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fichamento pronto Joseph schumpeter

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SEMINARIO DISCIPLINA TEORIA POLÍTICA
Alunas: Hivana Fonseca e Juscislayne Morais
Schumpeter e Dahls Fichamento 
QUESTÕES PARA AULA
Hoje vamos começar a discussão da quarta unidade sobre “A intervenção do Estado no pensamento de autores contemporâneos” e nessa aula vamos tentar discutir sobre “Os métodos de escolha do Estado e as condições para que os cidadãos formulem seus pleitos” tendo por base alguns escritos de Schumpeter e Dahl.
Inicialmente gostaríamos de lançar algumas perguntas que vão direcionar nossa discussão de hoje:
Será que o homem tem determinação e independência de vontade, poder de observação e interpretação dos fatos, será que tem capacidade de decidir racionalmente em um processo de eleição de um governo?
PARA SCHUMPETER OS INDIVÍDUOS NÃO POSSUEM A CAPACIDADE DE DECIDIR RACIONALMENTE EM UM PROCESSO ELEITORAL. ELE MONTA DOIS ARGUMENTOS CONTRA A IDEIA DA RACIONALIDADE DO COMPORTAMENTO HUMANO, CHAMANDO ATENÇÃO AS OBRAS DE GUSTAVE LE BOM (FUNDADOR DA PSICOLOGIA DAS MULTIDÕES) E A PARTIR DOS ARGUMENTOS DOS ECONOMISTAS. Neste contexto havia a crescente aceitação no campo das ciências sociais da concepção que considerava os elementos irracionais que explicariam o comportamento.
 EM GUSTAVE LEBON surge uma teoria inovadora que explica que o comportamento humano é influenciado pelas aglomerações. O homem em uma aglomeração e sob um estado de excitação tende a perder seus freios morais, suas maneiras civilizadas e agir conforme seus instintos e impulsos infantis. 
Assim como as multidões podem agir de forma irracional; todos os parlamentos, comitês, conselhos de guerra podem ter maior sensibilidade as influências não lógicas. Esses fenômenos não estão limitados somente a multidão no sentido de aglomeração física: leitores de jornal, membros de partidos políticos mesmo que não fisicamente reunidos podem ser facilmente transformados psicologicamente em multidão e levados a um estado de frenesi. 
JÁ NOS ECONOMISTAS afirmam que os consumidores não correspondem às ideias habitualmente sugerida pelos manuais econômicos. As necessidades desses consumidores não são claramente definidas, o que contribui para que esses sujeitos sejam facilmente manipulados pela publicidade e outros métodos de persuasão.
Assim, no caso do consumidor, por exemplo: o desejo de ter um sapato, pode ser provocado em parte pelo produtor do sapato que para vender, mesmo que não exista uma necessidade, utilizará dos recursos publicitários para que o produto seja vendido.
Isso não vale somente para o consumo, mas também nas decisões da vida diária e para os assuntos políticos. O cidadão será facilmente manipulado e persuadido politicamente tal qual é persuadido e manipulado pela publicidade a partir do uso de elementos que parecem racionais. Ex: as propagandas políticas. As informações e argumentos que impressiona o cidadão no campo político servem para algum fim político. Na maioria das vezes a informação será sempre adulterada ou seletiva.
O HOMEM AGE RACIONALMENTE NOS ASSUNTOS QUE SE REFEREM DIRETAMENTE A ELE E QUE ELE PODE INFLUENCIAR COMO; a casa, a família, bairro, nesse contexto o seu senso de responsabilidade está aumentado. Esse senso de responsabilidade será desenvolvido a partir de uma relação direta entre efeitos favoráveis e desfavoráveis. 
Mas em se tratando dos assuntos da política até o homem MAIS INTEGRO, TEM O SENSO DE RESPONSABILIDADE E REALIDADE REDUZIDO PARA ABORDAR SOBRE ESSE TEMA.
ASSIM QUANDO NOS AFASTAMOS DOS INTERESSES PRIVADOS E ENTRAMOS EM CONTATO COM OS ASSUNTOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS PERCEBE-SE QUE HÁ UMA REDUÇÃO DO SENSO DE RESPONSABILIDADE, MAS TAMBÉM A AUSÊNCIA DE UMA VONTADE EFICAZ PARA TOMAR UMA DECISÃO. QUANDO S TRATA DA ESFERA DOS NEGÓCIOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS O DISTANCIAMENTO É AINDA MAIOR E O SENSO DE REALIDADE É TOTALMENTE PERDIDO.
 As questões políticas ficam lado a lado com os assuntos da vida cotidiana. O cidadão comum acaba não encontrando um campo de ação para desenvolver suas vontades. O cidadão privado é membro de um comitê incapaz de funcionar.
O BAIXO SENSO DE RESPONSABILIDADE, ALIADO A AUSÊNCIA DE VONTADE PROVOCAM NO CIDADÃO COMUM A FALTA DE BOM SENSO EM ASSUNTOS RELACIONADOS A POLÍTICA. O CIDADÃO SIMPLESMENTE POR NÃO ESTAR INTERESSADO RELAXARÁ SEUS PADRÕES MORAIS E CEDERÁ AOS IMPULSOS OBSCUROS EM ASSUNTOS DE POLÍTICA INTERNA E EXTERNA. Essa ignorância é ainda mais chocante no caso de pessoas educadas e muito ativas em esferas não-políticas da vida, do que no de pessoas sem educação e de situação mais humilde. Compara-se para perceber a diferença, a atitude do advogado em relação ao caso que estuda e a sua atitude diante de fatos políticos comentados nos jornais advogado está em condições de perceber a importância jurídica dos fatos, graças a anos de trabalho consciencioso sob o estímulo do desejo de firmar sua competência profissional. Sob um estímulo que não é menos poderoso, ele concentra seus conhecimentos, seu intelecto e sua vontade no estudo do caso. Na outra hipótese, verificamos que ele nunca se preocupou em preparar-se. Não se interessa em absorver a informação e submetê-la aos cânones da crítica, que ele sabe utilizar tão bem. E fica impaciente com argumentos longos e complicados: Tudo isto mostra que, sem a iniciativa que tem origem em responsabilidades imediatas, a ignorância persistirá.
O REDUZIDO SENSO DE REALIDADE EXPLICARÁ O REDUZIDO SENSO DE RESPONSABILIDADE E A AUSENCIA DE UMA VONTADE EFICAZ. ASSIM SCHUMPETER DIZ: “ O INDIVIDUO FALA, RESMUNGA SONHA, , SENTE EMPATIAS E ANTIPATIAS, MAS ESSES SENTIMENTOS NÃO CHEGAM A SER CHAMADOS DE VONTADE. O CIDADÃO NO AMBITO PRIVADO ASSISTE O JORNAL NACIONAL, VE OS ASSUNTOS TIPICOS DE POLITICA ELE EXPRESSARA SUA CONCORDANCIA OU RAIVA EM RELAÇÃO AO CONTEUDO, MAS ELE NÃO PARTIRÁ PARA O CAMPO DA AÇÃO PARA QUE SUA VONTADE POSSA SE DESENVOLVER. O CIDADÃO É UM MEMBRO DE UM GRANDE COMITE FORMADO POR TODA NAÇÃO INCAPAZ DE FUNCIONAR.
EXCEÇÃO: O HOMEM SE INTERESSARÁ APENAS NAQUELES ASSUNTOS PUBLICOS QUE LHE TRAZEM SOMENTE REPERCUSSÃO DIRETA.NESSES CASOS OS ELEITORES AGEM DE FORMA IMEDIATA E RACIONALMENTE.
 Nos capítulos 21 e 22 Schumpeter irá criticar a doutrina clássica de democracia e trará o seu modelo de democracia. Assim é importante trazer como funciona a democracia na doutrina clássica. Ao longo dessa proposição de um modelo de democracia ele explicará porque seu modelo é um modelo mais plausível de democracia.
 A democracia clássica é “o arranjo institucional para se chegar a decisões políticas que realiza o bem comum fazendo o próprio povo decidir as questões através da eleição de indivíduos que devem reunir-se para realizar a vontade desse povo”. Essa concepção considera que o Bem comum é o farol óbvio da política. sobre todas as questões e que ele objetiva essa opinião escolhendo representantes que zelam para que essa opinião seja seguida, ou, em outras palavras, pressupõe a existência de um bem ou interesse comum. O executor do bem comum é o político. A vontade individual é pautada em princípios racionalistas, o homem sabe o que ele quer. A vontade geral corresponderia a vontade de todos.
O questionamento de Schumpeter é que o que é um bem comum para uma pessoa poderá não ser um bem comum para outra. Ele questiona a racionalidade da vontade individual e se a vontade geral realmente era a vontade de todos.
 No capítulo 21 Schumpeter se questiona Mas como é possível que doutrina tão patentemente contrária aos fatos tenha sobrevivido até hoje e continuado a ocupar um lugar no coração do povo e na linguagem oficial dos governos?
Argumentos: 
1 ARGUMENTO: EMBORA A DOUTRINA CLÁSSICA DA AÇÃO COLETIVA POSSA NÃO ESTAR JUSTIFICADA PELOS RESULTADOS DA ANÁLISE EMPÍRICA, ESTÁ FORTEMENTE APOIADA PELA ASSOCIAÇÃO COM A FÉ RELIGIOSA. É interessante que os lideres utilitaristas não foram religiosos, mas eram considerados religiosos unanimemente. A doutrina utilitarista faz o emprego do ideal de igualdade constantemente pregado na fé católica (afinal o redentor, morreu por todos semdistinção e discriminação). 
2 ARGUMENTO: as formas e frases ligadas à democracia clássica estão em muitas nações associadas a fatos e acontecimentos da História que são entusiasticamente aprovados por grande maioria. A oposição a um regime estabelecido provavelmente usará essas formas e frases, qualquer que seja seu significado e raízes sociais. -2 Se prevalecer e os acontecimentos subsequentes forem satisfatórios, essas formas deitarão raízes na ideologia nacional. Exemplo o slogan da independência dos estados unidos incorporado até hoje na cultura desses países.
3 ARGUMENTO: A doutrina clássica se ajusta facilmente as sociedades primitivas e camponesas. Nelas não há uma excessiva diferenciação e uma excessiva complexidade dos problemas políticos. No país camponês os problemas são tão simples e estáveis que é possível que todos concordem quanto a eles. Pode acontecer também em sociedades não primitivas, mas nelas não poderão haver problemas muito sérios que atrapalhariam na busca do consenso. Ex: suíça.
4 ARGUMENTO NATURALMENTE, OS POLÍTICOS APRECIAM O FRASEADO QUE LISONJEIA AS MASSAS EOFERECE UMA EXCELENTE OPORTUNIDADE NÃO APENAS PARA EVITAR AS RESPONSABILIDADES, MAS TAMBÉM PARA ESMAGAR OS ADVERSÁRIOS EM NOME DO POVO
 Qual seria o modelo democrático mais plausível e realista?
(Schumpeter oferece um modelo de democracia. Dahl, por sua vez vai discutir também em uma perspectiva realística como os países se tornam Estados democráticos)
A partir da crítica ao modelo de democracia clássica Schumpeter irá propor seu modelo de democracia e afirmará que seu método é mais plausível pois foi elaborado pautado na realidade, enquanto o modelo de democracia clássica foi elaborado pensando-se em um sistema ideal. Para isso o autor trará 7 argumentos que seu modelo democrático é o mais eficaz.
1-O MODELO DE DEMOCRACIA SHUMPTERIANO CONTA COM UM CRITÉRIO RAZOAVELMENTE EFICIENTE PARA DISTINGUIR O GOVERNO DEMOCRÁTICO DE OUTROS DE TIPOS DIFERENTES. Verificamos acima que a teoria clássica encontra dificuldades nesse ponto porque a vontade e o bem comum do povo podem ser, oferecidos por outros modelos de governo. Ele cita a monarquia parlamentar inglesa.
2- A DEMOCRACIA SHUMPTERIANA RECONHECE O PAPEL DA LIDERANÇA; A TEORIA CLÁSSICA NÃO PREVIA ESSE FATO. Como vimos acima, atribuía ao eleitorado um grau totalmente irrealista de iniciativa, que praticamente equivalia a ignorar a liderança. Esse modelo de democracia reconhece a aceitação da liderança, que é o mecanismo dominante em praticamente todas as ações coletivas. As afirmações sobre o funcionamento e os resultados do método democrático que levam esse fato em conta serão infinitamente mais realistas do que as proposições que o ignoram.
3- CONSIDERARÁ AS VONTADES AUTENTICAS. ELAS SERÃO ATENDIDAS SOMENTE QUANDO UM LÍDER FOR FAVORÁVEL A ELAS. ELAS SERÃO CONSIDERADAS CONFORME A SITUAÇÃO POLÍTICA.
4- EM QUARTO, NOSSA TEORIA NÃO É, NATURALMENTE, MAIS DEFINIDA DO QUE O PRÓPRIO CONCEITO DE LUTA PELA LIDERANÇA. ELA SE DARÁ PELA CONCORRÊNCIA LIVRE PELO VOTO LIVRE, MAS ELA NÃO SERÁ PERFEITA. HAVERÁ TAMBÉM COMPETIÇÃO DESLEAL E FRAUDULENTA.
5- EM QUINTO, NOSSA TEORIA PARECE ESCLARECER A RELAÇÃO QUE SUBSISTE ENTRE A DEMOCRACIA E A LIBERDADE INDIVIDUAL. NÃO HÁ FORMAS DE GOVERNO QUE GARANTA TODAS AS LIBERDADES, MAS A DEMOCRACIA SERÁ A FORMA DE GOVERNO QUE MAIS GARANTE AS LIBERDADES PRINCIPALMENTE AS LIBERDADES DE EXPRESSÃO E DE IMPRENSA.
6- O ELEITORADO ASSIM COMO O FORMA O GOVERNO, PODERÁ DISSOLVE-LO. O PRIMEIRO SIGNIFICA SIMPLESMENTE A ACEITAÇÃO DE UM LÍDER OU GRUPO DE LÍDERES, E O OUTRO A RETIRADA DESSA ACEITAÇÃO. Essa ressalva prevê um elemento que o leitor talvez tenha ignorado. Ele pode ter pensado que o eleitorado não apenas instala o governo no poder, mas o controla também. Mas, uma vez que o eleitorado normalmente não controla seus líderes políticos, exceto pela recusa de reelegê-los Em certas ocasiões, ocorrem revoluções que derrubam o governo ou um ministro isolado, ou os forçam a seguir uma certa linha de ação. Elas não são apenas excepcionais, mas também, contrárias ao espírito do método democrático.
7- Em sétimo, nossa teoria lança uma luz muito necessária sobre uma velha controvérsia. Quem quer que aceite a doutrina clássica da democracia e, em conseqüência, acredite que o método democrático deve permitir que os assuntos sejam decididos e a política formulada de acordo com a vontade do povo, não pode negar que, mesmo que essa vontade fosse inegavelmente real e definida, a decisão por simples maioria em muitos casos deturparia e jamais executaria esses desejos. Evidentemente, a vontade da maioria é apenas a vontade da maioria e não a vontade do povo.
Em certo ponto do texto no capítulo 2 o autor irá convidar o leitor a conhecer alguns aspectos do funcionamento da máquina política em países democráticos Como funciona na prática o modelo de democracia Shumpteriana? Ele traz a aplicação dos prática dos princípios democráticos em 6 pontos.
1-Nas democracias a função primária do eleitorado é eleger o governo. ELEGER O GOVERNO IMPLICAR EM ELEGER QUEM VAI SER O LÍDER. O LÍDER NÃO IRÁ POSSUIRÁ OBRIGATORIAMENTE AS QUALIDADES DE LIDERANTE. O PARLAMENTO SERÁ ESCOLHIDO DE DUAS FORMAS: ATRAVÉS DE UM MÉTODO SIMPLES ONDE PRIMEIRO SE ELEGE O PRIMEIRO MINISTRO E EM SEGUIDA A LISTA DE MINISTRO POR ELE APRESENTADA ( RARO). O OUTRO MÉTODO É O MÉTODO INGLÊS: APÓS UMA ELEIÇÃO GERAL, O PARTIDO COM MAIOR NÚMERO DE CADEIRAS NO PARLAMENTO, LOGO, O VITORIOSO, APROVA UM VOTO DE DESCONFIANÇA CONTRA QUALQUER INDIVÍDUO, MENOS SEU PRÓPRIO LÍDER. ASSIM, O PRIMEIRO-MINISTRO É DESIGNADO PELO PARLAMENTO PARA LIDERAR O PAÍS,  É FORMALMENTE NOMEADO PELO MONARCA, PARA O QUAL APRESENTA A LISTA DE MINISTROS. NESTA LISTA ESTÃO CARGOS HONORÍFICOS (PARA VETERANOS DE PARTIDOS), CARGOS SECUNDÁRIOS (PARA HOMENS ESTRATÉGICOS NOS DEBATES DO PARLAMENTO), CARGOS PARA ELEMENTOS PROMISSORES (INTELECTUAIS) E CARGOS DE INDICAÇÃO (PARA ALIANÇAS, APADRINHAMENTOS, TROCA DE FAVORES, ETC).
2- COMO SE FORMA A LIDERANÇA POLÍTICA DO PRIMEIRO-MINISTRO, OU MELHOR DO LÍDER? O PRIMEIRO-MINISTRO TOMA POSSE COMO PRINCIPAL FIGURA DO SEU PARTIDO NO PARLAMENTO. APÓS EMPOSSADO TORNA-SE LÍDER DO PARLAMENTO. ELE ADQUIRE INFLUÊNCIA SOBRE OS DEMAIS PARTIDOS OU DESPERTA ANTIPATIA SOBRE ELES OU SOBRE MEMBROS ISOLADOS. A INFLUÊNCIA COMO PRIMEIRO-MINISTRO É MUITO MAIOR DO QUE COMO LÍDER DO PARTIDO, POIS PODE ELEVAR A OPINIÃO PARTIDÁRIA À LIDERANÇA NACIONAL.  PARLAMENTO, APESAR DE ESCOLHER O PRIMEIRO-MINISTRO, NÃO É INDEPENDENTE EM TAL ESCOLHA, PORQUE SEUS MEMBROS ESTÃO ATRELADOS POR FIDELIDADE PARTIDÁRIA AO SUPOSTO CANDIDATO ANTES E DEPOIS DE ELEITO. REVOLTA OU A RESISTÊNCIA PASSIVA CONTRA O LÍDER É ESSENCIAL NO PROCESSO DEMOCRÁTICO.
3- COMO FUNCIONA O GABINETE? 
CONSTITUÍDO POR UM ÓRGÃO DUPLO: O PARLAMENTO E O PRIMEIRO-MINISTRO.
HÁ UM CONSENSO INTERNO E QUE VISA À IGUALDADE (NÃO É DESEJÁVEL QUE UM DOS MEMBROS DO GABINETE SE RECUSE A COLABORAR).
O GABINETE CONSTITUI UMA LIDERANÇA INTERMEDIÁRIA, PELA SUA ARTICULAÇÕES DIÁRIAS QUE OCORREM ENTRE OS SEUS MEMBROS.
O OBJETIVO PRIMEIRO É ARTICULAR PARA OS INTERESSES DO PRIMEIRO-MINISTRO (LÍDER MÁXIMO) QUE CONVERGEM PARA OS DA CLASSE DOMINANTE E, EM SEGUNDO PLANO, PARA O CUMPRIMENTO DA VONTADE DO POVO (MUITAS VEZES NÃO CUMPRIDA).
4- O PARLAMENTO
ELEGE O PRIMEIRO-MINISTRO; DERROTA O GOVERNO QUANDO LHE CONVÉM;
FUNÇÃO LEGISLATIVA: ELABORA LEIS FORMAIS;
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA: QUANDO CUIDA DE QUESTÕES ORÇAMENTÁRIAS – APROVA OU NÃO PROPOSTAS DO MINISTRO DA FAZENDA;
AS MANOBRAS POLÍTICAS INTERNAS, POR PARTE DOS PARTIDOS, SÃO AS QUE DEFINEM UMA MAIOR OU MENOR ACEITAÇÃO DO GOVERNO E DO PRÓPRIO RECONHECIMENTO DO PRIMEIRO-MINISTRO.
O PRIMEIRO-MINISTRO SELECIONA A PAUTA DAS DISCUSSÕES, PORÉM HERDA MUITAS DE OUTROS GOVERNOS E DIFICILMENTE CONSEGUE DELIBERAR APENAS SEGUNDO SEUS PRÓPRIOS INTERESSES (SEM ENFRENTAR GRUPOS OPOSITORES OU DIVERGÊNCIAS INTESTINAS DE SEU PARTIDO).
5- Exceções ao Princípio de Liderança Governamental
NENHUMA LIDERANÇA É ABSOLUTA.A COMPETIÇÃO DENTRO DA DEMOCRACIA PODE RESULTAR NA SUBSTITUIÇÃO DO LÍDER, O QUAL NÃO SOUBE ARTICULAR COM EFICIÊNCIA O JOGO POLÍTICO.
O LÍDER REAGE ÀS PRESSÕES NEGATIVAS DENTRO DO SEU GOVERNO, ADOTANDO MEDIDAS EQUILIBRADAS ENTRE INSISTIR NA POLÍTICA QUE VINHA DESEMPENHANDO E CEDER À OPOSIÇÃO.
O JOGO POLÍTICO NA DEMOCRACIA, PARA SCHUMPETER, SIGNIFICA UMA CONSIDERÁVEL LIBERDADE, POIS ACABA ATENDENDO OS VÁRIOS INTERESSES.
QUANDO UM PROBLEMA NÃO É ABORDADO PELA MÁQUINA PÚBLICA, HÁ DUAS POSSIBILIDADES:
PODE SER RESOLVIDO POR UM ESTRANHO, QUE DE UMA FORMA SINGULAR CHEGA AO PODER, INDEPENDENTEMENTE, SEM ENVOLVIMENTO COM UM PARTIDO.
PODE SER RESOLVIDO POR UM HOMEM QUE SIMPLESMENTE QUER SOLUCIONAR TAL PROBLEMA, MAS SEM INTENÇÃO DE FAZER CARREIRA POLÍTICA (EXCEÇÃO).
SCHUMPETER FAZ UMA ANALOGIA ENTRE O FIM SOCIAL E OS VERDADEIROS OBJETIVOS NA ECONOMIA E NA POLÍTICA. NA ECONOMIA, PODERÍAMOS DIZER QUE O VERDADE OBJETIVO É OBTER LUCROS, ENQUANTO QUE O FIM SOCIAL SERIA A NECESSIDADE DE PRODUÇÃO PARA ATENDER AOS DESEJOS HUMANOS. NA POLÍTICA, POR OUTRO LADO, PODEMOS PENSAR QUE O SIGNIFICADO SOCIAL (DO PARLAMENTO) É LEGISLAR E ADMINISTRAR, MAS O VERDADEIRO OBJETIVO SERIA A LUTA COMPETITIVA PELO PODER E POR CARGOS.
6-O ELEITORADO
OS ELEITORES POSSUEM PODER LIMITADO, POIS APENAS ACEITAM OS CANDIDATOS PROPOSTOS E NÃO PODEM ESCOLHER MEMBROS DOS GABINETES, POR EXEMPLO.
A ESCOLHA DE QUEM VAI SER OU NÃO UMA LIDERANÇA POLÍTICA É DO PRÓPRIO CANDIDATO (DESCONSIDERANDO-SE APELO POPULAR).
A ESCOLHA DOS CANDIDATOS POR PARTE DO ELEITORADO TAMBÉM É RESTRINGIDA PELOS PARTIDOS POLÍTICOS, POIS OS PARTIDOS TÊM PRINCÍPIOS E PLATAFORMAS PRÉ-DEFINIDOS, O QUE LIMITA DE UMA FORMA OU OUTRA A CANDIDATURA POR PARTE DE UM OU OUTRO ASPIRANTE A LÍDER.
OS ELEITORES, EM ÚLTIMA ANÁLISE, SÃO CONDUZIDOS DE MANEIRA LIMITADA, TANTO PELOS PARTIDOS QUANTO PELA MÁQUINA POLÍTICA.
Para todos os efeitos o Brasil é um Estado democrático, mas que caminhos percorremos desde a ditadura militar até o processo de redemocratização? Ou ainda outra pergunta: em que nível de democracia vivemos atualmente no Brasil?
 Argumentos em Dahl:
Dahl discute a transição de regimes par ao processo de democratização, ou seja, como um Estado ditatorial, uma Hegemonia fechada passa a ser uma Democracia ou uma Poliarquia. Para compreender a democratização, Dahl se utiliza de compreensões que rompem com as ideias clássicas que consideravam a democratização como um processo advindo da modernização dos Estados. Ou seja, os estudos de Dahl permitiram superar as explicações da teoria da modernização que se baseava apenas no processo de transformação das estruturas sociais. A transição do tradicional ao moderno teria como ápice a democracia. Países de terceiro mundo dificilmente iriam se democratizar ou, caso se democratizasse, provavelmente fracassaria, visto que não seria moderno nem teria eliminado formas arcaicas de dominação. 
Um exemplo que poderia sustentar essa ideia seria o próprio Brasil, visto que tem alternado entre períodos democráticos, de golpe, ditatoriais, volta a democracia, sofre golpe de novo, vem mais um período ditatorial, consegue-se fazer eleições diretas, entra em golpe de novo...enfim. 
Só que Dahl vai romper, com essa ideia de que isso aconteceria por questões de modernização das estruturas e passa a discutir variáveis políticas aos estudos sobre transição de regimes, uma vez que para que essa transição possa ser tida como objeto de estudo implica em admitir que elas resultam ou podem resultar de ações de atores políticos.
O conceito de poliarquia criado por Dahl serve para procura promover uma análise mais realística baseada numa classificação de quão democrático os Estados são. 
Dahl trata a democratização como um processo de progressiva ampliação da competição e da participação politica. Ou seja, os elementos de competição e participação dentro de um Estado vão balizar o nível de democratização desse Estado. Ele ficou muito conhecido justamente porque ofereceu critérios claros para classificação dos regimes políticos observados. Isso é interessante porque outro aspecto importante é que Dahl compartilha de uma perspectiva realista da democracia.
Dahl diz que os países desenvolvidos podem se aproximar mais dos ideais democráticos em virtude de questões políticas: nesses países competição (que é um dos elementos que ele considera fundamental para a análise da democratização) precedeu a inclusão política, que seria uma sequência provavelmente mais propícia a democracia. Em países como o Brasil, as dificuldades democráticas decorreriam de razões políticas e não apenas em virtude do nível de modernização.
Para ele, a democracia é fruto de um cálculo de custos e benefícios feito pelos atores políticos. Ou seja, todo grupo politico prefere reprimir a tolerar seus adversários, entretanto precisa avaliar se tem forças para isso. Ou seja, a oposição a um regime seria tolerada pela situação para diminuir os riscos de perder o poder. A oposição, por outro lado, aceita participar da competição quando esta é menos custosa do que ascender ao poder por meios revolucionários, por exemplo.
Nesse sentido, Dahl salienta que a manutenção de uma democracia é circunstancial, baseada nesses cálculos de custos e benefícios. Além disso, ratifica a importância dos atores políticos.
Apesar de discutir a relação entre democratização e oposição política, Dahl salienta que esses conceitos não são idênticos. Ele define democracia como um regime político que tenha como uma das principais características a qualidade de ser inteiramente ou quase inteiramente responsivo a todos os seus cidadãos, considerados como politicamente iguais. Para isso, todos os cidadãos devem ter oportunidades plenas para: 
Formular suas preferências.
Expressar suas preferências a seus concidadãos e ao governo através da ação individual e coletiva.
De ter suas preferências igualmente consideradas na conduta do governo.
Essas são três condições necessárias para a democracia, mas não são suficientes. Se essas três condições existirem para um grande número de pessoas, as instituições da sociedade devem oferecer pelo menos oito garantias:
Liberdade de formar e aderir a organizações;
Liberdade de expressão;
Direito ao voto;
Elegibilidade para cargos públicos
Direitos de lideres políticos disputarem apoio e voto
Fontes alternativas de informação
Eleições livres e idôneas
Instituições para fazer com que as políticas governamentais dependam de eleições e de outras manifestações de preferência.
Para avaliar o nível de democratização de um país, é preciso observar essas garantias. Tanto historicamente como no presente, os regimes variam enormemente na amplitude com que as oito condições institucionais são publicamente utilizadas e plenamente garantidas. Esse é o aspecto da liberalização ou contestação pública.
Outro aspecto que também varia histórica e contemporaneamente nos regimes é quanto a proporção da população que pode participar num plano mais ou menos igual, do controle e da contestação à conduta de um governo. Esse seria o aspecto da inclusividade dos regimes.
Temos então em Dahl a democratização formada por essas duas dimensões: contestação pública ou liberalização e direito de participação ou inclusividade. Para demonstrar a transição de regime, Dahl de utiliza de um gráfico com essas duas dimensões que variam desde nenhuma contestação pública ou participação até a plena inclusividade e liberalização.
Podemos também utilizar esse esquema para discutir os caminhos possíveis na transição de regimes. Se um Estado cresce em termos de liberalização, ele vai passando de uma hegemonia fechada a uma oligarquia competitiva. Se por outro lado ele cresce em inclusividade, ele passa de uma hegemonia fechada a uma hegemonia inclusiva.
Dahl discute três caminhos possíveis para um Estado passar de ditatorial a uma poliarquia, que seria um regime relativamente (mas incompletamente) democratizados ou, dito de outra forma, regimes que foram substancialmente popularizados e liberalizados,isto é, que são fortemente inclusivos e amplamente abertos à contestação pública. 
No 1º caminho a liberalização precede a inclusividade: uma hegemonia fechada aumenta as oportunidades de contestação e se torna uma oligarquia competitiva que se transforma em poliarquia pelo crescimento da inclusividade do regime. Exemplos de países que tomaram este caminho é a Inglaterra e a Suécia.
No 2º caminho a inclusividade precede a liberalização: Uma hegemonia fechada torna-se inclusiva e vai se tornando uma poliarquia pelo aumento das oportunidades de contestação pública. A Alemanha do Império até Weimar é um exemplos de paíse que tomou este caminho.
O 3º caminho seria um atalho, quando um hegemonia fechada torna-se uma poliarquia abruptamente pela concessão do sufrágio universal e direitos de contestação pública. Um exemplo de país que tomou este caminho foi a França de 1789 a 1792.
Dahl destaca que o primeiro caminho é o mais comum entre as poliarquias mais antigas e estáveis, ou seja, da precedência da liberalização em relação a inclusividade. Desse modo, as regras, práticas e a cultura da política competitiva desenvolveram-se primeiramente entre uma pequena elite. Na medida em que outras camadas sociais iam sendo admitidas na politica, elas eram facilmente socializadas nas normas e práticas da política competitiva já desenvolvida.
Para Dahl os outros caminhos seriam mais perigosos. O segundo caminho exige que um sistema de segurança mútua seja trabalhado não dentro de uma elite pequena, mas entre representantes de diversas camadas sociais e perspectivas políticas de sociedade. O terceiro caminho encurta drasticamente o tempo para o aprendizado de habilidades e entendimentos complexos e para se chegar a um sistema muito sutil de tolerância e segurança liberalizacao. 
 Retomando então a pergunta, que caminhos percorremos no Brasil desde a ditadura militar até o processo de redemocratização? Poderíamos pensar também em refazer essa pergunta sobre diferentes tempos políticos no Brasil, inclusive para compreender os aspectos de instabilidades atualmente.
Se pensamos o Brasil na transição do império para a república, teríamos então o Brasil percorrendo um caminho semelhante ao que Dahl descreve como 1º caminho, deixando de ser uma hegemonia fechada e passando a uma oligarquia competitiva, que ficou conhecida como República café-com-leite. Antes disso acontecer, o governo imperial propôs uma ampliação de uma série de liberdades na tentativa de salvar o império, que seria o 2º caminho, porém o que realmente aconteceu foi a proclamação da república, inaugurando no Brasil um novo regime político que durou aí de 1889 até 1930.
Nas eleições de 1930, o vencedor foi Júlio Prestes, entretanto o partido da Aliança Nacional não aceitou a vitória de seu oponente (Dahl salientou justamente essa condição como necessária a manutenção da democracia). Também não foram reconhecidos os mandatos de vários deputados nos estados onde a Aliança Nacional tinha maioria. Começou a se organizar uma revolta armada e o assassinato do Jango foi o argumento final para o golpe que colocou Getúlio Vargas no poder. 
Durante seu governo provisório, Vargas ampliou o que Dahl descreveu como a inclusividade. Ele ampliou o sufrágio universal, inclusive o voto feminino e manteve-se no cargo de presidente mais um mandato, de 1934 a 1937 quando, após tentativa de golpe pelo partido da esquerda foi usada como justificativa pra colocar o Brasil num estado de sítio que durou de 1937 a 1945, que ficou conhecido por Estado Novo.
Quando a contestação para o governo foi intensa e esse se tornou insustentável, foram convocadas eleições gerais, saindo como vencedor Eurico Gaspar Dutra, que era apoiado pelo governo. Em 1951 sabemos aí que Vargas retoma o poder pelo voto popular e permanece no poder até 1954, quando se suicida. Depois dele vem Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart e, em 1964, temos um novo golpe militar. Depois da ditadura militar, podemos pensar que o Brasil pegou o atalho descrito por Dahl que, por meio de levante popular das diretas já, conseguiu reestabelecer eleições para presidente. E aqui trazemos a ressalva de Dahl para esse caminho que, segundo ele, tende a resultar em poliarquias instáveis tendo em vista que essas viradas mais abruptas não dão tempo para que se desenvolvam as habilidades e entendimentos complexos sobre a política. Essa instabilidade sem dúvida pode ser observada claramente nos dias atuais no Brasil.
Nós tentamos pensar a partir dos critérios dele o Brasil, mas salientamos que não temos o aprofundamento necessário e pode ser que tenhamos feito uma análise superficial. E uma ressalva feita por Dahl é de que precisamos estar atentos porque “certas coisas que superficialmente parecem mudanças no regime, às vezes não são absolutamente mudanças no regime, mas simples mudanças de pessoal, de retórica, de provisões constitucionais vazias” (p. 39).
Sobre essas discussões iniciais, Dahl ressalta quatro pontos que sintetizariam suas argumentações:
O primeiro caminho é mais passível que os outros de produzir a segurança mútua exigida para um regime estável de contestação pública.
Esse primeiro caminho já não está aberto para a maioria dos países com regimes hegemônicos, tendo em vista que a maioria já tem um nível razoável de inclusividade.
A liberalização de quase-hegemonias terá um sério risco de fracasso devido as dificuldades de construir um sistema de segurança mútuo devido ao sufrágio universal e a política de massa.
O risco de fracasso pode ser reduzido se os passos no sentido da liberalização forem acompanhados de uma busca dedicada e transparente de um sistema viável de garantias mútuas.
 Dahl também discute sobre as formas de inauguração de uma poliarquia, oferecendo pelo menos cinco situações de poliarquias ou quase poliarquias inauguradas no passado, seja em Estados Independentes ou países que ainda eram subordinados a outro Estado.
O primeiro caminho que pode surgir no interior de um Estado independente é quando um novo regime (poliarquia) é inaugurado por líderes governantes que atendem mais ou menos pacificamente às reivindicações por mudanças e participação. Dahl coloca que um número desproporcionalmente grande de países com poliarquias estáveis parece ter surgido dessa forma. Ele coloca que quando a evolução é pacífica isso pode resultar numa poliarquia sustentado por um sentimento generalizado de legitimidade.
O segundo processo é quando o velho regime é transformado em uma poliarquia pela revolução. Esse caso é infrequente e é comum que logo depois retome a hegemonia, uma vez que a legitimidade da poliarquia tende a ser amplamente contestada e inclusive sofrer uma nova revolução.
O terceiro processo seria quando um velho regime é transformado em poliarquia por uma conquista militar: depois de uma derrota militar, as forças de ocupação instalam a poliarquia. Esse processo levou a instauração de poliarquias muito estáveis, porém os casos são mais raros.
O quarto processo, que aconteceria em um país até então subordinado a outro Estado, seria, de forma semelhante que o segundo, transformado por processos evolutivos, quando a poliarquia é fomentada ente a população local, sem um movimento de levante nacional contra o poder colonial. Nesse caso, o sentimento de legitimidade também seria preponderante no regime poliarquico.
O quinto processo seria quando o velho regime é transformado em poliarquia como parte da luta pela independência nacional, através de uma revolução. O nacionalismo estaria aliado a democracia. Porém Dahl ressalta que é pouco provável que no futuro poliarquias sejam inaguradas dessa forma.
 E já que estamos falando tanto de poliarquia, não poderíamos deixar de destacar a pergunta proposta por Dahl no capítulo 2: qual a importância da Poliarquia?
Para justificar a importância da Poliarquia, Dahl elenca seis argumentos:
As liberdades existentes em uma poliarquia englobadas na liberalização e inclusividade como por exemplo fazer oposição ao governo, formarorganizações políticas, manifestar-se sem temer represálias, ler e ouvir opiniões alternativas, votar secretamente em candidatos, sendo que os derrotados entregam pacificamente os cargos ao vencedor, entre outras, podem até parecer “pouca coisa” onde já estão estabelecidas, mas certamente tem uma valor imenso, as vezes só reconhecido por aqueles que perdem essas garantias.
A participação ampliada combinada com a competição pública provoca uma mudança na composição da liderança política, o que faz com que as lideranças e parlamentos vão se tornando mais representativos.
Na medida em que um sistema se torna mais competitivo e inclusivo, os políticos buscam apoio de grupos que antes não interessavam a eles, fazendo inclusive mudar a estrutura e organização dos partidos ou mesmo o surgimento de novos partidos que sejam mais eficazes em atrair outras camadas sociais.
Quanto maiores as oportunidades de expressar, organizar e representar preferências e interesses políticos, mais diversa é a representação.
Quanto mais aberto a contestação e mais inclusivo, mais difícil será para um governo adotar políticas ou práticas que oprimam uma grande parcela da população.
É razoável supor que exista uma interação recíproca entre fatores tais como crenças, atitudes, cultura e personalidade e o regime político. Ou seja, ao mesmo tempo em que os regimes são influenciados por esses fatores, também podem ter efeitos subjetivos sobre as pessoas que fazem parte do país. Obviamente que regimes diferentes, tem consequências diferentes.
Por fim, então retomamos diretamente o tópico central da aula de hoje: “Os métodos de escolha do Estado e as condições para que os cidadãos formulem seus pleitos”.
A democracia vai estar cada vez mais orientada para o estabelecimento de regras de como se deve chegar às decisões políticas e não para quais seriam estas decisões.
SCHUMPETER traz uma perspectiva do funcionamento da democracia como sendo um método político.Na teoria schumpeteriana é ênfase à identificação sobre quem e como são tomadas as decisões democráticas (não se trata de quais decisões), ao governar, ou o modus operandi, e assim, o autor compreende que o que de fato ocorre em uma democracia moderna é um governo aprovado pelo povo, ou por uma parcela dele, mas não por ele executado como na democracia direta.
DAHL: A democratização consiste na ampliação da competição e no direito à participação política. A ação dos atores como a principal variável da democracia. A democracia passa a ser então o fruto de relações estratégicas, num balanço entre custo e benefício feito pelos atores, sendo o voto indispensável neste contexto.
 E como iniciamos direto com as problematizações, vale retomar um pouco sobre os autores do texto:
Joseph SCHUMPETER foi um economista e cientista político austríaco, que viveu entre 1883 e 1950. Recebeu educação aristocrata, com ênfase nas humanidades e pouca matemática e ciências. Cursou direito na Universidade de Viena. Casou-se com uma mulher doze anos mais velha que ele, mudou-se para Cairo, no Egito, onde advogou perante o Tribunal Misto Internacional do Egito, sendo também Conselheiro de finanças de uma princesa egípcia. Chegou a ser ministro das Finanças da República Austríaca e também presidente de um banco em Viena que faliu em poucos anos e o deixou endividado. Depois dessas experiências no setor publico e privado, ele voltou a dar aulas, inicialmente na Universidade de Bonn, na Alemanha, e depois, com a ascendência do nazismo deixou a Europa e foi lecionar na Universidade de Harvard onde permaneceu até sua morte, no inicio de 1950, pouco tempo antes de completar 67 anos.
CONTEXTUALIZAÇÃO: A mais importante obra de Schumpeter foi o livro Capitalismo, Socialismo e Democracia (1942).No prefacio da primeira edição ele afirma que o livro se constitui em uma tentativa de fundir de forma coerente quase 40 anos de pesquisas, observações sobre o socialismo mas também discorre sobre a economia política. Foi muito bem recebida, tanto no Reino Unido como nos Estados Unidos, e a sua reputação cresceu à medida que novas edições foram publicadas em 1947 e 1950. A obra foi sendo elaborada em um contexto em que se acentua as discussões em torno dos caminhos da democracia.Além disso, o material refletiu também o trabalho analítico de uma pessoa que, embora sempre honestamente tentando sondar os fatos sob a superfície, jamais fez dos problemas do socialismo o principal assunto das suas pesquisas profissionais por qualquer grande espaço de tempo e, por conseguinte, tem muito mais a dizer sobre certos tópicos do que sobre outros. Nele ele irá questionar os princípios utilitaristas associados ao liberalismo clássico. O autor questiona o paradigma do anseio coletivo cultuado no Estado Liberal, no Estado Socialista, mas também a teoria utilitarista. 
 Robert DAHL foi um cientista político norte-americano, professor emérito da Universidade Yale. Formulador do conceito de "poliarquia", Dahl morreu em 2014, aos 98 anos. Na juventude chegou a trabalhar em uma ferrovia e como estivador e tornou-se socialista e sindicalista. Essas experiências o ajudaram a buscar compreender melhor o efeito do poder político sobre as pessoas. Estudou na Universidade de Washington e posteriormente fez doutorado em ciência política em Yale, onde lecionou por 40 anos e se tornou professor emérito. Mas logo após o doutorado serviu ao exercito, como agente de infantaria, lutando na Europa na 2ª Guerra Mundial. Depois disso é que retornou para Yale. Presidiu associações de ciência política e recebeu diversos prêmios. 
Definiu política como sendo o processo que determina a alocação abalizada de valores” e poder como o processo no qual alguém consegue que outra pessoa faça algo que, de outro modo não faria.
Dahl considerava que política é uma atração secundária no grande circo da vida e que a grande maioria das pessoas se interessa mais pela família, trabalho, saúde, lazer, amigos do que pela política, quanto mais pela ciência política. A obra Poliarquia é uma obra que foi escrita na década de 70 ( 1972). O autor traz novos conceitos inovadores ao campo da ciência política ao abordar de forma inédita o tema da democratização e da transição de regimes. Até a década de 70 não se concebia a transição de um regime para o outro e a obra explica porque poucos países conseguiram conseguem manter regimes democráticos por longos períodos de tempo. A obra de DAHL rompe com o paradigma da modernização. Na concepção do paradigma da modernização a probabilidade de um país ser democrático aumenta com o grau de modernização da sociedade. 
Ele também fala da importância da participação política e da competição no processo de democratização e traz o conceito inovador e revolucionário de Poliarquia, que seria um modelo de democracia ideal.
Aspecto metodológico dos estudos
Os dois autores trazem a exposição de conceitos de forma clara e objetiva, utilizando o empirismo como caminho de pesquisa. Ambos estudam a democracia a partir de como ela funciona na realidade. Apesar de propor um modelo de democracia ideal Dahl ele reconhecer que é difícil existirem Poliarquias.
 Nós particularmente gostamos muito da leitura desses autores, que já são mais contemporâneos, e entendemos que são fundamentais nessa disciplina. 
 Problematizar os caminhos que se percorre no processo de democratização nessa perspectiva de transição de regimes auxilia a gente a perceber a importância dos atores políticos e, de modo mais direto, a importância da própria política no processo de transformação não apenas no governo, mas na própria sociedade. Em schumpeter percebemos a importância de entender as condições reais das pessoas de eleger seus governantes. Acho que os dois autores, mesmo que indiretamente, destacam a importância de processos educativos para o exercício da atividade política. 
THE END!

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