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DIREITOS HUMANOS 
 
Programa Jovem Aprendiz 
 
01/01/2013 
 
Mod02 
Professor Marlon Damasceno 
 
 
AULA 1 - DIREITOS HUMANOS: NOÇÃO, 
SIGNIFICADO, FINALIDADE E HISTÓRIA 
 
A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E OS VALORES 
DA LIBERDADE, DA 
IGUALDADE E DA SOLIDARIEDADE 
 
Antes de conceituarmos sobre os Direitos 
Humanos e conhecermos sua respectiva Declaração 
Universal, olhemos as imagens a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Chocante essas imagens! Não é mesmo? 
 
Estupro, violência doméstica, aborto, trabalho 
infantil, trabalho escravo entre tantos outros, 
configuram uma total violação dos Direitos Humanos. 
 
Mas, afinal, o que vem a ser os Direitos 
Humanos? 
 
 
 
 
 
NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS 
 
Direitos Humanos são os direitos 
fundamentais da pessoa humana. No regime 
democrático, toda pessoa deve ter a sua dignidade 
respeitada e a sua integridade protegida, 
independentemente da origem, raça, etnia, gênero, 
idade, condição econômica e social, orientação ou 
identidade sexual, credo religioso ou convicção 
política. 
 
Toda pessoa deve ter garantidos seus direitos 
civis (como o direito à vida, segurança, justiça, 
liberdade e igualdade), políticos (como o direito à 
participação nas decisões políticas), econômicos 
(como o direito ao trabalho), sociais (como o direito à 
educação, saúde e bem-estar), culturais (como o 
direito à participação na vida cultural) e ambientais 
(como o direito a um meio ambiente saudável). 
 
 O NASCIMENTO OFICIAL DOS DIREITOS HUMANOS 
 
 
A adoção, pela Assembleia Geral da 
Organização das Nações Unidas, da Declaração 
Universal de Direitos Humanos, em 1948, constitui o 
principal marco no desenvolvimento do direito 
internacional dos direitos humanos. A Declaração 
Universal de Direitos Humanos contém um conjunto 
indissociável e interdependente de direitos individuais 
e coletivos, civis, políticos, econômicos, sociais e 
culturais, sem os quais a dignidade da pessoa 
humana não se realiza por completo. 
 
 
Esta Declaração tornou-se uma fonte de 
inspiração para a elaboração de cartas constitucionais 
e tratados internacionais voltados à proteção dos 
direitos humanos e um autêntico paradigma ético a 
partir do qual se pode medir e contestar ou afirmar a 
legitimidade de regimes e governos. Os direitos ali 
inscritos constituem hoje um dos mais importantes 
instrumentos de nossa civilização visando assegurar 
um convívio social digno, justo e pacífico. 
 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos 
não é apenas um conjunto de preceitos morais que 
devem informar a organização da sociedade e a 
criação do direito. Inscritos em diversos tratados 
internacionais e constituições, os direitos contidos na 
Declaração Universal estabelecem obrigações 
jurídicas concretas aos estados nacionais. São 
normas jurídicas claras e precisas, voltadas para a 
proteção e promoção dos interesses mais 
 
5 
fundamentais da pessoa humana. São normas que 
obrigam os Estados nacionais no plano interno e 
externo. 
 
Com a criação da Organização das Nações 
Unidas em 1945 e a adoção de declarações, 
convenções e tratados internacionais para a proteção 
da pessoa humana, os direitos humanos deixaram de 
ser uma questão exclusiva dos Estados nacionais, 
passando a ser matéria de interesse de toda a 
comunidade internacional. 
 
A criação de mecanismos judiciais 
internacionais de proteção dos direitos humanos, 
como a Corte Interamericana e a Corte Européia de 
Direitos Humanos ou quase judiciais como a 
Comissão Interamericana de Direitos Humanos ou o 
Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas, 
deixam clara esta mudança na antiga formulação do 
conceito de soberania. Mas a obrigação primária de 
assegurar os Direitos Humanos continua a ser 
responsabilidade interna dos Estados Nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 2 - DIREITOS HUMANOS E SUA EVOLUÇÃO 
NO BRASIL 
 
No Brasil, a Constituição Federal de 1988 
estabeleceu a mais precisa e detalhada carta de 
direitos de nossa história, que inclui uma vasta 
identificação de direitos civis, políticos, econômicos, 
sociais e culturais, além de um conjunto preciso de 
garantias constitucionais. 
 
 A Constituição impôs ao Estado brasileiro a 
obrigação de reger-se, em suas relações 
internacionais, pelo princípio da "prevalência dos 
direitos humanos" (artigo 4°, inciso II CF/88). 
Resultado desta nova diretriz constitucional foi o 
Brasil, no início dos anos noventa, ratificar a adesão 
aos Pactos Internacionais de Direitos Civis e Políticos 
e de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e às 
Convenções contra a Tortura e Outros Tratamentos ou 
Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes e 
Americana de Direitos Humanos, que se encontram 
entre os mais relevantes instrumentos internacionais 
de proteção aos direitos humanos. 
 
Em 1993, o Brasil presidiu o comitê de 
redação e desempenhou papel decisivo na elaboração 
e aprovação da Declaração e do programa da 
Conferência Mundial dos Direitos Humanos de Viena, 
que recomendou aos Estados Nacionais a elaboração 
de planos nacionais para a proteção e promoção 
dos direitos humanos. 
 
O governo brasileiro considera as normas 
constitucionais e a adesão a tratados internacionais 
passos essenciais para a promoção dos direitos 
humanos, mas está consciente de que a proteção 
efetiva destes direitos depende da atuação constante 
do Estado e da sociedade. Com este objetivo, o 
governo federal tem se empenhado na proteção de 
promoção dos direitos humanos no país, a começar 
pela elaboração da Agenda de Direitos Humanos, que 
resultou em um elenco de propostas e projetos de lei 
contra a violência. 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 3 – A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 
 
Diz, em seu artigo 1º, a Declaração Universal 
dos Direitos do Homem: 
 
"Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade 
e direitos. São dotados de razão e consciência e devem 
agir em relação uns aos outros com espírito de 
fraternidade". 
 
A Declaração afirma que todos os homens 
nascem livres e iguais em dignidade (art. 1°) e garante 
a todos eles os mesmos direitos, sem distinção de 
raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de 
outra natureza, nascimento ou qualquer outra 
condição (art. 2°, I). 
 
A boa doutrina ressalta algumas 
características próprias desses direitos, sendo: 
 
 Universalidade: todo e qualquer ser humano 
é sujeito ativo desses direitos, independente 
de credo, raça, sexo, cor, nacionalidade, 
convicções; 
 
 Inviolabilidade: esses direitos não podem ser 
descumpridos por nenhuma pessoa ou 
autoridade; 
 
 Indisponibilidade:esses direitos não podem 
ser renunciados. Não cabe ao particular 
dispor dos direitos conforme a própria 
vontade devem ser sempre seguidos; 
 
 
7 
 Imprescritibilidade: eles não sofrem 
alterações com o decurso do tempo, pois têm 
caráter eterno; 
 
 Complementaridade: os direitos humanos 
devem ser interpretados em conjunto, não 
havendo hierarquia entre eles. 
 
Os direitos humanos seriam, assim, o conjunto de 
condições, garantias e comportamentos, capazes de 
assegurar a característica essencial do homem, a sua 
dignidade, de forma a conceder a todos, sempre, o 
cumprimento das necessidades inseridas em sua 
condição de pessoa humana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 4 – CIDADANIA: NOÇÃO, SIGNIFICADO E 
HISTÓRIA 
 
Direitos e deveres da cidadania. 
 
 
Direito de Cidadania = Prerrogativa que tem o 
indivíduo de participar da tomada de decisão política 
do Estado (exemplos: direito de votar, de participar de 
plebiscito, de ingressar com uma ação popular 
etc.). 
 
No sentido etimológico da palavra, cidadão 
deriva da palavra civita, que em latim significa cidade, 
e que tem seu correlato grego na palavra politikos – 
aquele que habita na cidade. 
 
No sentido ateniense do termo, cidadania é o 
direito da pessoa em participar das decisões nos 
destinos da Cidade através da Ekklesia (reunião dos 
chamados de dentro para fora) na Ágora (praça 
pública, onde se agonizava para deliberar sobre 
decisões de comum acordo). Dentro desta concepção 
surge a democracia grega, onde somente 10% da 
população determinava os destinos de toda a Cidade 
(eram excluídos os escravos, mulheres e artesãos). 
 
 
8 
A palavra cidadania foi usada na Roma antiga 
para indicar a situação política de uma pessoa e os 
direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer. 
 
A idéia de cidadania surgiu na Idade Antiga, 
após a Roma conquistar a Grécia (séc. V d.C.), se 
expandindo para o resto da Europa. Apenas homens 
(de maior) e proprietários de terras (desde que não 
fossem estrangeiros), eram cidadãos. Diminuindo 
assim a idéia de cidadania, já que mulheres, crianças, 
estrangeiros e escravos não eram considerados 
cidadãos. 
 
 
A Cidadania no Brasil 
 
No Brasil, estamos gestando a nossa 
cidadania. Damos passos importantes com o processo 
de redemocratização e a Constituição de 1988. Mas, 
muito temos que andar. Ainda predomina uma visão 
reducionista da cidadania (votar, e de forma 
obrigatória, pagar os impostos... ou seja, fazer coisas 
que nos são impostas) e encontramos muitas 
barreiras culturais e históricas para a vivência da 
cidadania. Somos filhos e filhas de uma nação nascida 
sob o signo da cruz e da espada, acostumados → 
 → a apanhar calados, a dizer sempre "sim senhor, 
a «engolir sapos", a achar "normal" as injustiças, a 
termos um "jeitinho' para tudo, a não levar a sério a 
coisa pública, a pensar que direitos são privilégios e 
exigi-los é ser boçal e metido, a pensar que Deus é 
brasileiro e se as coisas estão como estão é por 
vontade Dele. 
 
Os direitos que temos não nos foram 
conferidos, mas conquistados. Muitas vezes 
compreendemos os direitos como uma concessão, um 
favor de quem está em cima para os que estão em 
baixo. Contudo, a cidadania não nos é dada, ela é 
construída e conquistada a partir da nossa capacidade 
de organização, participação e intervenção social. 
 
A cidadania não surge do nada como um 
toque de mágica, nem tão pouco a simples conquista 
legal de alguns direitos significa a realização destes 
direitos. E necessário que o cidadão participe, seja 
ativo, faça valer os seus direitos. Simplesmente 
porque existe o Código do Consumidor, 
automaticamente deixarão de existir os desrespeitos 
aos direitos do consumidor ou então estes direitos 
se tornarão efetivos? Não! Se o cidadão não se 
apropriar desses direitos fazendo-os valer, esses serão 
letra morta, ficarão só no papel. 
 
Construir cidadania é também construir novas 
relações e consciências. A cidadania é algo que não se 
aprende com os livros, mas com a convivência, na vida 
social e pública. E no convívio do dia-a-dia que 
exercitamos a nossa cidadania, através das relações 
que estabelecemos com os outros, com a coisa 
pública e o próprio meio ambiente. A cidadania deve 
ser perpassada por temáticas como a solidariedade, a 
democracia, os direitos humanos, a ecologia, a ética. 
A cidadania é tarefa que não termina. A cidadania não 
é como um dever de casa, onde faço a minha parte, 
apresento e pronto, acabou. Enquanto seres 
inacabados que somos, sempre estaremos buscando, 
descobrindo, criando e tomando consciência mais 
ampla dos direitos. 
 
Nunca poderemos chegar e entregar a tarefa 
pronta, pois novos desafios na vida social surgirão, 
demandando novas conquistas e, portanto, mais 
cidadania. 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
AULA 5 – DIREITOS E DEVERES DO CIDADÃO 
 
 
1 - Combater a violência da injustiça, fazendo valer os 
direitos constitucionais e denunciando a pior 
violência, que é a omissão dos governantes em 
assegurar condições legais para o efetivo 
cumprimento das leis, favorecendo a impunidade que 
estimula o mau exemplo da prática generalizada de 
delitos. A cada direito violado corresponde uma ação 
que possa e se deve empreender para obrigar o 
estado a fazer justiça. 
 
2 - Resolver problemas pessoais e os da comunidade 
formando e participando de associações civis de 
moradores, de preservação do meio ambiente e de 
amigos do patrimônio cultural, de proteção às 
pessoas, minorias e deficientes, bem como de 
associações de eleitores, consumidores, usuários de 
serviços e contribuintes, sempre visando travar uma 
luta coletiva como forma mais eficaz de exigir dos 
governantes o cumprimento de seus deveres para 
com a coletividade. 
 
3 - Participar da vida política da comunidade e do país, 
votando e fiscalizando candidatos e partidos 
comprometidos com o interesse público, a ética na 
política, a redução das desigualdades sociais e 
regionais, a eliminação do clientelismo e 
corporativismo, a reforma do sistema eleitoral e 
partidário para tornar o voto um direito de cidadania 
e compatibilizar a democracia representativa 
tradicional com os modernos mecanismos de 
democracia direta e participativa. 
 
4 - Lutar contra toda sorte de violência e manifestação 
de preconceito contra os direitos culturais e de 
identidade étnica do povo. Sobretudo da parte de 
elites colonizadas que pregam e incentivam, sobre 
qualquer forma que seja o sentimento de 
inferioridade e a baixa auto-estima de povo. 
 
5 - Buscar soluções coletivas para combater toda 
forma de violência, apoiando aqueles que procuram 
meios eficientes de assegurar a segurança pública sem 
desrespeitar os direitos humanos fundamentais, como 
a garantia à vida, à liberdade individual e de 
expressão, à igualdade, à dignidade, à segurança e à 
propriedade. 
6 - Combater toda forma de discriminação de origem, 
raça, sexo, cor, idade, especialmente os preconceitos 
contra mulheres, negros, homossexuais, deficientes 
físicos e pobres, apoiando entidades não 
governamentais que lutam pelos direitos de cidadania 
dos discriminados. 
 
7 - Respeitar os direitos da criança, do adolescente e 
do idoso, denunciando aos órgãos públicos 
competentes e entidades não governamentais toda 
forma de negligência, discriminação, exploração, 
violência, crueldade e opressão. 
 
10 
 
8 - Lutar pela concretização de uma ordem econômicademocrática e justa, exigindo a aplicação dos 
princípios universais da liberdade de iniciativa, do 
respeito aos contratos, da propriedade, da livre 
concorrência contra monopólios e cartéis, da defesa 
do consumidor por meio do cumprimento do Código 
de Defesa do Consumidor, e da proteção ao meio 
ambiente, acionando o Ministério Público toda vez 
que tais princípios forem violados. 
 
9 - Pautar a liberdade pela justiça, cumprindo e 
fazendo cumprir os códigos civis coletivos e servindo 
de exemplo de conduta pacífica, cobrando a 
cooperação de todos. 
 
10 - Fiscalizar as execuções orçamentárias e combater 
a sonegação de impostos, através de uma reforma 
tributária que permita exigir sempre a nota fiscal de 
todos os produtos e serviços, pesquisando preços 
para não pagar mais caro, e fortalecendo as 
associações de contribuintes e de defesa de 
consumidores, bem como apoiando e participando de 
iniciativas que lutam pela transparência na elaboração 
e aplicação do orçamento público. 
 
 
Os 10 Compromissos do Cidadão Atuante 
 
1 - Não basta ao cidadão atuante se recusar a 
subornar um agente da lei. Tem de denunciar na 
corregedoria policial para que este mal não se 
prolifere. 
 
2 - Não basta exigir notas fiscais. Tem de colaborar 
com o combate a pirataria e ao contrabando 
denunciando lotes de mercadorias suspeitas à polícia 
federal. 
 
3 - Não basta não consumir drogas. Tem de denunciar 
os pontos e os agentes do tráfico que aliciam menores 
para o consumo. 
 
4 - Não basta não negociar ou fazer vista grossa a 
enriquecidos ilícitos e repentinos. Tem de denunciar 
aos órgãos de combate aos crimes financeiros do 
Ministério da Justiça. 
 
5 - Não basta não dar esmolas. Tem de controlar a 
boa aplicação dos orçamentos públicos da educação e 
da assistência social dos governos federal, estadual e 
municipal. 
 
6 - Não basta não jogar lixo nas ruas. Tem de 
constranger quem joga e propor a implantação de 
coletas seletivas e de reciclagem em seu condomínio. 
 
7 - Não basta se recusar a comprar ingressos de 
cambistas. Tem de denunciar a conivência de 
bilheteiros com cambistas para os administradores 
culturais. 
 
8 - Não basta conduzir seu veículo dentro das regras 
do trânsito. Tem de colaborar com os agentes de 
trânsito e constranger os que assim não o fazem. 
 
9 - Não basta não corromper fiscais. Tem de denunciar 
ao Ministério Público e à mídia que é a única maneira 
de se livre em definitivo da chantagem dos mesmos. 
 
10 – Não basta não votar e divulgar os nomes dos 
políticos que traíram a sua confiança, mas ajudar 
todos aqueles que foram enganados a exercer maior 
controle sobre os mandatos e o desempenho de todos 
os políticos. 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 6 – ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO: 
FUNDAMENTOS E OBJETIVOS 
 
Estado Democrático de Direito: noção e significado. 
 
Estado Democrático de Direito significa que 
nenhum indivíduo, presidente ou cidadão comum, 
está acima da lei. Os governos democráticos exercem 
a autoridade por meio da lei e estão eles próprios 
sujeitos aos constrangimentos impostos pela lei. 
 
As leis devem expressar a vontade do povo, 
não os caprichos de reis, ditadores, militares, líderes 
religiosos ou partidos políticos autonomeados. 
 
Os cidadãos nas democracias estão dispostos 
a obedecer às leis da sua sociedade, então, porque 
estas são as suas próprias regras e regulamentos. A 
justiça é mais bem alcançada quando as leis são 
criadas pelas próprias pessoas que devem obedecê-
las. 
 
No Estado Democrático de Direito, um 
sistema de tribunais fortes e independentes deve ter 
o poder e a autoridade, os recursos e o prestígio para 
responsabilizar membros do governo e altos 
funcionários perante as leis e os regulamentos da 
nação. 
 
Por esta razão, os juízes devem ter uma 
formação sólida, ser profissionais, independentes e 
imparciais. Para cumprirem o papel necessário no 
sistema legal e no político, os juízes devem estar 
empenhados nos princípios da democracia. 
 
As leis da democracia podem ter muitas 
origens: constituições escritas; estatutos e 
regulamentos; ensinamentos religiosos e étnicos e 
tradições e práticas culturais. Independentemente da 
origem, a lei deve preservar certas cláusulas para 
proteger os direitos e liberdades dos cidadãos: 
 
 No âmbito do requisito de proteção igual pela 
lei, a lei não pode ser aplicável unicamente a 
um indivíduo ou grupo. 
 
 
12 
 Os cidadãos devem estar protegidos da prisão 
arbitrária, da busca sem razão em suas casas 
ou da apreensão de seus bens pessoais. 
 Os cidadãos acusados de crime têm direito a 
um julgamento rápido e público, bem como à 
oportunidade de confrontar e questionar seus 
acusadores. Se forem condenados, não 
podem ser sujeitos a castigo cruel ou 
excepcional. 
 
 Os cidadãos não podem ser forçados a 
testemunhar contra si mesmos. Este princípio 
protege os cidadãos da coerção, do abuso ou 
da tortura e reduz enormemente a tentação 
da polícia de empregar tais medidas. 
 
FUNDAMENTOS E OBJETIVOS 
 
A Carta Magna da República Federativa do 
Brasil de 05/10/1988 é denominada Constituição 
“Cidadã”. Nela se afirma que o Brasil é um Estado 
democrático tendo, como regime de governo, o 
Presidencialismo. 
 
A intenção do legislador constituinte (mens 
legislatoris), ao cunhar a expressão "Estado 
Democrático de Direito", no primeiro artigo de nossa 
Carta política, foi evidenciar "que se pretende um país 
governado e administrado por poderes legitimados, 
submissos à lei e obedientes aos princípios 
democráticos fundamentais". Essa denominação do 
princípio da legalidade em sentido genérico e um dos 
objetivos fundamentais de nossa Constituição. 
 
Os Princípios do Estado Democrático de Direito 
brasileiro. 
 
Limitar-nos-emos a indicar esses princípios, 
sem entrar em pormenores. São os seguintes: 
 
a) princípio da constitucionalidade, que exprime, em 
primeiro lugar, que o Estado Democrático de Direito 
se funda na legitimidade de uma Constituição rígida, 
emanada da vontade popular, que, dotada de 
supremacia, vincule todos os poderes e os atos deles 
provenientes, com as garantias de atuação livre da 
jurisdição constitucional; 
b) princípio democrático que, nos termos da 
Constituição, há de constituir uma democracia 
representativa e participativa, pluralista, e que seja a 
garantia geral da vigência e eficácia dos direitos 
fundamentais (art.10); 
 
c) sistema de direitos fundamentais individuais, 
coletivos, sociais e culturais (Títs. II, VII e VIII); 
 
d) princípio da justiça social, referido no art.170, 
caput, no art. 193, como princípio da ordem 
econômica e da ordem social, como dissemos, a 
Constituição não prometeu a transição para o 
socialismo mediante a realização da democracia 
econômica, social e cultural e o aprofundamento da 
democracia participativa, como o faz a Constituição 
portuguesa, mas abre-se ela, também, para a 
realização da democracia social e cultural, embora 
não avance significativamente rumo à democracia 
econômica; 
 
e) princípio da igualdade (art. 50, caput, e inciso 1); 
 
f) princípio da divisão de poderes (art. 20) e da 
independência do juiz (art. 95); 
 
g) princípio da legalidade (art. 50, II); 
 
h) princípio da segurança jurídica (art. 50, XXXV a 
LXXII). 
 
Analisando os princípios, regras e valores ora 
destacados na Carta Constitucional brasileira de 
1988 temos queo poder está estruturado na 
independência e harmonia entre si, do Legislativo, do 
Executivo e do Judiciário. 
 
A separação dos poderes é uma garantia 
extraordinária que foi alçada à dimensão 
constitucional, fruto do desejo e intenção constituinte 
de estabelecer funções diferenciadas, conjugando 
princípios por vezes aparentemente contrapostos, 
com escopo de salvaguardar o exercício dos direitos 
individuais e coletivos. A separação dos poderes 
tornou-se um princípio essencial de legitimação do 
Estado brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 7 – OS DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS NA 
VIGENTE CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 
 
A primeira abordagem técnica, no direito 
brasileiro, a explorar a diferença entre direito e 
garantia foi realizada por Rui Barbosa. Para ele, os 
direitos seriam disposições declaratórias, e as 
garantias, disposições assecuratórias. Ou, em outras 
palavras: o direito é o que se protege o bem da vida 
guardado pela Constituição. A garantia é o mecanismo 
criado pela Constituição para defender o direito. 
 
Os direitos fundamentais classificam-se em: 
 
 Direitos de primeira geração: são os 
direitos civis e políticos, e 
compreendem as liberdades clássicas 
(liberdade, propriedade, vida, 
segurança). São direitos do indivíduo 
perante o Estado. 
 
 Direitos de segunda geração: são os 
direitos econômicos, sociais e 
culturais. São os que exigem uma 
prestação do Estado em relação ao 
indivíduo. 
 
 Direitos de terceira geração: são 
direitos coletivos, como ao meio 
ambiente, à qualidade de vida 
saudável, à paz, à autodeterminação 
dos povos e a defesa do consumidor, 
da infância e da juventude. 
 
14 
 
 
 Direitos de quarta geração: são os 
direitos que surgem e se consolidam 
ao final do milênio, como os direitos 
sociais das minorias e os relativos à 
informática, aos softwares, às 
biociências, à eutanásia, aos 
alimentos transgênicos, à sucessão de 
filhos gerados por inseminação 
artificial, à clonagem, dentre outros. 
 
Direitos Humanos na Constituição do Brasil - 1988 
 
Art. 5º (CF/88) - Todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
 
Comentário: 
A principal disposição do caput deste art. 5° é 
o Princípio da Igualdade Formal, ou Princípio da 
Isonomia, segundo o qual "todos são iguais perante a 
lei". Não significa ele que todas as pessoas terão 
tratamento absolutamente igual pelas leis brasileiras, 
mas que terão tratamento diferenciado na medida 
das suas diferenças, o que leva à conclusão, com Celso 
Bastos, de que o verdadeiro conteúdo do princípio é o 
direito da pessoa de não ser desigualada pela lei. 
 
 O que a Constituição exige é que as 
diferenciações impostas sejam justificáveis pelos 
objetivos que se pretende atingir pela lei. Assim, por 
exemplo. Diferençar homem e mulher num concurso 
público será, em geral, inconstitucional, a não ser que 
o cargo seja de atendente ou carcereira de uma 
penitenciária de mulheres, quando, então, a proibição 
de inscrição a indivíduos do sexo masculino se 
justifica. 
 
Processualmente, aplicar o princípio da 
igualdade significa que o juiz deverá dar tratamento 
idêntico às partes, ou seja, tratar igualmente os iguais 
e desigualmente os desiguais. 
 
 
 
Dos Direitos Sociais 
Art.6º São direitos sociais a educação, a saúde, o 
trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a 
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados, na forma desta Constituição. 
Art.7º São direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social: 
XXXIIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou 
insalubre aos menores de dezoito e de qualquer 
trabalho a menores de quatorze anos, salvo na 
condição de aprendiz; 
 
 
Da Família, da Criança, do Adolescente e do Idoso 
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado 
assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta 
prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à 
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência 
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de 
toda forma de negligência, discriminação, exploração, 
violência, crueldade e opressão. 
§ l.º O Estado promoverá programas de assistência 
integral à saúde da criança e do adolescente, admitida 
a participação de entidades não-governamentais e 
obedecendo aos seguintes preceitos: 
I - aplicação de percentual dos recursos públicos 
destinados à saúde na assistência materno-infantil; 
II - criação de programas de prevenção e atendimento 
especializado para os portadores de deficiência física, 
sensorial ou mental, bem como de integração social 
do adolescente portador de deficiência, mediante o 
treinamento para o trabalho e a convivência, e a 
facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, 
com a eliminação de preconceitos e obstáculos 
arquitetônicos. 
§ 2.º A lei disporá sobre normas de construção dos 
logradouros e dos edifícios de uso público e de 
fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de 
garantir acesso adequado às pessoas portadoras de 
deficiência. 
 
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§3.º O direito a proteção especial abrangerá os 
seguintes aspectos: 
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao 
trabalho, observado o disposto no art. 7.º9, XXXIII; 
II- garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; 
III- garantia de acesso do trabalhador adolescente à 
escola; 
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da 
atribuição de ato infracional, igualdade na relação 
processual e defesa técnica por profissional 
habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar 
especifica; 
V- obediência aos princípios de brevidade, 
excepcionalidade e respeito à condição peculiar de 
pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de 
qualquer medida privativa da liberdade; 
VI - estímulo do poder público, através de assistência 
jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da 
lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança 
ou adolescente órfão ou abandonado; 
VII - programas de prevenção e atendimento 
especializado à criança e ao adolescente dependente 
de entorpecentes e drogas afins. 
§ 4.º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a 
exploração sexual da criança e do adolescente. 
§ 5.º A adoção será assistida pelo poder público, na 
forma da lei, que estabelecerá casos e condições de 
sua efetivação por parte de estrangeiros. 
§ 6.º Os filhos, havidos ou não da relação do 
casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos 
e qualificações, proibidas quaisquer designações 
discriminatórias relativas à filiação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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