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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
 FERREIRA, Simone M. Lucas da Silva [1: Aluna do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso. 05-2015]
 RU 1218424
LOPES, Luiz Fernando[2: Professor Orientador no Centro Universitário Internacional UNINTER.]
RESUMO
Este artigo refletiu-se a educação, novas tecnologias e suas últimas tendências no uso da tecnologia como ferramenta de ensino; questiona-se sobre o atraso do desenvolvimento na educação brasileira. A proposta do artigo é viabilizar o método de ensino de acordo com a realidade de nossa sociedade, adequar a capacitação do professor para mediar o ensino no contexto da era digital, analisar o uso do ensino hibrido como ferramenta pedagógica, promover a cidadania aliada à educação inovadora, aderir ao movimento Maker, concluindo que a cultura do faça você mesmo estimula a produção de saberes, preparando o aluno para o mercado de trabalho. A metodologia de trabalho utilizada foi a pesquisa bibliográfica, feita a análise de coleta de dados qualitativos, define-se que a cultura Maker já é uma tendência irreversível. 
Palavras-chave: Educação. Ensino Hibrido. Movimento Maker.
 
1 INTRODUÇÃO
Na atualidade a tecnologia é cada vez mais importante na educação e presente na sociedade, estendendo-se aos ambientes escolares. A problemática encontrada na realidade da nossa educação é cruel, há uma necessidade de transformar a maneira de ensino aprendizagem, incluindo a ferramenta tecnológica.
A educação deve contribuir para o desenvolvimento do indivíduo ao longo de sua vida e é inevitável a invasão tecnológica no meio educacional, a internet traz múltiplas formas de aprender e ensinar, então é o papel da escola mediar esse processo a favor do ensino-aprendizagem utilizando a tecnologia educacional para o avanço da qualidade do ensino.
A tecnologia está mudando a forma de produzir, consumir, relacionar e até mesmo de exercer a cidadania. Há uma necessidade de transformar o modo como aprender e ensinar. Na educação a tecnologia abre novos caminhos, o que tem inovado e impactado a vida cotidiana de todos, educação a distância é um grande exemplo dessa modernidade.
Não podemos ignorar que há dificuldades em lidar com o uso dessas ferramentas, ás tecnologias podem melhorar a qualidade de educação daqueles estudantes que já tem habilidades desenvolvidas, tais como: escrita, cálculo, leitura, competência de analises, dentre outras. Agora, para alunos com nível precário dessas habilidades e competências o uso da tecnologia fica restrito essencialmente ás redes Sociais e entretenimentos, logo, empregar a tecnologia em sala de aula não implica necessariamente em mais aprendizado aos alunos.
Mas esse fato não pode impedir o uso das tecnologias em sala de aula, pois não há como ignorar a tecnologia em um mundo no qual ela se faz presente do dia-a-dia de todas as classes sociais. Por isso devemos entender quais recursos tecnológicos podem ser ferramentas efetivas para apoiar e impactar resultados educacionais de forma ampla.
O ensino é um processo de longo prazo, e na educação brasileira enfrentamos desde o princípio da nossa história um atraso no desenvolvimento de políticas que possam ser mais efetivas para um ensino sem desigualdade. Superar e transformar essa triste realidade brasileira no tocante em fazer política, é o caminho para que crianças, jovens, e adultos tenha oportunidades de ter uma educação mais justa.
Então a melhor maneira de viabilizar a formação intelectual, emocional, e corporal do cidadão; que permita criar, planejar, e interferir na sociedade é desenvolver habilidades apropriando-se do processo, esse é o objetivo, a opção viável, quando se fala de tecnologia da educação o professor precisa refletir em um trabalho pedagógico sobre sua ação escolar, e efetivamente elaborar e operar projetos educacionais com a inclusão das tecnologias de informação e comunicação (TIC) no processo educacional, visando integra-los na ação pedagógica da comunidade escolar, para isso é necessário um repensar sobre as tecnologias na educação. É clara a necessidade de reflexão dos professores, diretores, assessores pedagógicos e especialistas na educação, na sua forma de entender como se dá a arte de ensinar neste presente século.
O objetivo deste trabalho é abordar a importância das tecnologias educacionais, faz-se necessário que o órgão competente forneça condições para o emprego destas tecnologias na educação garantindo o desenvolvimento no processo de ensino-aprendizagem.
O presente trabalho aborda conceitos de Miranda e outros, objetivando compreender as inovações tecnológicas e sua influência no meio educacional, evidenciando os grandes benefícios na educação através das tecnologias. 
2. TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS.
2.1 INOVAÇÕES TECNOLOGICAS NA EDUCAÇÃO.
O termo Tecnologia Educacional refere-se ao emprego de recursos tecnológicos como ferramenta para aprimorar o ensino. É usar a tecnologia a favor da educação, promovendo mais desenvolvimento sócio educativo e melhor acesso a informação.
A tecnologia como conhecimento é uma possibilidade de mudanças, elas permitem diversos e variados usos, uma mudança de paradigmas, que visa a aprendizagem de novas habilidades humanas, tais como: coragem, lealdade, capacidade de resolver problemas e satisfazer-se com o sucesso. Mas, considerar a tecnologia como miraculosa é um grave erro, por exemplo, a tecnologia não é capaz de fazer desaparecer diferenças e divergências, pelo contrário pode amplia-las, pelo fato do custo elevado e não sendo de fácil acesso a todos. 
“A sociologia da educação demostra que o ambiente escolar em vez de ser um local de fácil acesso social, são instituições de reprodução de desigualdade. ” (DWYER, 2007, p. 1304), no tocante a problematização educacional, a tecnologia educativa pode ajudar quando se prioriza a necessidade do aluno, o foco deve estar voltado para as dificuldades do aluno e como resolver tais dificuldades, no entanto, é preciso inovar o tradicional processo de ensino aprendizagem. 
É notório que as novas tecnologias não mudaram com totalidade as condições de ensino aprendizagem, porém, apontam o caminho para o conhecimento, tendo assim o professor como mediador entre o conhecimento e o aluno. Para Vygotsky (1991), aprendizagem é um processo social que ocorre a partir da interação entre o sujeito e a sociedade ao seu redor, ele afirma que quanto mais uma pessoa participa da aquisição de um conhecimento, mais ela irá integrar-se e reter aquilo que aprender.
Tecnologia educativa é o conjunto de técnicas metodológicas, são meios de tornar o processo educativo mais eficaz. Falar em eficácia significa melhorar a aprendizagem, criar uma construção de sistemas de ensino aprendizagem com a capacidade de provocar mudanças significativas na educação.
As novas tecnologias transmitem informações em velocidade inimagináveis e seu impacto para a sociedade é muito maior. As mudanças são muito mais complexas, como por exemplo, a criação dos mundos virtuais os ditos ciberespaços. Deve-se então se adaptar a esses novos processos, pois eles são inevitáveis e irreversíveis, pois cada tecnologia afetará nosso convívio com o meio em que vivemos, seja ele social ou global. 
“A tecnologia educativa surge com a aplicação desses novos recursos no ensino aprendizagem em seu desenvolvimento e avaliação. ” (MIRANDA, 2007, p.42), na perspectiva da autora, a tecnologia envolve questões de gestão educacional, de desenvolvimento educacional e também os recursos de aprendizagem, similar a Miranda (2007), Coutinho (2007) define a tecnologia educativa: 
Não como um simples uso de meios tecnológicos mais ou menos sofisticados, mas como uma forma sistemática de conceber, gerir e avaliar o processo de ensino e aprendizagem em função de metas e objetivos perfidamentedefinidos. (Coutinho, 2007. p.1). 
É importante que na escola o projeto pedagógico propicie conhecimentos aos professores e alunos, em relação à tecnologia, o que se espera é que o professor gere condições para o aluno desenvolver um olhar crítico na utilização tecnológica, para isso é primordial que o professor domine a utilização pedagógica das tecnologias, não como um recurso mecânico, mas visando o domínio crítico da linguagem tecnológica, portanto, no ensino aprendizagem é essencial o planejamento para alcançar o objetivo, direcionar o uso tecnológico no desenrolar do processo ensino-aprendizagem tem que estar focado nas metas a serem alcançadas.
Leite (2004) destaca que os meios de comunicação da massa educam coletivamente os indivíduos, pois transmitem informação de maneira rápida. Cabe a escola formar um leitor crítico para assimilar de fato o que é importante e o que está sendo repassado com objetivo da classe dominante. Deve-se observar todos os meios que influenciam o convívio social, as formas de pensar, sentir e se relacionar com o conhecimento; no tocante a essa verdade, a reflexão sobre os meios de comunicação de massa como produtos culturais e suas consequências sócias e ideológicas, é determinante para a formação de leitores críticos do mundo.
A comunidade escolar se depara com três caminhos: ela pode continuar omissa e repelir as tecnologias tentando ficar fora do processo; apropriar-se da técnica e transforma a vida em uma corrida pela busca do novo; ou entender e absorve todo o processo, desenvolvendo habilidades que permitam o controle das tecnologias e seus efeitos.
É preciso viabilizar a formação intelectual, emocional e corporal do cidadão, de modo que ele interfira na sociedade, para isso é necessário entrar no processo com apropriação de conhecimentos. Isso requer um tempo e investimento, ampliar o acesso dos alunos, personalizar a educação, oferecer educação de qualidade, com recursos diversificados dia a pós dia, são pontos que precisam de uma observação especial na política da educação.
A tecnologia nos ajuda a superar o desafio na qualidade de ensino, os recursos digitais oferecidos são cada vez mais diversificados e dinâmicos, o aluno compreende melhor o conteúdo, conseguindo assim aplicar o conhecimento. Essas ferramentas tecnológicas apoiam o professor, oferecendo novas estratégias pedagógicas e faz com que a educação esteja disponível em qualquer hora e em qualquer lugar, com mais autonomia para o aluno.
A sociedade do século XXI é totalmente conectada, a comunidade escolar também precisa ser, e envolver o nativo digital ao conhecimento que gera crescimento é necessário. A tecnologia aproxima a escola do universo dos alunos, ajuda na preparação da vida presente e futura, isso facilmente é mediado pelos recursos tecnológicos.
Porém a tecnologia não vai resolver todos os problemas, ter cuidado é preciso, o professor deve usar o ensino hibrido de uma forma mesclada e objetiva, aproveitando todo esse mundo cibernético do aluno, garantindo a qualidade e efetividade da educação. Todo cuidado é pouco na forma de inovar a maneira de educar, digitalizar a tradicional forma da educação é um risco que ocorre quando se fala em tecnologia educacional, trocar o livro convencional pelo digital, ou até mesmo substituir a lousa tradicional pela digital, ou a aula convencional por vídeo aula, são exemplos desses ricos que devem ser evitados, a inovação na educação deve ir além desses patamares.
A educação deve preparar o aluno para aprender viver na sociedade através de um processo de percepção e compreensão com o objetivo desenvolver projetos comuns, o homem tem a natureza conflituosa, é necessário um desperta o trabalho em grupo valorizando o trabalho coletivo, a fim de formar cidadãos democráticos, críticos e solidários na construção da democracia.
No entanto, a diversas maneiras de adotar o ensino hibrido, um recurso que vem sendo bastante adotado é o de rotação, o professor divide a sala de aula em várias estações com atividades diferentes, porém, que se completam. Uma delas no mínimo precisa ter o uso da plataforma digital, o aluno passa por cada estação, absorvendo o conteúdo proposto como protagonista na formação do conhecimento, gerando assim um interesse na busca pelo desconhecido, dessa forma a tecnologia é aliada no processo em que escola surpreende os alunos, e assim faz com que os alunos se desenvolvam. 
Portanto ensino hibrido, é um método que busca a personalização do ensino ao alternar momentos em que o aluno estuda sozinho, em ambientes virtuais e em grupos, nesse sentindo o professor assumi um novo papel, ele se torna um facilitador, “Ele deixa de ser a primeira fonte de informação e conhecimento e passa a ser o mentor que guia a aprendizagem dos alunos” diz Mario Junior Mangabeira.[3: Coordenador da gerencia de formação do Projeto Educopédia.]
Esta nova dinâmica de ensino requer um tempo, o processo não é feito de uma hora para outra, a acomodação vem logo após a ruptura do modelo tradicional de ensino; persistência, dedicação, abertura a mudanças, um bom planejamento do professor e posturas abertas dos alunos são fundamentais para o desenvolvimento pedagógico desse método, favorecendo a personalização do ensino. 
O professor não pode ser substituído nesse processo inovador, pelo contrário, em meio ao processo do uso da tecnologia como ferramenta pedagógica ele tem visibilidade, desenvolvendo autonomia, promovendo oportunidades para sucesso em seu trabalho, as máquinas podem realizar algumas atividades mecânicas e repetitivas, enquanto o professor tem mais tempo de planejar sua aula, e ser o mediador da aprendizagem. 
Ao longo prazo o ensino hibrido estará no caminho para se tornar atrativo a ponto de trazer estudantes tradicionais do sistema, porém não será fácil, este ensino está em fase de transição, e tudo que é novo traz uma certa preocupação para a adaptação, esse método inovador visa oferecer um melhor serviço aos estudantes.
Outro efeito contrário ao objetivo esperado é a desigualdade, é preciso ser evitado, não se pode oferecer este acesso somente a uma parcela dos estudantes brasileiros. Para que isso aconteça, é necessário investir em infraestrutura, a acessibilidade de uma internet veloz torna-se fundamental para que estudantes e professores tenha acesso a recursos inovadores, a conectividade deve estar presente em todas as regiões do nosso território seja ele rural ou urbano. 
Mobilizar toda a sociedade é outro fator imprescindível, a educação tem que partir de berço, a tecnologia traz livre acesso a um conhecimento nunca visto antes, e a todas as classes sócias, é importante usar esses recursos da melhor forma possível com o propósito de garantir uma boa qualidade na educação de todos os brasileiros.
Estamos em um novo momento na história da educação do nosso país, onde a tecnologia é usada para mudar a forma como se aprende e ensina, em tempos passados a cultura era de educar para usar a tecnologia, hoje usamos a tecnologia para educar, e assim estamos aos poucos avançando para um tempo revolucionário de superação. Dificuldades como equidade, qualidade, e a personalização da educação tem se distanciado da atual realidade.
Além disso, a tecnologia é multidisciplinar envolvendo várias áreas de conhecimento no conteúdo apresentado, hoje há várias plataformas e maneiras de trabalhar, e isso tem sido um gancho para atrair a atenção dos alunos e estimular a aprendizagem, visto que, esse espaço virtual de fato já está totalmente ligado a vida cotidiana dos alunos, é normal crianças de pequena faixa etária manusear equipamentos de alta tecnologia, internautas que procuram diversão através de games e outros tipos de entretenimento; educar as crianças e prepara-las, de uma maneira que elas possam entender que esses espaços não são somente para diversão ou passa tempo, torna-se um ponto chave para todo esse contexto revolucionário que a tecnologia educacional proporciona.
O mundo está em uma veloz transformação em um curto espaço detempo, a transformação do processo educacional não pode ser diferente, até mesmo a forma que se fala de tempo está em transformação, não importa o lugar ou a hora, tempo e espaços foram reconfigurados, hoje não há uma escola convencional, com o uso da tecnologia vivemos na flecha do tempo.
Um documentário produzido ela Unowebtv da Unochapecó evidencia esse fator, com o intuito de levantar questões relacionadas ao constante processo de transformação do mundo, da sociedade, da tecnologia e como isso afeta a educação hoje e afetará no futuro, foram apresentados pontos de vista diversos que contribuem para um debate acerca da educação atual e da educação necessária de ter. Unir todo esse conhecimento á pratica, ajuda o aluno ter uma experiência de sucesso, isso vai além do poder aquisitivo, o aluno precisa ter motivação, precisa estar de corpo e alma, está engajado, envolvido, com a mão na massa, literalmente falando. 
Nesse mundo de inovação surgiu o movimento Makers. Ricardo Cavallini, em uma de suas palestras fala da importância do movimento, também conhecido como Internet das coisas ou a Indústria 4.0, uma novidade ainda pouco conhecida, porém uma grande tendência para futuras gerações. A teoria de aprendizagem afirma que gerar a curiosidade no aluno antes de passar o conhecimento gera um resultado maior do que passar a teoria para depois desenvolver a imaginação, o aluno com a mão na massa tem a possibilidade de ter a sua teoria sobre a hipótese, antes de receber a verdade pronta, a criatividade na aprendizagem Maker é estimulada de uma forma fantástica. 
Para ficar mais clara essa visão inovadora, essa transformação no ensino aprendizagem visa fazer o aluno se encontrar na escola, em espaços totalmente equipados com alta tecnologia, laboratórios, em que o professor irá orientar o projeto do aluno, totalmente diferente do aluno em sala de aula preso em quatro paredes, com a aprendizagem construtivista, errando e aprendendo com seu erro, o processo de teoria e prática segue lado a lado.
Dizemos então que o movimento Maker parte da permissa que qualquer pessoa pode criar, inventar, e fabricar seus próprios objetos e projetos, com suas próprias mãos. “É fazendo que se prende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer” essa frase é do filosofo Aristóteles, dita em uma época que obviamente a cultura Maker na educação não era nem imaginada, no entanto, a frase resume bem como a cultura é aplicada na educação atual.
No início do século XX, Jean Piaget, estudou a Biologia, Psicologia, Epistemologia e Educação, além de contribuir na área de Ciências da Computação. Defendeu sua tese multidisciplinar na construção do conhecimento e fundou a teoria do construtivismo, o indivíduo cria o conhecimento atuando ativamente com o meio. 
Esse movimento Maker possibilita o aluno aprender a partir da experimentação, portanto esse método continua sendo construtivista, porém inovador no tocante a ferramenta usada, apesar da teoria ser a mesma, o movimento Maker atrela a cultura do “faça você mesmo”, a tecnologia quando aplicada em sala de aula tem o objetivo de promover a criação, a investigação, a resolução de problemas, a originalidade e resiliência. Na aprendizagem Maker, é importante pensar fora da caixa, buscar soluções criativas e saber aproveitar ao máximo qualquer recurso. Criar, testar, errar, consertar, e aperfeiçoar as possibilidades são inúmeras dentro de um laboratório de fabricação digital.
Trazer o movimento Maker para dentro da escola é importante, cria-se um senso de que eles podem transformar o meio ao redor deles, o aluno já começa a trabalhar com a teoria e pratica lado a lado, o aluno consegue ficar 100% com a mão na massa no projeto dele. Nos últimos anos, muitos professores e pesquisadores tentam compreender como a cultura Maker pode melhorar a educação.
Esse movimento tem como objetivo fundamental proporciona autonomia para as pessoas, resultando no seu desenvolvimento, gerando conhecimento e socialização, a pessoa foca no que quer aprender nesses espaços, pessoas de diferentes idades e profissões se reúnem para trocar ideias tirando do papel o projeto e colocando as mãos na massa para executar suas ideias, as possibilidades de criações são tantas quanto a imaginação permitir.
Paulo Blikstein, professor e pesquisador da Universidade de Stanfor, que encabeça o projeto Fablab@School, associa a teoria de aprendizagem de Paulo Freire, em que a escola se torna mais conectada com a realidade do jovem e com problemas que ele enfrenta no dia a dia de sua vida. 
Na Educação, o grande desafio é como conectar as ideias dessa nova tendência, de uma forma problematizada e integrada, a fim de levar crianças e adolescentes a criarem projetos e objetos que podem ter impacto social, esse movimento vem crescendo no Brasil. Espaços estão sendo criados, makerspaces com o objetivo de auxiliar os maker nas suas novas criações, no geral esses espaços são garagens, ateliês, laboratórios, compartilhados que oferecem ferramentas para que os interessados possam fazer suas criações.
Nessa visão o aluno não é somente um consumidor de tecnologia e sim um fazedor, esse aprendiz vai errar para acertar, ele vai ter habilidades e competências de resolver seus problemas de forma criativa estimulando diversas mudanças no convívio social, na educação esse movimento pode ser trabalhado de uma forma interdisciplinar ampliando o processo de ensino-aprendizagem.
O objetivo desse projeto maker é que dê certo dentro da rede pública de ensino brasileira, espera-se que se tenha uma atitude maker nesse novo paradigma de ensino há uma reflexão do que se pode fazer para o sucesso desse projeto.
2.2 METODOLOGIA. 
Este artigo foi fundamentado em uma pesquisa bibliográfica, inicialmente em referencias teóricas, com o intuito de aprofundamento e compreensão do uso de tecnologia na educação.
Ficou notório nesta pesquisa a necessidade e importância do uso das tecnologias na educação na visão de MIRANDA, COUTINHO e BLIKSTEIN, dentre outros que também tiveram como foco a importância do uso das tecnologias na educação.
Não como um simples uso de meios tecnológicos mais ou menos sofisticados, mas como uma forma sistemática de conceber, gerir e avaliar o processo de ensino e aprendizagem em função de metas e objetivos perfidamente definidos. (Coutinho, 2007. p.1). 
 A metodologia escolhida para desenvolver esse artigo foi a pesquisa qualitativa baseada em estudos bibliográficos e coleta de dados e observações de revistas eletrônicas, percebe-se a necessidade do avanço tecnológico na área da educação para minimizar a desigualdade. “A sociologia da educação demostra que o ambiente escolar em vez de ser um local de fácil acesso social, são instituições de reprodução de desigualdade. ” (DWYER, 2007, p. 1304). Foram feitas coletas de informações constatando-se a grande necessidade de aprofundamento deste conhecimento na nação brasileira.
Através de uma análise de vários casos e situações que ocorrem em nosso território, após analisar o conteúdo reunido na pesquisa foram encontradas grandes evidencias que indicam um aprofundamento nesta temática. 
O tema escolhido se deu pela atual realidade da educação brasileira, e a necessidade de graduar profissionais que pense no uso da tecnologia como ferramenta pedagógica de uma forma inovadora para facilitar a aprendizagem de novos conhecimentos. Para Vygotsky (1991), aprendizagem é um processo social que ocorre a partir da interação entre o sujeito e a sociedade ao seu redor, ele afirma que quanto mais uma pessoa participa da aquisição de um conhecimento, mais ela irá integrar-se e reter aquilo que aprender. Sendo assim, nota-se a importância da interação entre o profissional e o aluno, pois isso irá refletir na sociedade.
O objetivo do artigo aqui exposto visa o enriquecimento do uso da tecnologia no meio educacional, sendo exploratório ao deixar explícito a necessidade do uso da mesma na sala de aula, não fazendo distinção entre classes sócias. Tendo também o objetivo de serdescritivo, pois visa descrever a importância da tecnologia no ensino. Sendo assim, este artigo tem como objetivo ser explicativo pois tem o propósito de expor o por que e como a tecnologia se faz algo fundamental para educação.
2.3 CONCLUSÃO
A tecnologia educacional conduz os estudantes à vários saberes, e ao longo do processo educacional formará cidadãos capacitados para o mundo globalizado, é necessário adaptar-se a esses novos processos, pois eles são inevitáveis e irreversíveis, o que foi exposto neste artigo. Nota-se a importância de uma constante busca para novos processos de educação, visando aprimoramento do ensino tanto na rede pública quanto na rede privada por meio da tecnologia, para um maior desenvolvimento na educação, beneficiando tanto alunos quanto professores, possibilitando uma real mudança de paradigmas.
Este trabalho foi uma grande oportunidade de aprimorar o conhecimento do avanço tecnológico na educação, através dos TICs que podem melhorar a qualidade de ensino, o ensino hibrido aonde o professor é o mediador dos saberes, na cultura Maker uma maneira do aluno ficar totalmente ligado, literalmente com a mão na massa.
No pensar na educação requer um amadurecimento na visão crítica no processo de ensinar e aprender, o professor deve estar no caminho do aperfeiçoamento da pratica docente, a escola deve evoluir junto com o desenvolvimento tecnológico, já a rede pública de ensino, precisa dar condições para que se empregue esses recursos preparando o educando para um futuro mercado de trabalho.
As novas tecnologias representam oportunidades pedagógicas, pois com as tais pode se trazer capacitação aos professores para ampliar seu domínio no trabalho pedagógico, se conclui que o envolvimento dos alunos em projetos de seu interesse gera condições do professor utilizar essas ferramentas tecnológicas em seu trabalho na sala de aula, portanto o aluno passa a ser ativo no processo de ensino-aprendizagem.
Através desse artigo conclui-se que, a tecnologia educacional melhora o aprendizado do aluno, quando se usa a mesma como ferramenta pedagógica, a inclusão tecnológica na vida cotidiana dos alunos, promove a interação com novos ambientes virtuais, facilitando a comunicação e aprendizado de professores e alunos. 
2.4 REFERÊNCIA
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CAVALLINI, Ricardo. O Movimento Maker. Disponível: <http://youtu.be/L-GVN4ss3qU>. Acesso: 2017. 
COUTINHO, C. Pereira. Tecnologia educativa e currículo: Caminhos que se cruzam ou se bifurcam? Disponível: <http://www.e-publicações.uerj.br/index.php/revistateia/aticle/view/>. Acesso: 2017.
DWYER, Tom. Desvendando mitos: Computadores e o desempenho no sistema escolar. Disponível: <http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso: 2017.
LEITE, S. Ligia. Educopédia: Uma experiência em construção. Disponível: < http://www.abed.org.br>. Acesso: 2017.
LEITE, S. Ligia. Tecnologia educacional: Descubra as suas possibilidades na sala de aula. 2. Ed. Petrópolis: Vozes, 2004.
LOPES, Marina. Ensino Híbrido: É a combinação do aprendizado online com o off-line. Disponível: <http://porvir.org/ensino-hibrido-ou-blended-learning/>. Acesso: 2017
MELO, Alessandro; URBANETZ, S. Terezinha. Trabalho de conclusão de Curso em Pedagogia. Curitiba: IBPEX, 2009.
MIRANDA, G. Lobato. Limites e possiblidades das TIC na educação. Disponível: <http://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/_e_possibilidades_das_TIC_na_educ.pdf>. Acesso: 2017.
PIAGET, J. Psicologia e pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1970.
 
SANCHO. J. M.; HERNANDES. F. Tecnologia para transformar a educação. Porto Alegre: Artmed, 2006.
VYGOTSKY, L. S. Revista Nova Escola – Grandes Pensadores. Disponível: < https://novaescola.org.br/conteudo/274/vygotsky-e-o-conceito-de-aprendizagem-mediada>. Acesso: 2017.

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