Buscar

CONCURSO DE PESSOAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CONCURSO DE PESSOAS
INTRODUÇÃO
Concurso de pessoas em si é a consciente e voluntária participação de duas ou mais pessoas na mesma infração penal. O concurso eventual é próprio dos crimes passíveis de serem executados por uma única pessoa, crimes unissubjetivos.
Valoração do fenômeno delitivo quando participam vários indivíduos, se a conduta delituosa praticada constitui um ou vários crimes.
TEORIAS SOBRE O CONCURSO DE PESSOAS
Existem três Teorias que abordam essa questão:
Pluralística: Cada participante corresponde uma conduta própria, um elemento particular próprio e um resultado igualmente particular. À pluralidade de agentes corresponde a pluralidade de crimes.
Dualística: Nessa teoria dividiam se os autores principais que praticavam o núcleo central do tipo penal e os partícipes que praticavam de forma secundaria com o fim de auxilio necessário para alcançar o resultado da ação. Apesar de estarmos diante de duas condutas, existe apenas um crime. O autor secundário tem importância igual ao que comete o objeto nuclear do tipo penal.
Monística ou unitária: Determina que todos os participantes de uma infração penal incidem nas sanções de um único e mesmo crime. Já na valoração da conduta daqueles que nele participam, adotou um sistema diferenciador distinguindo a atuação de autores e partícipes permitindo uma adequada dosagem da pena de acordo com a efetiva participação e eficácia causal da conduta de cada participante, na medida da culpabilidade, perfeitamente individualizada.
CAUSALIDADE FÍSICA E PSÍQUICA
O concurso de pessoas compreende não só a contribuição causal, puramente objetiva, mas também a contribuição subjetiva, à vontade e consciência de participar da obra comum.
A simples constatação de eficácia causal da contribuição do agente no crime não é, ao mesmo tempo, um critério valorativo adequado para determinar a maior ou menor relevância da conduta praticada.
REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS
Pluralidade de participantes e condutas
A participação de cada um e de todos contribui para o desdobramento causal do evento e respondem todos pelo fato típico em razão da norma de extensão de concurso.
Relevância Causal de cada conduta
Nem todo comportamento constitui “participação”, pois precisar ter “eficácia causal”, provocando, facilitando ou ao menos estimulando a realização da conduta principal.
Vínculo Subjetivo entre participantes
Deve existir entre os participantes uma consciência que participam de uma obra comum, um nexo psicológico a inexistência desse desnatura o concurso eventual de pessoas, transformando em condutas isoladas e autônomas.
Identidade de infração penal
Para que o resultado da ação de vários participantes possa ser atribuído a todos, tem que consistir em algo juridicamente unitário. Isso é a consequência jurídica diante das outras condições.
AUTORIA
A Autoria dentro de um sistema diferenciador não pode circunscrever-se a quem pratica pessoal e diretamente a figura delituosa, mas deve compreender quem se serve de outrem como instrumento (autoria mediata). É possível igualmente que mais de uma pessoa pratique a mesma infração penal, ignorando quem colabora na ação de outrem (autoria colateral), ou então, consciente e voluntariamente, coopere no empreendimento criminoso, praticando atos de execução (coautoria). Várias teorias procuram definir o conceito de autor dentro de um sistema diferenciador.
Conceito Extensivo de autor
Teoria alemã dos anos 30, idealizador Leopold Zimmerl. Em seu fundamento todo aquele que contribui com alguma causa para o resultado é considerado autor, não se distinguido a importância da contribuição causal.
Para essa teoria, o tratamento diferenciado à participação (partícipes) deveria ser visto como constitutivos de “causas de restrição ou limitação da punibilidade”.
Não se diferenciava autoria de participação, ante a equivalência de condições. Seria um critério Subjetivo tendo o autor praticado a conduta própria com vontade chamada animus auctoris e o partícipe quer o fato como alheio, conduta animus socii. 
Critica aos tribunais que adotaram essa teoria ao julgar as condenações nazistas, julgando que a participação na morte de milhares os autores não queriam o resultado como próprio e sim como alheio e apenados com penas brandas.
Conceito restritivo de autor
Nem todos os intervenientes no crime são autores. Apenas é autor quem pratica o núcleo do tipo penal, por isso interpretados de forma restritiva. As espécies de participação somente poderão ser punidas através de normas de punibilidade pois não integram a figura típica do núcleo penal. 
Teoria do domínio do fato
Essa teoria tem o objetivo de sintetizar os aspectos objetivos e subjetivos. O Autor é quem detém o poder de decisão sobre o fato e não só o que executa a ação típica, como também aquele que se utiliza de outrem, como instrumento da realização da infração penal. 
A aplicação da Teoria do domínio do fato se restringe aos crimes dolosos já que nos crimes de culpa perde-se a premissa que o autor é o senhor dos fatos. 
Autoria Mediata
É a perfeita modulação da Teoria do domínio do fato a admissão da autoria mediata, pois todo o processo de realização da figura típica deve se apresentar como obra da vontade do “homem de trás” que deve ter total controle sobre o executor do fato.
O autor mediato realiza a ação típica através de outrem, como instrumento humano, que atua: em virtude de da situação de erro (erro de tipo), ou do significado jurídico da conduta (erro de proibição); coagido, devido ameaça; num contexto de inimputabilidade (uso de inimputáveis). 
Coautoria
É a realização conjunta, por mais de uma pessoa, de uma mesma infração penal. É a autoria em si, basta a consciência em cooperar na ação comum. Todos participam da realização do comportamento típico e essa contribuição possa ser considerada importante no aperfeiçoamento do crime. Não há relação de acessoriedade, mas imediata imputação recíproca, pois cada um desempenha função fundamental na consecução do objetivo comum. O domínio do fato pertence a todos os intervenientes.
Participação em sentido estrito

Continue navegando