivide-se em ação penal pública condicionada que pode ser por representação do ofendido ou requisição do Ministro da Justiça e a ação penal pública incondicionada. Já a ação penal privada pode ser principal (ou exclusiva), personalíssima e subsidiária da pública. As terminologias utilizadas, quais sejam, ação penal pública e ação penal privada não estão de acordo com os conceitos que representam, pois, de acordo com as características apresentadas, o direito de ação é tido como um direito público tão somente e tem, sempre, natureza pública. Porém, essa classificação é baseada segundo o titular do interesse de agir que, nos casos de ações penais públicas, são promovidas pelo Ministério Público e nos casos de ação penal privada, esta será promovida pela vítima ou seu representante legal. O critério identificador da ação penal pública ou privada é estabelecido pelo Art. 100 do Código Penal ou pela legislação especial e através dele identificamos se a ação é pública incondicionada, condicionada ou privada. Na pública incondicionada, há silêncio da lei. Na pública condicionada, há expressa menção no texto legal, assim como, nas ações privadas. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE O direito de punir do Estado aparece quando o autor pratica uma infração penal, surgindo o poder-dever de aplicar a lei penal objetiva no caso concreto, sendo, portanto, a manifestação do seu poder de império e da sua soberania, exercício do monopólio jurisdicional de forma a devolver à sociedade a paz uma vez abalada com o cometimento do delito. Assim, tendo ocorrido o fato-crime, deve o autor suportar a punibilidade como consequência lógica de sua conduta lesiva ou ameaçadora a bens jurídicos protegidos, vindo, em forma de pena, nas modalidades privativas de liberdade, restritivas de direito ou multa, consoante artigo 32 do Código Penal. CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE: Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: I - pela morte do agente; II - pela anistia, graça ou indulto; III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; IV- pela prescrição, decadência ou perempção; V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; VII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005); VIII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005); IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. I - PELA MORTE DO AGENTE: A primeira causa é a extinção da punibilidade pela morte do agente que possuí fundamento através do princípio da intrancendencia da pena (artigo 5º, XLV, Constituição Federal) que prevê que nenhuma pena passará da pessoa do condenado, então a extinção da punibilidade pela morte decorre dessa garantia constitucional de pessoalidade de instrancendencia da pena. Excepcionando obrigação de reparar o dano e a perda de bens - Art.63,CPP; 387,IV,CPP. Il-PELA ANISTIA, GRAÇA OU INDULTO: ANISTIA (clemência soberana ou "Indulgencia principis"): Singifica o esquecimento jurídico de crimes pelo Estado. Não é uma abolição é um esquecimento jurídico. É uma lei do congresso nacional e tem efeitos retroativos (EX TUNC) e é irrevogável. Há uma ponderação - importante para quem irá fazer concurso para o MPF - se os crimes praticados pelos agentes do Estado no período ditatorial seriam objeto de anistia. O STF já disse que anistia foi para todos em tempos passados. Porém, como é uma violação de direitos humanos o MP sustenta como referência internacional de que os crimes praticados por agentes do estado no período ditatorial não seriam abarcados pelo intuitos da anistia, ou seja, a lei de anistia criada pelos próprios agentes do Estado no período ditatorial não deveriam ter incluído os seus agentes criminosos. A Anistia também poderá ser irrestrita ou limitada conforme abranja todos os delitos relacionados ao fato criminoso principal ou exclua somente alguns deles. Por exemplo, somente os crimes políticos são alcançados por essa anistia os crimes comuns não. A anistia não se aplica aos crimes hediondos e equiparados (art.5º,XLIII,CF). Em regra, a anistia é concedida a crimes políticos, militares ou eleitorais, não se destinando aos crimes comuns, porém não há empecilho para que seja conceda a estes. O objetivo da anistia é você abrir o dialogo, ou seja aqueles que cometeram crimes na resistência, crimes políticos contra o estado ditatorial foram beneficiados, normalmente o que acontece no período de redemocratização. III-PELA RETROATIVIDADE DE LEI QUE NAO MAIS CONSIDERA O FATO COMO CRIMINOSO: Abolitio Criminis - descriminalização de conduta - Art.2,CP: Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. O artigo quis se referir a abolitio depois do transito em julgado, porém a abolitio poderá ocorrer antes do trânsito. A abolitio não afasta o crime muito menos é o esquecimento de crimes. A abolitio é a descriminalização de crimes agora, se eu não quero punir agora não tem porque punir quem praticou o fato antes, então ela retroage e extingue a punibilidade dos fatos anteriores. É importante observar que na lei de armas tem abolitio temporária prevista no artigo 30 da lei 10.826/03 que permite a chamada atipicidade temporária (primeiro período de 2013 a 2015 que deu ensejo a súmula 513,STJ). A questão é em relação a retroatividade ou não da abolitio temporária. O STJ admite a retroatividade da abolitio temporária, mas o STF não admite (controvérsia interessante). STJ - entende que no caso em tela não faria sentido não retroagir o fato mais benéfico para o réu. STF- entende que não retroage porque se trata de lei temporária que tempo ultrativadade, porém não possui retroatividade. IV- PELA PRESCRIÇÃO, DECADÊNCIA OU PEREMPÇÃO: PRESCRIÇÃO: É a perda da pretensão pelo decurso do prazo estabelecido para o seu exercício.O tema será tratado em tópico específico. DECADÊNCIA: É a perda do direito (potestativo) de representação ou oferecimento da queixa pelo decurso do prazo fixado na lei - art.38,CPP. Atinge o direito de agir, fulminando o Ius Persequendi. Ius Puniendi - Pertence ao Estado = exercicio do direito de punir. Ius Persquendi (ação privada) - Exercicio mediante queixa que está sujeito a prazo decadência como regra geral de 6 meses. Nos crimes contra a propriedade imaterial em que se procede mediante queixa - Art.529,CPP - homologado o laudo terei 30 dias para propor ação penal privada. V- PELA RENÚNCIA DO DIREITO DE QUEIXA OU PELO PERDÃO ACEITO, NOS CRIMES DE AÇÃO PRIVADA: RENUNCIA: Ato unilateral (independe de aceitação) pelo qual o titular do direito de queixa abre mão desse direito (deve ser antes do recebimento da queixa). A renúncia é unilateral, pré-processual e é irretratável. A renúncia em relação a uma alcança os outros conforme disposto no artigo 49,CPP. A queixa em relação a um afeta a todos e MP deve zelar pela indivisibilidade da ação penal privada disposto no artigo 48,CPP. O MP deve, quando verificar que houve a omissão de algumas pessoas na ação penal privada, requerer a intimação do requerente para promover o adiantamento da queixa sob pena de renúncia (orientação majoritária). A renuncia realizada para um se estende aos demais devido a indivisibilidade da ação penal privada. PERDÃO O perdão é bilateral, processual, depende de aceitação. Só poderei ter extinção da punibilidade se o perdão for aceito. Nese caso então o perdão poderá ser: Expresso - Deverá ser expresso nos autos - Art.58,CPP - Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silêncio importará aceitação. Tácito - prática de ato que resulta da prática de ato incompatível com a vontade de prosseguir na ação. VI- PELA RETRATAÇÃO DO AGENTE, NOS CASOS EM QUE A LEI ADMITE: A retratação é o ato pelo qual o agente retifica uma afirmação realizada anteriormente, modificante seu conteúdo. Calúnia e a Difamação (art.143,CP ) - A Injúria não admite retratação, pois atinge a honra subjetiva da vítima, por envolver atribuição de qualidade negativa, não se referindo a fato. Falso Testemunho ou Falsa Perícia - admitem retratação até a prolação da sentença. Art.342,§2º,CP. A retratação deve ser completa e comunica-se aos demais participantes do crime. Admitido nos Crimes e Difamação não é cabível nos casos de Injúria, pois neste ocorre a violação da honra subjetiva. Exemplo - Clodovil era deputado na época ele injuriou uma colega que era deputado também disse que ela era feia. Numa entrevista indagado ele confirma dizendo que ela era feia mesmo, então não cabe retratação no caso de injúria. Art. 143,CP - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena. Art.342,§2º,CP - O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade. OBS: A posição majoritária diz que a retratação no falso testemunho alcança o co-réu, porque o fato deixa de ser punível, então a circunstância se comunica com o co-réu. Referências bibliográficas: CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. Editora Saraiva. 14ª Edição - 2007. FILHO, Fernando da Costa Filho. Manual de Processo Penal. Editora Saraiva. 8ª Edição - 2006. https://direitoturmab.wordpress.com/2012/05/31/da-acao-penal-2/ http://tribcast-midia.s3-saeast1.amazonaws.com/wpcontent/uploads/2015/08/20142011/CAM- MASTER-B-2015-Penal-045.pdf https://direitoturmab.wordpress.com/2012/05/31/da-acao-penal-2/
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