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Estudo de caso santander

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Fichamento Estudo de Caso
Rômulo Costa de Mesquita 
Trabalho apresentado a disciplina “Analise de investimentos em ações e fundos” como forma de obtenção à nota.
Tutor: James Dantas de Souza
NITERÓI
2018
ESTUDO DE CASO: SANTANDER CONSUMER FINANCE
REFERÊNCIA
TRUMBULL, G; CORSI, E; BARRON, A. Santader Consumer Finance. Havard Business School, 712-P04, 2010.
O estudo de caso proposto tem como objetivo descrever a empresa Santander Consumer Finance (SCF), também sua história e participação no mercado. A primeira abordagem do estudo relata a nomeação de Magda Salarich Fernándes de Valderrama como CEO da SCF, e sua missão na empresa, sendo esta planejar o caminho que a empresa iria seguir nos dez anos seguintes. Várias questões envolviam este planejamento, como por exemplo: Que funções deveriam ser delegadas? Como manter a alta lucratividade da empresa? A SFC deveria investir em novos mercados? entre muitas outras.
	O grupo Santander foi fundado em 1857, um novo banco na cidade de Cantábria, norte da Espanha. Ao longo dos anos a empresa foi aumentando seus negócios na Espanha, com aquisições e parcerias com bancos locais, e em seguida expandiu-se para mercados externos, como: América Latina, Europa e Estados Unidos. Em 2007 a empresa era considerada um dos maiores bancos do mundo em termos de capitalização de mercado e lucro líquido.
A SFC trabalhava com financiamento ao consumidor para todos os tipos de compras de consumo, com exceção de hipoteca para compra de imóveis. Na década de 1980 o crédito ao consumidor cresceu rapidamente devido alguns fatores, como as inovações de avaliação de risco, processamento de dados e financiamento; e o crescimento do consumo de bens duráveis.
Os empréstimos ao consumidor variavam em cada país devido características institucionais de mercado de crédito e comportamento regional das pessoas. Nos EUA o mercado de crédito ao consumidor era muito maior, as pessoas consumiam mais. Já na Europa o consumo era menor, mas o risco de inadimplência era mais baixo.
A Comissão europeia, em 1987, introduziu a primeira diretiva de crédito ao consumidor da União Europeia (UE), com o objetivo de estabelecer padrões básicos para procedimentos e relatórios. Em 2008 criou uma nova diretiva cobrindo todos os tipos de empréstimos ao consumidor, permitindo comparação entre empréstimos, informações sobre taxas e prestações mensais antes de assinar contrato e o direito de se retirar de qualquer contrato de crédito nos primeiros 14 dias.
Essa diretiva gerou reações negativas. A BEUC, uma organização de consumo, lamentou o fato da diretiva não tratar sobre endividamento do consumidor. A Eurofinas alegou que a nova diretiva era uma oportunidade de integração perdida, devido à grande carga tributária sem melhorar a escolha do consumidor. A SCF esperava mais pela integração dos mercados de crédito na Europa.
A SFC tinha como atividade principal o empréstimo para compra de veículos. Os empréstimos eram fornecidos para clientes de revendedores, para revendedores financiarem seus estoques, varejistas, ao financiar créditos ao seu cliente. A empresa também fornecia serviços como: seguro de proteção ao pagamento, cartões de crédito e débito, cartões de crédito de marca compartilhada, atendimento bancário online, entre outros serviços. A forma que a SFC abordava seus clientes era de maneira indireta e direta. A abordagem indireta se dava pelo financiamento de produtos através de revendedores, por exemplo: Mercado, concessionária de veículos. A abordagem direta da empresa se dava após os clientes dos Pontos de vendas (PDV) adquirirem seu financiamento. A SFC mandava cartas e e-mail oferecendo serviços relacionados a sua compra e perfil, como também produtos da empresa.
A estrutura da empresa era descentralizada, pois o objetivo da empresa era estar próximo aos seus clientes e formular o marketing e preço de acordo com a localidade, também incluía as questões jurídicas que eram diferentes em cada localidade. Mas algumas questões da empresa eram centralizadas, por exemplo: gestão de risco, controle de custos, plataforma de TI, monitoramento da satisfação do cliente e financiamento. 
A SFC tinha uma ampla cobertura geográfica, isso permitia distribuir bem o risco. A abordagem da empresa era cobrir os países em termos de PIB e população. Cada país tinha uma cultura diferente em relação a consumo, limitações e política. Com isso a SFC mudava seu modelo de negócio de acordo com a região, a fim de atender melhor seus clientes.
O financiamento ao consumidor vivia momentos de altos e baixos, e no período atual da empresa estava tendo problemas de liquidez no mundo todo, vendas de automóveis em quedas. A empresa estava passando uma pressão sobre suas margens. Salarich estava com grandes questões e analisava cuidadosamente como enfrentar esses assuntos.

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