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Idade Média. A Idade Média é um período histórico que se estendeu do século V(395) ao XV (1453), na Europa, pode ser dividido entre Alta (invasões germânicas) e Baixa idade Média (ascensão comercial e inicio do renascimento). Mais conhecida como a “idade das trevas”, é assim chamada por ser uma época de pouco desenvolvimento racional, o que seria um retrocesso ao desenvolvimento da ciência. Neste período havia um domínio ideológico por parte da Igreja Católica, que manipulava a sociedade, através do poder da informação, com criação de dogmas, que facilitavam o “controle” da igreja e a adesão do povo aos preceitos religiosos. No entanto, a Idade Média também teve avanços artísticos, científicos e mesmo esportivos que contribuíram para os conhecimentos atuais. Com o Cristianismo a educação era centrada na vida religiosa, emocional e no ensino de matérias abstratas, assim a parte física, a realização de exercícios ficavam em segundo plano. Porem, apesar destes empecilhos, muitos dos marcos da Idade Média, foi desenvolvedores da capacidade física, tais como: a Guerra dos cem anos e as cruzadas, que cobravam dos homens uma preparação militar. Embora Capinussú não considerasse o Esporte Medieval como Educação Física, e sim apenas uma forma de lazer e treinamento militar. Temos consciência de que a Educação Física na Idade Média existia sim e podia ser vista como um conjunto de diferentes práticas, mesmo que o objetivo das mesmas fosse o desenvolvimento das habilidades físicas, com uma formação cavalheiresca, porem “guerreira”, buscando a formação de um indivíduo hábil, valoroso, cortês, fiel, mas também passível do desenvolvimento físico/corporal adequado, não se pode dizer que o Esporte medieval não era uma forma de Educação Física. As Cruzadas, Guerra dos cem anos e outras guerras entre reinos, impulsionaram o desenvolvimento da cavalaria/equitação, na qual os indivíduos com o uso de lança, espada, escudo e o elmo, representavam a nobreza social, em busca de terras e dominação. Com o passar do tempo, as lutas foram substituídas por jogos que atendiam tanto o treinamento militar, quanto o divertimento. Entre estes estavam: • Os torneios: que imitavam um combate real, ocorrido entre dois grupos de cavaleiros rivais, no qual eram utilizados terrenos amplos e demarcados com linhas divisórias. Tinham um caráter quase de espetáculo, atraindo muita gente, e possuindo feiras ao redor. • A Justa (GIOSTRAS): uma modalidade dos torneios. Em que, enfrentava-se o oponente com lanças, espadas ou outras armas, modificadas para não ferir o cavaleiro. Devia-se derrubar o oponente do cavalo (com o uso da lança, pontuação que se tornava cada vez maior, quanto mais próximo do punho fosse a quebra da lança), ou mesmo atingir pontos estratégicos do corpo com a lança. Era uma disputa muito complexa, visto que envolvia além do treinamento do cavaleiro, o do cavalo (que caso “fugisse” da luta, ou tocasse a cela do oponente, o mesmo perdia pontos), e a capacidade em aguentar o peso da armadura (35 kg) e o calor insuportável - dentro da armadura - pelo cavaleiro. • A Gualdana: em que fileiras de cavaleiros se enfrentavam, enquanto percorriam estradas de campana ou montanhas, simulando uma batalha. • A Quintana: brincadeira que estimulava a destreza do cavaleiro, que com uma lança deveria acertar um alvo – geralmente um fantoche – que representava o inimigo. • A Corrida do Arco: eram corridas a cavalo, em que os cavaleiros deveriam enfiar a lança, ou espada, em um arco suspenso. Apesar de toda a emoção envolvida durante os torneios e as práticas menores, nele contidas, os mesmos foram perdendo a popularidade a partir da disseminação do uso da pólvora no Ocidente, que fizeram com que os modos de lutar sofressem modificações tirando as armaduras para dar lugar a tecnologia bélica. Algumas outras práticas podiam ser observadas, independente dos torneios e de acordo com Oliveira (1994) apud Valladão (2009), os esportes que predominavam era a caça, esgrima, lança, arco e flecha (tiro ao alvo), práticas que além de ajudarem na sobrevivência e melhor desempenho nas guerras, tinham grande contribuição no lazer daquela época. Outras, tinham contribuição apenas para o lazer e desenvolvimento físico, como os jogos com bola, em que a mesma era lançada com alguma “maquina” e deveria ser golpeada com o antebraço, ombro, costas e glúteos, e esta devia passar por dentro de um arco, localizado no alto dos monumentos. Além de outros jogos com bola, mais simples (bola ao vento, bola à corda, bola a rede, bola ao chute, etc.). O desenvolvimento intelectual, tão criticado na “idade das trevas”, também não ficou estagnado, houve certa contribuição, já que o xadrez chegou à Europa nesta época, sendo reservado aos nobres e possuindo grande simbologia, pelas peças do jogo referirem-se a diferentes camadas sociais e poderiam representar situações da época, como o cavalo ajudando a conquistar algo, como ocorria nas disputas dentro e fora do tabuleiro. Assim, com o fim da Idade média e início do Renascimento, a Educação Física começou a ser assunto entre os intelectuais que dedicavam uma atenção especial para a educação do corpo. Foi então que surgiu uma pedagogia mais liberal, sem o autoritarismo exigido na época medieval, podendo ser praticada por qualquer idade como forma de valorização do ser humano. A Educação Física passa a ser praticada com exercícios como o salto, a corrida, a natação, a luta, a equitação, a dança, a pesca, entre outros; e pensadores começam a realizar pesquisas sobre a importância dos exercícios para o bem estar do homem, antes ignorado na Idade Média. Referencias bibliográficas: VALLADÂO, Rafael. Da pré-história à regulamentação: breve ensaio sobre a história da Educação Física.<http://www.efdeportes.com/> Revista Digital - Buenos Aires - Ano 13 - N° 129 - Febrero de 2009. < https://docs.google.com/presentation/d/1cNAEKzAT2LZRYDCTS7BgcIQpg2KmfPJI GhKxu4p1IFU/edit#slide=id.p22> acessado em: 27 de outubro de 2013. <http://idade-media.info/> acessado em: 27 de outubro de 2013. <http://idade-media.info/mos/view/Eventos_Medievais/> acessado em: 27 de outubro de 2013. <http://leiturasdahistoria.uol.com.br/ESLH/Edicoes/18/artigo130568-4.asp> acessado em: 27 de outubro de 2013. BERNARDI, Ana Paula - FORMAÇÃO PROFISSIONAL: REFLETINDO A CONSTITUIÇÃO DO CAMPO EDUCACIONAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA. AGUIAR, Olivette Rufino - EDUCAÇÃO FÍSICA EM QUESTÃO: RESGATE HISTÓRICO E EVOLUÇÃO CONCEITUAL.
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