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004 Plano de Aula 04 Economia Politica

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Plano	de	Aula:	Aula	04	-	Estruturas	de	Mercado	e	os	aspectos
jurídicos
ECONOMIA	POLÍTICA	-	CCJ0252
Título
Aula	04	-	Estruturas	de	Mercado	e	os	aspectos	jurídicos
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
4
Tema
Estruturas	de	Mercado	e	os	aspectos	jurídicos	
Objetivos
Conhecer	as	estruturas	de	mercado.
Compreender	os	preceitos	constitucionais	sobre	a	concorrência.
Analisar	a	Lei	Antitruste	brasileira	e	sua	relação	com	as	estruturas	de
mercado.
Estrutura	do	Conteúdo
ESTRUTURAS	DE	MERCADO	E	OS	ASPECTOS	JURÍDICOS
Conceituação	de	Estruturas	de	Mercado
Estruturas	de	Mercado
Abuso	do	Poder	Econômico
Preceito	constitucional	sobre	a	concorrência
Lei	Antitruste	Brasileira	e	a	Estrutura	de	Mercado
Sistema	Brasileiro	de	Defesa	da	Concorrência	-	SBDC
Abaixo,	apresentamos	de	forma	resumida	os	aspectos	a	serem	abordados
pelos	professores	sobre	o	conteúdo	da	aula.	As	questões	aqui	colocadas
deverão	ser	contextualizadas	procurando	associar	aos	fatos	recentes.
Conceituação	de	Estruturas	de	Mercado
As	estruturas	de	mercado	se	dividem	inicialmente	entre	o	"mercado	de	bens	e
serviços"	e	o	"mercado	de	fatores	de	produção".	Pode-se	representar	a
economia	através	de	um	fluxo	circular	em	que	os	seus	diferentes	componentes
se	complementam,	interagindo	como	fornecedores	e	consumidores	uns	dos
outros	dependendo	do	mercado	em	que	se	encontrem.	Famílias	e	empresas,
portanto,	podem	ser	demanda	ou	oferta	dependendo	da	posição	em	que	se
encontrem	no	mercado.	Assim,	as	empresas	no	"mercado	de	bens	e	serviços"
são	os	ofertantes	e	os	membros	das	famílias	são	seus	demandantes,	de	forma
oposta	no	"mercado	de	fatores	de	produção"	os	membros	da	família	são	os
ofertantes	e	as	firmas/empresas	são	seus	demandantes.
Desta	forma,	pode-se	entender	o	mercado	como	um	conjunto	de	relações	que
são	travadas	pelos	agentes	econômicos	(demanda	e	oferta)	em	torno	de	um
dado	produto,	ou	conjunto	de	produtos,	em	certo	período	de	tempo.	Sua
estrutura	irá,	portanto,	depender	da	forma	como	os	agentes	econômicos
estão	organizados.	Sendo	uma	"estrutura	de	mercado"	dada	pela	forma	como
fornecedores	e	consumidores	estão	organizados	no	mercado	para	realizar	as
suas	transação	de	venda	e	compra.	Assim,	ao	analisar	o	mercado	pelo	lado	de
como	os	fornecedores	(oferta)	estão	organizados	frente	aos	consumidores
(demanda),	tem-se	as	estruturas	do	mercado	de	bens	e	serviços,	mas	se	esta
análise	privilegiar	a	forma	como	os	consumidores	estão	organizados	frente	os
fornecedores,	tem-se	as	estruturas	do	mercado	de	fatores	de	produção.
Os	mercados	produtores	estão	estruturados	de	modo	diferenciado,	podendo
ser	classificado	dos	seguintes	modos:	concorrência	perfeita,	monopólio	e
oligopólio.	
Estruturas	de	Mercado
a)	Concorrência	Perfeita
A	Concorrência	Perfeita,	ou	competição	pura,	é	a	estrutura	adequada,	visando
o	funcionamento	ideal	da	economia,	servindo	como	parâmetro	em	face	das
outras	estruturas	de	mercado,	daí,	ter	que	ser	preenchido	os	seguintes
requisitos:
A	existência	de	um	número	muito	grande	de	empresas	produtoras	e	de
compradores	no	mercado,	onde	nenhum	destes	possui	condições	suficientes
de	influenciar	o	mercado;
-	Os	bens,	serviços	ou	produtos	são	padronizados,	não	diferenciados
(homogêneos);
-	As	empresas	não	têm	nenhum	tipo	de	influência	em	relação	aos	preços	dos
produtos,	informações	privilegiadas,	na	realidade,	este	mercado	é
transparente;
-	Não	existem	impedimentos,	acordos,	restrições,	barreiras	à	entrada	ou	saída
de	outras	empresas	no	mercado	(mobilidade);
A	Constituição	Federal	de	1988,	incorpora	a	livre	iniciativa	no	Título	VII	-	Da
Ordem	Econômica	e	Financeira	-	em	seu	artigo	170,	inciso	IV,	a	saber:
Artigo	170	-	"A	ordem	econômica	fundada	na	valorização	do	trabalho	humano	e
na	livre	iniciativa,	tem	por	fim	assegurar	a	todos	existência	digna,	conforme	os
ditames	da	justiça	social,	observados	os	seguintes	princípios:	[...]	IV-livre
concorrência;"
b)	Monopólio		
O	monopólio	é	a	falta,	a	ausência	de	concorrência,	é	uma	figura	que	se	situa
em	sentido	oposto	ao	da	livre	concorrência	ora	preceituada	pela	Constituição
Federal	em	seu	artigo	170,	inciso	IV,	pois	tem	o	poder	de	influenciar	o
mercado,	significando	a	existência	de	um	único	fornecedor,	podendo	neste
caso,	impor	o	preço	que	mais	lhe	provier	para	suas	mercadorias	e	ficando,
assim,	sujeitado	ao	nível	de	vendas	dele	decorrente.	Daí,	o	monopólio	é	o
modo	mais	nítido	de	poder	de	mercado.	Tem	como	características	básicas:
-	Existência	de	única	empresa	produtora	no	mercado,	não	existindo
concorrência	na	oferta,	ou	seja,	um	único	vendedor;	ou	um	vendedor	que
controla	toda	oferta	do	mercado;
-	Controle	sobre	a	matéria-prima,	produto	ou	serviço;
-	Barreiras	ao	registro	de	novas	patentes,	afastando	assim	qualquer
concorrente;
-	Não	há	produtos	similares,	que	podem	ser	substitutos;
-	Situação	privilegiada	na	quantidade	produzida	e	no	preço,	maximizando	assim
o	lucro.	O	monopolista	está	só	e	decorrente	deste	estar	só,	é	que	tem
liderança	para	escolher	o	preço	de	suas	vendas;
É	importante	ressaltar	que	o	governo	em	determinados	casos,	tem	papéis
distintos	quanto	a	esta	estrutura	de	mercado	monopolista.	Em	primeiro	lugar
de	combate,	para	evitar	o	abuso	do	poder	econômico,	e	em	segundo	lugar	é
quando	o	próprio	governo	garante,	tornando-o	inteiramente	apropriados,	a
exemplo	dos	monopólios	do	governo	no	controle	de	determinados	setores
estratégicos,	criando	assim,	monopólios	legais,	garantindo	o	direito	de
propriedade,	direitos	autorais,	patentes,	como	no	Correios,	dentre	outros
monopólios	legais.	Concluindo,	todo	monopolista	não	se	preocupa	com
concorrentes,	pois	não	o	tem.
Quanto	ao	Monopólio	Natural,	é	uma	situação	em	que	temos	bens	exclusivos	e
com	quase	nenhuma	rivalidade.	Este	tipo	de	mercado,	em	sua	maioria,	é
regulamentado	pelo	governo,	sendo	longo	o	prazo	de	retorno.	Pode-se	citar	o
gás	natural,	distribuição	de	energia	elétrica,	como	exemplos.
c)	Oligopólio
O	oligopólio	é	uma	situação	de	concentração	de	mercado,	ou	seja,	é	um	tipo
de	mercado	dominado	por	um	reduzido	número	de	grandes	empresas,	com
alto	grau	de	concentração	local,	e	estas	empresas,	influencia	no	preço	de
mercado	de	maneira	ostensiva,	o	que	leva	as	outras	firmas	a	reagirem	em	face
ao	abuso	do	poder	econômico.
As	empresas	oligopolistas,	que	não	são	em	grandes	quantidades,	promovem	o
domínio	de	determinada	oferta	de	produtos	e/ou	serviços,	que	podem	ser
homogêneos	ou	diferenciados,	formando	barreiras	à	entrada	de	potenciais
concorrentes,	efetuando	gastos	de	grande	monta	em	tecnologia	de	ponta,
produção	em	larga	escala,	marketing,	dentre	outros,	ou	se	associando	aos
grandes	grupos	econômicos,	inviabilizando	a	entrada	de	novas	empresas	no
mercado.	Pode-se	dar	como	exemplo	as	empresas	do	ramo	de	laboratórios
farmacêuticos,	aço,	alumínio,	cimento,	aviação,	bancos,	comunicação.	Sendo
assim,	pode-se	afirmar	que	a	receita	operacional	destes	oligopólios	tem
significativa	influência	no	Produto	Interno	Bruto	-	PIB	dos	países.
Os	oligopólios	podem	ainda	se	apresentar	de	forma	diferenciada	(Oligopólio
Diferenciado),	quando	os	produtos	destas	empresas	apresentam	diferentes
níveis	de	diferenciação	(características	particulares	de	cada	produto)	e	se
estabelece	um	nível	de	concorrência	maior	entre	os	participantes	do	mercado,
ou	concentrada	(Oligopólio	Concentrado),	quando	o	produto	das	empresas
participantes	é	tão	idêntico	(homogêneo)	que	estas	passam	a	só	ter	a	escala
de	produção	como	forma	de	competição	pelo	mercado,	fazendo	com	que
apenas	empresas	de	porte	e	com	alto	nível	de	concentração	do	mercado,
possam	existir.	Muitas	vezes	o	grau	de	concentração	é	tão	alto	nestes
mercados	que	apenas	duas	empresas	atuam,	transformando	sua	estrutura
num	"Duopólio",	caso	extremo	do	oligopólio	onde	há	apenas	duas	grandes
empresas	controlando	a	oferta	do	mercado.
No	que	se	refere	ao	oligopólio	conivente,	constituem	num	grupo	de	empresasque	de	modo	tácito	colocam	o	mesmo	preço	nos	seus	produtos	e/ou	serviços,
porém	com	uma	empresa	liderando	a	fixação	destes	preços.
Cabe	ressaltar	algumas	formas	de	organização	empresarial	presentes	no
oligopólio:	Cartéis,	trustes	e	holding.
CARTEL:
No	cartel	as	empresas	são	legitimamente	independentes	e,	de	modo	geral,
têm	atuação	no	mesmo	ramo,	acordando	entre	si	e,	promovendo	a	dominação
de	mercado	de	modo	geral,	através	da	combinação	de	preços,	seja	no	ramo
de	produtos	ou	de	serviços.	Sendo	assim,	pode-se	identificar	a	caracterização
de	prática	abusiva,	com	vistas	ao	domínio	de	mercado,	aumentado
expressivamente	seus	lucros,	contrariando,	deste	modo,	a	livre	concorrência
ora	preceituada	na	Constituição	Federal	brasileira	em	seu	artigo	170,	inciso	IV.
TRUSTE:
Truste	é	uma	estrutura	empresarial	em	que	empresas,	em	geral,	do	mesmo
ramo	ou	setor,	e	que	detêm	grande	parte	do	seu	mercado,	organizam-se	numa
nova	empresa	para	em	conjunto	dominarem	este	mercado,	fornecendo	um
produto	em	comum	e,	com	isso,	eliminarem	a	concorrência	e	fixarem	um	preço
único	de	acordo	com	seus	interesses.	Esta	é	uma	associação	que	pode	se	dar
pela	fusão	ou	combinação	formal	de	empresas	já	existentes	no	mercado.	Caso
esta	associação	se	dê	por	uma	combinação	formal	e	não	por	uma	fusão,	as
empresas	envolvidas	podem	manter	suas	estruturas	administrativas	e
produtivas	separadas	com	intuito	de	retornarem	as	suas	condições	anteriores
caso	os	resultados	obtidos	não	sejam	os	esperados.
HOLDING	OU	SOCIEDADE	GESTORA	DE	PARTICIPAÇÕES	SOCIAIS:
O	holding	é	uma	situação	em	que	é	criada	uma	empresa	para	que	esta	venha
a		administrar	um	conglomerado	empresarial.	Assim,	pode-se	vislumbrar	uma
poderosa	estratégia	de	gestão,	com	o	objetivo	de	promover	o	domínio	de
determinada	oferta	de	qualquer	tipo	de	produtos	e/ou	serviços,	visando
engrandecer	seus	lucros.
Para	melhor	entendimento,	pode-se	tratar	o	holding	como	sendo	na	realidade,
uma	sociedade	empresarial	juridicamente	independente,	porém	seu	objetivo
maior	será	a	de	participação	no	capital	de	outras	sociedades	empresariais.
Como	exemplo,	o	verificado	no	setor	bancário,	no	de	seguros,	dentre	outros,
pelo	fato	de	virem	a	concentrar	o	controle	de	suas	diversas	empresas.	Essa
forma	de	administração	é	muito	praticada	pelas	grandes	corporações	nesta
era	de	globalização.
Concluindo	este	assunto,	as	fusões	promovem	em	sua	maioria	e	cada	vez	mais
frequente,	a	instalação	de	grandes	conglomerados	empresariais,	pois	detêm
significativos	recursos	financeiros,	favorecendo,	deste	modo,	o	uso	de
tecnologia	de	última	geração,	trabalhando	em	economia	de	escala,	diminuindo
de	modo	predatório	em	sua	maioria,	a	concorrência,	especialmente	nos	países
em	desenvolvimento.
	Abuso	do	Poder	Econômico
O	abuso	do	poder	econômico	é	uma	prática	abusiva,	porém	de	difícil
identificação,	pois	não	se	trata	de	uma	empresa	acompanhar	o	preço	da
outra,	praticando	o	uso	de	preços	similares,	como	acontece	na	indústria
automobilística,	pois	isto	é	competitividade	e	não	conluio.	Sendo	assim,	cada
vez	fica	mais	difícil	sua	caracterização.
O	artigo	173,	parágrafo	4°	da	Constituição	Federal	reprime	o	abuso	do	poder
econômico	para	que	não	haja	a	dominação	dos	mercados,	combatendo	a
eliminação	da	concorrência	como	também	o	aumento	arbitrário	dos	lucros.	Tal
preceito	constitucional	foi	complementado	pela	lei	antitruste,	Lei	n°	8884	de
11	de	junho	de	1994,	quase	integralmente	revogada	pela	Lei	no.	12.529	de	30
de	novembro	de	2011,	coibindo	assim	os	atos	de	concentração,	as	infrações	à
ordem	econômica,	reprimindo	o	abuso	do	poder	econômico.		
Preceito	constitucional	sobre	a	concorrência
A	Carta	Magna	de	1988	enfatiza	o	livre	mercado	através	de	seus	princípios
gerais,	voltado	para	políticas	públicas	direcionadas	ao	bem	estar	social.
Enfatizando	a	importância	de	erradicar	as	desigualdades	sociais	como	também
regionais,	está	voltada	para	o	desenvolvimento	econômico,	através	de	ações
do	Estado	na	economia,	conforme	o	artigo	170	e	incisos:
Artigo	170	-	"A	ordem	econômica,	fundada	na	valorização	do	trabalho	humano
e	na	livre	iniciativa;	tem	por	fim	assegurar	a	todos	a	existência	digna,	conforme
os	ditames	da	justiça	social,	observados	os	seguintes	princípios:
I	-	soberania	nacional;
II	-	propriedade	privada;
III	-	função	social	da	propriedade;
IV	-	livre	concorrência;
V	-	defesa	do	consumidor;
VI	-	defesa	do	meio	ambiente,	inclusive	mediante	tratamento	diferenciado
conforme	o	impacto	ambiental	dos	produtos	e	serviços	e	de	seus	processos	de
elaboração	e	prestação;
VII	-	redução	das	desigualdades	regionais	e	sociais;
VIII	-	busca	do	pleno	emprego;
IX	-	tratamento	favorecido	para	as	empresas	de	pequeno	porte	constituídas
sob	as	leis	brasileiras	e	que	tenham	sua	sede	e	administração	no	país.
Parágrafo	Único:	É	assegurado	a	todos	o	livre	exercício	de	qualquer	atividade
econômica,	independentemente	de	autorização	de	órgãos	públicos,	salvo	nos
casos	previstos	em	lei."
O	caput	do	artigo	170	trata	inicialmente	da	valorização	do	trabalho	humano,	é
objeto	de	luta	durante	vários	séculos,	onde	de	um	lado	está	o	fator	trabalho	e
do	outro	o	fator	capital,	luta	de	todas	as	nações	por	uma	harmonia,	um
equilíbrio.	Na	realidade,	o	que	se	objetiva	é	a	criação	de	empregos	com
condições	dignas	para	o	trabalho	vir	a	ser	realizado	e	remunerado	de	modo
justo.
Já	a	livre	iniciativa,	está	vinculada	ao	princípio	da	liberdade,	ao	liberalismo
clássico,	fundamentando	a	ordem	econômica	e	financeira.	Na	livre	escolha
tem-se	a	liberdade	tanto	para	produzir	os	bens	quanto	para	consumi-los,
porém	nos	limites	estabelecidos	pela	Constituição	Federal.
	A	justiça	social	está	tratada	no	artigo	3°	da	Constituição	federal,	onde	toda
sociedade	deve	ser	livre,	justa	e	solidária,	com	redução	das	desigualdades
tanto	sociais	quanto	regionais.
Quanto	aos	princípios	gerais	deflagrados	nos	incisos,	é	focalizada	a	soberania
nacional,	presente	no	inciso	I,	do	artigo	170	como	também	no	inciso	I	do	artigo
1°	também	da	Carta	Maior.
A	propriedade	privada,	no	inciso	II,	do	artigo	170	da	CF,	lastreia-se	na
liberdade,	consubstanciada	pelo	artigo	5°,	caput,	da	Carta	Maior,	dos	direitos
individuais,	visando	à	proteção	da	propriedade	privada,	dos	meios	de
produção,	característica	principal	do	sistema	capitalista	de	livre	concorrência.
O	direito	a	propriedade	privada	individual	é	um	pressuposto	da	liberdade	de
iniciativa.	A	função	social	da	propriedade	permite	particularmente	a
implantação	de	uma	política	agrícola	mais	ajustada	e	evita	à	concentração	da
produção	nas	mãos	de	alguns	poucos.
A	função	social	da	propriedade,	inciso	III,	do	artigo	170	da	CF,	primeiramente	é
tratada	no	artigo	5°,	inciso	XXII	e	XXIII,	da	Carta	magna	onde	é	garantido	o
direito	de	propriedade.	Ela	abrange	tanto	a	propriedade	urbana	quanto	da
rural.	O	artigo	182	da	Constituição	Federal	trata	da	política	de	desenvolvimento
urbano,	bem	como	o	artigo	185	em	seu	parágrafo	único,	cuida	da	propriedade
produtiva	rural.	Já	o	artigo	186,	trata	dos	requisitos	para	que	estas	funções
sejam	atendidas.	Como	pode	vislumbrar,	é	um	conjunto	de	regras	contratuais
necessárias	que	formam	um	conjunto	para	o	desenvolvimento	do	livre
mercado.	
A	livre	concorrência	está	contida	no	inciso	IV	do	artigo	170	da	CF,	e	a	livre
iniciativa	está	fundamentada	no	artigo	1°,	inciso	IV	da	CF,	ambos	os	princípios
se	complementam	na	ordem	econômica.
Já	a	defesa	do	consumidor,	contida	no	inciso	V	do	artigo	170	da	CF,	tem
legislação	própria,	sendo	o	Código	de	Defesa	do	Consumidor,	Lei	n°	8078	de
11/9/1990.	Nesta	legislação,	existe	a	preocupação	de	proteger	a	parte	mais
fraca	desta	relação	que	é	o	consumidor.	A	base	está	fundamentada	no	artigo
5°,	inciso	XXXII,	da	Constituição	Federal,	onde	prevê	que	"o	estado	promoverá,
na	forma	da	lei,	a	defesa	do	consumidor".
O	princípio	da	defesa	do	consumidor	que	consta	da	ordem	econômica	e
financeira	mostra	uma	tendência	do	direitomoderno	de	proteger	o
consumidor,	o	elo	talvez	mais	importante	da	economia	de	mercado.	A
Organização	das	Nações	Unidas	através	da	Resolução	no.	39/248	de
09/04/1985	definiu	as	condições	básicas	a	serem	adotadas	pelos	governos	na
elaboração	e	o	fortalecimento	da	legislação	e	as	políticas	de	proteção	ao
consumidor.
O	artigo	4°	do	Código	de	Defesa	do	Consumidor	passa	a	dar	corpo	ao	princípio
da	defesa	do	consumidor	previsto	na	Constituição	Federal,	e	estabelece	os
parâmetros	da	Política	Nacional	de	Relações	de	Consumo,	que	veio	a	nortear	o
processo	de	intervenção	do	Estado	no	mercado	de	consumo.
A	defesa	do	meio	ambiente,	preceituada	no	inciso	VI	do	artigo	170	da	CF,	tem
por	fim	assegurar	que	o	meio	ambiente	seja	sustentável,	visando	à	aplicação
da	Constituição	Federal	em	seu	artigo	225	como	também	da	Lei	n°	6.938,	de
31/08/1981,	que	trata	da	Política	Nacional	do	Meio	Ambiente,	quanto	das
normas	internacionais	como	a	Agenda	21	(Rio-92).
Para	que	haja	a	redução	das	desigualdades	regionais	e	sociais,	ora	tratada	no
inciso	VII	do	artigo	170	da	CF,	considera-se	a	educação	como	elemento
principal	através	do	qual	se	coloca	no	combate	à	pobreza,	através	da
qualificação	da	mão-de-obra	diminuindo,	assim,	a	quantidade	dos	que	ficam
marginalizados.	Em	função	disso,	para	cessar	as	desigualdades	ora
mencionadas,	objetivam-se	fortalecer	empreendimentos	em	regiões	menos
privilegiadas	como	também	seu	mercado	consumidor.	Importante	ressaltar
através	do	preceito	constitucional	mencionado	no	artigo	173,	definindo	o
papel	do	Estado	na	ordem	econômica,	à	preocupação	em	impedir	tanto	a
formação	de	trustes	e	cartéis	dentre	outras	ora	definidas	na	lei	n°	12.529	de
30	de	novembro	de	2011.	Passa,	assim,	o	Estado	conforme	previsto	no	artigo
174	da	Carta	Maior	a	desempenhar	o	papel	de	Agente	Normativo	e	Regulador.
Quanto	à	busca	do	pleno	emprego,	no	inciso	VIII	do	artigo	170	da	CF,	é	uma
situação	alcançada	por	uma	economia	equilibrada	de	forma	a	atender	aos
anseios	da	população	por	um	trabalho	justo	e	digno.
O	tratamento	favorecido	para	empresas	de	pequeno	porte	é	objeto	do
derradeiro	inciso	IX	do	artigo	170	da	CF,	como	também	está	previsto	no	artigo
179	da	Carta	Magna	e	no	artigo	970	do	Código	Civil.,	conforme	transcritos
abaixo:
A	Constituição	Federal	do	Brasil,	artigo	179	estabelece	que	?A	União,	os
Estados,	o	Distrito	Federal	e	os	Municípios	dispensarão	às	microempresas	e	às
empresas	de	pequeno	porte,	assim	definidas	em	lei,	tratamento	jurídico
diferenciado,	visando	a	incentivá-las	pela	simplificação	de	suas	obrigações
administrativas,	tributárias,	previdenciárias	e	creditícias,	ou	pela	eliminação
destas	por	meio	de	lei.?
O	Código	Civil,	artigo	970	define	que	"A	lei	assegurará	tratamento	favorecido,
diferenciado	e	simplificado	ao	empresário	rural	e	ao	pequeno	empresário,
quanto	à	inscrição	e	aos	efeitos	daí	decorrentes".
O	Estatuto	da	Microempresa	-	ME	e	da	Empresa	de	Pequeno	Porte	-	EPP,	Lei	n°
9841/1999,	deu	tratamento	jurídico	diferenciado	a	este	tipo	de	empresa,
consubstanciado	no	preceito	constitucional	dos	artigos	170	e	179	da	Carta
Maior.
O	tratamento	favorecido	para	as	empresas	brasileiras	de	capital	de	pequeno
porte,	previsto	na	Constituição	Federal	do	Brasil	de	1988,	fortalece	a
concorrência.	Ao	eliminar	entraves	burocráticos	e	reduzir	encargos	sociais	e
tributos	das	pequenas	empresas,	o	legislador	permite	que	pequenos
empreendimentos	tenham	condições	de	sobreviver	e	mesmo	de	prosperar	em
um	ambiente	extremamente	competitivo.			
	O	parágrafo	único	do	artigo	170	da	CF	prevê	o	livre	exercício	de	qualquer
atividade	econômica,	desde	que	ela	seja	lícita	e	observada	às	formalidades
legais	como	o	registro	de	seus	atos	de	constituição,	dentre	outros.
Lei	Antitruste	Brasileira	e	a	Estrutura	de	Mercado
A	Lei	Antitruste	Brasileira,	Lei	no.	12.529	de	30/11/2011,	tem	o	intuito	de
restaurar	o	processo	de	concorrência	no	mercado	e	reprimir	os	abusos
praticados	no	mercado	de	consumo.
Art.	1°		Esta	Lei	estrutura	o	Sistema	Brasileiro	de	Defesa	da	Concorrência	-
SBDC	e	dispõe	sobre	a	prevenção	e	a	repressão	às	infrações	contra	a	ordem
econômica,	orientada	pelos	ditames	constitucionais	de	liberdade	de	iniciativa,
livre	concorrência,	função	social	da	propriedade,	defesa	dos	consumidores	e
repressão	ao	abuso	do	poder	econômico.		[...]
Art.	4°		O	Cade	é	entidade	judicante	com	jurisdição	em	todo	o	território
nacional,	que	se	constitui	em	autarquia	federal,	vinculada	ao	Ministério	da
Justiça,	com	sede	e	foro	no	Distrito	Federal,	e	competências	previstas	nesta
Lei.	
Art.	36.		Constituem	infração	da	ordem	econômica,	independentemente	de
culpa,	os	atos	sob	qualquer	forma	manifestados,	que	tenham	por	objeto	ou
possam	produzir	os	seguintes	efeitos,	ainda	que	não	sejam	alcançados:	
I	-	limitar,	falsear	ou	de	qualquer	forma	prejudicar	a	livre	concorrência	ou	a	livre
iniciativa;	
II	-	dominar	mercado	relevante	de	bens	ou	serviços;	
III	-	aumentar	arbitrariamente	os	lucros;	e	
IV	-	exercer	de	forma	abusiva	posição	dominante.	[...]
§	3°		As	seguintes	condutas,	além	de	outras,	na	medida	em	que	configurem
hipótese	prevista	no	caput	deste	artigo	e	seus	incisos,	caracterizam	infração
da	ordem	econômica:	
I	-	acordar,	combinar,	manipular	ou	ajustar	com	concorrente,	sob	qualquer
forma:	
a)	os	preços	de	bens	ou	serviços	ofertados	individualmente;	
b)	a	produção	ou	a	comercialização	de	uma	quantidade	restrita	ou	limitada	de
bens	ou	a	prestação	de	um	número,	volume	ou	frequência	restrita	ou	limitada
de	serviços;	
c)	a	divisão	de	partes	ou	segmentos	de	um	mercado	atual	ou	potencial	de
bens	ou	serviços,	mediante,	dentre	outros,	a	distribuição	de	clientes,
fornecedores,	regiões	ou	períodos;	
d)	preços,	condições,	vantagens	ou	abstenção	em	licitação	pública;	
II	-	promover,	obter	ou	influenciar	a	adoção	de	conduta	comercial	uniforme	ou
concertada	entre	concorrentes;	
III	-	limitar	ou	impedir	o	acesso	de	novas	empresas	ao	mercado;	
IV	-	criar	dificuldades	à	constituição,	ao	funcionamento	ou	ao	desenvolvimento
de	empresa	concorrente	ou	de	fornecedor,	adquirente	ou	financiador	de	bens
ou	serviços;	[...]
XV	-	vender	mercadoria	ou	prestar	serviços	injustificadamente	abaixo	do	preço
de	custo;	[...]
XVIII	-	subordinar	a	venda	de	um	bem	à	aquisição	de	outro	ou	à	utilização	de
um	serviço,	ou	subordinar	a	prestação	de	um	serviço	à	utilização	de	outro	ou	à
aquisição	de	um	bem;	e	
XIX	-	exercer	ou	explorar	abusivamente	direitos	de	propriedade	industrial,
intelectual,	tecnologia	ou	marca.	
Sistema	Brasileiro	de	Defesa	da	Concorrência	-	SBDC
O	governo	brasileiro	vem	atuando	nos	últimos	anos	no	sentido	de	combater	os
abusos	no	mercado	de	consumo	e	a	concentração	excessiva	no	processo
produtivo.	Anos	atrás,	ocorreram	discussões	no	âmbito	do	CADE	sobre	a	fusão
da	Brahma	e	da	Antártica,	dando	origem	a	criação	da	AMBEV.	Posteriormente,
foi	submetida	ao	CADE	o	processo	de	aquisição	da	Garoto	pela	Nestlé,	o	que
poderia	ocasionar	uma	concentração	excessiva	no	processo	de	fabricação	de
chocolates.	
O	Sistema	Brasileiro	de	Defesa	da	Concorrência	(SBDC)	é	formado	pelo
Conselho	Administrativo	de	Defesa	Econômica	?	CADE,	pela	Secretaria	de
Acompanhamento	Econômico	do	Ministério	da	Fazenda	?SEAE	e	pela	Secretaria
de	Direito	Econômico	-	SDE.	O	SEAE	e	a	SDE	têm	função	analítica	e
investigativa,	atuando	na	instrução	dos	processos,	enquanto	que	o	CADE	atua
como	um	tribunal	administrativo.	As	decisões	do	CADE	não	cabem	recursos	na
esfera	do	Poder	Executivo,	podendo	apenas	sofrer	revisão	no	Poder	Judiciário.
Destaca-se	o	papel	preventivo	do	CADE,	pois	na	realidade	o	que	é	feito	é	a
análise	dos	atos	de	concentração,	tais	como	nas	fusões,	nas	incorporações	e
nas	associações	empresariais.
Por	fim,	o	SEAE	é	um	órgão	consultivo,	de	assessoramento	técnico	ao	CADE,
vinculado	ao	Ministério	da	Fazenda,	que	atua	na	emissão	de	pareceres
técnicos	para	subsidiar	as	decisões	do	CADE.	É	um	órgão	do	PoderExecutivo,
que	acompanha	a	formação	de	preços	da	economia,	reajustes	de	tarifas
públicas	e	analisa	atos	de	concentração	excessiva	em	determinado	segmento
da	economia.	Atua	em	sintonia	com	as	Agências	Reguladoras	Federais	no
sentido	de	combater	regulamentações	impróprias,	estimulando	a	concorrência
nos	mercados.
Aplicação	Prática	Teórica
Estudo	de	Caso:
Empresas	brasileiras	adotam	nova	estrutura	corporativa	(O	Globo	On-Line,
26/01/2016)
Boas	práticas	de	governança	andam	de	mãos	dadas	com	reputação,
transparência	e	credibilidade	das	empresas.	Elas	não	apenas	ajudam	a
solidificar	a	imagem	de	uma	corporação	como	pavimentam	o	caminho	do
crescimento	estruturado,	que	tem	a	eficiência	como	meta	principal.	Em	uma
economia	globalizada,	com	fluxo	constante	de	informações,	o	tema	ganha
relevância	cada	vez	maior	no	meio	empresarial.
A	governança	corporativa	traduz	uma	cultura	de	responsabilidade	e	de	visão
estratégica.	Além	de	fornecer	diretrizes	para	o	bom	funcionamento	da	empresa
"	seja	de	capital	aberto,	fechado	ou	misto",	busca	o	equilíbrio	entre	os
interesses	de	controladores,	acionistas	e	diretoria.	É	preciso	alinhar	condutas
para	o	bom	desempenho	da	companhia.	No	Brasil,	essa	cultura	começou	a
ganhar	corpo	no	fim	dos	anos	1990,	ao	abranger	conceitos	de	Administração,
Contabilidade,	Direito,	Economia	e	Finanças.
O	modelo	empresarial	brasileiro	encontra-se	num	momento	de	transição.	Em
lugar	de	grandes	oligopólios,	empresas	de	administração	exclusivamente
familiar	e	controle	acionário	altamente	concentrado,	o	país	caminha	para	uma
nova	estrutura	corporativa.	Esse	ambiente	é	marcado	pela	participação
crescente	de	investidores	institucionais,	pela	pulverização	do	controle
acionário	das	empresas	e	pelo	foco	na	transparência	da	gestão.
O	novo	cenário	impõe	grandes	desafios	às	empresas,	que	devem	passar	da
teoria	à	prática.	Segundo	Elismar	Álvares,	professora	da	Fundação	Dom	Cabral
(FDC),	a	adoção	de	uma	política	efetiva	de	governança	tornou-se	um	dos
requisitos	básicos	exigidos	pelos	investidores	e	pelas	instituições	do	mercado,
pois	ajuda	a	reduzir	os	riscos	da	empresa	e	a	melhorar	as	condições	para
captação	de	recursos	e	atração	de	investimentos.	De	quebra,	contribui	para
harmonizar	as	relações	internas	de	poder.
"O	custo	do	capital	será	muito	mais	baixo	se	a	empresa	agir	com	correção	e
transparência.	São	princípios	que	trazem	mais	segurança	para	qualquer
investidor	ou	acionista.	O	mercado	precisa	conhecer	o	modo	de	atuação	das
companhias,	incluindo	o	processo	de	tomada	de	decisões.	Quem	não	trilha
este	caminho	está	arriscado	a	fazer	um	voo	cego"	afirma	Elismar,	coautora	do
livro	"Governança	Corporativa	-	Um	modelo	brasileiro"	(Editora
Campus/Elsevier).
Segundo	especialistas,	não	há	futuro	para	companhias	que	decidem	seus
rumos	em	reuniões	a	portas	fechadas,	sem	consultar	sócios	e	investidores
nem	dar	ciência	ao	público.	O	compartilhamento	das	informações	é	decisivo
para	gerenciar	melhor	riscos	e	oportunidades.	Quando	esses	fatores	revertem
em	uma	gestão	eficaz	e	confiável,	a	empresa	consolida	uma	boa	reputação
perante	o	mercado.	É	a	chamada	criação	de	valor,	processo	determinante
para	a	longevidade	das	companhias.
Esse	processo	exige	integrar	a	gestão	de	negócios	a	políticas	de
desenvolvimento	sustentável,	parte	indissociável	da	governança	corporativa,
que	descortina	novas	possibilidades	para	as	empresas.
"Além	do	retorno	financeiro,	é	preciso	buscar	também	o	retorno	do	capital
ambiental	e	social.	Esse	conceito	deve	nortear	o	cotidiano	das	empresas"
alerta	a	presidente	do	Conselho	Empresarial	Brasileiro	para	o	Desenvolvimento
Sustentável	(CEBDS),	Marina	Grossi.	[...]
Segundo	Marina,	uma	empresa	que	incorpore	preocupações	socioambientais
ao	modelo	de	gestão	dificilmente	irá	desconsiderá-las	nos	processos
decisórios.
"É	preciso	deixar	claro	o	que	se	ganha	e	o	que	considerar	com	a
sustentabilidade.	Se	essa	incorporação	não	for	feita,	a	empresa	não	terá
ferramentas	para	calcular	corretamente	suas	estratégias.	E	não	há	forma	de
governança	corporativa	que	possa	suprir	essa	ausência"	conclui.
Indagações:
A	partir	do	texto,	como	os	órgãos	de	defesa	da	concorrência	podem	contribuir
para	melhorar	a	governança	corporativa	das	empresas	atendendo	aos	desejos
de	seus	consumidores.
Comente,	com	base	no	texto,	sobre	os	riscos	de	uma	concentração	excessiva
da	produção	nacional	nas	mãos	de	poucas	empresas.		Exemplifique	sempre
que	possível.
Pontos	a	serem	abordados:
O	aluno	deverá	comentar	a	partir	do	texto	sobre	a	importância	da	governança
corporativa	para	melhorar	a	qualidade	dos	bens	e	serviços	oferecidos	ao
consumidor.	Então,	explanar	como	os	órgãos	de	defesa	da	concorrência
podem	ajudar	no	processo	de	implantação	da	governança	corporativa.
Comentar	também	sobre	a	estrutura	de	mercado	brasileira	ainda	dominada
por	poucas	empresas	em	cada	setor	da	atividade	econômica.
Poderá	ser	consultado	o	site	www.cade.gov.br.
QUESTÕES	PARA	A	AULA
1)	No	Sistema	Brasileiro	de	Defesa	da	Concorrência	(SBDC),	a	Secretaria	de
Acompanhamento	Econômico	SEAE	têm	função:
a)	de	tribunal	administrativo.
b)	de	julgar	processos	no	âmbito	da	defesa	da	concorrência.
c)	meramente	protocolar.
d)	de	instância	superior	de	julgamento.
e)	analítica	e	investigativa,	atuando	na	instrução	dos	processos.
2)	Em	relação	a	defesa	da	concorrência,	NÃO	consta	da	Constituição	Federal
brasileira	de	1988:
a)	a	repressão	do	abuso	ao	poder	econômico.
b)	o	combate	a	dominação	dos	mercados.
c)	a	preservação	da	concorrência.
d)	o	estímulo	a	formação	de	oligopólios.
e)	o	combate	ao	aumento	arbitrário	dos	lucros.
3)	É	característica	da	formação	de	Cartel	na	atividade	econômica:
a)	as	empresas	sendo	dependentes	uma	das	outras.
b)	as	empresas	promovendo	a	dominação	de	mercado	de	modo	geral,	através
da	combinação	de	preços.
c)	a	cooperação	interna	entre	empresas	do	mesmo	segmento	da	atividade
econômica.
d)	a	dependência	histórica	das	empresas	que	atuam	no	mesmo	segmento	da
atividade	econômica.
e)	o	estímulo	a	competição	no	mercado	de	consumo.
4)	NÃO	está	previsto	no	art.	170	caput	e	incisos	da	Constituição	Federal
brasileira	no	sentido	de	preservar	a	concorrência:
a)	a	livre	iniciativa.
b)	a	livre	concorrência.
c)	a	centralização	da	produção.
d)	a	defesa	do	consumidor.
e)	o	tratamento	favorecido	para	as	empresas	de	pequeno	porte	constituídas
sob	as	leis	brasileiras	e	que	tenham	sua	sede	e	administração	no	país.

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